UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS – UFAL

INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE – ICBS

FACULDADE DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

ALICYA DANNYELLE OLIVEIRA SANTOS

ANNE KAROLYNE ISIDORO NUNES
MARYEVELYN COSTA SORIANO
RENATA DA SILVA MARQUES
YASMIN NATHANIELY RIBEIRO DA SILVA

LIGAÇÕES QUÍMICAS

Maceió, Alagoas
2023
ALICYA DANNYELLE OLIVEIRA SANTOS
ANNE KAROLYNE ISIDORO NUNES
MARYEVELYN COSTA SORIANO
RENATA DA SILVA MARQUES
YASMIN NATHANIELY RIBEIRO DA SILVA

LIGAÇÕES QUÍMICAS

Artigo científico que o aluno ALICYA DANNYELLE

OLIVEIRA SANTOS, ANNE KAROLYNE ISIDORO
NUNES, MARYEVELYN COSTA SORIANO,
RENATA DA SILVA MARQUES e YASMIN
NATHANIELY RIBEIRO DA SILVA apresenta a
professora Luma Batista, como requisito parcial para
obtenção de nota.

Maceió, Alagoas
2023
SUMÁRIO

RESUMO …………………………………………………………………………………
1. INTRODUÇÃO
2. PRINCÍPIOS DAS LIGAÇÕES QUÍMICAS
2.1 Regra do octeto
2.2 Ligação iônica
2.3 Ligação covalente
2.4 Tipos de ligações covalentes
2.5 Ligações covalentes coordenadas
2.6 Composto de coordenação
2.7 As formas dos complexos
2.8 Ligação metálica
2.9 Propriedades dos compostos metálicos
2.10 Retículo cristalino
2.11 Formação de ligas metálicas
2.12 Exemplos de ligações metálicas
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
RESUMO Dessa forma, ela pode ser dividida em
quatro tipos, iônica, covalente,
O artigo presente é um material que coordenada e metálica, cada uma com
visa estabelecer conceitos suas especificidades. Esses tópicos
fundamentais sobre as ligações serão tratados com exatidão e
químicas, onde será abordado suas aprofundamento ao decorrer do artigo,
nuances e características do assunto demonstrando e exemplificando as
trabalhado. Esse artigo tem como ligações químicas, sua necessidade, o
objetivo trazer de forma sintetizada e porque ocorre, como ocorre, entre
esclarecedora a explicação das outros tópicos que são de suma
ligações químicas para uma melhor importância para o entendimento do
absorção de conteúdo do ensino médio assunto. Desse modo, o presente artigo
e ensino universitário. Foi utilizado tem o propósito de formular e sintetizar
vários métodos de pesquisa para a o assunto para o aprendizado,
formulação desse artigo, como livros, instigando e ampliando o conhecimento
sites, vídeos e leituras de artigos. dos discentes de ciências biológicas.
Conclui-se que esse material que
aborda um assunto tão importante e de 2. PRINCÍPIOS DAS LIGAÇÕES
extrema relevância para os estudantes, QUÍMICAS
sendo um material esclarecedor que
realiza sua função de sanar as dúvidas As ligações químicas podem ser
referentes a temática abordada. classificadas em ligações
intramoleculares e intermoleculares. As
Palavras-chaves: ligações químicas, ligações intramoleculares ocorrem
iônica, covalente, metálica entre os átomos para formar
“moléculas”, e são responsáveis pelas
1. INTRODUÇÃO propriedades químicas dos compostos
(são elas: iônica, covalente e metálica).
Neste presente artigo, será abordado Enquanto as ligações (ou forças)
as questões referentes as ligações intermoleculares ocorrem entre as
químicas. Nessa análise, As ligações “moléculas”, sendo responsáveis pelas
químicas são interações entre átomos propriedades físicas dos compostos
com o objetivo de tornarem moléculas (íon-dipolo; dipolo-dipolo, dipolo-
ou substância básica de um composto. induzido e ligação de hidrogênio).
2.1 Regra do octeto
Uma maneira de entender
estabilidade dos átomos é por meio
dessa teoria, que defende que um
átomo está estável ao possuir oito
elétrons em sua camada de valência.
Condição conhecida como
“configuração de gás nobre”, uma vez
que esses elementos do grupo 18
possuem sua valência completa e são
muito pouco reativos (estáveis).
Ter órbitas vazios para acomodar pares
de elétrons “a mais”. Portanto, somente
a elementos a partir do terceiro período
da tabela periódica podem apresentar
esse efeito (chamados de
hipervalentes)
Efeito estérico: o elemento central
precisa ser GRANDE para ser capaz de
acomodar um número grande de outros
átomos ao seu redor.

Exceções a regra do octeto

•Moléculas com número ímpar de

•Moléculas onde o átomo central tem
elétrons – RADICAIS
menos do que oito elétrons em sua
O elétron desemparelhado em um
camada de valência – espécies
radical é representado como um ponto
DEFICIENTE EM ELÉTRONS
isolado.
Compatível com a contribuição relativa
Há radicais com mais de um elétron
das estruturas de ressonância,
desemparelhado.
compatível com a reatividade dessas
moléculas.

•Moléculas onde o átomo central tem

mais do que oito elétrons em sua
camada de valência – OCTETO
EXPANDIDO
2.2 Ligação iônica
Resulta da interação entre metais e
não-metais.
Metais são bastante eletropositivos e
têm tendência para formar cátions e
não-metais são bastante
eletronegativos e têm tendência para
formar ânions. Sempre que um
elemento que necessite doar elétrons
para se estabilizar, se unir a outro, que
necessite recebê-los, a união se dará
por ligação iônica. Esse tipo de ligação
é realizada entre íons (cátions e
ânions). Os Íons são átomos formados
pela perda ou ganho de elétrons pelos
átomos neutros. A formação de íons só
é possível a configuração eletrônica
dos íons a serem formados é estável.
Assim, um ânion de carga elétrica
negativa que se une a um cátion de
carga positiva forma um composto
iônico por meio da interação
eletrostática existente entre eles. Por
exemplo: Na+Cl– = NaCl (cloreto de
sódio, comumente conhecido como sal
de cozinha). Caracteriza-se pela
cessão de um ou mais elétrons de um
átomo para outro. Neste tipo de ligação
são formados cátions (doadores de
elétrons) e ânions (receptores de
elétrons) que adquirem a configuração
de gás nobre ou qualquer outra
configuração estável. Os íons formados
passam a se atrair
eletrostaticamente. O número de
elétrons cedidos é igual ao número de
elétrons recebidos. Está presente, de
forma preponderante em sais, óxidos
simples e complexos, como nos argilo-
minerais e materiais da cerâmica
clássica ou avançada, em geral.
Quando um átomo de um metal do
bloco s forma um cátion, ele perde um
ou mais elétrons até atingir a estrutura
de gás nobre de seu caroço. Em geral,
o caroço tem a configuração de
camada mais externa igual a ns2np6,
que é chamada de octeto de elétrons.
Assim, o sódio ([Ne]3s1) perde seus
elétrons 3s para formar Na , que tem a
mesma configuração eletrônica do
neônio, [Ne] ou 1s2 2s22p6. Quando os
átomos dos metais que estão à
esquerda do bloco p nos Períodos 2 e
3 perdem seus elétrons de valência,
eles formam íons com a configuração
eletrônica do gás nobre precedente.
Um sólido iônico não é mantido por
ligações entre pares específicos de
íons: todos os cátions interagem em
maior ou menor grau com todos os
ânions, todos os cátions repelem uns
aos outros e todos os ânions repelem
uns aos outros. Uma ligação iônica é
uma característica “global” do cristal
como um todo, ou seja, o abaixamento
da energia do cristal como um todo.
2.3 Ligação covalente perda nem ganho de elétrons nesse
tipo de ligação.
É resultado do compartilhamento de Por exemplo: H + H H2 tem 2 elétrons
elétrons entre pares de átomos para a conectando os dois núcleos de H.
formação de moléculas estáveis,
diferentemente das ligações iônicas em 2.4 Tipos de ligações covalentes
que há perda ou ganho de elétrons. Os
elementos que tendem a fazer ligações Por aproximação frontal dos orbitais
covalentes são os não-metais e os atômicos:
semimetais. Ligações σ (sigma)
Como os não metais não formam σs-s σs-p σp-p Forma ligações
cátions monoatômicos, a natureza das fortes. Apresentam simetria cilíndrica
ligações entre átomos de não metais em torno do eixo de ligação. Átomos
desconcertou os cientistas até 1916, podem rotar em torno do eixo da
quando Lewis encontrou uma ligação. Não apresentam plano nodal
explicação. Com intuição brilhante, e no eixo internuclear. Todas as ligações
antes do desenvolvimento da mecânica covalentes simples são sigma (primeira
quântica ou do conceito de orbitais, ligação é sempre sigma).
Lewis propôs que uma ligação
covalente consiste em um par de Por aproximação lateral dos orbitais
elétrons compartilhados por dois atômicos:
átomos. Ligações π (pi)
Ocorre com compartilhamento de São formadas entre átomos que já
elétrons, e não há a formação de íons, possuem ligação σ. Possuem um
na qual podem ser polar (diferentes plano nodal no eixo internuclear. Não
átomos) ou apolar (átomos são permitem a rotação dos átomos em
idênticos). torno do eixo internuclear. São mais
Por exemplo a molécula da água H2O, fracas que as ligações σ. Átomos
que é formada por dois átomos de grandes raramente formam duplas
hidrogênio e um de oxigênio em que ligações – a sobreposição é
cada traço corresponde a um par de difícil. Orbitais “s” não formam ligações
elétrons compartilhado formando uma pi.
molécula neutra, uma vez que não há Obs: Toda ligação apresenta um
caráter intermediário entre iônico e
covalente. Diferença de caráter
eletronegatividade iônico.
Um par de elétrons emparelhado é
chamado de ligação simples. Dois
pares de elétrons compartilhados por
dois átomos formam uma ligação
dupla. Três pares de elétrons
compartilhados formam uma ligação
tripla. Uma ligação dupla, como C::O, é
escrita como C=O em uma estrutura de
Lewis. De modo semelhante, uma
ligação tripla, como C:::C, é escrita
C≡C. As ligações duplas e triplas são
coletivamente chamadas de ligações
múltiplas. A ordem de ligação é o
número de ligações que une um par
específico de átomos. Logo, a ordem
de ligação em H2 é 1; no grupo C=O é
2; e em C≡C, como no etino, C2 H2, é
3.
2.5 Ligações covalentes
coordenadas
Ligação formada entre uma base de
Lewis e um ácido de Lewis pelo
partilhamento de um par de elétrons
originalmente pertencente à base de
Lewis.
Figura 1
As ligações covalentes ocorrem
quando há o compartilhamento de
elétrons entre os átomos, tornando
todos os átomos que participam deste
tipo de ligações estáveis, porém, no
caso da ligação covalente coordenada
ou dativa, o átomo que possui pares de
elétrons disponíveis e que não está
realizando o compartilhamento deles
com outro átomo pode “doar” estes
elétrons livres para um outro átomo
qualquer, realizando desta forma uma
ligação covalente simples e uma
ligação covalente coordenada ou
dativa, onde há a transferência de
elétron(s) de um átomo para o outro.
Este tipo de ligação química é bastante
comum e ocorre frequentemente com
átomos de cloro, enxofre, fósforo, entre
outros diversos elementos químicos.
Figura 2: representação de um elo de
coordenação entre o átomo doador (N) e o
aceitador (H).
Um link de coordenação é ocorre o compartilhamento dos elétrons
representado por uma seta que começa com um átomo, até que ambos estejam
nos átomos do doador e termina no estáveis, para somente após esta
átomo aceitador (Figura 2). Em alguns estabilização ocorrer a doação do(s)
casos, o doador pode ser uma elétron(s) para o outro átomo tornar-se
molécula. Nesse caso, um átomo na estável. Na simbologia de Lewis, as
molécula pode doar o par de elétrons, ligações onde ocorrem a doação de
que seria a base de Lewis, enquanto a elétrons são representadas por setas
molécula com capacidade aceitadora (→) e as ligações onde ocorre o
seria o ácido de Lewis (Coordenação compartilhamento de elétron são
Covalente, SF). representadas por um hífen ligando os
Um elo de coordenação tem elétrons (• ─ •).
características semelhantes às de uma Uma ligação covalente coordenada é
ligação covalente simples. Os uma ligação em que ambos os elétrons
compostos que possuem esse tipo de de ligação vêm do mesmo átomo.
ligação geralmente têm um baixo ponto
de fusão e ebulição, com uma interação
coulômbica inexistente entre átomos
(em oposição à ligação iônica) e os
compostos são muito solúveis em água
(Atkins, 2017). Para que uma ligação
covalente coordenada ocorra é
Estrutura do Dióxido de enxofre (SO2), com
necessário que um dos átomos uma ligação covalente.
compartilhe um par de elétrons com
outro átomo, e ao mesmo tempo, faça
cessão de um ou mais elétron(s) com
outro átomo, que apenas participa da
ligação recebendo o(s) elétron(s). Esse
tipo de ligação funciona da seguinte
forma: A ligação covalente coordenada
ocorre somente se o átomo que é Estrutura do trióxido de enxofre (SO3), com

responsável pela doação de elétron(s) duas ligações covalentes coordenadas.

estiver estabilizado de acordo com a

regra do octeto, ou seja, primeiramente

Figura 5
Pelo exemplo, é perceptível, a ligação
entre o enxofre e o oxigênio da
esquerda e feita por meio de uma
ligação coordenada, então, apenas o
enxofre contribui com um par de
elétrons para que a ligação ocorra,
tornado assim, tanto o átomo de
enxofre, quanto o de oxigênio estáveis.
Já a ligação entre o enxofre e o
oxigênio da direita é uma ligação
covalente normal, e assim, tanto o
enxofre quanto o oxigênio contribuem
com um par de elétrons cada.
Na ligação covalente “comum”, cada
átomo fornece um elétron para formar a
ligação; • Na ligação covalente
coordenada o compartilhamento de
elétrons se dá pela “oferta” de dois
elétrons de um elemento para outro.
• O átomo central deve ter, pelo menos,
um orbital vazio para receber um par de
elétrons. • Os átomos ligados ao átomo
central devem ter um par de elétrons
para ser doado para o orbital vazio do
átomo central.
2.6 Composto de coordenação
O composto de coordenação é um
complexo neutro ou um composto
iônico no qual pelo menos um dos íons
é um complexo. Exemplos: Ni(CO)4;
K3[Fe(CN)6].
O complexo de coordenação é o
produto da reação de um ácido de
Lewis e uma base de Lewis para formar
uma ligação covalente coordenada As
bases de Lewis, íons ou moléculas,
ligadas ao átomo ou íon central de
metal, nos complexos de um metal d,
são conhecidas como ligantes. Um
exemplo de ligante iônico é o íon
cianeto. No íon hexacianoferrato(II),
[Fe(CN)6]^6-, os íons CN^- fornecem
os pares de elétrons que formam
ligações com o ácido de Lewis Fe^2+
No complexo neutro Ni(CO)4, o átomo
de Ni age como ácido de Lewis e os
ligantes são moléculas de CO, as quais
atuam como bases de Lewis.
O íon hidratado Cu(OH2)6^2+ é um
exemplo de complexo, isto é, uma
espécie formada por um átomo ou íon
central de metal ao qual se ligam outros
íons ou moléculas por ligações
coordenadas. A fórmula química de um
íon complexo (mas não de um
complexo neutro) normalmente é
mostrada entre colchetes. Logo, este
íon seria representado por 2.7 A forma dos complexos
[Cu(OH2)6]^2+. Um composto de A riqueza da química de coordenação é
coordenação é um composto aumentada pela variedade de formas
eletricamente neutro em que pelo que seus complexos podem adotar. Os
menos um dos íons presentes é um complexos mais comuns têm número
complexo. Entretanto, os termos de coordenação 6. Quase todas essas
composto de coordenação (o composto espécies têm seus ligantes nos vértices
total neutro) e complexo (um ou mais de um octaedro regular, com o íon
de um dos íons ou espécies neutras metálico no centro, e são chamadas de
presentes no composto) são muitas complexos octaédricos. Um exemplo
vezes usados um pelo outro. Os de complexo octaédrico é o íon
compostos de coordenação incluem os [Fe(CN)6]^4-
complexos nos quais o átomo central Esse é um exemplo de um quelato (a
de metal é eletricamente neutro, como palavra grega para garra), isto é, um
Ni(CO)4, e os compostos iônicos, como complexo que contém um ou mais
K4[Fe(CN)6]. Cada ligante, em um ligantes, que formam um anel de
complexo, tem pelo menos um par de átomos que inclui o átomo central de
elétrons livres com o qual ele se liga ao metal. Existem poucos ligantes
íon ou átomo central por covalência hexadentados, mas um exemplo
coordenada. Dizemos que os ligantes comum é o íon
se coordenam com o metal ao etilenodiaminatetraacetato, EDTA.
formarem complexos dessa maneira. Esse ligante forma complexos com
Esses ligantes fazem parte da esfera muitos íons de metais, inclusive com
de coordenação do íon central. O Pb^2+ e, por isso, é usado como
número de pontos aos quais os ligantes antídoto para envenenamento por
se prendem ao átomo central de metal chumbo.
é chamado de número de coordenação
do complexo. O número de
coordenação é 4 em Ni(CO)4 e 6 em
[Fe(CN)6]^4-. Forma-se um complexo
entre um ácido de Lewis (o átomo ou
íon de metal) e um certo número de Os ligantes quelantes são bastante
bases de Lewis (os ligantes). comuns na natureza. Musgos e líquens
secretam ligantes quelantes para
capturar íons de metais essenciais das localizam na camada de valência
rochas sobre as quais eles crescem. A formam os núcleos iônicos com carga
formação de quelatos também é a base resultante positiva e magnitude igual à
da estratégia do corpo na produção da carga total dos elétrons de valência por
febre quando infectado por uma átomo.
bactéria. A temperatura alta mata a Representação esquemática da ligação
metálica:
bactéria pela diminuição de sua
capacidade de sintetizar um
determinado ligante que é quelante de
ferro Os complexos com número de
coordenação 6 normalmente são
As bolinhas azuis representam os íons
octaédricos. Os complexos de número
metálicos, enquanto que os sinais negativos em
de coordenação 4 podem ser
amarelo representam elétrons livres.
tetraédricos ou quadrado-planares. Os
ligantes polidentados formam quelatos.
2.9 Propriedades dos compostos
metálicos
2.8 Ligação metálica
• Os metais são encontrados na fase
A forma de ligação característica dos
sólida nas condições ambiente
metais em que os cátions são mantidos
(temperatura de 25°C e pressão de 1
juntos por um mar de elétrons. A
atmosfera), exceto o mercúrio, que é
ligação metálica é aquela formada
líquido. • Apresentam brilho
exclusivamente por átomos metálicos.
característico. • Elevada condutividade
Estes átomos apresentam de um a três
térmica e elétrica por causa dos
elétrons livres na camada de valência,
elétrons livres. • Apresentam elevados
que se encontram afastados do núcleo.
pontos de fusão e ebulição.
Por isso, a força de atração exercida
• Maleabilidade (facilidade de se moldar
pelo núcleo sobre os elétrons é fraca,
mediante a pressão produzindo chapas
fazendo com que estes não
e lâminas). •Apresentam alta
permaneçam ligados a um átomo
ductibilidade (facilidade de se produzir
particular no sólido. Esses elétrons
fios). Os principais metais utilizados
podem se movimentar por todo o metal,
hoje em dia são o ferro (Fe) das ligas
formando um mar de elétrons ou uma
de aço, o alumínio (Al) das latinhas de
nuvem eletrônica. Os núcleos dos
refrigerante, ou ouro (Au) presente nas
átomos e os elétrons que não se
joias, o cobre (Cu) dos fios condutores,
o zinco (Zn) presente nas calhas, o
cromo (Cr) usado na cromagem do aço,
o magnésio (Mg) muito usado para
produzir ligas leves, o chumbo (Pb)
presente nas baterias, dentre outros.
2.10 Retículo cristalino
Os metais se organizam em células ou
retículos cristalinos. Um material
cristalino é aquele no qual os átomos
encontram-se ordenados sobre longas
distâncias atômicas posicionadas
sobre uma estrutura tridimensional de
pontos chamada rede cristalina. Um
material não-cristalino ou amorfo é
aquele que não apresenta ordem de
longo alcance na disposição
átomos. A figura abaixo exemplifica um
material cristalino (a) e amorfo (b).
Material cristalino (a) e amorfo (b).
2.11 Formação de ligas metálicas
Uma liga metálica é um material
composto por mais de um elemento,
sendo pelo menos um deles metal e
que apresenta propriedades metálicas.
O interessante de se produzir ligas
metálicas é conseguir propriedades
que não seriam possíveis de se obter
com seus elementos isolados. Dentre
as principais propriedades que podem
ser obtidas com a utilização de ligas
metálicas, temos: Diminuição da
temperatura de fusão: liga de metal
fusível. Constituição: Bismuto (Bi),
chumbo (Pb), estanho (Sn) e cádmio
(Cd).
2.12 Exemplos de ligações metálicas
Bronze: formado pelo cobre (Cu) +
estanho (Sn). É encontrado nas
medalhas das Olímpiadas, mas
também em estátuas e em algumas
moedas. Latão: é a união entre cobre
(Cu) + zinco (Zn). Em algumas ligas, o
dos latão também pode ter a mistura de
outros metais, como alumínio (Al) e
ferro (Fe). Aço comum: é a união entre
ferro (Fe) + carbono (c). É uma ligação
metálica considerada muito resistente.
Ouro 18 quilates: a liga metálica mais
famosa, composta por ouro (Au) + prata
(Ag) / cobre (Cu) (75% de ouro e 25%
dos outros elementos.
CONCLUSÃO REFERÊNCIAS