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DOMÍNIO 1 - GEOLOGIA E MÉTODOS

1.3 Princípios de raciocínio geológico. Idade e história da Terra. A escala do tempo


geológico
A.E. -
- Utilizar princípios de raciocínio geológico (atualismo, catastrofismo e uniformitarismo) na
interpretação de evidências de factos da história da Terra (sequências estratigráficas, fósseis,
tipos de rochas e formas de relevo).
- Distinguir processos de datação relativa de absoluta/ radiométrica, identificando exemplos das
suas potencialidades e limitações como métodos de investigação em Geologia.
- Relacionar a construção da escala do tempo geológico com factos biológicos e geológicos da
história da Terra.

Princípios de raciocínio geológico


Princípios básicos do raciocínio geológico
→ Atualismo geológico é a chave do passado”
→ Catastrofismo
ocorrem na Terra são interpretadas como a consequência de fenómenos súbitos
causados
por acontecimentos catastróficos.
→ Uniformitarismo: (Hutton
que ocorrem na Terra são interpretadas como sendo o resultado de acontecimentos que
se desenvolveram de forma tranquila, lenta e gradual.
⇒⇒ Princípios orientadores do uniformitarismo:
naturais são constantes no tempo e no espaço;

que
provocam os mesmos efeitos no presente -
lógicas são lentas e graduais.
→ Neocatastrofismo -se à
existência de uma catástrofe que provocou alterações ambientais, que atuam lenta e
gradualmente ao longo de um espaço temporal alargado. Aceita a existência de
fenómenos catastróficos para explicar as alterações da Terra, aceitando, igualmente, os
princípios orientadores do uniformitarismo.

Idade e história da Terra

IDADE RELATIVA

São as rochas sedimentares que estão na base da datação relativa.

Avalia-se a idade das formações geológicas relacionando-se com outras formações tendo em conta
vários princípios.

Para este método de datação, os fósseis de idade são muito importantes assim como há que ter em conta o
princípio de sobreposição (lei de Steno), o Princípio da identidade paleontológica, o principio da
intercepção e o princípio da inclusão.
-As rochas têm a mesma idade dos fósseis que contém.

-Um fóssil de idade corresponde a seres que viveram um curto espaço de tempo geológico e que tiveram
uma grande distribuição geográfica. Ex: trilobite

- Princípio de sobreposição: a camada que está por baixo é sempre mais antiga que a que está por cima
desde que não haja deformações geológicas (dobras e falhas que podem causar inversões de camadas).

- Princípio da identidade paleontológica: estratos que contenham o mesmo tipo de fósseis, tiveram a
sua origem em ambientes semelhantes (fóssil de fácies - carateriza o ambiente de formação da rocha).

- Princípio da intercepção - Todas as estruturas que intersetam formações (intrusões magmáticas,


falhas) são mais recentes.

- Princípio da inclusão- Um fragmento que incorpora num outro é mais recente.

Uma intrusão magmática, um filão (ocre) que interseta o calcário (cinzento), sendo este mais antigo. Praia
do Abano-Guincho

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http://ocw.innova.uned.es/cartografia/cortes_geologicos/cog_01.htm Este site permite a partir de uma


carta geológica ver o corte geológico, onde podes tentar interpretar a história geológica.

Se te quiseres divertir e meter em prática estes princípios mostra que és capaz de resolver parte destes
problemas: http://paleoviva.fc.ul.pt/geogeral/Geogeral28.pdf

IDADE RADIOMÉTRICA

Hoje, devido ao avanço da Ciência e à descoberta da radioactividade é possível datar as rochas em


unidades de medida, normalmente milhões de anos. Enquanto que na datação relativa dizemos que uma
rocha é mais antiga ou mais recente que outra, neste tipo de datação atribuímos uma idade (ex: a rocha
tem 260 Ma).

A radioatividade corresponde à desintegração de um isótopo radiactivo ao longo do tempo com o intuito


de ficarem mais estáveis, levando à libertação de partículas nucleares originando um outro isótopo.

Esta desintegração é independente das condições do ambiente e por esta razão podem servir para medir a
idade.

Cada par de isótopo (isótopo-pai, o de origem e o isótopo-filho, o que se forma a partir do original), tem
um tempo de desintegração característico e sabendo a quantidade relativa de cada um destes numa
amostra de rocha, é possível determinar a idade das rochas a partir da quantidade relativa de cada um do
par de isótopos.

O intervalo de tempo que leva à desintegração de um par de isótopos em que a quantidade de isótopo-pai
é a mesma que o do isótopo-filho designa-se por período de semitransformação, semivida ou meia-
vida.

Uns isótopos levam centenas ou milhares de anos a desintegrar-se, outros fazem-no quase
instantaneamente. Dependendo do que se estuda (antigo ou recente), cabe ao geólogo determinar o
isótopo radiactivo a estudar para determinar a idade absoluta.

A relação entre o isótopo-pai e isótopo-filho permite calcular a idade da formação da rocha, tendo
em conta que no início da formação da rocha o número de isótopos-pai era de 100%. Conhecendo o
período de semivida do isótopo em estudo, chega-se à idade da rocha.

Este tipo de datação implica trabalho de laboratório mais complexo que o de datação relativa. Os isótopos
mais utilizados na datação radiométrica são o Potássio-40, o Urânio-238 o Carbono-14 (este último é
utilizado para arqueologia, dado que o período de semivida é muito curto 5730 anos).

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A escala do tempo geológico

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