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Introdução

A ligação química é a união de dois ou mais átomos de elementos iguais ou diferentes, que
buscam perder, ganhar ou compartilhar electrões para ficarem estáveis.
“Ligação química” foi um termo usado pela primeira vez por Gilbert Newton Lewis no ano
de 1920 em um artigo para explicar por que os átomos se mantêm unidos para formar as
substâncias e também por que eles permanecem unidos ao longo de milhares de anos.
Assim, Gilbert N. Lewis e também o cientista Water Kossel chegaram à conclusão de que os
átomos dos outros elementos ligam-se para ficarem com oito electrões (ou dois, no caso de
possuir somente a camada K) e, dessa forma, estabilizarem-se. Criou-se, então, a teoria
electrónica da valência, que indica quantas ligações químicas o átomo de um elemento
realiza.
Os átomos realizam ligações químicas, procurando perder, ganhar ou compartilhar electrões
da camada de valência até atingirem a configuração do próximo gás nobre. Essa teoria passou
também a ser chamada de regra do Octeto.

Electrões de Valência

O átomo possui dois tipos de electrões: os electrões das camadas internas, que não participam
de reacções químicas, e os electrões da camada mais externa, chamados electrões de valência.
Estes últimos são os que determinam as propriedades químicas do elemento químico, pois as
reacções químicas das quais o elemento químico participa envolve a perda, o ganho ou o
rearranjo dos electrões de valência de seus átomos. Nos elementos do grupo principal
(grupos 1A a 8A), também chamado de grupo principal, os electrões de valência pertencem
aos subníveis s e p. Quando um elemento possui o subnível d totalmente preenchido, os
electrões deste subnível são considerados electrões de camada interna.

Estrutura de Lewis

Os electrões de valência de um átomo são representados através das estruturas de Lewis ou


dos símbolos de Lewis. Nesta estrutura, o núcleo do átomo é representado pelo seu símbolo.
Os electrões de valência representados por um ponto são colocados ao redor do símbolo, um
de cada vez até o total de quatro.
Regra do Octeto

Gilbert Newton Lewis propôs uma teoria para explicar a ligação entre os átomos, que ficou
conhecida como modelo de octeto de electrões (ou, simplesmente, regra do octeto). De
acordo com esse modelo:
Os átomos dos diferentes elementos ligam-se uns aos outros, doando, recebendo ou
compartilhando electrões na tentativa de adquirir uma configuração eletrônica igual a de um
gás nobre (estável): 8 electrões na camada de valência ou, então, 2 electrões se a camada de
valência for a primeira camada.
A configuração eletrônica com a camada da valência completa é chamada configuração
estável e os átomos dos gases nobres são os únicos que já têm a camada da valência
completa.

As ligações químicas classificam-se em:


• ligações intramoleculares:
Ocorrem entre os átomos para formar moléculas, responsáveis pelas propriedades químicas
dos compostos e são elas: Iónica, Covalente e Metálica.
• ligações ou forças intermoleculares:
Ocorrem entre as moléculas, responsáveis pelas propriedades físicas dos compostos, são elas:
íon-dipolo; dipolo-dipolo, dipolo-induzido e ligação de hidrogénio.

Ligação iónica

Átomos que formam íons com facilidade tendem a constituir entre si um tipo de ligação
conhecida como ligação iónica ou eletrovalente. É o que ocorre entre átomos que apresentam
facilidade em perder electrões (ou seja, que têm baixo potencial de ionização) e átomos com
facilidade em receber electrões (os de alta afinidade electrónica). É devido a essa
complementaridade que os átomos com 1, 2 ou 3 electrões na última camada (geralmente
metais) tendem a perdê-los para átomos que possuem 5, 6 ou 7 electrões na última camada
(geralmente não-metais). Nessa transferência de electrões, os átomos obedecem à regra do
octeto, ou seja, ficam ambos com 8 electrões na última camada, formando uma ligação
iónica.

Da combinação de um metal com um não-metal, ou da combinação de um metal com o


hidrogénio resulta uma substância iónica.
Todo composto iônico apresenta íons fortemente unidos devido a atração entre cargas
elétricas de sinais opostos: os cátions e ânions presentes no retículo cristalino.
Dessa forma, os compostos iônicos apresentam as seguintes características:
1. São sólidos na temperatura ambiente (formam retículo cristalino)
2. Possuem altos pontos de fusão e ebulição
3. São condutores de eletricidade quando fundidos ou em solução aquosa (entretanto, os
sólidos iônicos são maus condutores de eletricidade)
4. Solúveis em água
5. Quando submetidos a impacto quebram facilmente, produzindo faces planas. São, portanto,
duros e quebradiços

Determinação das fórmulas dos compostos iónicos


A fórmula correcta de um composto iónico é aquela que estabelece a proporção mínima de
combinação entre os átomos, de modo a formar um sistema eletricamente neutro.
Exemplo: Qual a fórmula do composto resultante da união dos elementos 19K e 8O?
19K → 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s1 → grupo 1 → perde 1 é → K+1

8O → 1s2 2s2 2p4 → grupo 16 → ganha 2 é → O2- ou seja,


Há elementos químicos que formam cátions com várias cargas. É o que ocorre, por exemplo,
com o Ferro, que forma os cátions Fe + 2 e Fe + 3. Nesse caso, há duas possibilidades de
nomenclatura:
1) Usar números romanos:

2) Usar os sufixos OSO (carga menor) e ICO (carga maior).


FeO = Óxido ferroso e Fe2O3 = Óxido férrico

Ligação covalente ou molecular

Ocorre entre átomos com tendência de receber electrões. Nesse tipo de ligação, ocorre o
compartilhamento ou emparelhamento de electrões (note bem que na ligação iónica ocorria a
doação ou transferência de electrões), ou seja, quando dois átomos precisam ganhar electrões
para adquirir a configuração electrónica de um gás nobre (adquirir estabilidade), eles
compartilham seus electrões mais externos, de modo que um átomo possa “utilizar” os
electrões do outro.
Genericamente, para a molécula diatómica XY, temos:

Na ligação covalente, ao contrário da ligação iónica, nenhum dos participantes deseja doar
electrões.
Os pares eletrônicos que se formam são constituídos por um electrão de cada átomo e
pertencem simultaneamente a ambos os átomos ligados. Nesse caso, não ocorre nem ganho
nem perda de electrões e as estruturas formadas são eletricamente neutras. Os conjuntos
formados através de ligações covalentes apresentam-se como unidades isoladas e de grandeza
limitada, chamadas moléculas; por isso a ligação covalente é também chamada ligação
molecular. Então, as substâncias formadas por ligação covalente são chamadas de
substâncias moleculares e podem ser sólidas, líquidas e gasosas.
Ex.: C12H22O11 → açúcar (sólido)
H2O → água (líquido)
CO2 → gás carbônico (gasoso)

Ligação Covalente Coordenada ou dativa

A ligação covalente coordenada dativa, conhecida também como apenas ligação dativa, é a
que une dois átomos através de um ou mais pares de electrões provenientes de apenas um
desses átomos. Nesse tipo de ligação, apenas um desses átomos já apresentava anteriormente
o octeto completo.
Exemplo:
1) SO2 - dióxido de enxofre, um poluente atmosférico comum nas grandes cidades.
a) Fórmula molecular: SO2

b) Fórmula electrónica:
c) Fórmula estrutural:

Ligação metálica

Num sólido, os átomos estão dispostos de maneira variada, mas sempre próximos uns aos
outros, compondo um retículo cristalino. Enquanto certos corpos apresentam os electrões
bem presos aos átomos, em outros, algumas dessas partículas permanecem com certa
liberdade de se movimentarem no cristal. É o que diferencia, em termos de condutibilidade
elétrica, os corpos condutores dos isolantes. Sendo assim, uma vez que os metais são bons
condutores de corrente elétrica, é de se esperar que eles possuam electrões livres em sua
estrutura para se movimentar. Essa é uma das evidências que conduziram à elaboração do
modelo da ligação química existente nos metais. Como visto anteriormente (em ligações
iónicas), os metais não exercem uma atração muito alta sobre os electrões da sua última
camada (têm grande tendência a perder electrões da última camada e transformar-se em
catiões) e, por isso, possuem alta tendência de perder electrões (esses electrões, entretanto,
são simultaneamente atraídos por outros íons, que então o perdem novamente e assim por
diante. Por isso, apesar de predominarem íons positivos e electrões livres, diz-se que os
átomos de um metal são eletricamente neutros). Dessa forma, um metal sólido é constituído
por átomos metálicos (cátions) em posições ordenadas com seus electrões de valência livres
para se movimentar por todo o metal. Assim, temos um “amontoado” organizado de íons
metálicos positivos
mergulhados em um “mar de electrões” livres. Este é o chamado modelo do mar de
electrões (ou modelo do gás electrónico) que explica, por exemplo, a condutividade elétrica,
a maleabilidade, a ductilidade e outras propriedades dos metais.

• Propriedades dos metais


a) Brilho característico;
b) Alta condutividade térmica e elétrica;
c) Altos pontos de fusão e ebulição;
d) Maleabilidade (fáceis de transformar em lâminas);
e) Ductibilidade (fáceis de transformar em fios);
f) Resistência à tração (o que permite, por exemplo, utilizar metais como o ferro – sob a
forma de aço – em cabos de elevadores).
Conclusão

Na realização do seguinte trabalho de pesquisa, tive como conclusão que dois átomos que
estejam perto o suficiente para seus orbitais atómicas se ligarem, denomina-se ligação
Química. Os valores de electronegatividade para dois átomos podem ser similares e muito
diferentes. Nos similares, os átomos são classificados como Metais que apresentam uma
ligação Metálica e Não-Metais que apresentam uma ligação Covalente e os valores de
electronegatividade são Muito Próximos que refere-se a Covalente Apolar e Diferente
referente a Covalente Polar. Na electronegatividade Muito Diferente acontece a Ligação
Iónica
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FILGUEIRAS, C. A. L. Geometria Molecular. Química Nova, v.8, n. 4, São Paulo, 1985, p.


329-332.
SUBRAMANIAN, N.; SALDANHA, T. C. B. I – Sobre o Procedimento para Escrever
Estrutura de Lewis. Química Nova, v. 12, n. 1, 1989, p. 59-66.
MORTIMER, E. F., MOL, G., DUARTE, L. P. Regra do octeto e teoria da ligação química
no ensino médio: dogma ou ciência? Química Nova, v. 17, n. 3, 1994, p. 243-252.
PERUZZO, Francisco Miragaia; CANTO, Eduardo Leito do. Química Geral e Inorgânica.
4. ed. São Paulo: Moderna , 2006. Vol. 1. 648 p. (Química na Abordagem do Cotidiano).
VALLE, Cecília. Tecnologia e Sociedade: 8ª série. 2. ed. Curitiba: Positivo, 2005. 320 p.
(Coleção Ciências).
FELTRE, Ricardo. Fundamentos da Química. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2001. Vol.
Único. 740 p.

Sites consultados:
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/quimica/o-que-e-uma-ligacao-quimica.htm
https://www.bing.com/search?q=o+que+%c3%a9+uma+liga%c3%a7%c3%a3o+qu
%c3%admica&FORM=R5FD1
https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/ligacoes-quimicas/
http://www.tchequimica.com

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