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RELATÓRIO DOS ELEMENTOS QUÍMICOS ESSENCIAIS AO


PROCESSO BIOLÓGICO

A Tabela Periódica surgiu devido à crescente descoberta de elementos


químicos e suas propriedades, os quais necessitavam ser organizados segundo suas
características. A tabela periódica é formada por 109 elementos, além da sua
classificação normal (Metais, Não-Metais, Gases Nobres e Hidrogênio), podemos
classificar também como essenciais ou não para a vida humana ou para algum outro
organismo. Normalmente a essencialidade se demonstra quando se descobre uma
função biológica para algum composto do elemento. Após a descoberta de alguma
função biológica o elemento químico deve cumprir algumas condições condições: 1) A
ingestão insuficiente do elemento provoque deficiências funcionais, reversíveis se o
elemento voltar a ficar nas concentrações adequadas; 2) Sem o elemento, o organismo
não cresce e nem completa o seu ciclo vital; 3) O elemento influi diretamente no
organismo e está envolvido em seus processos metabólicos; 4) O mesmo efeito no
organismo não pode ser conseguido por nenhum outro elemento. Os elementos que
conseguem essa essencialidade são denominados bioelementos.
Esses bioelementos são classificados segundo a sua abundância em
majoritários, traços e microtraços. Os elementos em quantidades muito pequenas,
traços e microtraços, são denominados oligoelementos. Além desses elementos,
também existem outros elementos sem uma essencialidade muito clara como, por
exemplo, Lítio, Cádmio e Estanho que esstão em processo de discussão. A
classificação completa quanto ao seu nível de essencialidade pode ser conferido nas
tabelas abaixo.
Nem todos os os seres vivos tem os mesmos elementos essenciais, por
exemplo, o tungstênio não é essencial para os humanos mas é essencial para outros
seres vivos.
Qualquer elemento, essencial ou não, pode ser tóxico a partir de determinadas
concentrações, para cada elemento químico essencial existe uma faixa de concentração
considerada ótima para um organismo, é o caso do carbono, que por muitos é visto
como um vilão devido ao seu composto, monóxido de carbono, presente nos gases de
escape dos motores de combustão e o cianeto (CN) são extremadamente tóxicos para
os mamíferos e, entre eles, os seres humanos. Por outro lado o carbono é também de
grande importância, pois a maioria dos seres vivos possui em seus corpos, compostos
de carbono diversos. Um ser humano, por exemplo, possui diversos compostos de
carbono em seu organismo, tais, como as proteínas, os carboidratos, as moléculas de
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hemoglobina, etc. Nesta faixa de concentração o organismo consegue desenvolver


corretamente as funções que dependem deste elemento, porém não pode estar em
concentrações excessivamente altas para que não produza efeitos tóxicos. Abaixo desta
faixa ocorre a deficiência deste elemento, podendo ocorrer como conseqüência efeitos
patológicos, inclusive a morte do organismo. Acima desta faixa ótima também aparecem
efeitos patológicos ou morte do organismo derivados da toxidade do elemento.
Num organismo os níveis ótimos de um elemento se mantêm mediante
"mecanismos homeostáticos". Desta forma existe o controle de absorção,
armazenamento e excreção dos elementos. Um organismo pode apresentar deficiência
ou excesso de um elemento devido a dieta, problemas nos mecanismos de absorção ou
outros.
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Oxigênio
O oxigênio respirado pelos organismos aeróbicos, liberado pelas
plantas no processo de fotossíntese, participa na conversão de
nutrientes em energia intracelular.
A redução do nível de oxigênio provoca a hipoxemia e, a falta total
ocasiona a anoxia, podendo provocar a morte do organismo.
A hemoglobina é o pigmento que dá a cor aos glóbulos vermelhos
(eritrócitos) e tem a função vital de distribuir o oxigênio pelo
organismo.
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Carbono
O carbono é também de grande importância, pois a maioria dos
seres vivos possui em seus corpos, compostos de carbono
diversos. Um ser humano, por exemplo, possui diversos compostos
de carbono em seu organismo, tais, como as proteínas, os
carboidratos, as moléculas de hemoglobina, etc. O carbono é
também de grande importância econômica, uma vez que, os
principais combustíveis utilizados para produzir energia, possuem
átomos de carbono em suas estruturas. Um exemplo é o petróleo,
que é uma mistura de diversos hidrocarbonetos, que são
compostos de carbono. Outro exemplo é o carvão vegetal ou
mineral, que também possuem carbono. Entre outros tantos
compostos de carbono com importância energética

Hidrogênio

Desempenha um papel fundamental nos processos de oxidação-


redução em mecanismos energéticos bacterianos. A molécula
desempenha igualmente uma importante função na degradação e
conversão de biomassa associada a todos os principais biociclos
dos elementos, nomeadamente azoto, enxofre, carbono e oxigênio
Tanto a produção como o consumo de hidrogênio são tópicos
importantes na medida em que o hidrogênio é considerado por
muitos como o combustível do futuro.

Nitrogênio
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O Nitrogênio é essencial dos aminoácidos e dos ácidos nucléicos,


vitais para os seres vivos. As leguminosas são capazes de
desenvolver simbiose com certas bactérias do solo chamadas de
Rizóbios, estas bactérias absorvem o azoto diretamente do ar,
sendo este transformado em amoníaco que logo é absorvido pela
planta. Na planta o amoníaco é reduzido a nitrito pela enzima nitrito
redutase e logo em seguida é reduzido a nitrato pela enzima nitrato
redutase. O nitrato é posteriormente utilizado pela planta para
formar o grupo amino dos aminoácidos das proteínas que,
finalmente, se incorporam a cadeia trófica. Um bom exemplo deste
processo é observado na soja, sendo esta uma cultura que
dispensa adubação nitrogenada.

Cálcio
O cálcio é um elemento essencial nos organismos vivos. Nas
plantas tem um importante papel no metabolismo do azoto e na
formação dos cloroplastos, presentes em todas as plantas
fotossintéticas. Nos animais, o cálcio é o elemento inorgânico mais
abundante, e está localizado principalmente nos ossos e nos
dentes sob a forma de fosfato de cálcio. De um modo geral,
encontramos cálcio em todos os tecidos animais, com diversas
funções como a de controlar a transmissão de impulsos nervosos,
a ação muscular, a coagulação do sangue e a permeabilidade
celular. A deficiência de cálcio pode provocar raquitismo, falhas no
mecanismo de coagulação do sangue, distúrbios nervosos e
contrações musculares convulsivas.

Fósforo
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Os compostos de fósforo intervêm em funções vitais para os seres


vivos, sendo considerado um elemento químico essencial. O
fósforo tem relevante papel na formação molecular do ADN e do
ARN, bem como do ATP, adenosina tri-fosfato. As células utilizam-
no para armazenar e transportar a energia na forma de fosfato de
adenosina. Além disso, funciona como íons tampões, impedindo a
acidificação ou alcalinização do protoplasma.

Enxofre
Os aminoácidos cisteína, metionina homocisteína e taurina contém
enxofre, formando as pontes de dissulfeto entre os polipeptídios,
ligação de grande importância para a formação das estruturas
espaciais das proteínas. É constituinte de algumas vitaminas,
participando na síntese do colágeno, neutraliza os tóxicos e ajuda
o fígado na secreção da bílis.. As plantas absorvem o enxofre do
solo como íon sulfato, e algumas bactérias utilizam o sulfeto de
hidrogênio da água como doadores de elétrons num processo
similar a uma fotossíntese primitiva.

Potássio
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O íon K+ está presente nas extremidades dos cromossomos


(telômeros) estabilizando a estrutura. O íon hexaidratado (igual ao
correspondente íon magnésio) estabiliza a estrutura do ADN e do
ARN compensando a carga negativa dos grupos fosfatos. A bomba
de sódio é um mecanismo pelo qual se consegue as
concentrações requeridas de íons K+ e Na+ dentro e fora da célula
- concentrações de íons K+ mais altas dentro da célula do que no
exterior - para possibilitar a transmissão do impulso nervoso. A
diminuição do nível de potássio no sangue provoca
hipopotasemia.É um elemento, também, essencial para o
crescimento das plantas, sendo um dos três elementos
consumidos em maior quantidade. O íon potássio, encontrado na
maioria dos tipos de solo, intervém na respiração.

Sódio

O cátion sódio (Na+) tem um papel fundamental no metabolismo


celular como, por exemplo, na transmissão do impulso nervoso
através do mecanismo bomba de sódio. Mantém o volume e a
osmolaridade. Participa nas contrações musculares, no equilíbrio
ácido-básico e na absorção de nutrientes pelas células.
A concentração plasmática de sódio é em condições normais de
135 a 145 mol/L. O aumento da concentração de sódio no sangue
é conhecido como hipernatremia e sua diminuição de hiponatremia.

Cloro
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O cloro é empregado para potabilizar a água de consumo


dissolvendo-o na mesma. Também é usado como oxidante,
branqueador e desinfetante. É gasoso e muito tóxico (neurotóxico),
foi usado como gás de guerra na Primeira e na Segunda Guerra
Mundial.
O cloro tem um odor característico que o torna facilmente
detectável a partir de uma concentração mínima no ar de algumas
partes por milhão. O cloro líquido, quando em contacto com os
olhos ou a pele, pode causar graves queimaduras. Se for exposto
ao ar, vaporiza de imediato com efeitos irritantes e uma ação
sufocante.

Magnésio
O magnésio é importante para a vida, tanto animal como vegetal. A
clorofila é uma substância complexa de porfirina-magnésio que
intervém na fotossíntese. A maior parte do magnésio no organismo
humano é encontrada nos ossos e, seus íons desempenham
papeis de importância na atividade de muitas coenzimas e, em
reações que dependem da ATP. Também exerce um papel
estrutural, o íon de Mg2+ tem uma função estabilizadora para a
estrutura de cadeias de ADN e ARN. Dependendo do peso e da
altura, a quantidade diária necessária e recomendada é de 300 a
350 mg, quantidade que pode-se obter facilmente, já que é
encontrado na maioria dos alimentos, principalmente, nas folhas
verdes das hortaliças que especialmente são ricas em magnésio.
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Ferro
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O ferro desempenha um papel importante nos processos


metabólicos dos animais, sendo um constituinte vital nas células de
todos os mamíferos. A função do ferro no corpo limita-se quase
exclusivamente ao transporte de oxigênio no sangue, por
intermédio da hemoglobina, existente nos glóbulos vermelhos. Está
também presente em algumas enzimas que catalisam mecanismos
de oxidação celular. No homem os órgãos mais ricos em ferro são
o fígado e o baço, onde o elemento existe na forma de "ferritina".
Embora em menor quantidade, está também presente nos ossos,
na medula, nos rins e nos intestinos.

Zinco
O zinco é um elemento químico essencial para as pessoas: intervém
no metabolismo de proteínas e ácidos nucléicos, estimula a
atividade de mais de 100 enzimas, colabora no bom funcionamento
do sistema imunológico, é necessário para cicatrização dos
ferimentos, nas percepções do sabor e olfato e na síntese do DNA.
O metal é encontrado na insulina, nas proteínas dedo de zinco (zinc
finger) e em diversas enzimas como a superóxido dismutase.
O zinco é encontrado em diversos alimentos como nas ostras,
carnes vermelhas, aves, alguns pescados, mariscos, favas e nozes.
A ingestão diária recomendada de zinco é em torno de 10 mg,
menor para bebês, crianças e adolescentes (devido ao menor peso
corporal), e algo maior para as mulheres grávidas e durante o
aleitamento.

Cobre
O cobre é um oligoelemento essencial para muitas formas de vida,
entre elas, para o ser humano. Tal qual o ferro (para cuja absorção
é necessário) contribui na formação de glóbulos vermelhos e na
manutenção dos vasos sanguíneos, nervos, sistema imunológico e
ossos. O cobre é encontrado em algumas enzimas como a
citocromo c oxidase, a lisil oxidase e a superóxido dismutase e
como elemento central da proteína hemocianina de artrópodes e
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moluscos, equivalente a hemoglobina humana, para o transporte


do oxigênio, e pelo fato dessas proteínas sanguíneas terem
átomos de cobre, caracteriza a coloração azulada do sangue
desses animais.
O cobre é transportado na sua maior parte através do fluxo
sanguíneo em uma proteína denominada ceruloplasmina; todavia,
quando é absorvido no intestino, é transportado até o fígado unido
a albumina.

Flúor
O flúor está presente em mamíferos na forma de fluoretos. E
Embora sua essencialidade não tenha sido comprovada
inequivocamente (WHO,2002-Guidelines Para Qualidade da
água),Trata-se de uma substância ótima, que deve ser utilizada
com sabedoria, por ser muito reativa e tóxica, para que todos
possam gozar de seus benefícios e fazer jus ao ditado "Só a dose
faz o veneno.". É preciso lembrar que na dose certa, nem arsênico
é venenoso, existindo aplicações medicinais também para ele.
Quando em pequenas quantidades se acumula nos ossos e dentes
dando-lhes uma maior resistência, (embora algum efeito benéfico
sobre os ossos não tenha sido bem comprovado).

Bromo

O bromo é encontrado em níveis de traço em humanos. É


considerado um elemento químico essencial, entretanto ainda não
se conhece exatamente as funções que realiza. Alguns de seus
compostos se tem empregado no tratamento contra a epilepsia e
como sedantes.

Selênio
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O selênio é um micronutriente para todas as formas de vida. É


encontrado no pão, nos cereais, nos pescados, nas carnes e nos
ovos. É antioxidante, ajuda a neutralizar os radicais livres, estimula
o sistema imunológico e intervém no funcionamento da glândula
tiróide. Está no aminoácido selenocisteína. As investigações
realizadas têm mostrado a existência de uma correlação entre o
consumo de suplementos de selênio e a prevenção do câncer em
humanos. O selênio tem recebido muita atenção recentemente
com relação ao seu papel no combate ao câncer.

Iodo
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O iodo é um elemento químico essencial. A glândula tireóide


fabrica os hormônios tiroxina e triodotironina, que contém iodo. O
déficit de iodo conduz ao Hipotiroidismo de que resultam o bócio e
mixedema.
A ocorrência de deficit de iodo na infância pode originar o
cretinismo, ocasionando um retardo mental e físico.
O excesso de produção de hormónios na tireóide conduz ao
Hipertiroidismo.

Manganês ou Manganésio
O manganês é um oligoelemento. É um elemento químico
essencial para todas as formas de vida, nas quais tem funções
tanto estruturais quanto enzimáticas. A química biológica do
manganês está intimamente associada à química do oxigênio, em
seus vários estados de oxidação. Nesse contexto, o manganês
desempenha papel fundamental nos processos fotossintéticos de
produção de O2 (composto tetranuclear de Mn no fotossistema II),
na degradação oxidativa de lignina (via as Mn-ligninases), em
diversas reações de hidrólise e nos processos de proteção contra
estresse oxidativo. Entre essas enzimas de proteção, destacam-se
a superóxido dismutase de manganês (Mn-SOD), que catalisa o
disproporcionamento de superóxidos, O2-, e a Mn-catalase, que
catalisa o disproporcionamento do peróxido de hidrogênio, H2O2.

Vanádio
O vanádio é um elemento essencial em alguns organismos. Em
humanos não está demonstrada a sua essencialidade, ainda que
existam compostos de vanádio que imitam e potencializam a
atividade da insulina. É encontrado em algumas enzimas de
diferentes seres vivos. As ascídias (alguns organismos marítimos
urocordados, do subfilo urochordata) armazenam altas
concentrações de vanádio, em torno de um milhão de vezes mais
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altas que na água ao seu redor, encontrando-se numa molécula


denominada "hemovanadina". Nestes organismos o vanádio se
armazena em células chamadas de "vanadócitos". Também
acumulam altas concentrações de vanádio o fungo amanita
muscaria. Forma-se um complexo com um ligante ionóforo
chamado "amavadina".

Silício
Encontra-se sílica em quase todos os organismos vivos. É possível
que o silício tenha desempenhado um papel importante, ou mesmo
indispensável, no aparecimento da vida da Terra. O padrão de
deposição de sílica nas plantas é biologicamente específico sendo
possível identificar as plantas pelo exame microscópico das
partículas de sílica. Por vezes a presença de sílica parece indiciar
uma maior resistência da planta a diversas doenças ou insetos. As
folhas das urtigas, por exemplo, estão revestidas de milhares de
microcristais de silício. Os tecidos humanos contêm normalmente 6
a 90 mg de sílica por 100 gramas de tecido muscular; no entanto,
esta percentagem varia muito com a idade.

Arsênio ou Arsênico
Ainda que o arsênio se associe com a morte, é um elemento
químico essencial para a vida e sua deficiência pode gerar diversas
complicações. A ingestão diária de 12 a 15 μg pode obter-se sem
problemas com a dieta diária de carnes, pescados, vegetais e
cereais, sendo os peixes e crustáceos os alimentos mais ricos em
arsênio, apresentando-o geralmente na forma de arsenobetaína,
menos tóxica que o arsênio inorgânico.

Boro
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O boro elementar não é significativamente tóxico, não podendo ser


classificado como veneno; no entanto, quando em pó muito fino, é
duro e abrasivo, podendo causar indiretamente problemas de pele,
se esta for esfregada depois de estar em contacto com ele.
Parecem ser indispensáveis pequenas quantidades de boro para o
crescimento das plantas, mas em grandes quantidades é tóxico. O
boro acumulado no corpo através da absorção, ingestão ou
inalação dos seus compostos, atua sobre o sistema nervoso
central, causando hipotensão, vômitos e diarréia e, em casos
extremos, coma.

Níquel
Muitas, porém não todas, as enzimas hidrogenases contém níquel,
especialmente aquelas cuja função é oxidar o hidrogênio. Parece
que o níquel sofre mudanças no seu estado de oxidação indicando
que o núcleo de níquel é a parte ativa da enzima.
O níquel também está presente na enzima metil CoM redutase e
em bactérias metanogênicas.
O níquel tem papel biológico parecido com o ferro por serem muito
próximos.

Cromo ou Crómio
Em princípio, se considera o cromo (em seu estado de oxidação +3
) um elemento químico essencial, ainda que não se conheça com
exatidão suas funções. Parece participar no metabolismo dos
lipídios, e no dos hidratos de carbono, assim como em outras
funções.
Tem-se observado que alguns de seus complexos parecem
participar na potencialização da ação da insulina, sendo por isso,
denominado de "fator de tolerância à glicose" devido a esta relação
com a ação da insulina. A ausência de cromo provoca uma
intolerância a glicose , e como consequência o aparecimento de
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diversos distúrbios.
Não se tem encontrado nenhuma metaloproteína com atividade
biológica que contenha cromo, e por isso não se tem podido
explicar como atua.

Molibdênio
É o único elemento da segunda série de transição cuja
essencialidade é reconhecida. O molibdênio é encontrado na
natureza na razão de partes por milhão (ppm). É encontrado numa
quantidade importante na água do mar na forma de molibdatos
(MoO42-), e os seres vivos podem absorve-lo facilmente desta
forma. O molibdênio se encontra no chamado cofator de
molibdênio (coMo) em diferentes oxotranserases, com a função de
transferir átomos de oxigênio da água (H2O) que por sua vez
produz a transferência de dois elétrons. Algumas das enzimas que
contém este cofator são a xantina oxidase que oxida a xantina a
ácido úrico, a aldeido oxidase que oxida aldeidos, assim como
aminas e sulfetos no fígado, a sulfito oxidase que oxida sulfitos no
fígado, e a nitrato redutase, importante no ciclo do nitrogênio nas
plantas.

Cobalto

O cobalto em pequena quantidade é um elemento químico


essencial para numerosos organismos, incluindo os humanos. A
presença de quantidades entre 0,13 e 0,30 ppm no solo melhora
sensivelmente a saúde dos animais de pastoreio. O cobalto é um
componente central da vitamina B12 (cianocobalamina ).
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Lítio
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O lítio não é considerado um elemento indispensável no


crescimento das plantas e não há indicação de que desempenhe
um papel importante na biologia animal. Os efeitos adversos
mencionados devem-se provavelmente aos distúrbios causados
pelo lítio no equilíbrio de sódio-potássio-cálcio das células vivas.
Os sais de litio são usados no tratamento da depressão bipolar e
na potencialização do tratamento na depressão unipolar. Ainda se
desconhece o mecanismo exato de atuação, porém existem vários
propostos. A ação biológica do litio não está clara e não existe
acordo sobre a sua essencialidade.

Cádmio
O cádmio é um dos metais mais tóxicos. A principal via de
absorção é a inalação em meios industriais ricos em fumos e
poeiras de cádmio. Uma simples exposição a elevadas
concentrações de óxido de cádmio pode causar graves irritações
pulmonares ou mesmo a morte. Devem ser tomados cuidados
especiais em ambientes industriais que utilizem este elemento.

Estanho
Apenas uma pequena percentagem de estanho passa para os
alimentos nos recipientes feitos com este elemento. O máximo
permitido nos alimentos é cerca de 300 mg por quilograma apesar
de concentrações mais elevadas não serem, em geral, prejudiciais.
Pode considerar-se o estanho como um elemento não tóxico. No
entanto o composto trialquilo tem propriedades tóxicas devendo o
seu manuseamento ser feito com bastante cuidado.

Tungstênio
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Enzimas chamadas oxiredutases usam o tungstênio de maneira


similar ao molibdênio para a formação do complexo pterina-
tungstênio, quimicamente semelhante à molibnopterina (MPT). Em
20 de agosto de 2002 representantes do Centro para o Controle e
Prevenção de Doenças dos Estados Unidos anunciaram que testes
de urina de pacientes com leucemia e familiares, residentes em
Fallon (Nevada), tinham mostrado níveis elevados de metal
tungstênio no organismo. Recentemente, 16 casos de câncer em
crianças foram descobertos na área de Fallon, que agora é
identificada coma “área de risco de câncer”. O Dr. Carol H. Rubin,
um chefe da filial do CDC, diz que os dados que indicam uma
ligação entre o tungstênio e a leucemia não estão avaliados até o
presente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARRETO, Gilson Oliveira, CD 01 Consórcio Setentrional de Educação a Distância ,


Cretative Commons, 2006.

SANTOS, Pedro F. "Estrutura atômica & ligação química", Campinas: UNICAMP, 1999.
POLITI, Elie. "Química: curso completo", 2 ed., São Paulo: Moderna, 1992.

Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Elemento_qu%C3%ADmico_essencial

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