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GEO 04066 – Elementos de Bioestratigrafia

Zoneamento bioestratigráfico
DATAÇÃO RELATIVA DATAÇÃO ABSOLUTA
 Determining the age of an object
 Determinando a idade de um  Determinando a idade de um
in relation to other objects
objeto em relação a outro objeto em número de anos.
 “Estimate”
 “Estimada”  “Exata”
 Index Fossils, Rock layers
 Fósseis Indices, Rochas  Através de Dados Radiometricos,
 Example: A friend tells you she Decaimento Radiativo
 Exemplo: Uma amiga me disse
has 2 brothers – one that’s older
que tem duas irmãs, uma mais  Exemplo: Eu tenho uma irmã de 8
than her and one that’s younger
velha que ela e outra mais  anos e outra de 17.
jovem que ela.
Relativa = estimada Absoluta = exata
MéTODOS de DATAÇÃO

Absoluta: datação numérica, datar


as rochas em número de anos.

Relativa: comparar quão velha uma


rocha é em relação a outra,
colocando rochas e eventos
geológicos em ordem
cronológica.

COMO?
 Usando rochas sedimentares
 Usando fósseis
 Estudando os estratos
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Zoneamento bioestratigráfico
Determinando idade relativa


 Para determinar a idade relativa, os geólogos também
estudam intrusões de rochas ígneas, falhas, e ausências
no registro geologico.
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Zoneamento bioestratigráfico
Determando a idade relativa
 Discordâncias ocorrem onde a erosão atua em camadas
sedimentares. Outras camadas sedimentares se depositam no
topo. 
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Zoneamento bioestratigráfico
Usando Fósseis para datar as to Rochas
 Fósseis Índice são úteis porque dão a idade relative de rochas
sedimentares onde ocorrem.

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Zoneamento bioestratigráfico

Guia Estratigráfico Internacional


(“International Stratigraphic Guide”)
Versão ISG (1976)

Diretrizes sobre os tipos de classificação estratigráfica, terminologia,


procedimentos para proposições, etc.

Versão condensada em Murphy & Salvador (1999)


www. Stratigraphy.org
www.iugs.org/iugs/link.htm

Código Brasileiro de Nomenclatura Estratigráfica


Guia de Nomenclatura Estratigráfica
Petri et al. (1986)
Revista Brasileira de Geociências, 16(4):370-415.
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Zoneamento

Bioestratigrafia
estuda a distribuição dos fósseis no registro
estratigráfico e a organização dos estratos em unidades,
com base em seus conteúdos em fósseis.
Usa critérios paleontológicos:

Aparecimento
Desaparecimento
Distribuição especial de táxons
Abundância relativa
Estágios de desenvolvimento evolutivo
Presença x ausência
William Smith -“Stratigraphical System of organized fossils” (1817)

Alcide d‘Orbigny
Analisou o Sistema Jurássico da França.
Maior contribuição: associação de fósseis versus várias
unidades litológicas.
Entre duas “criações” (Dilúvios/Catástrofes/Extinções)


O geólogo alemão Friedrich Quenstedt e seu aluno Albert Oppel formalizaram o
trabalho de William Smith nos conceitos de zonas e andares


Friedrich Quenstedt estabeleceu
sistema de registros de
surgimentos e extinções de
espécies, rejeitando a idéia de
assembléias de Orbigny por não
serem dados tão precisos.

Definiu a unidade fundamental


da bioestratigrafia, -a zona,
caracterizada por uma
assembléia particular de fósseis.
ALBERT OPPEL

Em 1856 apresentou um esquema para dividir as formações


geológicas em zonas baseadas na superposição da distribuição
de agregados fósseis, definindo o que atualmente é conhecido
como Zona de Oppel.

Oppel é considerado o fundador da moderna Bioestratigrafia,


pela concepção de zona estabelecida por ele:
-Last Appearance Datum (LAD): globais ou locais
-First Appearance Datum (FAD): globais ou locais

“overlapping range zones ”→ o


primeiro a aplicar os limítes dos
fósseis (FAD e LAD) para o
reconhecimento e a comparação de
unidades de tempo.
→Zona de Oppel: superposição da LAD
ocorrência estratigráfica de dois ou
FAD
mais taxa.
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Zona
A unidade mais importante da Bioestratigrafia é a Zona.

-As zonas são unidades de rochas definidas pela presença de


fósseis

-O conceito de zona foi desenvolvido por Albert Oppel (1831-


1865), ao redor de 1850: ocorrência vertical (estratigráfica)
dos fósseis tinha valor temporal e era independente da litologia
que os continha

-Cada Zona era definida pelo FAD ou LAD de um táxon e também


caracterizada por táxons adicionais

-Biozona = porção da rocha caracterizada por um ou mais táxons


que possibilitam sua diferenciação de rochas adjacentes.
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Zona
Bioestratigrafia baseada em foraminíferos (=surgimento, FAD)


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Zona
Bioestratigrafia baseada em foraminíferos (desaparecimento, LAD)


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Classificação Bioestratigráfica: é a subdivisão e organização sistemática da


seção estratigráfica em unidades baseadas em seu conteúdo fóssil.
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UNIDADE BIOESTRATIGRÁFICA: ZONA (BIOZONA)

Unidade de rocha caracterizada pela presença, ausência, ou relativa abundância de


taxa ou associações fósseis que permitem que esta se diferencie de rochas
adjacentes, indiferentemente de sua espessura ou extensão geográfica . As biozonas
variam em espessura, extensão geográfica, e representam intervalos de tempo.
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Tipos de Zonas

1. Zona de Associação (ou Cenozona)

2. Zona de Acme (ou Epíbole, Apogeu, Abundância)

3. Zona de Amplitude

4. Zona de Linhagem

5. Zona de Intervalo
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Zona (ou Biozona)

Unidade básica em bioestratigrafia: Superzona


Zona (ou Biozona)
Subzona ou Zônula

Variam em espessura
Limites: podem coincidir ou não com os de outras unidades
estratigráficas
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Biohorizonte: interface que ocupa uma posição particular em uma seqüência


bioestratigráfica (entre ou intra biozonas)
Horizonte Bioestratigráfico (Biohorizonte): limite estratigráfico, superfície, ou interface
através da qual há significativa mudança no caráter bioestratigráfico. O biohorizonte
não tem espessura.

Biohorizonte
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1. Zona de Associação (ou Cenozona)

a) definição: Corpo de rocha caracterizado por uma assembléia de três


ou mais táxons de fósseis, ocorrentes juntos, distinguível dos
estratos sub e suprajacentes.

b) limites:
Nem todos os membros da biozona são exclusivos dela.

Os limites são marcados nos biohorizontes de ocorrência das formas


que caracterizam a zona.

Não há necessidade da ocorrência de todos os membros da zona


para seu reconhecimento em outras seções.

c) nome: derivado de um constituinte proeminente e


diagnóstico.

Zona de Oppel
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Foraminíferos planctônicos: forte influência exercida pela
temperatura da água na distribuição das espécies (muitas
espécies-índice confinadas a massa d’água quentes)
gradiente latitudinal de diversidade

Modificado de McGowran (2005)


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2. Zona de Acme (ou Epíbole, ou Apogeu)

a) definição: Corpo de rocha caracterizado pela abundância de


determinados táxon(s), relativamente maior que nos estratos sub
e suprajacentes.

b) limites: A partir dos níveis de abundância significativa.

c) nome: Derivado do constituinte proeminente e


diagnóstico.
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CORRELAÇÃO POR ZONAS DE ACME
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CORRELAÇÃO POR ZONAS DE ACME- TIPO DE ENROLAMENTO
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3. Zona de Amplitude

Definição Geral: Corpo de rocha caracterizado pela ocorrência de


determinado(s) táxon, ou pela combinação da presença x
ausência de dois ou mais táxons.

3a ) Zona de amplitude de táxon

3b) Zona de concorrência de táxon


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3a) Zona de Amplitude de Táxon (ou acrozona)

a) definição: Corpo de rocha definido pela ocorrência de espécimes de


determinado táxon , de qualquer hierarquia taxonômica.

b) limites: Definidos por biohorizontes que marcam o primeiro e


último aparecimentos do táxon.

c) nome: Derivado do constituinte proeminente e diagnóstico.


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BIOZONAS de AMPLITUDE de TAXON


BIOZONAS de AMPLITUDE de TAXON
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BIOZONAS de AMPLITUDE de TAXON


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3b) Zona de Concorrência de Táxons

a) definição: Corpo de rocha definido pela ocorrência simultânea de


dois táxons. Pode incluir outros táxons, mas somente dois destes a
definem.

b) limites: Definidos pelos biohorizontes mais baixos e mais altos


de ocorrência simultânea dos dois táxons que definem a zona.

c) nome: Derivado dos dois constituintes que a definem.

Zona de Oppel
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Zona de Concorrência de Táxons
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4. Zona de Linhagem (Filozona ou Zona Morfogenética)


São individualizadas porque requerem, além da identificação dos táxons
que a definem e caracterizam, a segurança de que os mesmos
constituam sucessivos segmentos de linhagem evolutiva.

a) definição: Corpo de rocha contendo espécimes que representam,


estratigràficamente, um segmento de linhagem evolutiva.
b) limites: Determinados pelos biohorizontes de ocorrência mais
baixa dos táxons considerados numa linhagem evolutiva.”The
boundaries of a lineage zone are determined by the biohorizons”...
c) nome: Táxons de distribuição estratigráfica mais representativa.
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Zona do táxon b Zona do


táxon Y
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5. Zona de Intervalo

a) definição: Corpo de rocha entre dois biohorizontes bem delimitados.

Não são definidas pela amplitude de 1 táxon ou pela concorrência


de dois.

b) limites: Determinados por biohorizontes de aparecimento ou


desaparecimento de determinados táxons na seqüência.

c) nome: espécie(s) que define(m) o limite inferior (FAD) ou


superior (LAD) ou alguma que não esteja confinada na zona.
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5. Zona de Intervalo

Amostras de calha
(cutting):

Zonas de intervalo
definidas pela última
ocorrência (LOD) de
determinado(s)
táxon(s)
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Tipos de extinções
(Kauffman,
1986)

1. Catastrófica
(instante
geológico)

2. “Stepwise”
3. Gradacional
5. Amplitude de táxon

6. Concorrência de
táxons
7. Intervalo

8. Intervalo

9. Intervalo
10. Acme
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Critérios para definição de biozonas - exemplo

1. Que tipo de zona


2. Nome
3. Quais os limites
4. Base taxonômica (ilustrações, descrições dos
elementos diagnósticos)
5. Facilidade de reconhecimento
6. Indicação de um estratotipo

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