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organismo humano
Os metais no organismo humano
Cerca de 99% do cálcio existente no organismo humano está na forma Ca2+ e faz parte
do fosfato de cálcio, Ca₃(PO₄)₂, que constitui cerca de 40% do nosso esqueleto, e do
hidroxifosfato de cálcio, Ca₅(PO₄)₃OH, que, com o fosfato, entra na constituição dos
dentes.
O elemento cálcio desempenha outros papéis, em que se
inclui a divisão celular, a regulação hormonal, a coagulação
do sangue e a contração muscular.
A falta deste elemento pode causar letargia, contraturas musculares (cãibras), depressão
e irritação.
Os metais no organismo humano
Outra importante participação biológica dos iões ferro reside nas enzimas envolvidas
na síntese do ADN, nas reações de oxidação da glucose e nos mecanismos de remoção
de radicais livres. O funcionamento normal do cérebro também necessita de ferro.
A tabela indica os principais alimentos fontes de cálcio, potássio, sódio, magnésio e ferro.
Os chamados metais pesados, que incluem o chumbo, cádmio, mercúrio e cromo, são
tóxicos para o ser humano, mesmo em pequenas concentrações.
Embora a maior parte do chumbo, Pb, não seja absorvido pelo organismo, há uma
pequena fração que permanece na corrente sanguínea, interferindo aí com as enzimas
envolvidas na síntese da hemoglobina. Com o tempo, o chumbo vai-se também
acumulando no esqueleto.
A partir de certo limite, os efeitos no funcionamento dos rins tornam-se um grande risco.
Esta é uma das razões por que o cádmio integra o topo da lista dos poluentes mais
perigosos, tornando-se imperioso controlar a disponibilidade deste elemento no
ambiente.
Lâmpada fluorescente
Os metais no organismo humano
A hemoglobina é uma proteína que contém, por molécula, quatro grupos hemo (ou
heme).
Cada grupo hemo é formado por um ião Fe2+ coordenado por quatro átomos de
nitrogénio, num arranjo geométrico planar.
De um lado e do outro lado do plano, ligam-se ao ião metálico uma proteína (através
de outro átomo de nitrogénio) e uma molécula de água. Esta é facilmente substituída
por uma molécula de oxigénio: é o que acontece na oxi-hemoglobina do sangue
arterial. A cor vermelho-vivo do sangue arterial é devida a este complexo.
Os metais no organismo humano
A associação (tal como a libertação) de uma molécula O₂ a um grupo hemo altera a sua
geometria, influenciando também a estrutura espacial da proteína. Esta alteração
promove a cooperatividade, ou seja, quando a proteína fixa uma molécula de oxigénio,
a afinidade ao oxigénio aumenta e mais fácil se torna a incorporação de moléculas
adicionais de oxigénio nos outros grupos hemo da molécula.
Verifica-se que, para uma dada pressão de oxigénio, o aumento do pH traduz-se numa
maior capacidade de a hemoglobina transportar oxigénio.
Os metais no organismo humano
Numa solução aquosa de NaCℓ nenhum dos iões (Na+ ou Cℓ–) reage com a água (ou
com os seus iões): não há qualquer reação de hidrólise.
Uma solução aquosa de NaCℓ é neutra, como a água (pH = 7, para 25 °C). O mesmo
se diz, por exemplo, de uma solução de nitrato de potássio.
Só o ião acetato experimenta hidrólise (como base). Como o ião Na+ não reage, diz-se
que é um ião «espetador». Assim:
e a solução é básica.
Os metais no organismo humano
HCO₃– (aq) + H₂O (ℓ) ⇌ H₂CO₃ (aq) + OH– (aq) Kb = 2,2 x 10–8
HCO₃– (aq) + H₂O (ℓ) ⇌ CO₃² – (aq) + H₃O+ (aq) Ka = 4,7 x 10–11
|H₃O+|e × |OH−|e = Kw
Os metais no organismo humano
Apenas o ião amónio se hidrolisa (como ácido), já que o ião cloreto é uma base
extremamente fraca (base conjugada de um ácido forte, HCℓ ):
com Ka = 5,7 × 10–10 à temperatura de 25 °C. Como consequência, uma solução aquosa
de cloreto de amónio é ácida.
Os metais no organismo humano
Chama-se grau de ionização a esta fração. No caso de o ácido ou base ser um ião que
se hidrolisa, é melhor falar em grau de hidrólise, já que, de facto, se parte de um ião,
mas muitas vezes obtém-se uma espécie sem carga.
0≤𝜶≤1
Os metais no organismo humano
𝛼 𝛼 𝛼2
A− H 3 O+ × 2 𝛼2
𝐾a =
e e
= 𝑉 𝑉 = 𝑉 =
HA e 1−𝛼 1−𝛼 1−𝛼 𝑉
𝑉 𝑉
Os metais no organismo humano
𝛼2 𝛼2
𝐾a = 𝐾b =
1−𝛼 𝑉 1−𝛼 𝑉
Efeito tampão
A adição de ácidos ou bases à água, ainda que em pequena quantidade, pode provocar
grandes variações de pH.
Efeito tampão
Exemplos de soluções tampão são, desde logo, as soluções muito ácidas ou muito
alcalinas: a adição de um pouco de ácido a uma solução muito ácida pouca alteração
de pH produz, tal como a adição de um pouco de base.
Efeito tampão
Considere, à temperatura de 25 °C, uma solução de ácido nitroso, HNO2 (Ka = 5,1 x 10-4)
de concentração igual a 0,15 mol dm−3.
Considere, à temperatura de 25 °C, uma solução de ácido nitroso, HNO2 (Ka = 5,1 x 10-4)
de concentração igual a 0,15 mol dm−3.
NO−
2 e H3 O
+
e 𝑥2
𝐾a = ⇔ 5,1 × 10−4 = ⇔ 𝑥 = 8,50 × 10−3 mol dm−3
HNO2 e 0,15 − 𝑥
8,50 × 10−3
𝛼= = 0,056 (5,6%)
0,15