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TABELA PERIÓDICA (Dmitri Mendeleiev, em 1869)

Tabela onde os 118 elementos reconhecidos pela IUPAC (International Union of Pure and Applied
Chemistry) se encontram organizados por ordem crescente do seu número atómico (Z).

De acordo com a configuração eletrónica de cada elemento, têm-se:

 18 grupos (colunas): todos os elementos do mesmo grupo possuem o mesmo número de


eletrões de valência

1 2 2 6 2 6 1
Ex.: 19 K 1s 2s 2 p 3s 3 p 4 s GRUPO 1

1
9 F 1 s 2 2 s 2 2 p5 GRUPO 17

 7 períodos (linhas): o nível de energia mais elevado da configuração eletrónica de um


elemento indica o período a que pertence

1
Ex.: 20Ca 1 s 2 2 s 2 2 p6 3 s 2 3 p6 4 s 2 4º PERÍODO

1
8 O 1 s2 2 s2 2 p4 2º PERÍODO

 4 blocos (s, p, d, f): elementos químicos de um mesmo bloco possuem a orbital de valência
de um mesmo tipo
1
Ex.: 3 Li 1 s 2 2 s 1 BLOCO S
1
17 Cl 1 s 2 2 s 2 2 p6 3 s 2 3 p5 BLOCO P

Apenas orbital s BLOCO S (G1 e 2 e He)


Eletrões de valência ocupam

Orbitais s e p BLOCO P (G13 a 18, exceto o He)

Orbitais d BLOCO D (G3 a 12)

BLOCO F (série dos lantanídeos e


Orbitais f
série dos actinídeos)

Elementos

Naturais: existem na Terra desde a sua formação (88)

Artificiais: foram criados em reatores nucleares ou em aceleradores de partículas; são elementos


radioativos, que podem durar dias ou semanas, ou apenas frações de segundo

Representativos: pertencem aos blocos s e p


Transição (ou metais de transição): têm orbitais d incompletas

PROPRIEDADES PERIÓDICAS DOS ELEMENTOS REPRESENTATIVOS

O modo como variam as propriedades ao longo da T.P. deve-se ao facto de, ao longo de um
período, o fator predominante ser o aumento do número de níveis de energia, enquanto que, ao
longo do grupo ser o aumento da carga nuclear.

Raio atómico

Corresponde a metade da distância entre os núcleos de dois átomos do mesmo elemento


(em teoria é a distância do núcleo ao fim da nuvem eletrónica, ou seja, ao último nível de energia).

O valor é determinado pelo equilíbrio de forças atrativas e repulsivas que permite a


formação da molécula.

 Ao longo do grupo, o raio atómico aumenta (de cima para baixo) devido ao aumento do
número de níveis de energia, que leva a uma diminuição da atração núcleo-nuvem
eletrónica.
 Ao longo do período, o raio atómico diminui (da esquerda para a direita) pois para igual
número de níveis de energia há um aumento da carga nuclear que conduz ao aumento da
atração núcleo-nuvem eletrónica.

Energia de ionização ( Ei )

Energia necessária para remover uma mole de eletrões a uma mole de átomos, X , no estado
+¿ ¿
gasoso e fundamental, de forma a originar uma mole de iões monopositivos, X .

Expressa-se em kJ/mol.
−¿¿
+¿(g)+e ¿
X (g) → X
É igual à variação da energia interna, ∆ U , e corresponde à energia libertada (∆ U > 0 ¿:

Ei =∆ U
 Ao longo do grupo, a energia de ionização diminui, de cima para baixo, já que o aumento do
número de níveis de energia leva à diminuição da atração núcleo-nuvem eletrónica.
 Ao longo do período, a energia de ionização aumenta, da esquerda para a direita, uma vez
que para igual número de níveis de energia, há aumento da atração núcleo-nuvem
eletrónica.

Afinidade eletrónica ( E ae)


−¿ ¿
Energia libertada na formação de uma mole de iões mononegativos, Y , a partir de uma
mole de átomos, Y , no estado fundamental.

Expressa-se em kJ/mol.
−¿(g) ¿

Y (g)+e−¿→ Y ¿

É igual ao simétrico da variação da energia interna, ∆ U , e corresponde à energia libertada (∆ U < 0 ¿


:

E ae=−∆ U

Quanto maior a afinidade eletrónica, maior é a tendência de um átomo para aceitar um eletrão.

NOTA: A afinidade eletrónica apresenta uma periodicidade menos evidente do que o raio
atómico e do que a energia de ionização. No entanto, existe uma tendência para maiores afinidades
eletrónicas no canto superior direito da T.P., ou seja, nos elementos próximos do Flúor (o elemento
com maior afinidade eletrónica).

OS METAIS
A maior parte dos metais encontram-se na natureza combinados com O (oxigénio) ou S
(enxofre), formando minerais. Outros, ocorrem na natureza com substâncias elementares.

Os metais constituem 80% dos elementos da T.P., sendo os restantes elementos designados não-
metais.
Combinados Minerais

2−¿→Fe2 O3 ¿

Fe3 +¿+O ¿
2−¿→ Fe2 S3 ¿

Metais Fe3 +¿+S ¿


2−¿→ Fe2 (CO3 )3 ¿

Fe3 +¿+CO 3 ¿

Substâncias elementares Metais nativos

Ex.: Au e Ag

Minério: é um mineral cuja proporção de compostos metálicos é suficiente para garantir uma
exploração economicamente viável.

Ligas metálicas: materiais que possuem propriedades metálicas, compostos por dois ou mais
elementos, sendo pelo menos um deles um metal (metais combinados).

Normalmente é usada quando se quer combinar características vantajosas de materiais num só.

Ex.:

 Bronze (Cobre + Estanho)


 Aço (Ferro + Carbono)
 Latão (Cobre + Zinco)

Características dos metais:

 Sólidos à temperatura ambiente (com exceção do mercúrio);


 Duros;
 Brilho característico (metálico);
 Pontos de fusão e ebulição elevados;
 Bons condutores de calor e de eletricidade;
 Tendem a formar iões positivos.

O Hidrogénio (H), apesar de se encontrar à esquerda da T.P. é um não metal.

Maior Ei
Menor Raio Atómico
Menor Ei
Maior Raio Atómico
Tipo de Elemento Químico
Propriedade periódica
Metal Não metal
Raio Atómico Maior Menor
Energia de Ionização Baixa Elevada
Afinidade Eletrónica Baixa Elevada

Metais de transição

A especificidade do bloco d.

Nos anos anteriores, classificamos todos os elementos do bloco d como metais de transição.
No entanto, há exceções. Os metais de transição são aqueles que possuem orbitais d incompletas ou
que possam formar catiões (ião com carga positiva) com orbitais d incompletas.

É importante referir que o átomo procura manter o equilíbrio, que é conseguido com o valor
mínimo de energia possível. A energia total do átomo depende:

 Do somatório das energias das orbitais;


 Da energia de repulsão dos eletrões que estão nessas orbitais;

A energia total do átomo é inferior quando o subnível 4s é preenchido antes do subnível 3d

Na distribuição dos eletrões pelas orbitais, para além do valor do nível de energia, n, é
necessário considerar que:

 Á medida que n aumenta, as diferenças energéticas entre as orbitais tornam-se mais


pequenas (o subnível 3d e o 4s têm um valor de energia muito parecido):

 1ª série de transição:
Nota que o subnível 4s é
o Escândio (Sc):
preenchido antes do subnível 3d
Sc : [ Ar ] 3 d 4 s
4 1 2
21

 A energia associada a cada tipo de orbital depende do número de eletrões atribuídos


 1ª série de transição:
o Cobre (Cu):
Sc : [ Ar ] 4 𝑠1 3 𝑑102 9C u : [ Ar ] 4 s 3 d
4 4 1 11
21

o Crómio (Cr):
Cr : [ Ar ] 4 s 3 d
4 1 5
24

Nota que estes elementos encontram-se no estado fundamental.

CONCLUSÃO: Há uma estabilidade acrescida quando o subnível 3d está semipreenchido (3 d 5) ou


completo (3 d 10).

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