Você está na página 1de 57

LIGAÇÕES QUÍMICAS

Capítulo II: Ligações Químicas

A imensa variedade de substâncias que ocorrem na natureza deve-se à capacidade dos átomos
combinarem-se (ligarem-se) uns com os outros em diversas proporções. Essa combinação entre os
átomos ocorre de diversas maneiras (por ganho ou perda de electrões, ou por compartilhamento de
electrões de valência).

Na natureza, são poucos os elementos que ocorrem como átomos isolados nas condições
ambientais (elementos do grupo 18: a família dos gases nobres). A associação da tendência de
elementos com oito electrões de valência ocorrerem isoladamente e a de os elementos perderem,
ganharem ou compartilharem electrões resultou numa teoria de ligações químicas:
Capítulo II: Ligações Químicas

Regra de Dueto
A regra de dueto foi enunciada ao mesmo tempo que a regra de octeto, pelo físico/químico
Gilbert Lewis.
Esta consiste na combinação de um elemento, por exemplo, o Hidrogénio (H2) , com a
finalidade de completar o seu órbital com dois electrões, num enlace iónico ou covalente.

Para os elementos hidrógeno (H2), berilio (Be) e litio (Li), ao compartilhar os seus
electrões, completam de maneira eficaz o seu último nível e chegam a formar un gás
nobre, el hélio (He).

Sempre que dois átomos/iões são fortemente mantidos juntos, diz-se que há uma ligação química
entre eles. Há três tipos gerais de ligações químicas: iónica, covalente e metálica.
Capítulo II: Ligações Químicas
Formação de Dueto
Por exemplo, os elementos da família I possuem todos apenas um elétrão na camada de
valência. Dessa forma, eles possuem a tendência de perder esse elétrão para que a sua
camada de valência seja a anterior, que já possui oito elétrões.

O hidrogénio e o lítio são exceções, pois o hidrogénio precisa de ganhar mais um elétrão e o
lítio precisa de perder um elétrão para que ambos fiquem com dois elétrões na camada K.

Hidrogênio e lítio ficam estáveis com a


configuração do hélio (gás nobre)
Capítulo II: Ligações Químicas

“Ligação química” foi um termo usado pela primeira vez por Gilbert Newton Lewis no ano de 1920
para explicar por que os átomos se mantém unidos para formar as substâncias e também por que eles
permanecem unidos ao longo de milhares de anos.

"Os átomos da maioria dos elementos químicos conhecidos e enunciados na Tabela Periódica não
aparecem na forma isolada na natureza.”

"Isso ocorre porque os átomos têm a capacidade de realizar ligações químicas com outros átomos,
que podem ser do mesmo elemento ou de elementos diferentes. Essas ligações são tão fortes que se
não sofrer nenhuma influência externa, na maioria dos casos, os átomos permanecerão unidos.
Capítulo II: Ligações Químicas

Teoria de Octeto
“Ocorrem reações químicas em que participam elementos químicos com estrutura menos estável,
porque elementos químicos com estrutura eletrónica menos estável têm tendência
a adquirir estrutura mais estável por meio do ganho, da perda ou do compartilhamento de elétrões.”
A Teoria do octeto tem esse nome, porque se baseia na configuração eletrónica dos gases nobre,
à exceção do elemento hélio, todos eles possuem oito elétrões na camada de valência. Como
exemplo podemos citar o caso dos quatro primeiros gases nobres: hélio (He), neón (Ne), argón (Ar)
e criptón (Kr).

A Teoria do octeto tem esse nome, porque se baseia na configuração eletrónica dos gases nobre,
à exceção do elemento hélio, todos eles possuem oito elétrões na camada de valência. Como
exemplo podemos citar o caso dos quatro primeiros gases nobres: hélio (He), neón (Ne), argón (Ar)
e criptón (Kr).
Capítulo II: Ligações Químicas

Primeiros gases nobres: hélio (He), neón (Ne), argón (Ar) e criptón (Kr).
2He - 1s2
2 2 6
10Ne - 1s 2s 2p
2 2 6 2 6
18Ar - 1s 2s 2p 3s 3p
2 2 6 2 6 2 10 6
36Kr - 1s 2s 2p 3s 3p 4s 3d 4p

Excepções à Regra do Octeto


Existem exceções à regra do octeto nas quais os átomos podem sofrer expansão ou contração
do octeto, ficando estáveis com mais ou menos de oito elétrons na camada de valência.
Capítulo II: Ligações Químicas
Capítulo II: Ligações Químicas

Pode-se dizer, então, que, pela teoria do octeto, um átomo se estabiliza ao


adquirir oito elétrons na camada de valência ou quando adquire a configuração
eletrónica do gás nobre mais próximo a ele na Tabela Periódica.
Notação de Lewis
É uma forma de mostrar os electrões da camada mas exterior de um átomo.
Esta representação consiste em colocar o símbolo do elemento da tabela
periódica, e marcar a volta pontos para indicar os electrões.

Um modo simples para mostrar os electrões de valência de um átomo e


visualizá-los ao longo da formação de uma ligação química é utilizando a
notação/fórmula de Lewis.
Capítulo II: Ligações Químicas
Capítulo II: Ligação Iónica
A Ligação iónica é a ligação química que ocorre entre um ametal e um metal.
Neste tipo de ligação, o metal perde elétrons e o ametal ganha, portanto, há
transferência de elétrões. A consequência é a formação de íons: cátions (elementos
que perderam elétrões) e aniões (elementos que ganharam elétrões). A ligação
iónica ocorre através da atração eletrostática entre iões de carga oposta.
Capítulo II: Ligação iónica
Ligaçaão Química: Propriedades e caracteristicas
Ligação Iónica
Características da ligação iónica

Altas temperaturas de fusão e ebulição, pelo fato de a força de atração ser alta entre os átomos envolvidos, são necessárias
altas temperaturas para que tenha o rompimento dessa força e a mudança de estado físico.
São sólidos na temperatura ambiente, o que se justifica pela propriedade anterior.
São duros e quebradiços. A estrutura dos retículos cristalinos (cátions e ánions intercalados) conferem um alto grau de
dureza para esses compostos.
São bons condutores de eletricidade quando no estado líquido e dissolvidos em água, mas não conduzem no estado
sólido. Os íons que compõem a substância permitem a passagem de corrente elétrica quando estão livres, no estado
líquido, ou dissolvidos na água, considerada um dos melhores solventes para os compostos iónicos.
Capítulo II: Ligações Químicas; Ligações Covalentes Energia Reticular dos Compostos Iónicos

A Energia Reticular: a energia necessária para


separar completamente uma mole de um composto
iónico sólido em iões gasosos.
Quanto maior a estabilidade de um sistema maior a
energia necessária para desintegrar o sistema nos
seus constituintes.”
Quanto maior a energia reticular de um composto
maior a sua estabilidade (força de atracção que
mantém ligados os iões) o que se reflecte nos
elevados valores de temperaturas fusão dos
compostos iónicos.
Como exemplo, apresentamos a tabela ao lado
(sobre óxidos e haletos de metais alcalinos e
alcalinos terrosos).
Capítulo II: Características da ligação iónica

Fórmulas de Compostos iónicos.


A fórmula de um composto iónico representa a mínima proporção entre os átomos que
formam o composto (resultando num sistema electroneutro: o somatório das cargas é
nulo).
Capítulo II: Ligação Metálica

Ligação Metálica: Teoria do mar de electrões (teoria da nuvem electrónica).

Propriedades dos metais:


Brilho metálico: (polidos) reflectem a luz como os
espelhos.
- Altas condutividades térmica e eléctrica.

- Densidade elevada.

- Temperaturas de fusão e de ebulição elevadas.

- Alta resistência à tracção (forças que tendem a


alongar um metal na forma de fio ou barra)

- Maleabilidade. - Ductilidade.
Capítulo II: Ligações Químicas; Ligações Covalentes
Ligação covalente: ligação estabelecida entre dois átomos pela partilha de pares de electrões
Neste tipo de ligação não há transferência (ganho ou perda) de electrões, resultando em estruturas
electroneutras de dimensão limitada designadas moléculas (ligação molecular).
Dois átomos se unem para compartilhar seus elétrons de valência porque a matéria formada apresenta
geralmente maior potencial de ionização e menor afinidade eletrónica, ou seja, torna-se mais estável em
relação a tendência dos elétrões de escaparem do sistema.

A molécula H2 é estabilizada pelo equilíbrio


entre as forças de atracção eléctrica (núcleos –
electrões) e as de repulsão ( electrão–
electrão; núcleo - núcleo)
Capítulo II: Ligações Químicas; Ligações Covalentes

"Ocorrência da ligação covalente”?


Capítulo II: Ligações Químicas; Ligações Covalentes

A relação entre o número de ligações covalentes possíveis para um elemento químico e


a sua posição na tabela periódica pode ser indica pela tabela seguinte:
Capítulo II: Ligações Químicas; Ligações Covalentes
Capítulo II: Ligações Químicas; Ligações Covalentes
Fórmulas de compostos covalentes (moléculas).
Fórmula molecular: representação simplificada de uma molécula que indica a quantidade
de átomos de cada elemento que constitui a molécula:

Fórmula electrónica (fórmula de Lewis): representação mais extensa do que a fórmula molecular pois apresenta também
os electrões de valência de cada átomo e os pares electrónicos ligantes (compartilhados) e não ligantes (isolados):

Fórmula estrutural plana: simplificação da fórmula de Lewis, em que só são representados os


pares de electrões ligantes (um traço para cada par):
Capítulo II: Ligações Químicas; Ligações Covalentes

Os átomos podem partilhar mais de um par electrónico fomando ligações simples,


duplas e triplas:
Capítulo II: Ligações Químicas; Ligações Covalentes

Ligação Covalente, ocorre quando há o compartilhamento de pares de elétrões entre

átomos de hidrogénio, ametais e semimetais. A ligação Covalente Dativa, também

chamada de ligação Covalente Coordenada.


Essa ligação também ocorre com o compartilhamento de pares de elétrões, porém, a
diferença é que, na ligação covalente normal, os elétrões são provenientes dos átomos dos
dois elementos, já na ligação covalente dativa, os elétrões são provenientes somente de
um dos átomos.
Muitas vezes, esse tipo de ligação é representada por uma seta desde o átomo doador (que
já alcançou a estabilildade electrónica) ao átomo receptor (que necessita de dois electrões
para ter a camada de valência preenchida). Ex.:
Capítulo II: Ligações Químicas; Ligações Covalentes

Excepções à regra do octeto:


Menos de 8 electrões de valência:

Mais de 8 electrões de valência:


Capítulo II: Ligações Químicas; Ligações Covalentes

Geometria Molecular: Teoria da Repulsão dos Pares Electrónicos da Camada de Valência


(VSEPR):
Numa molécula, os pares electrónicos (ligantes e não-ligantes) ao redor de
um átomo central comportam-se como nuvens electrónicas que repelem-se
entre si de tal modo que haja o máximo afastamente angualr possível.
estabilidade de um sistema será máxima quando a repulsão (tensão) entre os
seus elementos for a mínima possível:
Capítulo II: Ligações Químicas; Ligações Covalentes

Geometria Molecular: Teoria da Repulsão dos Pares Electrónicos da Camada de


Valência (VSEPR): Uma nuvem electrónica corresponde à:

Para uma molécula com um átomo central “A” o número total de nuvens electrónicas
determina a orientação espacial das nuvens electrónicas e, a localização dos núcleos dos
átomos ligantes (relativamente ao átomo central) é o que determina a geometria da
molécula.
Capítulo II: Ligações Químicas; Geometria Molecular –VSEPR.
Capítulo II: Ligações Químicas; Geometria Molecular –VSEPR.
Capítulo II: Ligações Químicas; Ligações Covalentes

Polaridade das Ligações e Polaridade das Moléculas.


A diferença de densidade electrónica entre pontos distintos de uma molécula origina a
diferença do surgimento de pólos [ positivo +δ e negativo - δ ] na molécula. A diferença de
electronegatividade entre os elementos provoca a diferença de densidade electrónica
(deformação da nuvem electrónica):
Polaridade das Ligações e Polaridade das Moléculas

Se a reacção ocorrer entre átomos de um Se a ligação covalente ocorrer entre


mesmo elemento químico, a ligação será apolar. átomos de elementos químicos diferentes,
a ligação será polar
Entre os dois átomos de O2 não há diferença de
eletronegatividade entre eles e os elétroes serão atraídos • O cloro é mais eletronegativo que o hidrogénio,
da mesma forma pelos dois núcleos. Por isso, não há o por isso ele atrai os elétrons para si com maior
acúmulo de carga elétrica em nenhum dos pólos da intensidade, adquirindo um “caráter” negativo, δ-,
molécula, sendo, portanto, apolar. enquanto o átomo de hidrogénio adquire um
“caráter” positivo, δ+. Esse dipolo elétrico que é
formado devido à diferença de
eletronegatividade entre os elementos faz com
que a ligação seja polar.
Capítulo II: Ligações Químicas; Ligações Covalentes

Polaridade das Ligações


Capítulo II: Ligações Químicas; Ligações Covalentes

Sentido de aumento das ligações polares


Resumo da Polaridade das Ligações

A polaridade de uma ligação aumenta


proporcionalmente ao aumento da diferença
de eletronegatividade entre os átomos dos
elementos que participam da ligação.
Polaridade das Ligações e Polaridade das Moléculas
A grandeza momento dipolar ou dipolo eléctrico (μ) é a que caracteriza a polaridade de uma
ligação. Representa-se por um vector orientado no sentido do elemento menos
electronegativo (pólo positivo) para o elemento mais electronegativo (pólo negativo).A sua
unidade é o debye (D).

Molécula polar: orienta-se na


presença de um campo eléctrico
externo.
Molécula apolar: não se orienta
quando posta no zona de
influência de um campo
eléctrico externo.
Capítulo II: Ligações Químicas; Ligações Covalentes

Polaridade das Moléculas Regra de Miscibilidade:


A polaridade de uma molécula depende do seu Uma substância polar tende a dissolver-
Momento de Dipolo ou Momento Dipolar se noutra polar; substâncias apolares
Resultante tendem a dissolver substâncias apolares.

Moléculas diatómicas de átomos iguais são sempre apolar.


Moléculas diatómicas de átomos diferentes são sempre
polares.
Capítulo II: Ligações Químicas; ligações Metálicas

Ligação Metálica: Teoria do Mar de Electrões (teoria da nuvem electrónica).


A Teoria do Mar de Elétrões é uma hipótese que explica um fenómeno químico excepcional que ocorre nas
ligações metálicas entre elementos com baixa eletronegatividade. É o compartilhamento de elétrons entre
átomos diferentes, unidos por ligações metálicas.
A densidade eletrónica entre essas ligações é tal que os elétrons são deslocalizados e formam um “mar” onde
se movem livremente.
Propriedades dos metais
1. Brilho metálico: (polidos) reflectem a luz como os
espelhos.
2. Altas condutividades térmica e eléctrica.
3. Densidade elevada.
4. Temperaturas de fusão e de ebulição elevadas.
5. Alta resistência à tracção (forças que tendem a alongar
um metal na forma de fio ou barra)
6. Maleabilidade.
7. Ductilidade.
8. Resistência.
9. Condutividade.
Capítulo II: Ligações Químicas; Forças Intermoleculares
Forças intermoleculares: forças que actuam entre as espécies químicas e
alteram as propriedades físicas (incluindo alterações do estado de agregação) das
substâncias (moleculares). Forças de atracção e repulsão entre iões e moléculas.
A ligação covalente que mantém uma molécula unida é uma
força intramolecular.
A atração entre moléculas é uma força intermolecular.
Forças intermoleculares são muito mais fracas do que as
forças intramoleculares (por exemplo, 16 kJ mol-1 versus 431
kJ mol-1 para o HCl).
Quando uma substância funde ou entra em ebulição,
forças intermoleculares são quebradas (não as
ligações covalentes).
Capítulo II: Ligações Químicas; Forças Intermoleculares

Ligação covalente → determina Interação intermolecular → determina


as propriedades químicas. as propriedades físicas
Capítulo II: Ligações Químicas; Forças Intermoleculares

Forças Intermoleculares:Mudança de Estado da Matéria.


Capítulo II: Ligações Químicas; Forças Intermoleculares

FORÇAS IÃO-DIPOLO
A interação entre um ião e um dipolo (por exemplo, água).
A mais forte de todas as forças intermoleculares. Os dipolos intensos como a água são atraídos
tanto pelos cátiões como pelos aniões.

(a) O cátião atrai o pólo


negativo da molécula (b) O anião atrai o pólo
positivo da molécula
Capítulo II: Ligações Químicas; Forças Intermoleculares
Forças Ião-Dipolo
As forças íon-dipolo dependem de três fatores:
1. A distância entre o ião e o dipolo
Quanto menor a distância entre ião e o dipolo, mais forte será a
atracção
2. A Carga do ião.
Quanto maior a carga do ião mas forte será a atracção.
3. A magnitude do dipolo.
ão
Quanto maior a magnitude do dipolo, maior será a atracção.
Capítulo II: Ligações Químicas; Forças Intermoleculares
FORÇAS DIPOLO-DIPOLO

(a )Atração entre duas (b) Interação entre


moléculas polares muitos dipolos no estado
condensado
Capítulo II: Ligações Químicas; Forças Intermoleculares
FORÇAS DIPOLO-DIPOLO
Ex: Moléculas de HCl
As forças dipolo-dipolo existem entre moléculas polares.

Estas interações são mais acentuadas no estado sólido.

As forças dipolo-dipolo são mais fracas do que as forças íon-dipolo.

Há uma mistura de forças dipolo-dipolo atrativas e repulsivas quando as moléculas


giram.

Se duas moléculas têm aproximadamente a mesma massa e o mesmo tamanho,


as forças dipolo-dipolo aumentam com o aumento da polaridade.
Capítulo II: Ligações Químicas; Forças Intermoleculares
FORÇAS DIPOLO-DIPOLO INDUZIDO
Moléculas fortemente polares podem induzir dipolos em
moléculas apolares.

Ocorrem numa situação em que substâncias que possuem dipolos permanente (isto é moléculas polares),
induzem dipolos em moléculas apolares produzindo interações muito fracas.
Capítulo II: Ligações Químicas; Forças Intermoleculares
FORÇAS DE DISPERSÃO DE LONDON
O núcleo de uma molécula (ou átomo) atrai os elétrões da molécula adjacente (ou
átomo).

Por um instante, as nuvens eletrónicas ficam distorcidas.

Nesse instante, forma-se um dipolo (denominado dipolo instantâneo).

Um dipolo instantâneo pode induzir outro dipolo instantâneo em uma molécula


(ou átomo) adjacente.
As forças entre dipolos instantâneos são chamadas FORÇAS DE DISPERSÃO DE
LONDON.
Capítulo II: Ligações Químicas; Forças Intermoleculares
FORÇAS DE DISPERSÃO DE LONDON

(a) Dois átomos de hélio não (b) Dipolos instantâneos induzidos


polarizados nos dois átomos
Capítulo II: Ligações Químicas; Forças Intermoleculares

FORÇAS DE DISPERSÃO DE LONDON


Capítulo II: Ligações Químicas; Forças Intermoleculares

Forças Intermoleculares:Ligações por Pontes de Hidrogénio.


Caso especial de forças dipolo-dipolo.
Experimentalmente observa-se que os pontos de ebulição aumentam com a
massa molecular, devido ao aumento das forças de dispersão.
Entretanto, os pontos de ebulição de compostos com ligações H-F, H-O e H-N são
anormalmente altos forças intermoleculares são excepcionalmente fortes.
Capítulo II: Ligações Químicas; Forças Intermoleculares
Forças intermoleculares:Ligações por pontes de Hidrogénio.

A ligação por ponte de Hidrogénio é o caso particular de interacção muito forte entre dipolos. Esta
atracção deve-se a interacção eletroestática entre átomos de hidrogénio uma molécula e átomos de O, F
ou N de outra molécula.
Capítulo II: Ligações Químicas; Forças Intermoleculares
Efeito das ligações por pontes de
Hidrogénio: ponto de ebulição.
Capítulo II: Ligações Químicas; Forças Intermoleculares
Efeito das Ligações por Pontes de Hidrogénio: densidade do gelo
A molécula de água é formada por dois átomos de hidrogénio e um átomo de oxigénio em uma geometria angular.
Como o átomo de oxigénio é mais eletronegativo do que o de hidrogénio, forma-se uma carga parcial negativa
sobre o átomo de oxigénio e cargas parciais positivas sobre os átomos de hidrogénio.
Na água líquida, embora haja alguma orientação das moléculas de água elas possuem mobilidade.
Quando há a passagem do estado líquido para o estado sólido, forma-se o que chamamos de retículo cristalino, ou
seja uma estrutura organizada em que estas moléculas não possuem mais a livre movimentação de antes.
Ao formar este retículo cristalino, o espaçamento entre as moléulas de água aumenta.
Se, em uma determinada massa há um certo número de moléculas, e se o espaço entre essas moléculas aumenta,
então a densidade diminui. Logo, o gelo fluta sobre a água líquida.
Capítulo II: Ligações Químicas; Forças Intermoleculares

Efeito das Ligações por Pontes de Hidrogénio: densidade do gelo


Capítulo II: Ligações Químicas; Forças Intermoleculares

Forças Intermolecular: Tensão superficial de um líquido.


O que é tensão superficial?
Trata-se da formação de uma película fina sob um liquido tensão superficial de um líquido devido à desigualdade de atrações
entre as moléculas que o compõe. Esse fenómeno ocorre de maneira mais acentuada nos líquidos que possuem forças
intermoleculares intensas, como a água.
As interações entre as espécies de um líquido são chamadas de forças de coesão. Enquanto que as moléculas no interior de
um líquido sofrem atrações por moléculas vizinhas em todas as direções, as moléculas na superfície interagem com as
moléculas abaixo e ao lado delas.
Capítulo II: Ligações Químicas; Forças Intermoleculares

Forças intermoleculares: adesão e coesão.


Capítulo II: Ligações Químicas; Forças Intermoleculares

Diagrama Resumo das Forças Intermoleculares


Capítulo II: Ligações Químicas; Forças Intermoleculares
FORÇAS DE VAN der WAALS
Forças de Van der Waals é o nome genérico dado às forças de natureza eletrostática e de fraca
intensidade, tipicamente de 1 a 10 kcal/mol, que existem entre átomos que não fazem parte de
um reticulado cristalino, seja ele iônico ou metálico. Estas forças são responsáveis pelas
interações entre átomos e moléculas que possuem orbitais saturados e que, portanto, não
podem mais formar ligações covalentes.
As forças de Van der Waals são forças de atração que atuam entre moléculas, átomos ou iões.
Estas forças não ultrapassam, geralmente, a ordem de 2 kcal/mol e podem ser entendidas
considerando as atrações como sendo de natureza elétrica.
Estas forças são muito mais fracas do que as que aparecem nas ligações de valência e são
inversamente proporcionais à sétima potência da distância entre os átomos ou as moléculas.
Os principais tipos de forças de Van der Waals são: forças ião-dipolo, dipolo induzido, dipolo-
dipolo e dispersão de London.
Capítulo II: Ligações Químicas; Forças Intermoleculares

Interações Eletrostáticas
As interações eletrostáticas ocorrem entre cátiões e aniões, espécies carregadas positivamente
e negativamente . As interações eletrostáticas podem ser atrativas ou repulsivas, dependendo
dos sinais das cargas.
É regida por dois princípios: o princípio da atração e repulsão das cargas elétricas e o
princípio de conservação das cargas.

Estrutura e interações das moléculas de água. Polaridade


(a), Ligações covalentes e intermoleculares (b) e arranjo
tetraédrico de uma molécula de água com outras quatro (c).

Você também pode gostar