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INSTITUTO FEDERAL DE ALAGOAS- CAMPUS ARAPIRACA

LETÍCIA CAUANE SANTOS VITAL

LIGAÇÕES QUÍMICAS

Arapiraca
2023
RESUMO SOBRE LIGAÇÕES QUÍMICAS

Resumo avaliativo, apresentado à disciplina de


Química, como parte das exigências para a
obtenção da nota parcial.

Arapiraca
2023
RESUMO

Alguns pontos que devem ser levados em conta ao estudarmos sobre ligações químicas são:

● As ligações químicas são importantes para entender a estrutura das moléculas


e sua função biológica.
● Os principais tipos de ligações químicas são: iônica, covalente e metálica.
● Na ligação iônica, há transferência de elétrons entre átomos, enquanto na
covalente, os elétrons são compartilhados.
● As propriedades físicas e químicas das substâncias estão relacionadas com os
tipos de ligações presentes em suas moléculas.
● É importante também entender os conceitos de polaridade e eletronegatividade
para entender a formação das ligações químicas.
1. PRINCÍPIOS DAS LIGAÇÕES QUÍMICAS

Este mapa mental traz alguns conceitos chaves que exploraremos nesta aula, referente às ligações químicas.
Fonte:Gabriel Cabral / Infinittus

2. A TEORIA DO OCTETO

A teoria do octeto, ou regra do octeto, foi desenvolvida para explicar as ligações químicas
entre os átomos. De acordo com essa teoria, os átomos tendem a ganhar, perder ou
compartilhar elétrons a fim de obter a configuração eletrônica de um gás nobre
correspondente, ou seja, uma camada externa completa com oito elétrons.
Os elementos da família 1, por exemplo, possuem apenas um elétron na camada de valência
e, por isso, possuem a tendência de perder esse elétron para que sua camada de valência seja
a anterior, que já possui oito elétrons. O hidrogênio e o lítio são exceções, pois o hidrogênio
precisa ganhar mais um elétron e o lítio precisa perder um elétron para que ambos fiquem
com dois elétrons na camada K.
Já os elementos da família 16 possuem seis elétrons na camada de valência e precisam
receber dois elétrons para ficarem estáveis. Um exemplo é o oxigênio, que forma uma
molécula diatômica com outro átomo de oxigênio, compartilhando dois pares de elétrons.
Isso faz com que cada átomo de oxigênio tenha oito elétrons na camada de valência,
adquirindo a estabilidade eletrônica dos gases nobres.
A regra do octeto também explica a estabilidade dos íons, como o íon cloreto ou o íon sódio,
que possuem oito elétrons na camada de valência. Além disso, essa teoria é importante para
entender a estrutura dos compostos orgânicos, que são formados por moléculas com ligações
covalentes.

2.1 EXCEÇÕES DA REGRA DO OCTETO

Nem todos os elementos seguem estritamente a regra de ter oito elétrons em sua camada de
valência. Algumas vezes, os átomos podem ter menos de oito elétrons em sua camada de
valência, o que é chamado de contração, ou mais de oito elétrons, o que é chamado de
expansão.
As contrações ocorrem quando os elementos da terceira e quarta colunas da tabela periódica
se unem com elementos da sexta e sétima colunas. Por exemplo, o elemento boro, que tem
apenas três elétrons em sua camada de valência, pode formar um composto com o flúor, que
tem sete elétrons em sua camada de valência.
Já as expansões ocorrem quando elementos da terceira linha ou abaixo se unem a elementos
que possuem mais de oito elétrons em sua camada de valência. Um exemplo é o composto
SF6, em que o enxofre forma seis ligações covalentes com os átomos de flúor, o que lhe
confere doze elétrons em sua camada de valência.
Outra exceção comum à regra do octeto ocorre em compostos envolvendo átomos de
hidrogênio. O hidrogênio pode formar compostos com menos de dois elétrons em sua camada
de valência

3. TIPOS DE LIGAÇÕES QUÍMICAS

Existem três tipos principais de ligações químicas: a ligação iônica, a ligação covalente e a
ligação metálica.
● Ligação iônica
Na ligação iônica, átomos com cargas opostas se atraem, formando um composto iônico. Essa
atração ocorre quando um ou mais elétrons são transferidos de um átomo para outro. Essa
transferência de elétrons gera íons positivos e negativos, que se atraem e se unem para formar
um composto iônico.
Toda ligação iônica é polar porque ela envolve a transferência completa de elétrons de um
átomo para outro. O átomo que doa elétrons torna-se um íon positivo (ou cátion), enquanto o
átomo que recebe elétrons torna-se um íon negativo (ou ânion). Como resultado, esses íons
têm cargas opostas que se atraem mutuamente, criando uma ligação eletrostática forte e
altamente polarizada entre eles. A polaridade da ligação iônica é determinada pela diferença
na eletronegatividade dos átomos envolvidos, ou seja, pela diferença de atração que cada
átomo exerce sobre os elétrons compartilhados na ligação. Quanto maior a diferença de
eletronegatividade entre os átomos, mais polarizada será a ligação iônica resultante.
Algumas das principais propriedades dos compostos iônicos são:
-Ponto de fusão e ebulição elevados;
-Solubilidade em solventes polares;
-Condutividade elétrica;
-Estabilidade térmica.
As ligações iônicas podem ser representadas de duas maneiras:
-Fórmula de Lewis: nesse tipo de representação, os elétrons de valência de cada átomo são
representados por pontos (ou cruzes) ao redor dos símbolos atômicos, indicando os elétrons
envolvidos na formação da ligação iônica.
-Fórmula unitária: nesse tipo de representação, a proporção dos íons na substância é indicada
por meio de índices numéricos escritos abaixo dos símbolos químicos, indicando o número de
íons positivos e negativos em cada molécula da substância.

● Ligação covalente
Nas ligações covalentes, os átomos se mantêm unidos devido a atração mútua pelos elétrons
compartilhados. Quanto maior o número de pares de elétrons compartilhados, mais forte será
a ligação covalente. As ligações covalentes podem ser classificadas como simples, duplas ou
triplas, dependendo do número de pares de elétrons compartilhados entre os átomos. Essas
ligações são chamadas de ligações moleculares, pois formam moléculas.
As ligações covalentes podem ser polares ou apolares. As ligações covalentes polares são
aquelas em que os elétrons compartilhados são atraídos com maior intensidade por um dos
átomos envolvidos na ligação, gerando uma diferença de eletronegatividade entre eles. Já as
ligações covalentes apolares são aquelas em que a diferença de eletronegatividade entre os
átomos envolvidos na ligação é nula ou muito pequena.
As ligações covalentes simples, duplas e triplas são formas diferentes de união entre átomos
que compartilham elétrons em uma molécula.
Na ligação covalente simples, dois átomos compartilham apenas um par de elétrons,
formando uma única ligação entre eles. Um exemplo é a molécula de H2, em que dois átomos
de hidrogênio se ligam dessa forma, compartilhando um único par de elétrons.
Já na ligação covalente dupla, dois átomos compartilham dois pares de elétrons, formando
duas ligações entre eles. Um exemplo é a molécula de O2, em que dois átomos de oxigênio se
ligam dessa forma, compartilhando dois pares de elétrons.
Na ligação covalente tripla, dois átomos compartilham três pares de elétrons, formando três
ligações entre eles. Um exemplo é a molécula de N2, em que dois átomos de nitrogênio se
ligam dessa forma, compartilhando três pares de elétrons.

● Ligação metálica

Na ligação metálica, os átomos de metais compartilham seus elétrons de valência com seus
vizinhos mais próximos, formando um grande grupo de átomos interconectados que são
mantidos juntos por uma nuvem de elétrons comuns. Os metais são bons condutores de
eletricidade e calor devido à sua estrutura de ligação metálica.
Dos 112 elementos químicos presentes na Tabela Periódica, 87 são classificados como
metais, os quais apresentam uma ampla gama de aplicações em diversas áreas da sociedade.
As propriedades únicas dos metais, tais como a condutividade térmica e elétrica,podem ser
explicadas por meio da ligação metálica, um modelo que descreve a atração entre cátions e
elétrons em uma estrutura cristalina. Os átomos dos metais organizam-se em reticulados
cristalinos, formando estruturas com formas geométricas bem definidas.

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