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CIÊNCIAS DA NATUREZA

E SUAS TECNOLOGIAS

Ligações Químicas

Química
Profº Erasmo Caires
2024
INTRODUÇÃO

Nas condições de temperatura e de pressão


ambientes, alguns materiais são sólidos (o carvão),
outros líquidos (a água) e outros gasosos (o ar);
alguns são duros (granito) e outros moles (cera);
alguns conduzem a corrente elétrica (metais),
outros não (borracha); alguns se quebram
facilmente (vidro), outros não (aço), e assim por
diante.
Por que existe essa grande diferença de
propriedades entre os materiais que
conhecemos?

Isso se deve, em grande parte, às ligações


existentes entre os átomos (ligações químicas)
e à arrumação espacial que daí decorre
(estrutura geométrica do material).
Na metade do século XIX, os cientistas já
haviam percebido que o átomo de hidrogênio
nunca se liga a mais de um outro átomo. Já, por
exemplo, o átomo de oxigênio pode se ligar a
dois átomos de hidrogênio, o de nitrogênio a
três de hidrogênio, o de carbono a quatro de
hidrogênio, como podemos ver a seguir:
A ideia de valência, entendida como a capacidade de um
átomo ligar-se a outros:

• hidrogênio tem uma valência (é monovalente);


• o oxigênio tem duas valências (é bivalente);
• o nitrogênio tem três valências (é trivalente);
• o carbono tem quatro valências (é tetravalente),

No entanto, foi somente em 1916 que os cientistas Gilbert


N. Lewis (1875-1946) e Walter Kossel (1888-1956)
chegaram a uma explicação lógica para as uniões entre os
átomos, criando a teoria eletrônica da valência.

 De fato, consideremos as configurações eletrônicas dos


gases nobres:
Exemplos:
Configuração eletrônica

Com exceção do hélio, constatamos que os átomos


dos gases nobres têm sempre 8 elétrons na última
camada eletrônica (é o chamado octeto eletrônico).
 Os átomos dos gases nobres têm pouca tendência
a se unir entre si ou com outros átomos

 Os átomos dos gases nobres têm o número


máximo de elétrons na última camada (em geral 8
elétrons, ou 2, no caso do hélio) que os cientistas
Lewis e Kossel lançaram a hipótese:

Os átomos, ao se unirem, procuram perder, ganhar


ou compartilhar elétrons na última camada até
atingirem a configuração eletrônica de um gás
nobre.
Regra do octeto:
Um átomo adquire estabilidade quando
possui 8 elétrons na camada eletrônica mais
externa, ou 2 elétrons quando possui apenas
a camada K
Na prática...

Quando dois átomos vão se unir, eles “trocam


elétrons entre si” ou “usam elétrons em
parceria”, procurando atingir a configuração
eletrônica de um gás nobre.
Surgem daí os três tipos comuns de ligação química:
Iônica - Covalente - Metálica
Ligação iônica ou eletrovalente
Conceitos gerais
Vamos considerar a reação entre o sódio e o cloro,
produzindo o cloreto de sódio:
Na + Cl → NaCl
Eletronicamente, essa reação é explicada esquematicamente do
seguinte modo:
Nesse exemplo, o átomo de sódio cede definitivamente 1
elétron ao átomo de cloro. Desse modo, forma-se um íon
positivo (cátion Na1) e um íon negativo (ânion CL2), ambos
com o octeto completo, ou seja, com a configuração de um
gás nobre (no caso, neônio e argônio, respectivamente).
Considerando que essa explicação envolve apenas os elétrons
da última camada (elétrons de valência), é comum simplificar
a representação anterior da seguinte maneira:
Tendo cargas elétricas opostas, os cátions e os
ânions se atraem e se mantêm unidos pela
chamada ligação iônica, originando-se assim a
substância cloreto de sódio (NaCl, que é o sal
comum usado em cozinha.
Na prática, porém, uma reação não envolve
apenas dois átomos, mas um número enorme de
átomos, de modo que no final teremos um
aglomerado envolvendo um número enorme de
íons, como mostramos na ilustração abaixo.
Exemplo com o magnésio e o cloro:

Mg + 2 Cl →
Exemplo entre o alumínio e o flúor

Al + 3 F → Al
Exemplo com o magnésio e o cloro:

Mg + 2 Cl →
Exemplo entre o alumínio e o flúor

Al + 3 F → Al
VIDEO: REAÇÃO DO SÓDIO
COM ÁGUA
Definição e regra geral de
formulação
Ligação iônica é a união entre átomos,
depois que um átomo transfere
definitivamente um, dois ou mais
elétrons a outro átomo.
Note, também, que na formulação de um composto
iônico é fundamental que a carga elétrica total do
cátion neutralize a carga elétrica total do ânion;
somente dessa maneira o aglomerado iônico ficará
neutro. Daí resulta o esquema geral de formulação,
mostrado ao lado. Nele, usa-se a carga elétrica do
cátion como índice do ânion, e vice-versa (basta
fazer o “cruzamento” ).
 A ligação iônica é, em geral, bastante forte e
mantém os íons firmemente “presos” no
reticulado. Por isso, os compostos iônicos são
sólidos e, em geral, têm ponto de fusão e ponto
de ebulição elevados.

 É importante também salientar que os


compostos iônicos podem conduzir corrente
elétrica, pois são formados por íons positivos e
negativos. É necessário, porém, dar
mobilidade a esses íons, o que pode ser
conseguido por fusão ou por dissolução do
composto em água.
Na prática...
AREIA + SERRAGEM EM
ÁGUA
Evidentemente, se colocarmos uma mistura de areia e
serragem em água, a areia irá ao fundo e a serragem flutuará
na água. Temos então uma sedimentação fracionada, que
nos permitirá separar a serragem da areia.

Sedimentação
fracionada

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