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Filosofia: etimologia

Filosofia deriva do grego philo


(amor) + sophia (sabedoria).
Crê-se que foi Pitá goras quem
usou, pela primeira vez, o termo
filó sofo, por oposiçã o a sophos,
sá bio.
Filosofia: origem

Foi em Mileto, na regiã o grega


da Jó nia (atual Turquia), que, no
século VI a.C., se efetuaram os
primeiros esforços de cará ter
racional para descrever a
natureza (physis).
Filosofia: origem

O quadro político, social e


econó mico da Jó nia favoreceu o
aparecimento da filosofia, uma
nova conceçã o ló gica e racional
do mundo afastada do
pensamento mítico.
Pensadores pré-socráticos

Os primeiros físicos


enfrentaram o problema da
origem, evoluçã o e estrutura
do universo (physis).

Os primeiros físicos


procuraram a substâ ncia
primordial (archê).
Tales de Mileto

Tradicionalmente
considerado o mais antigo
filó sofo grego, Tales era um
físico ou investigador da
natureza das coisas como um
todo.
Tales de Mileto

A á gua é o elemento
primordial, o substrato que
está na origem de todas as
coisas.

A terra flutua na á gua.


Tales de Mileto

Previu um eclipse (585 a.C.).

Procurou explicar
racionalmente as cheias do
Nilo.

Fez diversas descobertas


matemá ticas.
Anaximandro de Mileto

Também cidadã o de Mileto,


mas mais jovem do que Tales,
foi a segunda grande figura da
histó ria da filosofia.
Apresentou um sistema
filosó fico completo e genial.
Anaximandro de Mileto

O apeiron (infinito ou
indeterminado) é a fonte ou
origem de todas as coisas.

O apeiron (infinito ou
indeterminado) é o lugar de
destruiçã o de todas as coisas.
Anaximandro de Mileto

Desenhou um mapa-mundo,
algo notável na Antiguidade.

Escreveu um livro, Acerca da


Natureza, facto notável por
ter sido escrito em prosa.
Anaxímenes de Mileto
(C. 588-524 a.C.)

Mais jovem que Anaximandro,


foi companheiro deste e
escreveu um livro numa
linguagem simples e concisa.
Anaxímenes de Mileto

A bruma ou ar está na origem


de todas as coisas: na sua
rarefaçã o má xima dá origem
ao fogo e ao vento;
condensando-se dá origem à s
nuvens, à á gua, à terra e à s
pedras.
Pitágoras de Samos

Fundador de uma escola onde


os seus discípulos se
dedicavam aos temas
religiosos, à investigaçã o
científica - com especial
relevo para matemá tica - e à
mú sica.
Pitágoras de Samos

O pitagorismo foi uma escola


de sá bios e de filó sofos, mas
também uma seita político-
-religiosa.
Pitágoras de Samos

Os pitagó ricos sã o célebres


por terem adotado a divisa
«tudo é nú mero».

O nú mero nasce da divisã o da


unidade. O princípio primeiro
é o Uno, o Um.
Heraclito de Éfeso

Ataca os grandes poetas e


filó sofos anteriores: «O muito
aprender nã o ensina a dar
inteligência; se assim fosse
teria ensinado Hesíodo e
Pitá goras (…)».
Heraclito de Éfeso

O tema mais importante da


sua filosofia é o logos.

Todas as coisas acontecem


segundo o logos. O logos
dirige e orienta tudo quanto
existe.
Heraclito de Éfeso

O logos identifica-se com o


fogo, a substâ ncia primordial,
origem e estrutura de todas
as coisas existentes.
Heraclito de Éfeso

A realidade obedece a
transformaçõ es constantes,
ao devir (tudo flui).

O universo está num processo


contínuo de guerra entre
contrá rios.
Parménides de Eleia

Foi contemporâ neo de


Heraclito. Embora tenha sido
em jovem discípulo de um
pitagó rico, a sua obra
constituiu um ataque ao
pitagorismo.
Parménides de Eleia

A obra de Parménides é um
poema que contém um
prelú dio e duas partes
distintas: (1) A via da verdade
(aletheia) e (2) A via da
opiniã o (doxa).
Parménides de Eleia

A via da verdade é a ú nica


digna de ser trilhada. Só ela
nos encaminha para o Ser,
para «o que é».

O Ser é incriado e origem de


tudo quanto existe, de tudo «o
que é».
Empédocles de Agrigento

De si mesmo disse: «(…) Eu


caminho entre vó s como um
deus imortal, nã o mais como
um mortal, cumulado de
honras por todos, como
convém, coroado de fitas e
coroas coloridas».
Empédocles de Agrigento

Indica quatro raízes do Ser: o


fogo, a á gua, a terra e o ar.

Indica, para além das quatro


raízes, dois movimentos: o
amor e a discó rdia.
Empédocles de Agrigento

Tudo quanto existe foi


formado a partir das quatro
raízes, ou elementos
primordiais, tendo o amor o
papel de agregar e a discó rdia
o de desagregar.
Demócrito de Abdera

É o ú ltimo dos grandes


filó sofos pré-socrá ticos. O seu
sistema mereceu a admiraçã o
dos pensadores materialistas
dos séculos XIX e XX.
Demócrito de Abdera
Segundo a razã o, o real é
formado por á tomos
(elementos simples) e vá cuo.

Segundo a opiniã o, o real é


formado pela cor, o doce e o
amargo.

Os sentidos ameaçam a razã o.


Demócrito de Abdera
Os á tomos sã o em nú mero
infinito e têm formas
variadas.

Os á tomos sã o compactos e


têm peso.

Os á tomos sã o imperecíveis e


invisíveis.
Pensadores pré-socráticos

As reflexõ es destes pensadores foram


relevantes. Os grandes filó sofos do século IV
a.C. irã o ter como ponto de referência os
filó sofos pré-socrá ticos.
Bibliografia:

Brun, J., Os Pré-Socráticos,


Ediçõ es 70, Lisboa, 1988.

Kirk, G. S. et al., Os Filósofos Pré-Socráticos,


Fundaçã o Calouste Goulbenkian, Lisboa, 1994.

Penedos, A., Introdução aos Pré-Socráticos,


Rés Editora, Porto, 1984.

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