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Biologia e Geologia T1 - Geologos e os seus métodos

Datação das rochas e–idade


10ºano
da Terra
U4 – Datação das Rochas

Datação absoluta
• Permite datar um estrato ou fenómeno, atribuindo uma idade, geralmente, em Ma (milhões de
anos).

À medida que o magma arrefece e se inicia Os isótopos-filhos presentes no zircão


a cristalização, apenas os isótopos-pais são resultaram do decaimento do isótopo-
incorporados em certos minerais, como o pai.
zircão.
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Datação das rochas e–idade
10ºano
da Terra
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Isótopo-pai Isótopo-filho Tempo de Materiais usados Intervalo de idade


Datação absoluta semivida
Urânio-238 Chumbo-206 4500 Ma Zircão Maior que 10 Ma
Urânio-235 Chumbo-207 713 Ma Zircão Maior que 10 Ma
• O tempo que demora a que metade
Potássio 40 Árgon-40 1300 Ma Biotite, moscovite Maior que 50 000 anos
dos isótopos-pais sofra decaimento
Carbono-14 Nitrogénio-14 5730 anos Conchas, calcários Entre 100 – 60 000
designa-se por tempo de semivida e é e material orgânico anos
constante para cada par isótopo-
pai/isótopo-filho.

• É possível calcular a idade de um


mineral, determinando o teor de
isótopo-pai e de isótopo-filho.

• Quando o teor
isótopo-pai/isótopo-filho é igual a 1,
ocorreu 50% de decaimento e o
mineral possui uma idade igual à
semivida.
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Datação das rochas e–idade
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Datação absoluta

Datação relativa Datação absoluta

• Não permite obter uma idade • Tecnologicamente complexa.


numérica. • Depende da incorporação de isótopos
Limitações • A erosão dos estratos e do radioativos instáveis em minerais.
conteúdo fóssil limita o uso da • Mais complexa de aplicar a rochas
datação relativa. sedimentares.

• Aplica-se com mais facilidade a • Permite obter uma idade numérica.


rochas sedimentares, em especial • Pode ser aplicada em rochas
as que contêm abundante registo magmáticas e metamórficas.
Vantagens
fóssil.
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Datação das rochas e–idade
10ºano
da Terra
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Memória dos tempos geológicos


• Para estabelecer as divisões da escala, são considerados os acontecimentos mais marcantes,
sobretudo as extinções em massa e a diversificação da vida.

• A escala, cuja unidade de medida é o milhão de anos, está dividida em Éones, Eras, Períodos e Épocas.

• O Fanerozoico é um Éon que corresponde a apenas 12% da história da Terra (desde o Câmbrico até à
atualidade).
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Memória dos tempos


geológicos
Fenómenos geológicos:
• queda de meteoritos
• vulcanismo intenso
• atividade tectónica

provocam

• alterações climáticas profundas


• regressões marinhas (descida do
nível dos oceanos) ou transgressões
marinhas (subida do nível dos
oceanos)
• anóxia (redução significativa dos
níveis de oxigénio nos oceanos)
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A Terra formou-se há 4600 milhões de


anos!

Como podemos conhecer os


acontecimentos da história da Terra, se
não havia seres humanos a presenciar e
documentar
o que acontecia?
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Como sabemos o que se passou na Terra há muitos milhões de anos?

A história da Terra
está escrita nos
fósseis, nas rochas e
na paisagem.
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O tempo de vida de uma pessoa


expressa-se em anos; o tempo
histórico em séculos. Nenhuma
destas medidas é adequada ao
enorme intervalo de existência
da Terra.

Quando se fala do tempo geológico


usam-se os milhões de anos (Ma),
uma unidade da qual um ser humano
não consegue ter uma noção
concreta.
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Escala geocronológica

O tempo geológico está dividido


em Eras, e estas em Períodos.

As três Eras (Paleozoico, Mesozoico


e Cenozoico) são relativamente bem
conhecidas. Elas decorreram nos últimos 540
Ma da história do nosso planeta.

Chamamos Pré-Câmbrico a um longo


intervalo de tempo anterior sobre o qual há
muito menos informação.
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Porque sabemos pouco acerca dos primeiros 4000 Ma da


história da Terra?

Havia seres vivos simples, sem partes O dinamismo da Terra (ciclo das
duras, rochas) apagou os vestígios.
o que dificultou a sua fossilização.
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Pelo contrário, há muitas rochas e fósseis que nos contam a história da Terra
dos últimos 250 Ma, pois os fenómenos do ciclo das rochas ainda não os alteraram.
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Memória dos tempos geológicos


• Para estabelecer as divisões da escala, são considerados os acontecimentos mais
marcantes, sobretudo as extinções em massa e o surgimento de novas espécies de seres
vivos, bem como os fenómenos geológicos mais marcantes como, por exemplo, o
aparecimento das primeiras rochas, erupções vulcânicas muito violentas, a ocorrência de
glaciações, de transgressões e de regressões marinhas, eventos de anóxia, entre outros.
O aparecimento
dos primeiros
organismos
fotossintéticos –
as cianobactérias
– levou ao início
da acumulação
de oxigénio nos
oceanos e na
atmosfera.
As cianobactérias As rochas mais antigas
fossilizaram em que se conhecem
estromatólitos, localizam-se na
estruturas Gronelândia, na
sedimentares Gnaisse de Acasta,
Austrália e no Canadá.
Canadá, com idade a
resultantes da
apontar os 4000 Ma.
acumulação de Imagem de Emmanuel Douzery,
cianobactérias e Estromatólito com idade compreendida entre 3600 e 3200 Ma, Austrália.
Obra própria, CC BY-SA 4.0

sedimentos finos.
No Proterozoico,
a Terra chegou a
estar praticamente
coberta de gelo,
exceto em
algumas regiões
do equador.
O registo fóssil do Pré-Câmbrico é muito
reduzido, destacando-se a fauna de Ediacara,
com 600 Ma.
No Paleozoico
ocorreu a
diversificação rápida
dos seres
multicelulares com
revestimento e
partes duras, que
favoreceram a
fossilização,
destacando-se as
trilobites.

Fóssil de trilobite
do Silúrico
(Dalmanites
limulurus)
No Mesozoico ocorreu a diversificação
dos dinossauros, o aparecimento dos
Esqueleto de primeiros mamíferos e a diversificação
Triceratops no Museu das plantas com flor.
de História Natural
de Los Angeles, EUA.
No Mesozoico ocorreu a diversificação dos
dinossauros, o aparecimento dos
primeiros mamíferos e a diversificação
das plantas com flor.
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PRÉ-CÂMBRICO
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ERA PALEOZOICA
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ERA MESOZOICA
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ERA CENOZOICA

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