1.1. O argumento em causa é um argumento não-dedutivo, ou seja, um
argumento em que se pretende que as premissas – “O irmão tinha ciúmes da vítima” e “O fantasma da vítima confirmou que foi o irmão” – forneçam um apoio provável, mas não decisivo, para a conclusão – “A vítima foi assassinada pelo irmão”. Além disso, trata-se de um argumento fraco, pois as premissas não têm força suficiente para apoiar a conclusão, ou seja, as premissas não fornecem boas razões para pensar que a conclusão é verdadeira. Por um lado, a premissa “O irmão tinha ciúmes da vítima” não torna a conclusão provável, já que o ciúme, por si só, não conduz ao crime. Por outro lado, a premissa “O fantasma da vítima confirmou que foi o irmão” é altamente duvidosa, pelo que teríamos dificuldade em aceitá--la como premissa verdadeira para servir de apoio provável à conclusão. Não estamos, por isso, perante um bom argumento. Para ser um bom argumento, teria de ser um argumento cogente, ou seja, um argumento forte constituído por premissas verdadeiras e mais plausíveis do que a conclusão.