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Unidade 1 - 3.

Tabela Periódica

3.1. Estrutura da Tabela Periódica

A TP está organizada por ordem crescente de números atómicas.


● Grupos - colunas
○ Elementos representativos - grupos 1, 2 e 13 a 18
○ Elementos de transição - grupos 3 a 12
● Períodos - linhas horizontais
A linha quebrada separa os metais (à esquerda) dos não metais (à direita). Os semi-metais
apresentam características de metais e não metais, dependendo das condições.

Relação entre a distribuição eletrónica e a sua posição na TP:


● Todos os elementos do mesmo período têm o mesmo número de níveis eletrónicos
● Todos os elementos do mesmo grupo têm o mesmo número de eletrões de valência, por
isso, têm propriedades químicas semelhantes
● Quanto aos elementos representativos:
○ Os elementos dos grupos 1 e 2 têm, respectivamente, 1 e 2 eletrões de valência
○ Os elementos dos grupos 13 a 18 têm, respectivamente, 3 a 8 eletrões de valência
(obtém-se o número do grupo adicionando-se 10 ao n.º de elétrons de valência)
● Relativamente às orbitais de valência:
○ Os elementos dos grupos 1 e 2 têm os elétrons de
valência na orbital s - elementos do bloco s
○ Os elementos dos grupos 13 a 18 têm a orbital s
preenchida e a orbital p em preenchimento -
elementos do bloco p
○ Os elementos dos grupos 3 a 12 têm as orbitais d e f
em preenchimento - elementos dos blocos d e f

As propriedades que se referem aos elementos são:


- símbolo
- número atómico (Z - n.º de protões)
- configuração eletrónica
- massa atómica relativa
- energia de ionização (energia de remoção do eletrão)
- nome do elemento

As propriedades que se referem às substâncias elementares:


- ponto de ebulição
- ponto de fusão
- massa volúmica
- estado físico
3.2. Propriedades Periódicas dos Elementos

As propriedades periódicas dos elementos têm uma relação direta com a sua configuração
eletrónica. Esta relação pode ser explicada com base em 3 fatores:
- Aumento do n.º de níveis eletrónicos nas orbitais de valência - com o aumento do n.º de
camadas, os eletrões de valências são mais energéticos e têm menos atração nuclear
- Aumento da carga nuclear - os eletrões sofrem mais atração nuclear, conduzindo à uma
contração da nuvem eletrónica
- Aumento do n.º de eletrões - há maior repulsão entre eletrões e a nuvem eletrónica
expande-se

IMPORTANTE:
Ao longo do grupo, o efeito predominante é o aumento de n.º de níveis de energia.
Ao longo do período, o efeito predominante é o aumento da carga nuclear.

Variação do Raio Atómico e do Raio Iónico

Raio Atómico = metade da distância entre os núcleos de 2 átomos vizinhos do mesmo elemento
- Aumenta ao longo do grupo - aumentam os níveis de energia, o que faz com que os
eletrões de valência estejam cada vez mais afastados do núcleo
- Diminui ao longo do período - os níveis de energia não aumentam mas aumenta a carga
nuclear, logo os eletrões sentem mais atração nuclear e a nuvem eletrónica diminui

Raio Iónico = raio do ião


- O raio do catião é menor que o raio atómico (perde eletrões)
- O raio do anião é maior que o raio atómico (ganha eletrões)

Nos iões isoeletrónicos (iões com igual n.º de eletrões):


- O raio diminui à medida que aumenta o número atómico (o aumento de protões aumenta a
carga nuclear)
- Quanto mais negativa é a carga do ião, maior é o raio iónico

Variação da Energia de Ionização

● A energia de ionização diminui ao longo do grupo


Aumenta n.º de níveis de energia →maior o afastamento dos eletrões ao núcleo →maior raio atómico
→menor energia de ionização

● A energia de ionização aumenta ao longo do período


Maior n.º atómico →maior atração ao núcleo →menor raio atómico →maior energia de ionização

NOTA: teoricamente, existem tantas energias de ionização quanto o n.º de elétrons e a energia de
ionização aumenta, quanto maior a proximidade do eletrão ao núcleo.
Logo I1 < I2 < I3…
3.3. Algumas famílias da tabela periódica

Os metais, por terem poucos eletrões de valência, possuem baixas energias de ionização e têm
tendência a ceder eletrões - formam catiões. Quanto maior a facilidade de perder eletrões (ou
seja, quanto menor a energia de ionização), maior o carácter metálico.
Pelo contrário, os não-metais, por terem muito eletrões de valência, têm tendência a captar
eletrões - formam aniões.

Grupo 1 - família dos metais alcalinos

➔ Os elementos têm 1 eletrão de valência e, por isso, têm tendência a originar iões
monopositivos
➔ A reatividade aumenta ao longo do grupo
➔ Li, Na, K, Rb, Cs, Fr

Grupo 2 - família dos metais alcalinoterrosos

➔ Os elementos têm 2 eletrões de valência e, por isso, têm tendência a originar iões dipositivos
➔ A reatividade aumenta ao longo do grupo
➔ Be, Mg, Ca, Sr, Ba, Ra

Grupo 17 - família dos halogênios

➔ Os elementos têm 7 eletrões de valência e, por isso, têm tendência a originar iões
mononegativos (designados halogenetos ou haletos)
➔ A facilidade de captar elétrons diminui ao longo do grupo, porque como aumenta o número de
níveis de energia, diminui a atração do núcleo
➔ F, Cl, Br, I, At

Grupo 18 - família dos gases nobres

➔ Os subníveis s e p estão totalmente ocupados, por isso, são quimicamente muito estáveis
➔ São quimicamente inertes: não participam em reações químicas, não formam iões (também
designados gases inertes)
➔ He, Ne, Ar, Kr, Xe, Rn

NOTA: o hidrogénio está incluído no grupo 1 porque possui apenas 1 eletrão; não possui
características nem propriedades semelhantes aos metais alcalinos

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