Você está na página 1de 13

Filosofia pré-socrática

Prof. Delmiro Gomes Neto


A ruptura da crença mitológica
Quando os primeiros filósofos
resolveram enxergar o mundo por outra
lente, a primeira coisa que se fez
necessária foi o desenlace com a
mitologia e sua forma de explicar o tudo
de todas as coisas.
A Escola Jônica
Del Vecchio em sua obra: Lições de Filosofia do Direito, faz
constar a desimportância que os gregos davam às questões
éticas e jurídicas na fase primordial de sua percepção
filosófica. Tudo era voltado para a explicação à luz das
questões físicas. Tales de Mileto, Anaximandro,
Anaxímenes e Empédocles basearam os seus estudos na
concepção acerca dos quatro elementos: água, fogo, ar e
terra.
Tales de Mileto
No livro Metafísica, de Aristóteles, ele
diz: “Tales de Mileto pensava que todas
as coisas tinham a sua origem na
água”. Para Tales, a Terra era um disco
que flutuava num imenso Oceano.
Anaximandro e Anaxímenes
Para Anaximandro, não a água ou o ar, mas o apeiron, a
substância geradora de todas as coisas.
Anaxímenes defende a existência de uma substância
primordial. Para Anaximandro essa substância não é a Terra,
mas o ar, o que lhe é sugerido pela sua atenta observação
dos processos de evaporação e condensação dos líquidos.
Pitágoras e a arithmós
A escola chamada de pitagórica,
aprofundou-se para afirmar que o que
unia a todos era a arithmós
(matemática). Os números seriam,
portanto, a alma das coisas.
A defesa do oculto
Escreveu Plutarco, sobre os pitagóricos:
“diz-se que os pitagóricos não queriam
por as suas obras por escrito, nem as
suas invenções, mas imprimiam a
ciência na memória daqueles que eles
conheciam dignos disso.
A escola eleática
Erguendo-se até um conceito metafísico, sustentou que o ser
é uno, imutável, eterno. Parmênides separa a razão da
observação (experiência), a primeira é o instrumento para
aceder à verdade, enquanto que os sentidos conduziriam ao
efémero, ao limitado, ao contingente, à opinião, Xenófanes,
Parmênides, Zenão de Eleia, Melisso de Samos são os
principais expoentes dessa escola.
Os sofistas
A escola que, em primeira mão, enfrentou os
problemas do espírito humano, do
conhecimento, e da ética, foi a dos Sofistas, no
século V a. C.
Os principais de entre eles foram Protágoras,
Górgias, Hípias, Gallicle, Trasímaco e Pródago.
O conhecimento sofista
Só conhecemos as ideias deles através dos escritos dos seus
adversários (diálogos platônicos em que Sócrates muitas
vezes polemiza com os sofistas).
Homens de grande vigor dialético e de robusta eloquência,
percorriam várias cidades sustentando nos seus discursos as
teses mais dispares; tinham o gosto de se oporem às
tendências dominantes; frequentemente provocavam
escândalo no numeroso auditório com os seus paradoxos.
O ser subjetivo e individualista
Os Sofistas eram individualistas e subjetivistas.
Ensinavam que cada homem possui seu modo
próprio de ver e de conhecer as coisas. Daqui a
tese, segundo a qual não é possível urna ciência
autêntica, de carácter objetivo e universalmente
válida, mas tão só opiniões individuais.
A preocupação sofista com o direito e a
justiça
Enquanto os filósofos da escola Jônica se haviam
entregue ã exclusiva meditação do mundo externo, os
Sofistas deram o seu interesse a problemas
psicológicos, morais e sociais. A eles se deve, por
exemplo, a colocação rigorosa do problema de saber
se a justiça tem um fundamento natural; se aquilo que
é justo por lei.
A negação sofista
Os sofistas eram céticos em moral, mais negadores e
destruidores do que construtivos e afirmativos em
suas convicções dizendo que se existisse um justo
natural, todas as leis seriam iguais. Ora, para os
Sofistas, apenas existem as opiniões mutáveis de cada
indivíduo e, portanto, uma verdadeira ciência não é
possível.

Você também pode gostar