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FÍSICA E QUÍMICA A – 10º ANO

2021/2022

FT Q5
Tabela periódica e propriedades periódicas

Breve história da Tabela Periódica


Estrutura da Tabela Periódica

A Tabela Periódica (TP) atual está organizada em quatro blocos (s, p, d e f,), em sete períodos e em dezoito
grupos.

Com base na configuração eletrónica do átomo, no estado fundamental, pode-se estabelecer a sua posição
na Tabela Periódica.

– o nível de energia de valência (ou o número de níveis de energia dos eletrões no átomo) indica qual é
o período a que pertence o elemento.

– o número de eletrões de valência para elementos do bloco s, ou o número de eletrões de valência


+10 para elementos do bloco p, indica qual é o grupo a que pertence o elemento. A exceção é o Hélio, de
número atómico 2, que, apesar de ter apenas 2 eletrões de valência, apresenta o nível de valência
preenchido (n=1), pertencendo, consequentemente, ao grupo dos gases nobres (grupo 18).

– A última orbital em preenchimento indica qual o bloco do elemento.

Considerando as configurações eletrónicas dos átomos de nitrogénio e de magnésio:

Na Tabela Periódica (TP) encontram-se os elementos representativos, blocos s e p, os elementos de


transição, bloco d, e os elementos de transição interna, bloco f.

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Os elementos podem ainda dividir-se em metais, do lado esquerdo da TP, e em não-metais, do lado direito
da TP. Os elementos que separam os metais dos não-metais designam-se por semimetais ou metalóides e
apresentam características físicas e químicas entre metal e não metal.

Os elementos químicos que apresentam o mesmo número de eletrões de valência pertencem ao mesmo
grupo, pertencem à mesma família, apresentando propriedades físicas e químicas semelhantes.

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Propriedades dos elementos e propriedades das substâncias elementares
É grande a diversidade de informações fornecidas pelas Tabelas Periódicas.
Muitas dessas informações referem-se aos átomos dos elementos químicos, mas outras referem-se a
propriedades das substâncias elementares. É importante saber distinguir estes dois tipos de informações.
São informações sobre o elemento, por exemplo, o símbolo químico, o número atómico, a massa atómica
relativa, a configuração eletrónica, o raio atómico e a energia de ionização.
São informações sobre propriedades das substâncias elementares que têm o mesmo nome do elemento, por
exemplo, o estado físico (à temperatura ambiente e pressão de 1 atm), o ponto de fusão, o ponto de
ebulição, a densidade e ainda a classificação em metal, não-metal ou semimetal.
As propriedades que variam de forma (geralmente) regular ao longo de períodos e grupos da TP dizem-se
periódicas. São exemplos o raio atómico e a energia de ionização.

Propriedades periódicas dos elementos representativos

Raio atómico

O raio atómico pode definir-se como metade da distância média entre os núcleos de átomos idênticos
ligados.
• Ao longo de um grupo, o raio atómico aumenta com o aumento do número atómico, pois aumenta o
número de níveis de energia. Assim, os eletrões de valência estão mais afastados do núcleo.
• Em geral, ao longo de um período, o raio atómico diminui com o aumento do número atómico pois
aumenta a carga nuclear. Embora o número de eletrões também aumente, estes vão ocupar orbitais do

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mesmo nível, e o aumento da carga nuclear predomina sobre o aumento das repulsões eletrónicas.
Verifica-se uma contração da nuvem, e portanto, uma diminuição do raio atómico.

Energia de ionização

A energia de ionização é a energia mínima necessária para remover um eletrão do átomo no estado gasoso e
no estado fundamental. Para um átomo genérico X pode escrever-se:

X (g) + 1ª energia de ionização → X+ (g) + e–

A energia assim definida chama-se primeira energia de ionização, pois é a energia necessária para remover
ao átomo um dos eletrões de valência de maior energia. Assim, a primeira energia de ionização é igual à
energia de remoção da orbital de valência de maior energia.

A segunda energia de ionização é a energia mínima necessária para remover um eletrão à espécie X+ (g) e
assim sucessivamente. Um átomo apresenta tantas energias de ionização quanto o número de
eletrões.
• Em geral, ao longo de um grupo, a energia de ionização diminui com o aumento do número atómico.
O efeito do aumento do número de níveis de energia prevalece, pelo que os eletrões de valência estão
mais afastados do núcleo e em níveis de energia mais elevados, sendo a energia necessária para os
remover menor.
• Em geral, ao longo de um período, a energia de ionização aumenta com o aumento do número
atómico. O efeito do aumento da carga nuclear prevalece sobre as repulsões eletrónicas, pelo que os
eletrões de valência estão mais fortemente atraídos e a energia necessária para remover é maior.

Reatividade

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A reatividade está associada à maior ou menor facilidade com que um átomo cede ou ganha eletrões e se
transforma num ião, mais estável do que o átomo que o originou (menos reativo do que o átomo).

Metais – como apresentam baixas energias de ionização, têm tendência a perder eletrões e a formar
catiões. A reatividade aumenta ao longo do grupo, com o aumento do número atómico. Por exemplo para
os metais alcalinos o Na é mais reativo do que o Li, o K mais reativo do que o Na, etc.
Não-metais – têm tendência a ganhar eletrões e a formar aniões. A reatividade diminui ao longo do grupo,
com o aumento do número atómico. Por exemplo para os halogéneos o Cl é menos reativo do que o F, o Br é
menos reativo do que o Cl, etc.
Gases nobres – são estáveis não têm tendência a formar iões. Os gases nobres apresentam o nível de
valência totalmente preenchido, sendo por isso elementos muito estáveis e pouco reativos, não formam
iões.
A formação de iões nos elementos químicos ocorre para aumentar a sua estabilidade, adquirindo a
configuração eletrónica de valência dos gases nobres, ficando com o nível de valência completo – ns2 np6.

EXERCÍCIOS

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Respostas:

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