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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Instituto téncinco de Saúde do bengo


SUBDIRECÇÃO PEDAGÓGICA
CURSO DE

PSICOLOGIA

ESTRUTURA DAS MOLÉCULAS

GRUPO Nº 03
CLASSE: 11ª

O DOCENTE

_________________________

BENGO, 2023
SUBDIRECÇÃO PEDAGÓGICA
CURSO

ESTRUTURA DAS MOLÉCULAS


 Ligações químicas
 Electrões de valências
 Estruturas de lewis
 Ligações iônicas
 Ligações covalente
 Ressonância
 Exceções à regra do octecto
 Propriedades da ligação de covalente
 Geometria molecular
 Interações intermoleculares

GRUPO Nº
CLASSE:
SALA:
TURMA:
PERÍODO:

INTEGRANTES DO GRUPO

Nº NOME CLASSFICAÇÃO
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
ÍNDICE
INTRODUÇÃO...............................................................................................................1

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..................................................................................2

As ligações químicas........................................................................................................2

Elétrons de valência.........................................................................................................2

Estrutura de Lewis..........................................................................................................3

Regras para a estrutura de Lewis..................................................................................4

Ligação Iônica..................................................................................................................4

Ligação Covalente...........................................................................................................6

Ressonância......................................................................................................................9

Exceções à regra do octeto............................................................................................11

Geometria molecular.....................................................................................................12

Hibridização...................................................................................................................12

Interações intermoleculares..........................................................................................13

CONCLUSÃO................................................................................................................15

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................16
INTRODUÇÃO
Neste trabalho iremos abordar sobre a estruturas das moléculas, sendo que a estrutura
molecular é formada pelo agrupamento de diversas moléculas constituídas, por sua vez,
por um número limitado de átomos fortemente ligados entre si, através de ligações
covalentes. Em alguns casos, é possível constatar a presença, também, de ligações
iônicas.

1
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
As ligações químicas
As ligações químicas correspondem à união dos átomos para a formação das moléculas.
Em outras palavras, as ligações químicas são conjunções estabelecidas
entre átomos para formarem moléculas de ligações iônicas ou metálicas. Elas são
organizadas de forma a constituírem a estrutura básica de uma substância ou composto.

Na natureza existem por volta de uma centena de elementos químicos. Os átomos destes


elementos, ao se unirem, formam a grande diversidade de substâncias. As ligações
químicas podem ocorrer através da doação e recepção de elétrons entre os átomos, que
se transformam em íons que mantém-se unidos via a
denominada ligação iônica. Compostos iônicos conduzem eletricidade no estado
líquido e eles normalmente apresentam um alto ponto de fusão e ebulição.
Elétrons de valência 
Os elétrons na camada mais externa ao redor de um núcleo atômico são conhecidos
como elétrons de valência. Os elétrons de valência são importantes porque fornecem
informações detalhadas sobre as características químicas de um elemento, como se ele é
eletronegativo ou eletropositivo por natureza, ou a ordem das ligações de um composto
químico, que indica o número de ligações que podem ser formadas entre dois átomos.
Assim, os elétrons de valência são definidos como,
O número de elétrons presentes na camada mais externa de um elemento que participa
da ligação química é chamado de elétrons de valência.
Por exemplo , Lítio (Li) tem número atômico igual a 3. Sua configuração eletrônica é K
= 2 e L = 1, isso implica que a subcamada K é totalmente preenchida enquanto a
subcamada L, ou seja, a camada mais externa tem apenas 1 elétron, que é sua valência
elétron conforme mostrado no diagrama abaixo: 

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Valence Electron em um átomo de lítio
 Mudanças na estrutura atômica estão confinadas aos elétrons na camada mais
externa, ou seja, elétrons de valência, independentemente do tipo de interação
química entre os átomos, seja uma ligação iônica, covalente ou metálica. 
 Um elétron de valência é um elétron que está ligado a um átomo e pode ser
usado para estabelecer uma interação química; em uma única ligação covalente,
ambos os átomos contribuem com um elétron de valência para formar um par
compartilhado. O número de elétrons de valência pode afetar as características
químicas de um elemento, bem como sua capacidade de interagir com outros
elementos: 
 Um elétron de valência em um elemento do grupo principal só pode estar na
camada de elétrons mais externa.
 Quimicamente, um átomo com uma camada fechada de elétrons de valência é
inerte. Como os elétrons de valência adicionais são removidos rapidamente para
criar um íon positivo, um átomo com um ou dois elétrons de valência a mais do
que uma camada fechada é extremamente reativo.
 Devido à tendência de obter os elétrons de valência ausentes (criando um íon
negativo) ou compartilhar elétrons de valência, um átomo com um ou dois
elétrons de valência a menos do que uma camada fechada também é
extremamente reativo (formando assim uma ligação covalente).
 Um elétron de valência, como um elétron em uma camada interna, pode receber
ou liberar energia na forma de um fóton. A excitação atômica ocorre quando um
elétron ganha energia suficiente para migrar (pular) para uma camada externa. 
 A ionização ocorre quando um elétron se separa da camada de valência do
átomo associado, resultando na formação de um íon positivo. Quando um
elétron perde energia (e assim emite um fóton), ele pode migrar para uma
camada interna que não está completamente ocupada.
Estrutura de Lewis
Lewis propôs o conceito das ligações covalentes, em que um par de elétrons é
compartilhado entre dois átomos. O modelo desenvolvido por ele consiste na
representação das ligações covalentes em uma molécula ou íon por traços que conectam
dois elementos (ou seja, o par de elétrons compartilhado) e pontos representando os
outros elétrons da camada de valência.

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Sabendo disso, então, pode-se representar as estruturas moleculares de compostos
partindo de suas fórmulas químicas. Porém, para isso, deve-se seguir algumas regras.

Regras para a estrutura de Lewis


 Regra do octeto: todos os elementos da molécula devem obedecer à regra do
octeto e possuir seus 8 elétrons de valência.
 Átomos centrais: geralmente, as moléculas simples possuem um elemento
diferente dos demais. Esse é o átomo central. Já em moléculas mais complexas,
o elemento menos eletronegativo é tido como central, com os demais ao seu
redor.
 Simetria entre os átomos: a estrutura de Lewis é mais facilmente obtida
quando os elementos são distribuídos simetricamente ao redor do átomo central.
 Átomos terminais: os halogênios, por já possuírem 7 elétrons de valência, só
podem realizar uma ligação e, portanto, são átomos terminais em moléculas
(exceto quando em oxiácidos). O hidrogênio sempre é terminal.
 Distribuição dos elétrons: primeiro deve-se adicionar os elétrons
compartilhados entre os átomos que realizam as ligações covalentes e, em
seguida, distribuir entre os outros elementos.
Sabendo dessas regras gerais, é possível seguir uma série de passos que permite a
aquisição da estrutura de Lewis para os compostos que realizam ligações covalentes.
Ligação Iônica
A ligação iônica ocorre quando um átomo doa elétrons para outro átomo. O átomo que
doa é sempre uma espécie de baixa energia de ionização, ou seja, perde elétrons com
mais facilidade; já o átomo que recebe é sempre uma espécie de alta afinidade
eletrônica, ou seja, tem mais facilidade em receber elétrons. Os elétrons doados e
recebidos são sempre os da camada de valência, que, por ser a camada mais externa, é a
que sofre menos atração pelo núcleo atômico. Por causa dessa harmonia é que a ligação
iônica é considerada uma ligação forte.

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Como, em geral, os metais são espécies de baixa energia de ionização e os ametais são
espécies de alta afinidade eletrônica, muitos identificam que a ligação iônica ocorre
sempre entre um metal e um ametal.
Exemplo 1:
Um exemplo clássico de ligação iônica é a que ocorre entre o sódio (Na) e o cloro (Cl).
O átomo de sódio possui número atômico igual a 11, logo, possui 11 prótons. Como
todo átomo é uma espécie eletricamente neutra, o átomo de sódio também possui 11
elétrons, assim, sua distribuição eletrônica é: 1s2 2s2 2p6 3s1.
A camada de valência do sódio é a que contém o subnível 3s1, e, caso ele perca esse
elétron, terá uma nova camada de valência — 2s2 2p6 —, que já possui oito elétrons e,
por isso, faria-o estável.
Já o cloro é um átomo que possui número atômico igual a 17, logo, possui 17 prótons.
Mais uma vez, por ser uma espécie eletricamente neutra, o átomo de cloro também
possui 17 elétrons. Sua distribuição eletrônica é, então: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p5.
Como se vê, a camada de valência do cloro é a que contém os subníveis 3s 2 e 3p5 (com
sete elétrons), e, nesse caso, o cloro precisa de apenas um elétron a mais nessa camada
para adquirir oito elétrons nela e então se estabilizar. Por isso, sódio e cloro se ligam,
pois o sódio doa o elétron para o cloro, conforme o esquema abaixo mostra:

Ao demonstrarmos uma ligação iônica, não há a necessidade de representar todos os


elétrons de cada átomo, mas apenas os elétrons de valência. A utilização de setas é
comum e recomendada para que se mostre a espécie que doa e a espécie que recebe o(s)
elétron(s).
Como o sódio perde um único elétron, ele se torna um cátion (íon positivo), Na +. Já o
cloro, como recebe um elétron, torna-se um ânion (íon negativo), Cl–.
O composto gerado, NaCl, é chamado de cloreto de sódio e é o sal de cozinha, um
tempero amplamente utilizado. Na sua forma sólida, como comumente conhecemos, o
cloreto de sódio tem uma estrutura espacial muito bem definida, em que os íons de
sódio e cloro se alternam, estabilizando a estrutura, uma vez que possuem cargas
opostas.
Repr

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ão da estrutura cristalina
Outra forma de identificarmos se um composto é iônico é pela diferença dos valores
de eletronegatividade de cada átomo participante do composto. Caso essa diferença seja
maior que 1,70, nós dizemos que esse composto é iônico.
Por exemplo, a eletronegatividade do sódio é de 0,93, enquanto a eletronegatividade do
cloro é de 3,16. Se fizermos a diferença, temos que:
 3,16 – 0,93 = 2,23
 Como 2,23 é maior que 1,70, podemos afirmar que o cloreto de sódio é um
composto iônico.
Exemplo 2:
Veja outro exemplo de ligação iônica, entre o metal alcalinoterroso cálcio (Z = 20) e
o halogênio flúor (Z = 9).
- Distribuição eletrônica do cálcio: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 → Precisa perder dois elétrons
para se estabilizar.
- Distribuição eletrônica do flúor: 1s2 2s2 2p5 → Precisa ganhar um elétron para se
estabilizar.

Perceba nesse exemplo que, como o cálcio precisa perder dois elétrons, um átomo de
flúor não é suficiente (pois o flúor só necessita de um elétron para se estabilizar), dessa
forma, são necessários dois átomos de flúor para que o composto se torne estável.
O cálcio possui uma eletronegatividade de 1,00, enquanto a eletronegatividade do flúor
é de 3,98. Assim, a diferença entre as eletronegatividades é de 2,98, que é um valor
maior que 1,70, confirmando que se trata de um composto iônico.
Ligação Covalente
A ligação covalente ocorre quando os átomos compartilham entre si os seus elétrons.
Diferentemente da ligação iônica, na ligação covalente os átomos envolvidos não
possuem características antagônicas, mas sim semelhantes.
Percebe-se que a ligação covalente ocorre entre átomos de ametais, que são espécies que
possuem alta energia de ionização (não perdem elétrons com facilidade) e alta afinidade
eletrônica (mais facilidade em receber elétrons). Como os átomos envolvidos possuem

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características semelhantes e necessitam simultaneamente ganhar elétrons para se
estabilizar, o que ocorre é um compartilhamento dos elétrons das camadas de valência
para estabilizar a espécie gerada, a qual é chamada de molécula.
Exemplo 1:
Vejamos o caso da molécula de água, cuja fórmula é H2O.
 - Distribuição eletrônica do hidrogênio (H, Z = 1): 1s1 → Precisa ganhar um
elétron para se estabilizar.
 - Distribuição eletrônica do oxigênio (O, Z = 8): 1s2 2s2 2p4 → Precisa ganhar
dois elétrons para se estabilizar.
Nesse caso, como podemos ver logo abaixo, o oxigênio compartilha dois dos seus seis
elétrons de valência com o único elétron de valência de cada átomo de hidrogênio.
Assim, os pares de elétrons gerados são compartilhados entre o oxigênio e os
respectivos átomos de hidrogênio. Consideramos, então, que o oxigênio fica com oito
elétrons (seus seis originais, mais os dois adquiridos através dos hidrogênios no
compartilhamento) e cada hidrogênio fica com dois elétrons (seu elétron original, mais
o elétron adquirido no compartilhamento com o oxigênio).

O composto covalente (ou molécula) formado é geralmente representado por uma


fórmula estrutural característica, como a que se segue:

Nessa notação, cada par de elétrons compartilhado entre os átomos é substituído por
uma barra. Alguns autores também decidem representar os pares de elétrons não
ligantes, ou seja, os que não fazem nenhuma ligação covalente, com pequenas esferas
sobre o átomo a que eles pertencem.
Também é possível que os átomos compartilhem mais de um par de elétrons, podendo
chegar, na verdade, a três pares de elétrons compartilhados entre os mesmos átomos.
Exemplo 2:
Veja o caso do CO2, comumente chamado de gás carbônico.

7
 - Distribuição eletrônica do carbono (C, Z = 6): 1s2 2s2 2p2 → Precisa ganhar
quatro elétrons para se estabilizar.
 - Distribuição eletrônica do oxigênio (O, Z = 8): 1s 2 2s2 2p4 → Precisa ganhar
dois elétrons para se estabilizar.
Cada átomo de oxigênio, nessa estrutura, compartilha seus dois elétrons de valência
com dois dos quatro elétrons de valência do carbono, estabelecendo o que nós chamados
de uma ligação covalente dupla. Assim, consideramos que cada átomo de oxigênio pode
considerar mais dois elétrons na sua estrutura e que o carbono pode considerar mais
quatro elétrons na sua estrutura.

Exemplo 3:
O gás nitrogênio, N2, é um exemplo em que três pares de elétrons são compartilhados
entre os mesmos átomos.
 - Distribuição eletrônica do nitrogênio (N, Z = 7): 1s 2 2s2 2p3 → Precisa ganhar
três elétrons para se estabilizar.
Cada átomo de nitrogênio utiliza três dos seus cinco elétrons de valência para
estabelecer uma ligação covalente tripla, como mostra a estrutura a seguir.

Outra forma de identificar se uma substância é covalente é pela diferença de


eletronegatividade dos átomos. No caso dos compostos covalentes, a diferença entre os
valores de eletronegatividade deve ser menor que 1,70. No caso da água, o hidrogênio
possui eletronegatividade igual a 2,20 e o oxigênio possui eletronegatividade igual a
3,44. A diferença, então, será:
 3,44 – 2,20 = 1,24
 Como 1,24 é menor que 1,70, podemos confirmar que a água se trata de um
composto covalente.
Exemplo 4:
Quando um átomo já completou o octeto, mas ainda precisa fazer ligações covalentes,
podemos estabelecer o compartilhamento usando elétrons de valência de apenas um
átomo e não de dois, como tradicionalmente ocorre. É o caso do SO2.
Tanto o enxofre quanto o oxigênio possuem seis elétrons na camada de valência, ou
seja, ambos precisam ganhar dois elétrons para se estabilizar. Nesse caso, o enxofre

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compartilha dois de seus elétrons de valência com outros dois elétrons de valência de
um dos átomos de oxigênio. Ao fazer isto, tanto o oxigênio quanto o enxofre adquirem
oito elétrons na camada de valência.
Para que se possa ligar o outro átomo de oxigênio, a nova ligação formada possui
apenas a participação dos elétrons de valência do enxofre, sem mobilizar os elétrons de
valência do outro átomo de oxigênio. Assim, todos os átomos ficam com oito elétrons
na camada de valência e obedecem aos critérios da regra do octeto.

Alguns autores costumam chamar essa ligação covalente, em que se mobiliza apenas o
par de elétrons de um átomo, de ligação covalente dativa ou ligação covalente
coordenada, representando-a com uma seta.

Ressonância
O ião carbonato CO32- pode ser representado por três estruturas de Lewis equivalentes.

Estas três estruturas são semelhantes, mas não são iguais: A posição da ligação dupla
carbono-oxigénio torna-as diferentes. Quando é possível desenhar várias estruturas de
Lewis equivalentes para a mesma molécula (ou ião), diz-se que essa molécula (ou ião)
apresenta ressonância. Cada uma das estruturas de Lewis será uma estrutura
contribuinte. A verdadeira estrutura do ião carbonato será um híbrido das estruturas A,
B e C. Todas as suas ligações carbono-oxigénio têm o mesmo comprimento, e todos os
oxigénios têm a mesma carga.
Que regras se devem obedecer ao escrever estruturas contribuintes?
1. Todas as estruturas deverão ter o mesmo número de electrões e os mesmos átomos
nas mesmas posições

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A estrutura E tem 12 electrões e a estrutura F tem 14 electrões. Além disso, existe mais
um hidrogénio na estrutura F. Nada disto é permitido pela primeira regra....
2. A regra do octeto deve ser obedecida.

<="" p="">
3. As estruturas contribuintes mais importantes têm o maior número possível de octetos
completos:

Ao contrário da estrutura A todos os átomos da estrutura B têm octetos completos. B


será portanto mais importante do que A, mesmo apesar de ter uma carga positiva num
átomo electronegativo.
4. Se numa estrutura contribuinte houver carga localizada, esta deverá estar nos átomos
mais apropriados: cargas negativas deverão estar nos átomos mais electronegativos, e
cargas positivas deverão estar nos átomos menos electronegativos:

D é mais importante do que C, porque tem a carga negativa num oxigénio em vez de a
ter num carbono.
5. As estruturas deverão ter o maior número possível de ligações covalentes.
6. A importância duma estrutura contribuinte diminui com o aumento do número de
cargas localizadas.

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E é mais importante do que F porque não tem cargas localizadas.
7. Um híbrido de ressonância é tanto mais estável quanto maior fôr o número de
estruturas contribuintes equivalentes.
8. As estruturas com cargas do mesmo sinal são tanto menos estáveis quanto mais
próximas as cargas se encontrarem.
Exceções à regra do octeto
Alguns compostos covalentes acabam sendo exceções à regra do octeto, o que quer
dizer que alguns dos átomos desses compostos não se estabilizam com oito elétrons na
camada de valência, mas com menos ou mais que oito elétrons.
Os átomos de boro (B) e berílio (Be) são casos de elementos que se estabilizam com
menos que oito elétrons. Frequentemente percebemos o berílio se estabilizando com
quatro elétrons na camada de valência, como no caso do BeH2, e o boro se estabilizando
com seis elétrons na camada de valência, como é o caso do BH3.

Já o enxofre, no composto SF6, faz o que chamamos de expansão do octeto, ou seja,


estabiliza-se com mais de oito elétrons na camada de valência (no caso, 12 elétrons).

A molécula do NO2 traz outra exceção interessante à regra do octeto. Nessa molécula,


podemos considerar a presença de um elétron desemparelhado, ou seja, um elétron não
ligante isolado, sem ter outro elétron para fazer um par. Isso pode ocorrer quando o
somatório dos elétrons de valência dos átomos da molécula for ímpar. No NO 2, o
nitrogênio tem cinco elétrons de valência e cada oxigênio tem seis, logo, o somatório é
igual a 17 elétrons.

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Por conta dessas falhas da regra do octeto, alguns livros trazem teorias mais modernas
para explicar de forma única a formação dos compostos, entretanto, tal discussão foge
das necessidades de conhecimento do ensino básico.
Geometria molecular
Toda molécula possui uma orientação espacial que lhe garante mais estabilidade, isso
porque os ângulos que as ligações químicas estabelecem são importantes para
minimizar os efeitos de repulsão eletrônica. Não se esqueça de que toda ligação química
é feita de elétrons e que eles se repelem quando estão próximos.
A geometria adotada por uma molécula é aquela em que as ligações químicas têm a
maior distância entre si em termos de ângulos. Deve-se lembrar, ainda, que alguns
átomos não utilizam todos os seus elétrons da camada de valência para estabelecer
ligações covalentes, os chamados elétrons não ligantes. Entretanto, como não deixam de
ser elétrons, também impactam na repulsão entre cargas de mesmo sinal e, obviamente,
devem ser considerados na hora de se predizer a geometria de cada molécula.
A tabela a seguir mostra as geometrias para diversas moléculas, de acordo com o
número de átomos presentes na molécula, bem como se possuem ou não elétrons não
ligantes no elemento central.
Número de Geometria Ângulo entre Possui elétrons
Exemplos
átomos molecular ligações não ligantes?
2 Linear - Não H2, F2, HBr
3 Linear 180° Não CO2, BeH2
3 Angular Variável Sim H2O, SO2
4 Trigonal plana 120° Não BF3
4 Piramidal Variável Sim NH3, PCl3
5 Tetraédrica 109° 28’ Não CH4, SiH4

Hibridização
é o nome do fenômeno que ocorre com o átomo de um determinado elemento químico,
permitindo que ele realize um número maior de ligações covalentes ou que seja capaz
de realizar essas ligações.
12
O número de ligações covalentes que um átomo realiza está relacionado com o número
de orbitais incompletos que ele apresenta em sua camada de valência. Por exemplo,
analise a distribuição eletrônica fundamental e em orbitais do elemento nitrogênio
(cujo número atômico é 7):

Distribuições eletrônicas do nitrogênio


Observe que o nitrogênio possui três orbitais incompletos em sua camada de valência
(2a camada), no subnível p, o que permite a ele realizar três ligações covalentes, pois,
com mais três elétrons, sua camada de valência atingiria oito elétrons (de acordo com a
teoria do octeto, já que havia cinco elétrons nessa camada).
Esse mesmo raciocínio pode ser aplicado avaliando apenas a família do elemento, de
acordo com a tabela abaixo:

Tabela com o número de orbitais incompletos e o número de ligações


Essa realidade não se aplica a alguns elementos químicos, como é o caso do carbono,
berílio e boro, os quais realizam ligações covalentes apenas após passarem pelo
fenômeno da hibridização.
De uma forma geral, o fenômeno da hibridização ocorre na seguinte sequência:
O átomo recebe energia do meio externo;
Os elétrons dos orbitais mais externos absorvem essa energia;
Automaticamente, esses elétrons são excitados;
A tendência é que um elétron saia de um orbital completo e ocupe um orbital vazio;
Por fim, os orbitais incompletos unem-se.

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Interações intermoleculares
As interações intermoleculares, ou também chamadas de forças intermoleculares, são as
interações (forças) que as moléculas fazem entre si.
É muito importante você não confundir as interações intermoleculares com . Para
formar
moléculas os átomos se unem através de ligações químicas, que podem ser covalentes
ou iônicas. Essa molécula já formada interage com outras moléculas do mesmo tipo ou
de tipos diferentes para formar misturas ou compostos. Essas interações entre molécula-
molécula é o que chamamos de interações intermoleculares e são mais fracas que as
ligações químicas entre átomos.

Ligação química
Basicamente, as interações intermoleculares são forças de atração entre polos das
moléculas, e esses polos são definidos pelas ligação interatômicas. A molécula de água
por exemplo, é formada por um átomo de oxigênio e dois de hidrogênio e é uma
molécula polar porque o oxigênio é mais eletronegativo e "puxa" os elétrons para mais
perto dele gerando um polo negativo e outro positivo.

Molécula de água
E assim, quando colocamos duas ou mais moléculas de água juntas o polo positivo de
uma vai atrair o polo negativo da outra e assim elas interagem:

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Interação entre moléculas de água
Existem três tipos de interação intermolecular mais relevantes e vamos falar apidamente
sobre cada uma delas a seguir.

CONCLUSÃO
Nesta senda vimos que a estruturas das moléculas possui importância porque ajuda a
definir as propriedades da substância. As moléculas são estruturas formadas por uma
quantidade fixa de átomos ligados covalentemente, ou seja, por meio de ligações
covalentes (também chamadas de moleculares) que se formam quando os átomos
compartilham pares de elétrons.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Para introdução elementar ao conceito de estrutura molecular veja: RUSSELL,
J.B. Química Geral, 2. Ed. São Paulo: Makron Books, 1994. Principalmente capítulos 8
e 19.
Para considerações gerais relativamente simplificadas sobre o conceito de estrutura
molecular e, em particular, sobre a questão levantada por Woolley, leia: WEININGER,
S. The molecular structure conundrun: can classical chemistry be reduced to quantum
chemistry, J. Chemical Education, v. 61, p. 939, 1984.
Para uma análise quanto-mecânica profunda do conceito de estrutura molecular (tendo
em vista a análise crítica das posições de Woolley), leia: CLAVERIE, P., DINER, S.
The concept of molecular structure in quantum theory: Interpretation problems, Israel J.
Chem., v. 19, p. 54, 1980.
Para a recuperação rigorosamente quântica do conceito de estrutura molecular em
moléculas diatômicas, leia: TOSTES, J.G.R. Molecular shape effects and quantum
theory. Theor. Chim. Acta (Ber.), v. 59, p. 229, 1981.
A descrição de qual modelo ensinar é feita pelo professor Chassot no artigo:
CHASSOT, A.I. Sobre prováveis modelos de átomos, Química Nova na Escola, n. 3
maio, 1996, p. 3.
https://www.unifebe.edu.br/site/blog/ligacoes-quimicas-o-que-sao-e-quais-seus-tipos/
acessado dia 31 de Janeiro de 2023.
Источник: https://planetariodevitoria.org/estrelas/resposta-rapida-quais-estruturas-
moleculares-compoem-o-universo.html acessado dia 31 de Janeiro de 2023.

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