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LIGAÇÕES

QUÍMICAS
Química – Aula 6
Introdução
O fato de que as substancias são
diferentes entre si e, com isso, Em condições ambientes, só os gases Os átomos dos demais elementos
apresentam características próprias e nobres são formados por átomos isolados químicos, ao contrário, atraem-se não só
distintas se deve, em grande parte, às uns dos outros, ou seja, átomos que têm mutuamente como também átomos de
ligações existentes entre os átomos pouca tendência de se unir com outros outros elementos, formando agregados
(ligações químicas) e à arrumação átomos; dizemos então que eles são suficientemente estáveis, que constituem
espacial que daí decorre (estrutura muito estáveis (pouco reativos) as substâncias compostas.
geométrica do material).

Na prática, quando dois átomos vão se


Regra do octeto: Um átomo adquire unir, eles “trocam elétrons entre si” ou
. As forças que mantêm os átomos unidos
estabilidade quando possui 8 elétrons na “usam elétrons em parceria”, procurando
são fundamentalmente de natureza
camada eletrônica mais externa, ou 2 atingir a configuração eletrônica de um
elétrica e são responsáveis por ligações
elétrons quando possui apenas a camada gás nobre. Surgem daí os três tipos
químicas
K. comuns de ligação química — iônica,
covalente e metálica
LIGAÇÃO IÔNICA
Ligação iônica • A ligação iônica é aquela em que há transferência definitiva de
elétrons entre os átomos dos elementos químicos com formação
de íons.
• A ligação iônica, também chamada de ligação
eletrovalente ou heteropolar, é um tipo de ligação química que
ocorre quando o átomo de um metal cede definitivamente um ou
mais elétrons para o átomo de um ametal, semimetal ou
hidrogênio.
• Quando isso acontece, formam-se íons (daí a origem do termo
“ligação iônica”), ou seja, formam-se espécies químicas
carregadas eletricamente
• O átomo que doou um ou mais elétrons se torna um íon positivo,
denominado de cátion, enquanto o átomo que recebeu os elétrons
se torna um íon carregado negativamente, isto é, um ânion. Visto
que cargas opostas se atraem, esse tipo de ligação que se
estabelece é bem forte.
• Os átomos dos elementos doam ou recebem definitivamente
elétrons nas ligações para ficarem estáveis. Segundo a regra do
octeto, para ficar estável, o átomo deve possuir 8 elétrons na sua
camada de valência (última camada eletrônica) ou 2 no caso de
átomos que só possuem a camada K. 
• O exemplo mais emblemático é a ligação entre sódio e cloro na
formação de Cloreto de sódio
Cloreto de sódio
Aqui foi representada somente uma ligação. No entanto, na realidade, vários
íons desses se atraem, formando aglomerados de forma geométrica definida,
denominados de retículos cristalinos. É por isso, por exemplo, que o sal tem a
forma de pequenos cristaizinhos
É importante observar também que entre os átomos Na0 e Cl0 e os íons Na+ e
Cl- há uma diferença extraordinária. De fato, o sódio metálico (Na0 ) é
altamente reativo - pega fogo espontaneamente no ar (o sódio deve ser
guardado em recipientes contendo querosene ou benzeno), explode com a
água, queima a pele se o segurarmos com a mão. O gás cloro (Cl 2 ), por sua
vez, é altamente tóxico. Pelo contrário, o sal de cozinha (aglomerado Na +Cl-) é
uma substância que ingerimos todos os dias por meio de alimentos. Em
particular, o íon Na+ tem grande importância biológica, pois regula as trocas
de várias substâncias entre o sangue e as células de nosso organismo
Representação das ligações
iônicas
• Escreve-se sempre primeiro o cátion e depois o ânion;
• Visto que todo composto iônico é eletricamente neutro, as cargas individuais dos íons
não precisam ser escritas;
• Os números em subscrito que aparecem do lado direito de cada íon indica a proporção
entre os átomos do cátion e os do ânion. Esses números são chamados de índices e o
número 1 não é escrito.
Por exemplo, no caso do cloreto de sódio, temos que sua fórmula unitária é NaCl, pois
temos exatamente 1 cátion sódio para cada ânion cloreto.
o Al3+ possui três cargas positivas, enquanto que o F- possui apenas uma negativa, assim
são necessários três ânions fluoreto para neutralizar o composto. Com isso, concluímos
que sua fórmula unitária é AlF3.
Uma forma simples de chegar à fórmula unitária do composto iônico é trocar as suas
cargas pelos seus índices, como mostrado de forma genérica:
Representação eletrônica
Outra fórmula usada para representar as substâncias iônicas é
a fórmula de Lewis ou fórmula eletrônica, que representa os
elétrons da camada de valência dos íons “bolinhas” ao redor
do símbolo do elemento. No caso do sal, temos:
Ligação iônica na tabela
periódica
• A ligação iônica ocorre, em geral, entre átomos de metais com
átomos de não-metais, pois:
• os átomos dos metais possuem 1, 2 ou 3 elétrons na última
camada e têm forte tendência a perdê-los
• os átomos dos não-metais possuem 5, 6 ou 7 elétrons na última
camada e têm acentuada tendência a receber mais 3, 2 ou 1
elétron e, assim, completar seus octetos eletrônicos
• Os elementos da coluna 4A têm quatro elétrons na última
camada. Eles não apresentam tendência nem para perder nem
para ganhar elétrons. Por esse motivo, quando esses elementos se
unem a outros para atingir um octeto completo, tendem a não
formar ligações iônicas.
Quando um átomo perde elétrons, o núcleo passa a

Tamanho
atrair mais intensamente os elétrons restantes; desse
modo, o diâmetro ou raio do cátion é sempre menor
que o diâmetro ou raio do átomo original. Ao
contrário, quando um átomo recebe elétrons, a

dos íons
carga total da eletrosfera (negativa) tornase maior
do que a carga do núcleo (positiva); desse modo, a
atração do núcleo sobre o conjunto dos elétrons é
menor e, conseqüentemente, o raio do ânion é
sempre maior que o raio do átomo original
LIGAÇÃO
COVALENTE
Ligação covalente
• A ligação covalente é um tipo de ligação química que ocorre entre átomos
de hidrogênio, ametais e semimetais, com a finalidade de ficarem estáveis.
• A estabilidade eletrônica é alcançada quando o átomo fica com oito elétrons na sua
camada de valência (última camada eletrônica), ficando com a configuração de um
gás nobre, sendo que a única exceção é o hidrogênio, que fica estável com apenas
dois elétrons.
• Visto que não é possível que todos recebam elétrons, senão pelo menos um não
ficaria estável, então os átomos envolvidos na ligação covalente compartilham um
ou mais pares de elétrons.
Processo de ligação covalente
• Uma molécula de cloreto de hidrogênio (HCl) é formada por uma ligação
covalente entre um átomo de hidrogênio e um átomo de cloro.
• O átomo do hidrogênio possui somente um elétron na sua camada eletrônica,
precisando receber mais um elétron para ficar estável
• Por outro lado, o cloro possui 17 elétrons no estado fundamental, sendo que, na
sua camada de valência, ele tem sete elétrons. Isso significa que ele precisa
receber mais um elétron para ficar estável
• Assim, visto que tanto o hidrogênio quanto o cloro precisam receber um elétron,
eles compartilham um par de elétrons, ficando ambos estáveis:
Representação da
ligação covalente
Ligação covalente
na tabela periódica
• Como conclusão, podemos dizer que a ligação é
covalente quando os dois átomos apresentam a tendência
de ganhar elétrons. Isso ocorre quando os dois átomos
têm 4, 5, 6 ou 7 elétrons na última camada eletrônica, ou
seja, quando os dois átomos já se “avizinham” na
configuração de um gás nobre (e mais o hidrogênio, que,
apesar de possuir apenas um elétron, está próximo da
configuração do hélio). Em outras palavras, a ligação
covalente aparece entre dois átomos de não-metais, ou
semimetais ou, ainda, entre esses elementos e o
hidrogênio.
Caso particular da ligação covalente
• Ligação covalente dativa, também chamada de ligação covalente
coordenada.
• Essa ligação também ocorre com o compartilhamento de pares de
elétrons, porém, a diferença é que, na ligação covalente normal, os
elétrons são provenientes dos átomos dos dois elementos, já na
ligação covalente dativa, os elétrons são provenientes somente de
um dos átomos.
• Esse tipo de ligação ocorre com moléculas muito importantes
estudadas na Química Inorgânica, como os óxidos ácidos (anidridos)
e os óxiácidos (ácidos que possuem o oxigênio em sua constituição).
Dióxido de enxofre
• O oxigênio e o enxofre são ambos da família 16, o que significa que eles possuem seis
elétrons na camada de valência e precisam receber mais dois elétrons (segundo a regra do
octeto) para ficar estáveis. Observe a seguir que primeiro o enxofre liga-se a um dos átomos
de oxigênio, realizando duas ligações covalentes normais, ou seja, compartilham dois pares de
elétrons, ficando ambos estáveis:

• No entanto, ainda temos o outro oxigênio que não está estável e também precisa receber dois
elétrons. O enxofre, que é o elemento central, possui dois pares de elétrons disponíveis, assim
ele cede um de seus pares para o oxigênio por meio de uma ligação covalente dativa, que é
indicada por uma seta que vai em direção ao átomo que utiliza o par eletrônico do outro:
• Um composto é considerado composto molecular

Composto
quando apresenta exclusivamente ligações
covalentes.
• Um composto é considerado composto iônico
desde que possua pelo menos uma ligação iônica

molecular (mesmo apresentando várias ligações


covalentes).
• Num composto iônico não existem moléculas,

e mas aglomerados iônicos.


• A ligação iônica é forte, pois mantém os íons
fortemente “presos” no reticulado. Por esse

composto
motivo, os compostos iônicos são, em geral,
sólidos de ponto de fusão e ponto de ebulição
elevados. Pelo contrário, em um composto
totalmente covalente, as moléculas se atraem

iônico menos intensamente. Em consequência, os


compostos covalentes são, em geral, gases (H2 ,
CO2 etc.) ou líquidos de ponto de ebulição baixo
(H2O, HNO3 etc.)
Exceções à regra do octeto
Esses casos só ocorrem quando o átomo
Em outros casos, as ligações perfazem
Em alguns casos, as ligações se central é relativamente grande, para que
mais do que 8 elétrons. Ocorre
completam com menos de 8 elétrons. possa acomodar tantos elétrons ao seu
geralmente com o fósforo (P) e o enxofre
Isso acontece com o berílio (Be) e o boro redor. Por isso, essa chamada camada de
(S), que, em certas moléculas, aparecem
(B), que, em certas moléculas não valência expandida só aparece em
com 10 e 12 elétrons na camada de
apresenta o octeto completo elementos do 3º período da Tabela
valência.
Periódica para baixo

• Compostos dos gases nobres. Embora


no início deste capítulo tenhamos dito Esses compostos também só ocorrem
Há poucos compostos em que a camada
que os gases nobres têm “pouca vontade” com os gases nobres de átomos grandes,
de valência é completada com número
de se unir a outros elementos, a partir de que comportam a camada expandida de
ímpar de elétrons.
1962 foram produzidos vários compostos valência
de gases nobres.
LIGAÇÃO
METÁLICA
Ligações metálicas
• As ligações metálicas, também conhecidas como ligas
metálicas, são ligações químicas que ocorrem entre átomos de metais que
fluem livremente por uma camada cristalina bem definida.
• Determinadas as condições normais de temperatura e pressão, estas
mesmas ligações favorecem que as substâncias adquiram um elevado ponto
de fusão e vaporização. 
• Além dessas características iniciais, as ligações metálicas também
apresentam uma densidade maior do que outros tipos de ligações químicas.
As ligas metálicas, para além destas, também possuem outras propriedades,
dentre elas estão a maleabilidade, ductibilidade, brilho e boa condutividade
elétrica, independentemente de estarem em estado líquido ou sólido. 
Modelo de nuvens de elétrons
• Nesta teoria, o metal é representado como uma estrutura agrupada
de cátions metálicos imersos em uma espécie de “nuvem” de
elétrons na chamada camada de valência.
• O metal, quanto submetido a uma grande diferença de corrente
elétrica, ou tensão elétrica, faz com que os elétrons deslizem no
sentido do polo positivo para o metal e, por consequência,
também se deslocam do metal a partir do polo negativo.
• Essa explicação satisfaz a teoria sobre as propriedades de
maleabilidade e ductibilidade, inerentes ao metal, porém não
explica suficientemente todas as outras propriedades dos
elementos metálicos.
Teoria das bandas
• este experimento explica a condução elétrica entre elementos
sólidos.
• Os elétrons de cada átomo em ambiente sólido fazem ligação
metálica com átomos vizinhos. Ao aproximar um átomo isolado a
outros, os níveis de energia de cada interagem com o mais próximo.
• Na aproximação de um feixe de átomos ocorre um grande número
de níveis de energia bem próximos uns dos outros, formando uma
"banda de energia" quase contínua nos níveis de energia que os
átomos teriam isolado. 
Organização dos metais
•Na organização da tabela periódica, os metais são os elementos que
pertencem a Família 1A, chamados também de metais alcalinos. Dentre
eles estão lítio, sódio, potássio, rubídio, césio e frâncio. Os elementos da
Família 2A , também denominados de metais alcalino-terrosos
•Além destes, existe também os elementos diferenciados que integram a
família dos metais de transição, que são o ouro, a prata, o cromo, o ferro, o
manganês, o níquel, o cobre, a platina, dentre outros que podem ser
observados na tabela periódica. 
•Já os elementos classificados de mais importantes são os metais
representativos: alumínio, gálio, índio, estanho, tálio, chumbo e bismuto.
Propriedades das ligas metálicas
• As ligações metálicas são resultantes da interação entre
elétrons livres e os cátions fixos, ou seja, um conjunto de
cátions imersos em uma nuvem de elétrons.
• A existência de elétrons livres contribui para determinadas
propriedades deste tipo de ligação.
Boa • é uma propriedade utilizada para qualificar o
condutibilidade potencial elétrico de um material. A
condutibilidade elétrica indica a capacidade
elétrica e que o metal possui em conduzir corrente de
eletricidade.

térmica
Maleabilidad
e
• assim como a ductibilidade, eles determinam o nível
máximo que o metal pode suportar, sem sofrer
modificações em sua estrutura original. A
maleabilidade é capacidade de sofrer um ensaio de
tração
Ductibilidade
•  essa propriedade está associada a maleabilidade. Ela
representa o grau de deformidade que o metal, ou
qualquer outro elemento, pode suportar no momento
em que sofre o nível extremo de tração. Alguns
materiais podem ser considerados fracos por não
terem as mesmas condições de suportar alterações no
ensaio de tração ao qual é submetido
Elevados
pontos de • é o instante em que determina o ponto em que
uma substância passa do estado sólido para o
líquido. Ao alcançar o ponto de fusão, as

fusão e
moléculas se agitam e se rompem as ligações
internas entre as moléculas e átomos

ebulição
Resistência à tração
• esta característica se opõe exatamente à resistência da compressão. É o ponto máximo que o material pode
aguentar ao ser extremamente puxado, antes de se romper. 
Brilho metálico
• é a maneira com que estes materiais refletem a luz. Estes, quando polidos, exibem um brilho por causa dos
elétricos livres que fluem na camada superficial destes materiais, absorvendo e irradiando a luz

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