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PROPRIEDADES PERIÓDICAS

INTRODUÇÃO
As propriedades periódicas permitem, a partir da análise da localização
de um elemento na tabela periódica, inferir suas principais características ou
tendências. Assim, de maneira geral, pode-se dizer que as propriedades de
físicas e químicas de um elemento químico irão variar de maneira periódica,
de acordo com o número atômico dos elementos.

PRINCIPAIS PROPRIEDADES PERIÓDICAS


RAIO ATÔMICO
O raio atômico é uma medida definida como a metade da distância entre
dois núcleos de um mesmo tipo de átomo.

De maneira geral, pode-se dizer que quanto maior a quantidade de


camadas, maior será o átomo, e maior será o seu raio. Sendo assim, o raio
de um elemento cresce na medida em que se desce ao longo dos períodos.
Porém, há outro fator importante: o número de prótons no núcleo. Ou
seja, quanto maior o número de prótons em um núcleo, maior a atração
destes sob os elétrons, o que faz com que o raio diminua. Sendo assim,
quanto maior o número atômico, menor o raio; e quanto maior a quantidade
de camadas, maior o raio.
Essa propriedade sofre variação na tabela periódica de acordo com a
seguinte tendência:
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RAIO IÔNICO
O raio atômico de um átomo sofre alteração ao ocorrer ganho ou perda
de elétrons. De maneira geral, pode se dizer que:
Raio do cátion: quando um átomo perde elétron, a tendência é que a
atração do núcleo sobre os elétrons restantes aumente. Sendo assim, a
tendência é que o raio do cátion, em relação ao átomo neutro, diminua.
Exemplo:
raio atômico e raio iônico

Raio do ânion: quando um átomo ganha um elétron, este, ao se instalar


na camada de valência, acaba aumentando a repulsão entre os elétrons ali
já presentes. Sendo assim, a tendência é que o raio do ânion, em relação ao
átomo neutro, aumente.
raio atômico e raio iônico

Quando a comparação for entre íons isoeletrônicos, o que deve ser


levado em consideração é a carga nuclear (número de prótons). Quanto
maior for a carga nuclear, maior será a atração do núcleo sobre a eletrosfera.
Sendo assim, o raio iônico ficará menor.
Exemplo: 20Ca2+ < 19K+ < 18Ar < 17Cl – < 16S2-
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POTENCIAL (OU ENERGIA) DE IONIZAÇÃO


É definido como a energia necessária para se remover um elétron de um
átomo isolado, no estado fundamental e na fase gasosa.
Quanto maior o raio, maior a facilidade
de remover um elétron, uma vez que a
atração do núcleo sobre o elétron é menor.
Sendo assim, quanto maior o raio, menor a
energia necessária para remover o elétron.
Assim, as setas indicando a periodicidade
são contrárias à do raio atômico:
Considerando que a atração
núcleo-elétrons aumenta na medida
em que um elétron é removido, as
energias de ionização para remover
elétron de um átomo que já teve elétron
removido, serão cada vez maiores.
Vale salientar que os gases nobres
apresentam energias de ionização
elevada, uma vez que já estão estáveis.

AFINIDADE ELETRÔNICA
É a energia liberada quando um átomo, isolado e no estado gasoso,
recebe um elétron. De maneira geral, metais terão menor afinidade eletrônica,
e ametais, maior afinidade eletrônica. Essa propriedade não se aplica aos
gases nobres, uma vez que já são estáveis.
Quando um átomo apresenta um
raio pequeno, há maior facilidade em
captar o elétron. E, quando apresenta
um raio grande, há maior dificuldade
em captar o elétron. Sendo assim, a Afinidade Eletrônica
periodicidade pode ser expressa da
seguinte maneira:
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ELETRONEGATIVIDADE
É capacidade de um átomo em atrair elétrons em uma ligação química.
Assim, quanto menor o raio atômico, maior a atração do núcleo sobre o elétron
compartilhado. Assim, quanto menor o raio, maior a eletronegatividade.
Assim, a periodicidade pode ser expressa da seguinte maneira:

eletronegatividade
Lembre-se: não se
define eletronegatividade para gases nobres.

O flúor, 9F, é o elemento mais eletronegativo da tabela. Por ter um raio


pequeno, seu núcleo exerce grande atração nas duas camadas que este
átomo apresenta, o que explica sua elevada eletronegatividade.

A eletronegatividade não é definida para gases nobres, pois estes não


tendem a fazer ligação química. Porém, em 1962, o cientista Neil Bartlet
sintetizou o primeiro composto contendo um gás nobre: o Xe(PtF6)x, onde
x igual 1 ou 2.
Isso só foi possível graças a elevada eletronegatividade do flúor. A
partir de então, outros compostos, como o XeF4, foram sintetizados.
O XeF4 é um composto extremamente reativo, reagindo violentamente
com algumas substâncias, é corrosivo, e pode provocar explosões.
Portanto, sua síntese só é realizada em laboratórios com alto padrão de
segurança.
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ELETROPOSITIVIDADE (CARÁTER METÁLICO)


É a capacidade de um átomo em perder elétrons, formando um cátion.
Essa propriedade não se aplica aos gases nobres, uma vez que, por serem
estáveis, não perdem elétrons.

Há outras propriedades periódicas, tais como ponto de fusão e


ebulição, e densidade. São propriedades que apresentam maior variação,
portanto, é mais difícil de prever tendências:

Densidade
O ósmio, elemento de maior densidade da tabela, é cancerígeno,
podendo causar mutação celular.

Ponto de fusão e ebulição


O tungstênio, W, é o elemento de maior ponto de fusão da tabela. Por
essa razão, é utilizado como filamento de lâmpadas incandescentes.

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