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A regra do octeto termina com 8 elétrons em sua ultima camada para todos os
gases nobres,exceto o hélio que termina com 2 elétrons na camada de valência.
O lítio tem um elétron em sua camada de valência, mantido com pouca dificuldade
porque sua energia de ionização é baixa. O flúor possui 7 elétrons em sua camada de
valência. Quando um elétron se move do lítio para o flúor, cada íon adquire a
configuração de gás nobre. A energia de ligação proveniente da atração eletrostática dos
dois íons de cargas opostas tem valor negativo suficiente para que a ligação se torne
estável.
Ligações iônicas são um tipo de ligação química baseada na atração
eletrostática entre dois íons carregados com cargas opostas. Na formação da ligação
iônica, um metal tem uma grande tendência a perder elétron(s), formando um íon positivo
ou cátion. Isso ocorre devido à baixa energia de ionização de um metal, isto é, é
necessária pouca energia para remover um elétron de um metal.
Se estes processos estão interligados, ou seja, o(s) elétron(s) perdido(s) pelo metal
é(são) ganho(s) pelo ametal, então, seria "como se fosse" que, na ligação iônica, houvesse
a formação de íons devido à "transferência" de elétrons do metal para o ametal. Esta
analogia simplista é muito utilizada no Ensino Médio, que destaca que a ligação iônica é
a única em que ocorre a transferência de elétrons. A regra do octeto pode ser utilizada
para explicar de forma simples o que ocorre na ligação iônica. Exemplo: Antes da
formação da ligação iônica entre um átomo de sódio e cloro, as camadas eletrônicas se
encontram da seguinte forma:
11Na - K = 2; L = 8; M = 1
17Cl - K = 2; L = 8; M = 7
O sódio possui 1 elétron na última camada (camada M). Bastaria perder este
elétron para que ele fique "estável" com 8 elétrons na 2ª camada (camada L). O cloro
possui 7 elétrons na sua última camada (camada M). É bem mais fácil ele receber 1 elétron
e ficar estável do que perder 7 elétrons para ficar estável, sendo isto o que acontece.
Assim que os dois átomos se aproximam, o elétron de cada átomo começa a sentir
a atração de ambos os núcleos. Isto provoca um deslocamento da densidade eletrônica em
torno de cada átomo para a região entre os dois átomos. Portanto assim que a distância
entre os dois núcleos diminui, ocorre um aumento na probabilidade de encontrarmos
ambos elétrons nas proximidades de ambos os núcleos. De fato, quando a molécula é
formada, cada um dos átomos de hidrogênio na molécula de H2 realiza o
compartilhamento dos dois elétrons.
Cada ligação covalente é caracterizada por duas grandezas, a distância média entre
dois núcleos, mantidos juntos pela ligação, e a energia necessária para separar os dois
átomos para produzir, novamente, os átomos neutros. Na molécula de hidrogênio, as
forças atrativas puxam os núcleos para uma distância de 75 pm, e essa distância é
chamada comprimento de ligação (ou, as vezes, distância de ligação). Pelo fato de uma
ligação covalente manter os átomos unidos, é necessário realizar trabalho (energia precisa
ser fornecida) para separá-los. A quantidade de energia necessária para "quebrar" a
ligação (ou a energia liberada quando a ligação é formada) é chamada energia de ligação.
Ligação metálica
A ligação metálica ocorre entre metais, isto é, átomos de alta eletropositividade
(tendência a doar elétrons).
Num sólido, os átomos estão dispostos de maneira variada, mas sempre próximos
uns aos outros, compondo um retículo cristalino. Enquanto certos corpos apresentam os
elétrons bem presos aos átomos, em outros, algumas dessas partículas permanecem com
certa liberdade de se movimentarem no cristal. É o que diferencia, em termos de
condutibilidade elétrica, os corpos condutores dos isolantes. Nos corpos condutores,
muitos dos elétrons se movimentam livremente no cristal, de forma desordenada, isto é,
em todas as direções. E, justamente por ser caótico, esse movimento não resulta em
qualquer deslocamento de carga de um lado a outro do cristal.
Concluímos que, as ligações químicas são as interações que ocorrem entre átomos
para se tornarem uma molécula ou substância básica de um composto. Existem três tipos
de ligações: covalentes, metálicas e iônicas. Os átomos buscam, ao realizar uma ligação
química, estabilizar-se eletronicamente.
Chang, Raymond. Química Geral. São Paulo: McGraw Hill 1975. p.275
Cox, Michael M.; Doudna, Jennifer A.; O’Donnell, Michael. Biologia Molecular:
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https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/quimica/o-que-e-uma-ligacao-quimica.htm.