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DIAGNÓSTICO DE CONTAMINAÇÃO HUMANA POR METAIS

HUMAN CONTAMINATION DIAGNOSIS BY METALS

Amanda Marceano da Silva1


Helen da Silva Gonçalves Quintanilha2
Lorrainne Mattos Barcelos3

2 de novembro de 2019

Resumo

Quase todos os elementos químicos estão envolvidos em ciclos fechados na natureza, em


concentrações que não causam efeitos nocivos aos organismos, movendo-se entre os vá-
rios compartimentos ambientais em velocidades e extensões variadas. Entretanto, um dos
aspectos mais graves da introdução de substâncias químicas nesses compartimentos, é a sua
bioacumulação na cadeia alimentar existente nos ambientes aquáticos e terrestres.

Palavras-chave: metais pesados; contaminação; toxicidade.

Abstract

Almost all chemical elements are involved in closed cycles in nature, at concentrations that do not
cause harmful effects to organisms, moving between the various environmental compartments at
varying speeds and lengths. However, one of the most serious aspects of introducing chemicals
into these compartments is their bioaccumulation in the food chain in aquatic and terrestrial
environments.

Palavras-chave: heavy metals; contamination; toxicity.

1
amandinhaaa215@hotmail.com
2
Helensg_21@hotmail.com
3
lorraiinemattos78@gmail.com
1 Introdução

Vários tipos de metais são encontrados naturalmente no ambiente e também


são usados na indústria, na fabricação de diversos produtos, etc. Nosso organismo
necessita de uma quantidade mínima de alguns deles, como: ferro, cobre, selênio,
molibdênio e zinco. Porém, se a concentração desses metais forem aumentadas e
passarem da taxa aceita, podem ser altamente tóxicos, causando irritações e lesões ao
nosso organismo, podendo contaminar o solo, o ar e a água. A contaminação humana
vem aumentando com o avanço industrial, sendo assim, desenvolver métodos de coleta
de material biológico é de suma importância para a saúde como um todo.

1.1 Toxicidade

A toxicidade é a capacidade inerente a um agente químico de produzir danos


aos organismos vivos em condições padronizadas de uso. Entende-se por intoxicação
o efeito que resulta da acção de um tóxico ou veneno ao nível dos vários aparelhos
orgânicos. A intoxicação resulta da perturbação ou abolição da vida dos elementos
anatómicos, por modificação directa ou indirecta do meio líquido que os contém, como
sangue e plasma intersticial.

1.1.1 O que são metais ?

Metal é toda substância mineral que se apresenta em estado sólido à tempera-


tura ambiente, com exceção do mercúrio. Características: brilho, opacidade, dureza,
ductibilidade (que permite que o material seja esticado em arames finos) e maleabi-
lidade (que possibilita sua redução a lâminas delgadas). Incluem-se nessa definição
tanto os metais propriamente ditos (ouro, prata, ferro, etc.), como algumas ligas (bronze
e latão, por exemplo).
Outras propriedades físicas que caracterizam o metal são sua elevada densi-
dade, boa fusibilidade e, principalmente, os altos coeficientes de condutividade térmica
e elétrica. Do ponto de vista químico, metal é todo elemento eletropositivo, ou seja,
aquele cujos átomos formam íons positivos em solução. Os metais constituem cerca
de 75% do sistema periódico dos elementos.
Os íons metálicos são necessários para muitas das funções vitais do organismo
humano. A ausência de alguns deles pode ocasionar sérias doenças, tais como: anemia,
por deficiência de ferro; retardamento do crescimento de crianças, por falta de zinco,
e má formação óssea em crianças, por falta de cálcio. Alguns metais e semimetais,
por sua vez, quando presentes no organismo humano, podem causar intoxicações.
São exemplos clássicos: o arsênio, o chumbo, o cádmio e o mercúrio. Neste artigo,
são apresentadas algumas das funções desempenhadas por metais essenciais para
o corpo humano, assim como os principais alimentos necessários em nossa dieta
alimentar, que contém estes metais.
Uma considerável parte dos elementos químicos que compõem a tabela perió-
dica está presente no organismo humano. É interessante destacar que tais substâncias
estão em contínuo estado de rotatividade, sendo formadas e consumidas a velocidades
que variam de frações de segundos até anos. Um homem adulto, de 70kg, apresenta
em seu organismo cerca de 7kg de hidrogênio, 12,6 kg de carbono, 2,1kg de nitrogênio,
45,5kg de oxigênio (este é o elemento químico mais abundante no nosso corpo), 700g
de fósforo, 175g de enxofre, 105 g de sódio, 140g de potássio, 1,0 kg de cálcio, 35g de
magnésio, 2,3g de zinco e 4,2g de ferro.
Tratando-se particularmente dos metais e de suas funções no corpo humano,
destaca-se o cálcio, presente nas estruturas ósseas e no esmalte dos dentes, na
forma de hidroxiapatita, Ca5(PO4)3(OH). O sódio e o potássio contribuem para o
balanço osmótico em membranas celulares, e o ferro está presente na estrutura de
uma molécula conhecida como hemoglobina, responsável pela absorção e transporte
de oxigênio no sangue.
É importante destacar, ainda, vários outros metais, sem os quais a vida humana
não existiria. Entre eles estão o cromo, o manganês, o cobalto, o níquel, o cobre e o
molibdênio, envolvidos em processos metabólicos que regulam a produção de energia
e o bom funcionamento do corpo humano.

1.1.1.1 COMO OCORRE A CONTAMINAÇÃO ?

O desenvolvimento tecnológico do Homem moderno tem causado além de


benefícios e de bem-estar, efeitos adversos de intensidade variável no meio ambiente,
comprometendo a qualidade de vida dos organismos que com ele coabitam. Os metais
integram naturalmente os ciclos biológicos e geológicos (14,16). A erosão provoca a
dissolução dos vários componentes da natureza onde, por meio da acção física dos
vários elementos, como por exemplo, o ar ou a água acabam por fazer chegar esses
sedimentos de metal até aos solos, ar e água, podendo, em resultado da interacção
com o ecossistema onde estão envolvidos, serem incorporados na cadeia alimentar
(12,14,17). Os metais pesados, onde se incluem o cádmio, o chumbo e o mercúrio,
normalmente, apresentam-se em concentrações muito pequenas, associados a outros
elementos químicos e, quando lançados no meio ambiente, podem ser absorvidos
pelos tecidos animais e vegetais contaminando os ecossistemas terrestres e aquáticos,
entrando dessa forma na cadeia alimentar.
Entre os metais e os semimetais que causam graves distúrbios ao organismo
quando absorvidos, podem ser citados o arsênio, o chumbo, o mercúrio e o cádmio.
O arsênio pode ser absorvido pelo organismo através do sistema gastrointestinal,
causando graves doenças cardiovasculares, renais, intestinais e até a morte. De
forma mais abrangente e, infelizmente, tão prejudiciais à saúde quanto o arsênio,
estão os chamados metais pesados. O chumbo, por exemplo, pode causar intoxicação
basicamente através da absorção pelo sistema gastrointestinal e pelas vias respiratórias.
Provoca distúrbios neurológicos (dores de cabeça, convulsões, delírios e tremores
musculares), gastrointestinais (vômitos e náuseas) e renais. Elevadas concentrações
de chumbo podem levar à morte.
O mercúrio causa intoxicações nas suas três formas: o mercúrio metálico, os
sais de mercúrio e os compostos organo mercúricos. Assim como no caso do chumbo,
suas principais vias de absorção são o sistema gastrointestinal e o sistema respira-
tório. Quando absorvido, o mercúrio pode causar danos neurológicos e respiratórios,
disfunções renais e gastrointestinais, distúrbios visuais, perda de audição, tremores
musculares, paralisia cerebral e até a morte.
Como o mercúrio é utilizado na extração do ouro, muitos trabalhadores de
garimpos são intoxicados por este elemento químico. O cádmio, bastante citado em
noticiários por fazer parte da composição de baterias de telefones celulares, pode
causar intoxicação aguda ao corpo humano, sendo que seus efeitos mais marcantes
são os distúrbios gastrointestinais (dores abdominais, náuseas e vômitos) e paralisia
renal.
Apesar de existirem antídotos, é de vital importância a rígida atuação dos
profissionais ligados à saúde, sobretudo em ambientes de trabalho, para evitar que
trabalhadores com pouca instrução e conhecimento venham a ser contaminados por
metais como chumbo, mercúrio e cádmio.
Possíveis formas de contaminação:

• Termômetro de mercúrio (quando quebrado)

• Lâmpadas de baixo consumo (quando quebrada)

• Utensílios de cozinha de alumínio que contenham outros metais pesados

• Vacinas

• Pesticidas

• Produtos de higiene e cosmética convencional

• Gasolina

• Cigarro

• Aditivos alimentares
• Medicamentos

• Água procedentes de minas e indústrias e outras águas não tratadas

• Amálgamas dentais de mercúrio

2 Tipos de Exames

Mineralograma
O MC consiste em um exame que visa determinar (no cabelo ou pêlos pubianos)
elementos tóxicos. O excesso de elementos tóxicos é incorporado à raiz do cabelo
durante o estágio inicial de seu crescimento. Diferente da amostra de sangue e urina,
o cabelo é um monitor biológico capaz de registrar uma intoxicação ao longo de um
período de meses ou até anos. É o melhor exame para detectar intoxicação crônica,
sendo assim o Conselho Federal de Medicina na Resolução 2.004/12 libera o seu uso
apenas para esta finalidade: Detecção de metais tóxicos.
durante ou usar
COLETA:
Paciente tem que ficar preferencialmente 3 meses sem pintar o cabelo, durante
15 dias deve suspender o uso de xampus anticaspa, evitar nadar em piscinas ou usar
qualquer produto químico. Por 7 dias deverá lavar o cabelo apenas com xampu de pH
neutro, isento de zinco ou selênio. A coleta deve ser feita com tesoura de aço-inoxidável,
específica para essa finalidade. Retira-se na região da nuca vários tufos até totalizar
1g, sendo que os fios devem ser retirados o mais próximo da raiz.
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A amostra é armazenada em uma embalagem de plástico e enviada para análise.
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A amostra após uma dissolução, é analisada através de espectrometria de massa, com
fonte de plasma (ICP-MS), uma técnica extremamente sensível.
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OLIGOSCAN (Mineralograma intracelular) – por espectrofotometria é um método
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prático e revolucionário de medir a biodisponibilidade dos minerais no corpo, também
detecta a intoxicação por metais pesados, faz a avaliação do estresse oxidativo, capaci-
dade de defesa e possibilidades de desequilíbrios orgânicos pela carência de minerais
ou excesso de metais pesados.

2.2 Tratamento

O tratamento para intoxicações causadas por chumbo, mercúrio e cádmio está


basicamente centrado na utilização de antídotos, que são substâncias químicas de
diferentes classes. Algumas destas substâncias recebem o nome de agentes comple-
xantes ou quelantes e podem ser naturais ou sintéticas. Quando chegam ao organismo,
esses antídotos se ligam aos íons metálicos que causam a intoxicação e formam
compostos de elevada estabilidade que depois são eliminados, em geral pela urina.
Alguns exemplos de complexantes são a penicilina, o EDTA, o dimercaprol e o ácido
2,3-dimercaptosuccínico (DMSA).
Tratamento inespecífico
O tratamento inicial da fase aguda da intoxicação envolve medidas gerais de
suporte; é importante prevenir a exposição continuada. As convulsões são tratadas
com diazepínicos - adulto: 5 a 10mg EV a cada 10 a 15 minutos, caso seja necessário;
criança: 0.2 a 0.5 mg/kg inicial, repetindo a cada 5 minutos em caso de necessidade.
Devem ser administrados líquidos e cristaloides, mantendo uma rigorosa monitoração
eletrolítica, assim como acompanhamento cardiológico adequado. O edema cerebral
deve ser tratado com Manitol na dose de 1.5g/kg a 20% EV por mais de 20 minutos e
Dexametasona na dose de 1 a 2mg/kg/dia EV em doses divididas, mantendo aPCO em
25 a 30 mmhg. Esse procedimento controla hiperventilação. A concentração sanguínea
de chumbo deve ser determinada previamente ao início do tratamento de quelação.

2.2.2 Tratamento por Quelação

A terapia de quelação envolve uma solução química chamada EDTA (ácido etile-
nodiaminotetracético), que é administrada no corpo – geralmente injetada diretamente
na corrente sanguínea – para que ela possa se ligar com excesso de minerais. Uma
vez ligado a “toxinas” no corpo, o EDTA ajuda a desintoxicar o corpo de metais pesados
removendo-os antes que desequilíbrios e doenças tenham a chance de se desenvolver.
Desenvolvido e usado pela primeira vez na década de 1950 para o tratamento de
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intoxicação por metais pesados, a terapia de quelação usando EDTA é realizada agora
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para remover metais pesados comuns, incluindo chumbo, mercúrio, cobre, ferro, arsênio,
alumínio e cálcio. Apesar de ainda ser uma prática polêmica na medicina convencional
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e uma que exige mais pesquisas para que possamos entender completamente como
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funciona, estudos mostram que a terapia de quelação tem potencial para reduzir o risco
de inflamação, doenças cardíacas, infecções e muito mais.
Um Inquérito Nacional de Intervenção de Saúde realizado pelos Centros de
Controle e Prevenção de Doenças revelou que 111 mil adultos maiores de 18 anos
usaram terapia de quelação como forma de medicina complementar entre os anos
2006-2007. Uma vez que a popularidade da terapia de quelação cresceu desde então
e mais profissionais de saúde estão sendo treinados nesta prática, é seguro dizer que
esse número está aumentando constantemente.
3 Objetivo

O trabalho tem por objetivo expor os metais conaminantes presentes na natu-


reza, bem como a taxa de toxicidade de cada um e, também, quais os exames usados
para detectar uma possível intoxicação.

4 Materiais e Métodos

O presente estudo teve como fonte as plataformas do Pubmed, SciELO, google


scholar.

5 Conclusão

Já que o avanço tecnológico não vai parar, a sociedade não vai regredir, as
indústria não vão deixar de aumentar, então, chegamos a conclusão de que, já que
o uso de metais são necessários e indispensáveis na fabricação e manipulação de
alimentos de consumo humano, devemos tomar o máximo de cuidado com o que
comemos e manipulamos. E, se a exposição for acima do limite seguro, e de suma
importância, a conscientização de que se faz necessário um monitoramento.
da saúde, feio através do exame Mineralograma. Atenção aos sintomas, também
é de suma importância para um eventual tratamento correto. Mas, tudo isso, só será
possível se o acesso a essas informações forem mais abrangentes, para que seja
aderida a cultura de nossa sociedade.

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6 REFERÊNCIAS

https://clinicatrinutrix.com.br/ https://www.crq4.org.br/quimica_viva__os_metai
s_e_a_saude_humana http://www.drfredericolobo.com.br/2014/
Hardman JG, Limbird LE, Gilman AG. Goodman & Gilman’s The Pharmacological
Basis of Therapeutics. 10th ed. New York: McGraw-Hill, 2001. ISBN 0-07-135469-7. htt
p://www.scielo.br/pdf/%0D/pab/v35n7/1289.pdf
https://www.scielosp.org/scielo.php?pid=S1413-81232004000100017&script=sci_arttext&tln
https://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1020-49892004000200007
http://www.academia.edu/download/35870175/antioxidantes_de_los_alimento.p
df

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