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A medida do tempo geológico e a idade da Terra

Para datar as rochas existentes podemos usar a datação relativa e a datação absoluta.
A datação relativa estabelece a idade de um estrato em relação aos outros. A datação
absoluta faz o estabelecimento de uma datação quantitativa, que permite determinar a idade da
rocha em termos de milhões de anos.
A idade relativa foi a primeira a ser utilizada, não depende de conhecimentos tecnológicos,
mas depende sim da compreensão dos processos geológicos e do seu registo, permite, igualmente,
estabelecer a sucessão temporal das rochas num determinada região.
Para utilizarmos a datação relativa é necessário usar diversos princípios:
 Princípio da horizontalidade inicial: Os materiais que formam os estratos depositam – se
inicialmente segundo planos horizontais, qualquer fenómeno que altere a horizontalidade
das camadas é sempre posterior à sedimentação.
 Princípio da sobreposição: Numa sequencia estratigráfica, na sua posição original, qualquer
estrato é mais recente do que os estratos que estão abaixo dele e mais antigo que os estratos
que a eles se sobrepõem.
 Princípio da identidade Paleontológica: os grupos de fósseis apareceram numa ordem
definida e pode-se reconhecer determinados períodos de tempo geológico pelas
características dos fósseis - fósseis de idade.
 Princípio da inclusão: Fragmentos de rocha incorporados noutra rocha são mais antigos que
a rocha que os engloba
 Princípio da interseção: Estruturas geológicas que intersetam outras (como as fraturas, as
falhas e as intrusões magmáticas), são mais recentes que estas.
Se após a formação da primeira série de estratos a sua posição for alterada por ação de forças
tectónicas, perdendo a horizontalidade, e se, posteriormente, ocorrer a deposição de outra série de
estratos, a superfície de separação das duas séries denomina-se discordância angular.
Como foi dito anteriormente nos estratos sedimentares aparecem por vezes fosseis, importantes
para a datação relativa. Os fósseis são restos materiais (ossos, dentes, chifres, conchas, troncos, etc.)
de antigos organismos ou vestígios da sua atividade que ficaram conservados nas rochas. Nem
todos os fósseis possuem as características ideais para as datações relativas dos estratos. É preciso
ter:
Pode igualmente existir quando se forma uma rocha, adquire sempre uma certa quantidade de
isótopos radioativos, que são formas instáveis de elementos químicos (U, K C, etc.). Com o passar
do tempo, esses isótopos vão-se desintegrando, transformando-se em átomos estáveis.
Os isótopos instáveis são chamados isótopos pais.
Os átomos que resultam da desintegração são designados isótopos filhos.
Sabendo o tempo que demora cada isótopo pai a dar lugar ao filho, é possível determinar a idade
das rochas e quantificarmos a quantidade de ambos.
Quando se pretende determinar a idade de uma rocha ou de um mineral, deve-se começar por
determinar a quantidade de átomos-pai e de átomos-filho presentes nessa rocha ou mineral.
Conhecendo o tempo de semivida do isótopo radioativo, átomos-pai que está a ser usado, chegar-se-
á a um valor para a idade dessa rocha.
Este tipo de datação tem limitações tais como:
 Pode ser usado em datações das rochas magmáticas (quando o magma inicia o processo de
cristalização, transfere para os seus cristais uma certa quantidade de isótopos radioativos, a
quantidade de átomos-filho é nula).
 Relativamente às rochas metamórficas e sedimentares, não fornece a idade da sua génese,
pois os seus constituintes minerais provêm de rochas pré-existentes.

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