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Geologia e métodos

4. A medida do tempo e a idade da Terra

• Datação relativa
• Datação absoluta
Geologia e métodos
4. A medida do tempo e a idade da Terra

Conceitos prévios

Estratigrafia – ramo da Geologia que estuda os estratos.

Paleontologia – ramo da Geologia que estuda os fósseis.

Estrato – conjunto diferenciado de rochas sedimentares com


características e com registos fósseis distintos de outras camadas que
as podem preceder ou suceder.

Fósseis – restos de organismos, como, por exemplo, ossos, troncos,


dentes (somatofósseis) ou vestígios da sua atividade, como, por
exemplo, pegadas, ovos, tocas, coprólitos (icnofósseis) que ficaram
preservados nas rochas ou noutros materiais naturais.
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TIPOS DE FÓSSEIS
Fósseis de idade
Fósseis de ambiente
ou
ou de fácies
característicos

Fornecem dados sobre o ambiente


Fornecem dados que permitem
existente no momento em que
determinar a idade das rochas que
foram formados, tais como
os contêm; são fósseis
temperatura, salinidade,
correspondentes a espécies de
oxigenação, etc.; estes fósseis
organismos que viveram durante
correspondem a organismos que
períodos de tempo geológico muito
viveram apenas em determinados
curtos e ocuparam grandes áreas
ambientes, ou seja, em condições
dispersas pela Terra.
ambientais muito restritas.
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TIPOS DE DATAÇÃO

Datação relativa Datação absoluta

Permite avaliar a idade das


Permite atribuir uma idade
formações geológicas,
numérica a uma rocha ou
comparando umas com as
processo geológico.
outras.
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DATAÇÃO RELATIVA: PRINCÍPIOS DA ESTRATIGRAFIA

Princípio da Horizontalidade Inicial

Princípio da Sobreposição

Princípio da Interseção

Princípio da Inclusão

Princípio da Identidade Paleontológica


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PRINCÍPIO DA HORIZONTALIDADE INICIAL

© Fernando Correia

Exemplo ilustrativo da deposição de estratos em camadas na horizontal


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PRINCÍPIO DA SOBREPOSIÇÃO

© Fernando Correia

Aplicação do Princípio da Sobreposição de Estratos ao Grand Canyon (EUA).


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PRINCÍPIO DA INTERSEÇÃO
© Fernando Correia

Aplicando o Princípio da Interseção à figura, podemos estabelecer a


seguinte sequência cronológica para os factos que se observam:
1.º Deposição dos estratos A, B, C e D.
2.º Instalação/intrusão do filão H.
3.º Deposição dos estratos E, F e G.
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PRINCÍPIO DA INCLUSÃO

Mais antigo

Mais recente

A rocha que contém a inclusão é mais recente do que a rocha incluída.


Segundo este princípio, os fragmentos de uma rocha, tais como encraves ou
xenólitos, incorporados noutra rocha são mais antigos do que a rocha que os
engloba.
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PRINCÍPIO DA IDENTIDADE PALEONTOLÓGICA


© Fernando Correia

Relativamente à figura, podemos concluir que os estratos C, F e M terão a


mesma idade, pois apresentam o mesmo fóssil de amonite e, por sua vez, os
estratos J e P também têm a mesma idade, uma vez que ambos apresentam
um mesmo fóssil de trilobite.
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DATAÇÃO ABSOLUTA
Um determinado elemento químico é um isótopo de si mesmo, quando
possui o mesmo número atómico, mas diferente número de massa.
Alguns isótopos de um determinado elemento são estáveis e outros são
instáveis.

Desintegração radioativa

Nos isótopos instáveis, os núcleos decompõem-se, ou seja, há lugar à sua


desintegração e este processo espontâneo designa-se radioatividade
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Partindo de um número determinado de átomos-pai, metade destes transformam-


se em átomos-filho, ao fim de um período de tempo que é designado tempo de
semivida.
© Fernando Correia
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Os valores de semivida obtidos numa determinada rocha, até à atualidade,


permitem-nos datar radiometricamente a rocha, sendo que esses átomos
apresentam diferentes valores de tempo de semivida.
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© Fernando Correia
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Limitações da datação absoluta


A determinação da idade absoluta de uma rocha ou mineral, será
tanto mais fiável se se verificarem algumas condições, como, por
exemplo:

• o sistema (rocha ou mineral) deve ter permanecido fechado, ou


seja, não deve ter ocorrido perdas ou ganhos do isótopo-filho e do
isótopo-pai por outros processos que não sejam o decaimento
radioativo;
• deve ser conhecido, com o máximo rigor possível, o tempo de
meia-vida do isótopo-pai;
• a concentração de isótopos-pai e isótopos-filho, na rocha ou
minerais que se pretende datar, deve ser em quantidade que permita
a sua determinação.
Escala do Tempo Geológico
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Em resumo…
© Fernando Correia
PARA PRATICAR

1. Selecione a opção que completa corretamente a opção.

Para um mesmo isótopo radioativo, quando se comparam granitos mais antigos com

granitos mais recentes, é de esperar que

a. o período de semivida do isótopo-pai seja menor nos granitos mais recentes.

b. a razão isótopo-pai/isótopo-filho seja maior nos granitos mais antigos.

c. o período de semivida do isótopo-pai seja maior nos granitos mais recentes.

d. a razão isótopo-pai/isótopo-filho seja menor nos granitos mais antigos.


PARA PRATICAR

2. Selecione a opção que completa corretamente a opção.

A presença de fósseis de trilobites em estratos sedimentares do período Ordovícico da era

paleozoica permite determinar a idade _________ dessas rochas, pois estes seres tiveram

uma reduzida distribuição _________.

a. absoluta […] geográfica

b. relativa […] geográfica

c. absoluta […] estratigráfica

d. relativa […] estratigráfica

 
PARA PRATICAR

3. Selecione a opção que completa corretamente a opção.

Os isótopos-filhos

a. são menos radioativos do que os isótopos-pais.

b. decrescem com o tempo.

c. só são encontrados em rochas metamórficas.

d. são sempre mais pesados do que os isótopos-pais correspondentes.


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FIM

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