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Prata Ag, Pd
Cobalto Co,Cr,Mo,Fe,C,Si,Mn
Outra forma de descrever a liga é pela fase estrutural. Fases são áreas
dentro da liga que têm a mesma composição e estrutura de cristal. Fase única
tem praticamente a mesma estrutura já quando as fases são múltiplas há
diferenciação de uma fase para outra. Por isso a liga não é homogênea em
toda a estrutura podendo isto ser observado facilmente em microscopia
eletrônica. A fase estrutural de uma liga é crítica para as propriedades de
corrosão e de biocompatibilidade.
Corrosão é uma propriedade química que tem conseqüências para
outras propriedades da liga como: estética, resistência e biocompatibilidade.
A corrosão ocorre quando elementos dentro da liga ionizam, então os
elementos que são inicialmente descarregados dentro da liga perdem elétron
e tornam-se íons positivamente carregados pois estão liberados dentro da
solução.
Geralmente ligas com fases múltiplas devem liberar mais volume, mas
isto não é regra. Elementos como prata, cobre,níquel, gálio e zinco tem maior
tendência para ser liberado comparado com elementos como ouro e
paládio, por esta razão ligas altamente nobres ou nobres sofrem menor
influência da corrosão. Certos elementos apresentam maior tendência para se
liberarem da liga dental indiferentemente da composição que a liga tem e
esta tendência é referida como instabilidade. O cobre, níquel e gálio são
elementos instáveis. Cádmio e zinco também têm instabilidade considerável.
Prata tem moderada instabilidade e terá menor tendência para ser liberado.
Ouro, paládio e platina tem baixa instabilidade e são improváveis de serem
liberados em alto nível. É preciso deixar claro que a instabilidade dos
elementos não é absoluta. Alguns elementos instáveis podem ser alterados
por outros elementos da liga. Por exemplo, o paládio contribui na redução da
instabilidade do cobre nas ligas a base de ouro. Outro fator a considerar é a
condição ambiental da liga pois isto poderá afetar a liberação de elementos.
A redução do pH, o efeito do ácido na liga dental são relevantes na
biocompatibilidade.
CONTROVÉRSIAS FREQUENTES:
• Se o metal liberado da liga faz parte da dieta, então isto não implica na
ocorrência de toxicidade biológica sistêmica ou outros efeitos.O
problema com a segurança das ligas é que não se sabe o grau de
ingestão de determinado metal na dieta. Uma amostra de titânio
ingerido na dieta pode ou não ser segura (750 µg/ dia). Isto é
simplesmente um fato empírico de que este deve ser o titânio
consumido, então se a liga liberar mais titânio não poderemos garantir
a segurança da liga. Por isso é preciso pesar os riscos e benefícios da
exposição por longo período de tempo a cada metal.
• As ligas que têm íntimo contato com os tecido podem levar a maior
concentração do metal nesta área. Por exemplo uma coroa estendida
subgengivalmente forma um sulco entre a gengiva e a liga. Se
elementos da liga são liberados no sulco, deve haver maior
concentração nesta área porque eles não foram diluídos na saliva ou
outro sulco digestivo.