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SANTARÉM-PARÁ
SETEMBRO DE 2018
KAREN ADRIELE FERREIRA DA MOTA
MATEUS SANTOS PEREIRA
WILLIAM LOPES PEREIRA
SANTARÉM-PARÁ
SETEMBRO DE 2018
LISTA DE FIGURAS
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 5
1.1 Apresentação ................................................................................................. 5
1.2 Localização e acesso ..................................................................................... 5
2. MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................... 6
3. CONTEXTO GEOLÓGICO REGIONAL................................................................ 6
3.1 Cráton Amazônico .......................................................................................... 6
3.2 Bacia do Amazonas ....................................................................................... 7
3.3 Formação Alter- do- Chão .............................................................................. 7
3.4 Diabásio Penatecaua ..................................................................................... 8
3.5 Granitos tipo-I indiferenciados........................................................................ 8
4. GEOLOGIA LOCAL .............................................................................................. 8
5. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 13
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 14
1. INTRODUÇÃO
1.1 Apresentação
A disciplina Geologia de Campo do curso de Bacharelado em Geologia,
possui a carga horaria de 120 horas e tem a finalidade de introduzir os conceitos da
Geologia regional, com aspectos ígneos, metamórficos e sedimentares, bem como o
treinamento de materiais indispensáveis paro o campo: uso de bússola geológica,
GPS, elaboração de relatório técnico, martelo petrográfico e lupa.
O trabalho de campo ocorreu sob a orientação do Profº.Msc. Alessandro
Braga, Profº.Msc. Felipe Holanda dos Santos, Profª. Drª. Chistiane do Nascimento
Monte e Prof. Dr. Silvio Eduardo Martins. O campo foi realizado em três pontos de
estudo, sendo que a primeira etapa ocorreu no dia 15 de agosto de 2018 na “Mina
de São Sebastião” na zona urbana de Santarém e segunda etapa ocorreu no dia 04
de setembro de 2018 no Diabásio Penatecaua e na pedreira do 8° Batalhão de
Engenharia de Construção - BEC, no município de Rurópolis.
Este relatório tem o objetivo de difundir o conhecimento adquirido durante as
aulas e a aplicação que ocorreu no campo. Com a finalidade de contribuir com o
conhecimento dos aspectos geológicos das áreas de estudo, será apresentado os
resultados obtidos em campo, pelos discentes do curso Bacharelado em Geologia.
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Figura 1 – Mapa de localização da área de estudo
2. MATERIAIS E MÉTODOS
Para as atividades de campo foram utilizados os seguintes materiais:
bússola tipo Brunton, GPS para marcar as coordenadas geográficas de cada
afloramento estudado, caderneta de campo, martelo petrográfico, lupa, canivete e
câmera fotográfica. Para área do Diabásio Penatecaua e a pedreira, foi
confeccionado o diagrama de Roseta de direção no programa livre OpenStero, a
partir dos dados obtidos em campo, que corresponde as medidas de direções das
falhas e fraturas.
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NEVES e CORDANI, 1991). Santos et al. (2006) subdividiu o Cráton Amazônico em
sete províncias geológicas principais e um cinturão de cisalhamento: Carajás e
Imataca (3,10-2,53 Ga), Tranzamazonas (Guianas; 2,26-2,01 Ga), Amazônia Central
(1,88-1,70 Ga), Rio Negro (1,86-1,52 Ga), Rondônia-Juruena (1,76-1,47 Ga) e
Sunsás (1,33-0,99 Ga; incluindo a Faixa K’Mudku).
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3.4 Diabásio Penatecaua
O evento conhecido como magmatismo Penatecaua reúne os diabásios
jurássicos e cretáceos na borda sul e norte da Bacia do Amazonas, no estado do
Pará. O Diabásio Penatecaua ocorre como soleiras, diques e raros stocks, que
cortam as formações sedimentares paleozoicas da Bacia do Amazonas e com
corpos que possuem orientação ENE-WSW na borda sul e NE-SW e N-S na borda
norte. As rochas do diabásio são constituídas principalmente por minerais de
plagioclásio, piroxênio, ilmenita e magnetita com uma textura Afanítica (CAPUTO,
1984).
4. GEOLOGIA LOCAL
Afloramento 1
O afloramento do tipo mina de areia, que fica a margem esquerda da rodovia
Everaldo de Sousa Martins PA-457 sentido Santarém/Alter-do-Chão com
coordenadas geográficas a 2°28'46.1"S e 54°47'02.8"W, apresenta rochas
sedimentares do período Cretáceo que correspondem a formação Alter-do-Chão. A
litologia do afloramento compreende camadas espessas compostas por arenitos de
textura granulométrica média a fina de cor avermelhada a alaranjada, argilitos
maciços esbranquiçados e clastos acamados compostos por argila. A área de estudo
foi dividida em 4 perfis para organizar de maneira mais eficiente todas as
informações coletadas durante a prática de campo.
Perfil A
Na Figura 2 podemos observar estratificações plano paralelas com espessuras
de 10 cm e 35 cm, e estratificações cruzadas tabulares apresentando maior
dimensão com camadas de 15 cm, 50 cm e 1m.
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Figura 2 - Estratificações plano paralelas e cruzadas tabulares.
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Perfil C
Na Figura 4 observa-se estratificações plano paralelas de 40 cm e 65 cm,
estratificações cruzadas tabulares apresentando camadas de 40 cm e 60 cm e uma
camada de clastos de argilas com dimensão de 10 cm.
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Afloramento 2
O afloramento 2 do tipo corte de estrada, localizado às margens da rodovia BR
163 quilômetro 131, sendo a descrição feita à margem da rodovia, no sentido
Santarém- Rurópolis. As coordenadas em UTM são 737894 na longitude e 9564273
na latitude. Segundo Silva et al (2014) na região o diabásio Penatecaua (figura 7)
abrange uma extensão de mais de 30 km², tendo sua feição exposta em um corte
perpendicular ao corpo magmático.
A rocha predominante neste afloramento apresenta textura microfanerítica,
com grau de cristalinidade holocristalino, coloração cinza escuro, sendo classificada
como melanocrática. Possui granulação de fina a média, contendo cristais
inequigranulares, com composição mineralógica apresentando, em sua maioria,
piroxênios, hornblendas, plagioclásio e quartzo, sendo cortada por veios de quartzo
com mineralização de sulfetos. A rocha descrita foi classificada como rocha ígnea
subvulcânica ou hipoabissal, denominada de diabásio .
Figura 6 – Corte de estrada no diabásio do Penatecaua com fraturas orientadas no
sentido NE-SW, nota-se a presença de veios com presença de sulfetos.
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A partir da análise dos dados estruturais coletados em campo, observa-se um
sentido preferencial de fraturas que se encontram orientadas em maior parte nas
direções NE-SW. Para Thomaz Filho et al (1974), uma das hipóteses para a
formação dessas estruturas seria os pulsos tectônicos ocorridos no período
Cretáceo durante o processo geotectônico que originou o oceano Atlântico. A
segunda hipótese seria que, à medida que esse magmatismo passava por
resfriamento, teria se orientado segundo uma das direções de preferência (E-W) de
estruturas da bacia (Costa, 2011).
Afloramento 3
O afloramento do tipo mina apresenta corpos graníticos que foram
correlacionados por diversos autores (Macambira et al. 1997, Faraco et al. 2004a,b,
Ferreira et al. 2004, Rizzoto et al. 2004) à Suíte Intrusiva Parauari. Verificou‐se um
predomínio de sienogranitos com xenólitos de biotita, isotrópicos, inequigranulares e
de granulação grossa a média, apresentando estruturas de regime rúptil e
esfoliações em “casca de cebola” (Figura 7).
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5. CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
SILVA, A. S. M. CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA DO GRANITO TIPO-I DE
RURÓPOLIS, SW DO PARÁ. VI Jornada Acadêmica Da UFOPA, 2017. Disponível em
<http://www.ufopa.edu.br/jornadaacademica2017/resumos/pdf/2067> Acesso em: 12 de
setembro de 2018.
BRITO NEVES, B.B.; CORDANI, U.G. 1991. Tectonic evolution of South America during
the Late Proterozoic. Precambrian Research.
ROSA-COSTA, Lúcia T.; LAFON, Jean M.; DELOR, Claude. Zircon geochronology and
Sm–Nd isotopic study: further constraints for the Archean and Paleoproterozoic
geodynamical evolution of the southeastern Guiana Shield, north of Amazonian Craton,
Brazil. Gondwana Research.
Santos JOS, Hartmann LA, Faria MS, Riker SR, Souza MM, Almeida ME, McNaughton
NJ. 2006. A compartimentação do Cráton Amazônico em províncias: avanços ocorridos
no período de 2000-2006. In: Simpósio de Geologia da Amazônia, Belém, 2006,
Anais1/4 Belém: SBG, 2006.
COSTA, J., Vasconcellos, E.M.G., Barros, C.E.M., Cury, L.F., Juk, K.F.V., 2012.
Petrologia e geoquímica da soleira de Medicilândia, diabásio Penatecaua, PA. Revista
Brasileira de Geociências, 42(4), 754-771.
Thomaz Filho, A., Cordani, U.G., Marino, O., 1974. Idades K-Ar de rochas basálticas da
Bacia Amazônica e sua significação tectônica regional. Congresso Brasileiro de
Geologia, Porto Alegre. Anais, 6, 6 p.
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