A ruptura da crença mitológica Quando os primeiros filósofos resolveram enxergar o mundo por outra lente, a primeira coisa que se fez necessária foi o desenlace com a mitologia e sua forma de explicar o tudo de todas as coisas. A Escola Jônica Del Vecchio em sua obra: Lições de Filosofia do Direito, faz constar a desimportância que os gregos davam às questões éticas e jurídicas na fase primordial de sua percepção filosófica. Tudo era voltado para a explicação à luz das questões físicas. Tales de Mileto, Anaximandro, Anaxímenes e Empédocles basearam os seus estudos na concepção acerca dos quatro elementos: água, fogo, ar e terra. Tales de Mileto No livro Metafísica, de Aristóteles, ele diz: “Tales de Mileto pensava que todas as coisas tinham a sua origem na água”. Para Tales, a Terra era um disco que flutuava num imenso Oceano. Anaximandro e Anaxímenes Para Anaximandro, não a água ou o ar, mas o apeiron, a substância geradora de todas as coisas. Anaxímenes defende a existência de uma substância primordial. Para Anaximandro essa substância não é a Terra, mas o ar, o que lhe é sugerido pela sua atenta observação dos processos de evaporação e condensação dos líquidos. Pitágoras e a arithmós A escola chamada de pitagórica, aprofundou-se para afirmar que o que unia a todos era a arithmós (matemática). Os números seriam, portanto, a alma das coisas. A defesa do oculto Escreveu Plutarco, sobre os pitagóricos: “diz-se que os pitagóricos não queriam por as suas obras por escrito, nem as suas invenções, mas imprimiam a ciência na memória daqueles que eles conheciam dignos disso. A escola eleática Erguendo-se até um conceito metafísico, sustentou que o ser é uno, imutável, eterno. Parmênides separa a razão da observação (experiência), a primeira é o instrumento para aceder à verdade, enquanto que os sentidos conduziriam ao efémero, ao limitado, ao contingente, à opinião, Xenófanes, Parmênides, Zenão de Eleia, Melisso de Samos são os principais expoentes dessa escola. Os sofistas A escola que, em primeira mão, enfrentou os problemas do espírito humano, do conhecimento, e da ética, foi a dos Sofistas, no século V a. C. Os principais de entre eles foram Protágoras, Górgias, Hípias, Gallicle, Trasímaco e Pródago. O conhecimento sofista Só conhecemos as ideias deles através dos escritos dos seus adversários (diálogos platônicos em que Sócrates muitas vezes polemiza com os sofistas). Homens de grande vigor dialético e de robusta eloquência, percorriam várias cidades sustentando nos seus discursos as teses mais dispares; tinham o gosto de se oporem às tendências dominantes; frequentemente provocavam escândalo no numeroso auditório com os seus paradoxos. O ser subjetivo e individualista Os Sofistas eram individualistas e subjetivistas. Ensinavam que cada homem possui seu modo próprio de ver e de conhecer as coisas. Daqui a tese, segundo a qual não é possível urna ciência autêntica, de carácter objetivo e universalmente válida, mas tão só opiniões individuais. A preocupação sofista com o direito e a justiça Enquanto os filósofos da escola Jônica se haviam entregue ã exclusiva meditação do mundo externo, os Sofistas deram o seu interesse a problemas psicológicos, morais e sociais. A eles se deve, por exemplo, a colocação rigorosa do problema de saber se a justiça tem um fundamento natural; se aquilo que é justo por lei. A negação sofista Os sofistas eram céticos em moral, mais negadores e destruidores do que construtivos e afirmativos em suas convicções dizendo que se existisse um justo natural, todas as leis seriam iguais. Ora, para os Sofistas, apenas existem as opiniões mutáveis de cada indivíduo e, portanto, uma verdadeira ciência não é possível.
Os Mitos (Personagens Mitológicos São Seres Com Características Humanas e Sobrenaturais) Tinham Como Objetivo Transmitir, Através Da Oralidade, Conhecimentos e Explicações Sobre Os Fatos Que Influenciavam o Cotidia