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BIOLOGIA CELULAR

UNIDADE 2

OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos
que possa:

> Substâncias
inorgânicas da célula
- água e sais minerais -
e suas funções;

> Substâncias
orgânicas da célula -
carboidratos, lipídios,
proteínas, vitaminas
e ácidos nucleicos - e
suas funções.

14 SUMÁRIO
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2 BIOQUÍMICA CELULAR

2.1 APRESENTAÇÃO DA UNIDADE

Nela nós conheceremos um pouco da constituição química da célula.

Os elementos químicos predominantes na matéria viva são carbono, hidrogênio, oxi-


gênio e nitrogênio, que representam cerca de 95% dos elementos encontrados no
interior da célula. Os outros 5% se distribuem entre elementos como sódio, potássio,
cloro, cálcio, ferro, magnésio, enxofre, fósforo e outros. Os elementos citados formam
as mais diversas substâncias, que reagem entre si através de um conjunto de proces-
sos químicos. Ao conjunto de reações químicas que ocorrem em um organismo vivo
denominamos metabolismo.

As substâncias químicas presentes nas células podem ser divididas em dois grandes
grupos: substâncias inorgânicas e substâncias orgânicas.

2.2 COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA CÉLULA


SUBSTÂNCIAS INORGÂNICAS SUBSTÂNCIAS ORGÂNICAS
Carboidratos
Proteínas
Água
Lípides
Sais Minerais
Ácidos Nucleicos
Vitaminas

2.2.1 SUBSTÂNCIAS INORGÂNICAS

ÁGUA

É a substância mais abundante encontrada no interior das células. A taxa de água nos
organismos vivos varia em função de três fatores: atividade metabólica, idade e espécie.

SUMÁRIO 15
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a. Atividade Metabólica: Quanto maior a atividade metabólica de um tecido, maior


o teor de água. Nos neurônios do córtex cerebral, a porcentagem de água é de
cerca de 85%, enquanto nos adipócitos (células que armazenam gordura), cerca
de 20% do conteúdo celular é formado por água.

b. Idade: Normalmente, o teor de água decresce com o aumento da idade. Um


feto humano com três meses de idade apresenta cerca de 94% de água, en-
quanto que em um indivíduo adulto o teor médio é de 65%.

c. Espécie: O teor de água nos organismos vivos varia de espécie para espécie. Na
espécie humana, a água representa cerca de 65% do peso, enquanto que nas
águas-vivas o teor médio é de 98%.

As principais funções da água nos seres vivos são:

• É o principal solvente celular, dissolvendo grande parte de substâncias no in-


terior do organismo. Por esse motivo, é considerada solvente universal. O esta-
belecimento de um meio aquoso é fundamental para o metabolismo, já que
todas as reações químicas nos organismos vivos ocorrem em solução.

• Participa da reações de hidrólise, ou seja, reações de quebra de substâncias


através da água.

• Atua como regulador térmico nos animais homeotermos, animais que man-
têm a temperatura do corpo constante, independente da temperatura am-
biental. A evaporação da água na superfície da pele retira o excesso de calor
do corpo, favorecendo a manutenção da temperatura.

• Atua como regulador ácido-básico, mantendo o pH mais ou menos constante.


A concentração hidrogeniônica [H+] varia muito pouco nas reações que ocor-
rem em meio aquoso, favorecendo, assim, a manutenção do pH.

• Atua como veículo de substâncias (oxigênio, gás carbônico, nutrientes, excre-


tas, etc.) que atravessam as membranas celulares, mantendo um intercâmbio
entre os meios intracelular e extracelular. O estado de equilíbrio estabelecido
através da água é denominado equilíbrio osmótico.

• Atua com lubrificante, exercendo importantíssimo papel na diminuição do


atrito nas articulações e entre os órgãos.

16 SUMÁRIO
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• Contribui para a estabilidade dos coloides celulares. Coloide é o material gela-


tinoso que forma a célula, sendo constituído por duas fases: a fase dispersan-
te, representada pela água, e a fase dispersa, representada por moléculas de
proteína, que formam partículas denominadas micelas. As moléculas de água
formam ligações denominadas pontes de hidrogênio com outras moléculas
de água e com moléculas orgânicas. A partir do momento em que ocorrem
essas associações moleculares, a água contribui decisivamente para a estabi-
lidade da célula.

SAIS MINERAIS

Desempenham as mais variadas funções no interior das células, sendo muito impor-
tantes para o perfeito funcionamento celular. Os sais minerais são encontrados nos
organismos vivos sob duas formas de ocorrência: insolúvel e solúvel.

a) Forma Insolúvel: Nessa forma, os sais minerais se apresentam como componentes


da estrutura esquelética. Os sais insolúveis são também denominados cristalinos e
apresentam como importante representante o fosfato de cálcio, presente nos ossos
e dentes.

b) Forma Solúvel: Nessa forma, os sais minerais se apresentam dissolvidos em água e,


assim, dissociados em íons. Os sais solúveis são também denominados íons minerais,
exercendo importantes papeis no metabolismo. O quadro representado a seguir indi-
ca os principais íons minerais presentes nos organismos vivos e o seu papel biológico.

ÍONS MINERAIS
(SAIS MINERAIS PAPEL BIOLÓGICO
SOLÚVEIS)

Aumentam a permeabilidade das membranas celulares, desempenhando


Sódio (Na+) e importante papel na manutenção do equilíbrio osmótico celular. Relacio-
nam-se também à condução dos impulsos nervosos. A concentração de Na+
Potássio (K+) é maior no meio extracelular, enquanto a concentração de K+ é maior no
meio intracelular.

Participa dos processos de contração muscular e coagulação do sangue.


Cálcio (Ca++)
Atua sobre a permeabilidade das membranas celulares.

Cloro (Cl-) É essencial à formação do ácido clorídrico, no estômago.

Faz parte dos hormônios da tireoide, glândula relacionada ao controle me-


lodo (I-) tabólico geral. A carência de iodo na alimentação pode provocar o bócio,
comum em certas regiões interioranas (bócio endêmico).

SUMÁRIO 17
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ÍONS MINERAIS
(SAIS MINERAIS PAPEL BIOLÓGICO
SOLÚVEIS)

Faz parte da molécula de hemoglobina, pigmento vermelho presente no in-


terior das hemácias do sangue com função de realizar o transporte de gases
Ferro (Fe++) respiratórios. Faz parte das moléculas de citocromos, que são transportado-
res de elétrons e que participam dos processos de fotossíntese e respiração
celular.

Faz parte da molécula de clorofila, pigmento verde capaz de absorver a ener-


Magnésio (Mg++)
gia luminosa para a realização da fotossíntese.

Faz parte dos nucleotídeos, unidades formadoras dos ácidos nucleicos. Faz
Fosfato (PO4-) parte da molécula de ATP, que se relaciona à transferência de energia nas
células.

Faz parte da molécula de vitamina B12 (Cianocotiamina), essencial ao cresci-


Cobalto (Co-)
mento, formação e amadurecimento das hemácias do sangue.

Sais Minerais e Equilíbrio Ácido-Básico

Alguns sais iônicos, como fosfatos e carbonatos, são importantes na manutenção do


pH nas células, formando a solução tampão. Esses íons, denominados tampões, evi-
tam variações do pH intracelular e favorecem a ocorrência das reações químicas.

2.2.2 SUBSTÂNCIAS ORGÂNICAS

CARBOIDRATOS

Também conhecidos por açúcares, hidratos de carbono, glúcides, glícides e sacári-


des, representam as principais fontes de energia para o organismo. Observamos tam-
bém que os carboidratos podem apresentar função estrutural quando fazem parte
de estruturas celulares.

São consik1 Mos principalmente por carbono ( C ) hidrogênio (H) e oxigênio (O), po-
dendo também aparecer o nitrogênio (N) cu o enxofre (S). Veja dois exemplos de
carboidratos:

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Os carboidratos são divididos em três grandes grupos: Monossacarídeos, Dissacarí-


deos e Polissacarídeos.

a) Monossacarídeos: São os açúcares mais simples que não podem ser hidrolisados.
Possuem fórmula geral CnH2nOn, sendo que n varia de 3 a 7. Sua classificação é feita
de acordo com o número de átomos de carbono que apresentam. Assim, temos:

FÓRMULA MOLECULAR DENOMINAÇÃO


Se n = 3 C3H6O3 Triose
Se n = 4 C4H8O4 Tetrose
Se n = 5 C5H10O5 Pentose
Se n = 6 C6H1206 Hexose
Se n = 7 C7H1407 Heptose

As pentoses e as hexoses são os monossacarídeos mais importantes para os organis-


mos vivos. As principais pentoses são ribose e desoxirribose, que apresentam função
estrutural por entrarem na constituição dos ácidos nucleicos, enquanto entre as he-
xoses destacamos glicose, frutose e galactose, que apresentam função energética, já
que constituem importantes fontes de energia para as células.

PENTOSE FÓRMULA MOLECULAR OCORRÊNCIA FUNÇÃO


Ribose C5H10O5 RNA Estrutural

Desoxirribose C5H10O4 DNA Estrutural

HEXOSE FÓRMULA MOLECULAR OCORRÊNCIA FUNÇÃO


Glicose C6H12O6 Sangue, Mel Energética
Frutose C6H1206 Frutas Energética

Galactose C6H1206 Leite Energética

b) Dissacarídeos: São açúcares hidrolisáveis formados pela união de duas moléculas


de monossacarídeos através de uma ligação denominada glicosídica, com liberação
de molécula de água.

A reação química representada abaixo ilustra a síntese e a hidrólise de um dissacarídeo.

SUMÁRIO 19
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Os principais dissacarídeos são:

Maltose - Formada pela união de duas moléculas de glicose. Apresenta função ener-
gética, estando presente no pão e na batata.

Sacarose - Formada pela união de uma molécula de glicose e uma de frutose. Apre-
senta função energética, estando presente na cana-de-açúcar e na beterraba.

Lactose - Formada pela união de uma molécula de glicose e uma de galactose. Apre-
senta função energética, estando presente no leite.

Celobiose - Formada pela união de duas moléculas de glicose. Apresenta função es-
trutural, já que é um produto de degradação parcial da celulose, polissacarídeo inte-
grante da parede celular dos vegetais.

c) Polissacarídeos: São açúcares hidrolisáveis formados pela união de várias molécu-


las de monossacarídeos. Os principais polissacarídeos são:

Amido - Formado pela união de várias moléculas de glicose, constituía reserva ener-
gética dos vegetais. Encontra-se armazenado em grandes proporções em raízes tu-
berosas como a mandioca e caules tubérculos como a batata inglesa. A hidrólise total
do amido forma moléculas de glicose, enquanto a hidrólise parcial produz moléculas
de maltose.

Glicogênio - Formado pela união de várias moléculas de glicose, constitui a reserva


energética dos animais. Encontra-se armazenado sobretudo no fígado e nos múscu-
los. A hidrólise total do glicogênio forma moléculas de glicose, enquanto a hidrólise
parcial produz moléculas de maltose.

Celulose - Formada pela união de várias moléculas de glicose, constitui um importan-


te polissacarídeo com função estrutural. É o principal componente da parede celular
dos vegetais. A hidrólise total da celulose forma moléculas de glicose, enquanto a
hidrólise parcial produz moléculas de celobiose.

Além dos três exemplos de polissacarídeos mencionados podemos citar:

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- Heparina - Substância de ação anti-coagulante produzida por células do tecido con-


juntivo propriamente dito denominadas mastócitos.

- Quitina - Substância nitrogenada com função estrutural, presente na parede celular


dos fungos e no exoesqueleto dos artrópodes.

- Ácido Hialurônico - Substância presente no material intercelular dos tecidos con-


juntivos com função estrutural.

Em laboratório, os carboidratos podem ser identificados por diversas reações quími-


cas. Nas reações com o iodo (teste do lugol), identificamos a presença do amido pela
coloração azul ou roxa. Nas reações com o reagente de Benedict (reações de redu-
ção), identificamos monossacarídeos e alguns dissacarídeos.

CARBOI- CONSTITUÍDO
OCORRÊNCIA FUNÇÃO
DRATO POR
PENTOSES

Ribose - Estrutural
RNA DNA
Desoxirribose - Estrutural
Monossacarí- HEXOSES
deos
Glicose Sangue, Mel Energética
-
Frutose Frutas Energética
-
Galactose Leite Energética
Maltose Glicose + Glicose Batata, Pão Energética
Sacarose Glicose + Frutose Cana-de-açúcar Energética
Dissacarídeos
Lactose Glicose + Galactose Leite Energética
Celobiose Glicose + Glicose Células Vegetais Estrutural
Reserva
Amido Várias Glicoses Vegetais
Energética Vege-
tal
Reserva

Polissacarí- Glicogênio Várias Glicoses Animais


Energética Ani-
deos
mal
Paredes

Celulose Várias Glicoses Celulares Estrutural

Vegetais

SUMÁRIO 21
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PROTEÍNAS

São as mais abundantes substâncias orgânicas dos seres vivos, sendo definidas como
polímeros de aminoácidos. Assim, os aminoácidos são as unidades formadoras das
proteínas.

Estrutura de um aminoácido

O radical é a porção variável de um aminoácido. Existem aproximadamente 20 ami-


noácidos diferentes, que podem ser identificados pelo seu radical. Observe alguns
tipos de aminoácidos:

Os aminoácidos são classificados em naturais e essenciais. Aminoácidos naturais são


aqueles que podem ser sintetizados pelos animais e vegetais, enquanto Aminoáci-
dos essenciais só podem ser sintetizados pelos vegetais, sendo obtidos pelos animais
através da alimentação. Assim, percebemos que os vegetais são capazes, ao contrário
dos animais, de produzir todos os aminoácidos de que necessitam para a síntese de
suas proteínas.

Ligação Peptídica

É o tipo de ligação que une os aminoácidos. Ocorre entre o grupo ácido de um ami-
noácido e o grupo amina de outro aminoácido com liberação de uma molécula de
água.

22 SUMÁRIO
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Cadeias formadas de aminoácidos são chamadas PEPTÍDEOS. Falamos em DIPEPTÍ-


DEO quando o composto apresenta dois aminoácidos unidos por uma ligação peptídi-
ca. Se o composto é formado pela união de três aminoácidos, temos um TRIPEPTÍDEO.

Um maior número de aminoácidos unidos por ligações peptídicas forma um PO-


LIPEPTÍDEO. O número de aminoácidos necessários à formação de uma proteína
é muito divergente entre os autores. E certo que uma proteína é um polipeptídeo
formado pela união de grande número de aminoácidos (alguns autores falam em
mais de cinquenta, outros em mais de cem aminoácidos). Assim, toda proteína é um
polipeptídeo, mas nem todo polipeptídeo é uma proteína.

O número de ligações peptídicas é sempre igual ao número de aminoácidos menos


um, enquanto o número de moléculas de água liberadas durante a síntese é sempre
igual ao número de ligações peptídicas.

Quando uma proteína é submetida a altas temperaturas e a variações de pH, ocorre


a sua desnaturação.

A desnaturação é a perda total ou parcial das propriedades de uma proteína devido


a modificações em sua estrutura.

Classificação das Proteínas

a) Proteínas Simples

Constituídas apenas por aminoácidos. Como exemplos temos insulina, queratina, al-
bumina, colágeno, fibrinogênio, etc.

b) Proteínas Conjugadas

Constituídas por aminoácidos associados a uma outra substância de natureza não


proteica denominada grupo prostético. Veja alguns exemplos.

SUMÁRIO 23
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PROTEÍNA CONJUGADA GRUPO PROSTÉTICO


Glicoproteína Glicose

Hemoglobina Grupo heme (contém ferro)

Nucleoproteína Ácido nucleico

Clorofila Magnésio

Fatores que determinam as propriedades de uma proteína

A caracterização de uma proteína não é feita simplesmente através de sua composi-


ção em aminoácidos. Torna-se necessário conhecer:

a. O número de aminoácidos.

b. Os tipos dos aminoácidos.

c. A sequência dos aminoácidos

d. A configuração espacial assumida pelo composto.

Papel biológico das proteínas

As principais funções atribuídas às proteínas são:

a) Função Estrutural

Participam da estrutura dos tecidos. Como exemplos, podemos citar:

• QUERATINA: Presente na pele, cabelos e unhas.

• COLÁGENO: Presente nos tecidos conjuntivos.

• OSSEÍNA: Presente nos ossos.

b) Função Coagulante

A coagulação do sangue ocorre através de uma série de reações químicas envolvendo


proteínas.

24 SUMÁRIO
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c) Função Imunológica

Os anticorpos são proteínas (gamaglobulinas) produzidas pelo organismo para com-


bater a ação do antígeno. A reação antígeno-anticorpo é altamente específica, sendo
que um certo anticorpo neutraliza somente o antígeno responsável pela sua formação.

d) Função Hormonal

Muitos hormônios são proteínas. Como exemplos, podemos citar a insulina produzi-
da pelo pâncreas e os hormônios da tireoide.

e) Função Contrátil

Actina e miosina são proteínas que participam do processo de contração muscular.

f) Função Respiratória

A hemoglobina é uma proteína presente no interior das hemácias do sangue, res-


ponsável pelo transporte de gases.

g) Função Enzimática

As enzimas são proteínas catalisadoras das reações químicas. Como exemplos, pode-
mos citar a maltase, a amilase e a tripsina.

ENZIMAS

São biocatalisadores orgânicos de


natureza proteica. O papel básico de
uma enzima é diminuir a energia de
ativação, aumentando, assim, a velo-
cidade das reações químicas. Enten-
de-se por energia de ativação a ener-
gia necessária para produzir a colisão intermolecular necessária para desencadear
uma reação química.

Denomina-se substrato a substância que sofre ação da enzima, enquanto centro ati-
vo ou sítio ativo é a parte da enzima que se liga ao substrato.

SUMÁRIO 25
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Observe o mecanismo de ação enzimática representado ao lado. A partir dele pode-


mos entender claramente algumas propriedades das enzimas.

Propriedades das Enzimas

a) As enzimas são específicas. Para cada tipo de substrato existe uma enzima especí-
fica. Assim, a sacarase é uma enzima que catalisa a quebra da sacarose em uma mo-
lécula de glicose e outra de frutose, enquanto a amilase é uma enzima que catalisa a
quebra de amido em moléculas de maltose.

b) As enzimas não são consumidas durante as reações químicas.

c) As enzimas atuam em ambos os sentidos na reação química, até certo ponto (atua-
ção reversível).

d) As enzimas não modificam o produto das reações químicas.

e) As enzimas exigem um valor ideal de temperatura para que a velocidade da reação


seja máxima. Observa-se que a cada 10°C de aumento de temperatura do meio em
que a enzima atua, a atividade enzimática pode até triplicar. No entanto, existe um
limite máximo para o aumento de temperatura, a partir do qual inicia-se o processo
de desnaturação da enzima, que se torna irreversível, diminuindo sensivelmente a
velocidade da reação. Esse limite, de maneira geral, situa-se em torno de 40°C. As
enzimas são termolábeis, isto é, sensíveis a valores muito elevados de temperatura.

f) As enzimas exigem um valor ideal de pH para que a velocidade da reação seja


máxima. Variações de pH levam à desnaturação da enzima, porém, ao contrário da
desnaturação causada por altas temperaturas, apresenta caráter reversível, o que leva
alguns autores a usarem o termo inativação enzimática.

Nomenclatura das Enzimas

Deve ser feita acrescentando-se o sufixo ASE ao nome do substrato. Veja alguns
exemplos:

SUBSTRATO ENZIMA
Lípide Lipase

Amido Amilase

Maltose Maltase

26 SUMÁRIO
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No entanto, observamos que alguns nomes de enzimas não apresentam a termina-


ção ASE, como ocorre com a pepsina, tripsina, etc.

Classificação das Enzimas

As enzimas podem ser proteínas simples ou conjugadas Caso seja uma proteína
conjugada, a enzima é denominada holoenzima, constituída pela apoenzima e pela
coenzima. A apoenzima é a porção constituída pelos aminoácidos, enquanto a coen-
zima representa o grupo prostético. Assim, temos:

HOLOENZIMA APOENZIMA + COENZIMA


(proteína conjugada) (parte proteica) (grupo prostético)

Fatores que influenciam na ação enzimática

Para um bom desempenho da enzima, alguns fatores devem ser considerados:

a) Concentração do Substrato

Desde que haja enzima disponível, o aumento da


concentração do substrato leva a um aumento da ve-
locidade da reação. A partir do momento em que a
enzima atinge a capacidade catalítica máxima, um
aumento da concentração do substrato não promove
aumento da velocidade da reação. Nesse caso, a enzi-
ma ficou saturada pelo substrato.

Observa-se que a partir do ponto X, mesmo que a concentração do substrato seja au-
mentada, a velocidade da reação permanece constante. O ponto Y representa a con-
centração ótima de substrato, já que a velocidade da reação é máxima nesse ponto.
No ponto Y, todas as moléculas de enzimas estão “ocupadas” pelo substrato, de nada
adiantando aumentar ainda mais a concentração do mesmo.

b) Concentração da Enzima

Desde que haja substrato disponível, o aumento da


concentração da enzima leva a um aumento da velo-
cidade da reação.

SUMÁRIO 27
BIOLOGIA CELULAR

Observa-se que a partir do ponto X, mesmo que a concentração da enzima seja au-
mentada, a velocidade da reação permanece constante. O ponto Y representa a con-
centração ótima de enzima, já que a velocidade da reação é máxima nesse ponto. A
partir do ponto X, é possível que não exista substrato suficiente para a grande con-
centração de enzima.

c) Temperatura

As enzimas exigem uma temperatura ótima, na qual a


velocidade da reação seja máxima. Quando submeti-
das a valores de temperatura muito elevados, as enzi-
mas sofrem desnaturação.

Observa-se que no ponto X a velocidade da reação é máxima. Um aumento de tem-


peratura leva a um aumento da velocidade da reação até determinado ponto (ponto
Y), a partir do qual ocorre desnaturação da enzima, reduzindo a velocidade da reação.
O ponto Y representa a temperatura ótima para a atuação da enzima.

d)pH

As enzimas exigem um pH ótimo, no qual a velocida-


de da reação seja máxima. Acima ou abaixo do seu pH
ótimo, as enzimas diminuem gradativamente a sua
atividade e tendem a desnaturar-se.

Observa-se que no ponto X a velocidade da reação é máxima. O ponto Y representa


o pH ótimo para a atuação da enzima.

A amilase salivar, enzima que inicia a digestão do amido na boca, atinge o máximo
de atividade em pH 7, enquanto a pepsina, enzima que inicia a digestão das proteí-
nas no estômago, atinge o máximo de atividade em pH 2.

LÍPIDES

Também conhecidos por lipídeos, são substâncias orgânicas insolúveis em água e


solúveis em solventes orgânicos como clorofórmio, benzina e álcool. Não existe um
conceito unificado para os lípides, mas a maioria são ésteres de ácido graxo e álcool.
Os ésteres são substâncias resultantes da reação entre um ácido e um álcool.

28 SUMÁRIO
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Classificação dos Lípides

a) Lípides Simples

Constituídos apenas por ácido graxo e álcool. Os lípides se subdividem em glicérides


e cérides.

- GLICÉRIDES - O álcool é o glicerol. Como exemplo, temos as gorduras e os óleos.

- CÉRIDES - O álcool não é o glicerol, e sim um álcool superior de cadeia mais longa.
Como exemplo, temos as ceras.

b) Lípides Conjugados

Constituídos por ácido graxo, álcool e uma outra substância. Os exemplos mais im-
portantes são os fosfolípides, que apresentam radicais fosfato, e os esfingolípides, que
apresentam nitrogênio. Os fosfolípides são importantes por entrarem na constitui-
ção das membranas celulares, enquanto os esfingolípides são abundantes no tecido
nervoso, estando relacionados ao aumento da velocidade de condução do impulso
nervoso.

c) Lípides Esteroides

Apresentam estrutura química muito diferente dos demais lípides, fato que exige
uma classificação à parte para o seu caso. Os principais esteroides são o colesterol e
os hormônios sexuais (testosterona no homem, e progesterona na mulher). O coles-
terol é o precursor dos demais esteroides e o seu excesso pode ser nocivo à saúde,
em função do seu acúmulo nas paredes internas dos vasos sanguíneos, dificultando
a circulação do sangue.

CLASSE DE LÍPI-
EXEMPLOS PAPEL BIOLÓGICO
DES
Reserva energética. Nas aves e nos mamíferos, as
Gorduras e óleos (Gli-
gorduras exercem importante papel de isolante tér-
cérides)
Lípides Simples mico.
Papel impermeabilizante em superfícies sujeitas à
Ceras (Cérides)
desidratação, como frutos e folhas.
Fosfolípides Fazem parte das membranas celulares.
Lípides Compostos
Esfingolípides Fazem parte do tecido nervoso.

SUMÁRIO 29
BIOLOGIA CELULAR

CLASSE DE LÍPI-
EXEMPLOS PAPEL BIOLÓGICO
DES
Faz parte das membranas celulares. Precursor dos
Colesterol
outros esteroides.

Lípides Esteroides Hormônios sexuais. Testosterona e estrógeno deter-


Testosterona, Estró- minam os caracteres sexuais secundários no homem
geno e Progesterona e na mulher, respectivamente, enquanto a progeste-
rona é o hormônio da gravidez.

As principais funções dos lípides são:

a) Reserva Energética

Quando degradados, os lípides fornecem mais energia que os carboidratos. No en-


tanto, os carboidratos representam as principais fontes de energia para o organismo,
pelo fato de serem degradados antes dos lípides.

b) Isolante Térmico

Nas aves e nos mamíferos, as gorduras acumulam-se no tecido adiposo, sob a pele,
formando uma camada que dificulta a perda excessiva de calor para o ambiente. Em
animais que vivem em clima frio, essa camada é muito mais desenvolvida.

c) Amortecedores

A proteção mecânica contra choques é desempenhada pelos lípides.

d) Estrutural

Os lípides participam da formação das membranas celulares e dão forma ao corpo.

e) Impermeabilizantes

As ceras exercem papel impermeabilizante em superfícies sujeitas à desidratação. A


camada de cera é muito desenvolvida em certas folhas e frutos e pode ser produzida
por certos insetos, como as abelhas.

f) Modeladores

Quadris e mamas, por exemplo, são modelados com lipídios, envolvendo atributos
sexuais.

30 SUMÁRIO
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ÁCIDOS NUCLEICOS

São definidos como polinucleotídeos ligados em cadeia. Por controlarem a ativida-


de celular, são considerai :s as “moléculas mestras” dos seres vivos. Normalmente,
encontram-se associados às proteínas, das quais constituem grupos prostéticos. Tais
proteínas são denominadas nucleoproteínas.

Existem dois tipos de ácidos nucleicos: ácido desoxirribonucleico (ADN ou DNA) e


ácido ribonucleico (ARN ou RNA).

Nucleotídeos

São as unidades formadoras dos ácidos nucleicos. Cada nucleotídeo é formado por:

a) Uma molécula de ácido fosfórico

b) Uma molécula de pentose

c) Uma molécula de base nitrogenada

Observa-se que o ácido fosfórico se liga à pentose que, por sua vez, se liga à base ni-
trogenada.

Existem dois tipos de pentoses que entram na constituição dos nucleotídeos: ribose,
encontrada nos nucleotídeos do RNA e desoxirribose, encontrada nos nucleotídeos
do DNA.

SUMÁRIO 31
BIOLOGIA CELULAR

As bases nitrogenadas que entram na constituição dos nucleotídeos podem ser de


dois tipos: púricas formadas por dois aneis de átomos de carbono e nitrogênio e piri-
mídicas, formadas por um anel de átomos de carbono e nitrogênio.

Nucleosídeo

Composto formado por uma pentose unida a uma base nitro-


genada

Adenosina é um nucleosídeo de grande importância, formada por uma ribose unida


à base nitrogenada adenina. Muitas vezes, a adenosina se apresenta unida a três radi-
cais fosfato, formando um nucleotídeo de grande interesse biológico: o ATP (trifosfato
de adenosina).

A ligação “~” significa: LIGAÇÃO ALTAMENTE ENERGÉTICA

32 SUMÁRIO
BIOLOGIA CELULAR

As ligações entre os radicais fosfato são altamente energéticas, liberando, assim, gran-
de quantidade de energia para a célula, quando quebrada. Quando uma dessas liga-
ções é rompida, uma grande quantidade de energia é liberada, juntamente com um
grupo fosfato e o ADP (difostato de adenosina). A energia desprendida nessa transfor-
mação pode ser utilizada pela célula para as mais variadas atividades. Para garantir
um perfeito mecanismo de obtenção e armazenamento de energia, moléculas de
ADP podem se converter em moléculas de ATP por um mecanismo conhecido como
fosforilação.

Formação de um Polinucleotídeo

A união de vários nucleotídeos forma um polinucleotídeo. O


ácido fosfórico de um nucleotídeo se liga à pentose de outro, e
assim por diante na formação do ácido nucleico.

Estudo dos tipos de ácidos nucleicos

a) Ácido Desoxirribonucleico (DNA)

De acordo com o modelo proposto por Watson e Crick, a molécula de DNA é cons-
tituída por duas cadeias de nucleotídeos enroladas uma ao redor da outra na forma
de dupla hélice. Os eixos das hélices são formados por moléculas de ácido fosfórico
e desoxirribose, enquanto as bases nitrogenadas se dispõem perpendicularmente ao
eixo principal da estrutura e voltadas para dentro dela. As bases nitrogenadas de uma
hélice se unem às bases nitrogenadas da hélice complementar através de ligações
denominadas pontes de hidrogênio, que se estabelecem de forma altamente espe-
cífica da seguinte maneira: Adenina e Timina se unem através de duas pontes de hi-
drogênio enquanto Guanina e Citosina se unem através de três pontes de hidrogênio.

Podemos concluir que o número de bases nitrogenadas púricas (A + G) é igual ao nú-


mero de bases nitrogenadas pirimídicas (C + T) no DNA, já que o número de adeninas
é igual ao de timinas e o número de guaninas é igual ao de citosinas.

SUMÁRIO 33
BIOLOGIA CELULAR

Localização do DNA

O DNA está presente principalmente no núcleo das células, fazendo parte, juntamen-
te com as proteínas, da estrutura dos cromossomos. Pode ser também encontrado
no interior de cloroplastos e mitocôndrias, presentes no citoplasma de certos tipos
celulares.

34 SUMÁRIO
BIOLOGIA CELULAR

Reação de Feulgen

Consiste em um método de coloração que identifica o DNA. Utilizando-se o reagente


de Feulgen na presença do DNA, a reação torna-se positiva. Assim, dizemos que o
DNA é Feulgen positivo.

Funções do DNA

O DNA é o responsável pela determinação das características hereditárias, além de


comandar o funcionamento celular e promover a síntese do RNA.

b) Ácido Ribonucleico (RNA)

A molécula de RNA é constituída por uma única cadeia de nucleotídeos (fita sim-
ples). Os nucleotídeos de RNA apresentam:

Localização do RNA

O RNA está presente no núcleo das células, livre no citoplasma, no interior de cloro-
plastos e mitocôndrias e fazendo parte da estrutura dos ribossomos.

SUMÁRIO 35
BIOLOGIA CELULAR

Reação de Feulgen

O RNA é Feulgen negativo, porque a reação de Feulgen torna-se negativa na presen-


ça do RNA.

Função do RNA

Transportando informação genética do DNA que o formou, o RNA participa direta-


mente do processo de síntese proteica.

Tipos de RNA

Existem três tipos de RNA que participam diretamente do processo de síntese pro-
teica. São eles:

• RNA mensageiro (RNAm)

• RNA transportador (RNAt)

• RNA ribossômico (RNAr)

No processo de síntese proteica, esses três tipos serão estudados com detalhes. O
quadro abaixo resume as principais características dos ácidos nucleicos.

DNA RNA

PENTOSE Desoxirribose Ribose


BASES NITROGENADAS
PÚRICAS
Adenina e Guanina Adenina e Guanina

BASES NITROGENADAS
PIRIMÍDICAS
Citosina e Timina Citosina e Uracila

ESTRUTURA Dupla hélice Fita simples


FORMAÇÃO A PARTIR
DE UMA MOLÉCULA DE Autoduplicação Transcrição
DNA

Núcleo e citoplasma (livre,


Núcleo e citoplasma (mitocôn-
LOCALIZAÇÃO
drias e cloroplastos) ribossomos, mitocôndrias e
cloroplastos)
REAÇÃO DE FEULGEN Positiva Negativa
Determinação das características
FUNÇÃO hereditárias, comando celular e Síntese proteica
síntese de RNA

36 SUMÁRIO
BIOLOGIA CELULAR

VITAMINAS

São compostos orgânicos exigidos em doses muito pequenas pelos organismos


e que atuam como reguladores biológicos na maioria das reações metabólicas. A
maior parte das vitaminas atuam como coenzimas, ativando enzimas importantes
para o metabolismo.

Uma dieta variada pode fornecer as vitaminas exigidas pelo organismo, em função da
larga distribuição desses compostos em muitos tipos de alimentos.

Avitaminose se refere a uma carência total de determinada vitamina, enquanto hipo-


vitaminose representa uma carência vitamínica parcial.

Algumas vitaminas são encontradas na natureza em uma forma precursora inativa


denominada provitamina. No interior do organismo, sob certas condições, a provita-
mina torna-se ativa, formando a vitamina propriamente dita. É o que ocorre com a
vitamina A, encontrada na natureza como caroteno (provitamina A) e com a vitamina
D, encontrada na natureza na forma de ergosterol (provitamina D).

De acordo com a solubilidade em água ou em lípides, as vitaminas podem ser clas-


sificadas em dois grupos:

Vitaminas Hidrossolúveis - B e C

Vitaminas Lipossolúveis - A, D, E e K

Denominamos complexo B um conjunto de vitaminas hidrossolúveis obtidas quase


que das mesmas fontes, desempenhando papeis biológicos muito semelhantes. São
elas: B1 B2, B6, B12, PP, biotina, ácido pantotênico e ácido fólico.

PRINCIPAIS OUTRA NOMEN-


VITAMINA NOME CARÊNCIA
FONTES CLATURA
Cegueira noturna ou heme-
ralopia: deficiência visual em
ambiente de luz fraca.
Cenoura - to-
mate -mamão
Xeroftalmia: ressecamento da
A Retinol - alface - leite Antixeroftálmica
camada córnea do globo ocular
-manteiga -
com consequente destruição.
ovo

Pele escamosa: pele áspera,


com descamações frequentes.
Feijão - soja
Beribéri: polineurite generalizada
- leite - carne Antineurítica (Anti-
B, Tiamina com distúrbios neuromusculares
- levedo de beribérica)
profundos e paralisia muscular.
cerveja

SUMÁRIO 37
BIOLOGIA CELULAR

PRINCIPAIS OUTRA NOMEN-


VITAMINA NOME CARÊNCIA
FONTES CLATURA
- Inflamação na boca (es-
tomatite) e na língua (glossite)

Feijão - soja - Rachaduras nos cantos


- leite - carne dos lábios (queilose)
B2 Riboflavina Antineurítica
- levedo de
cerveja - Distúrbios neuromuscu-
lares

- Fotofobia
Feijão - soja - Dermatite
- leite - carne
BG Piridoxina Antineurítica
- levedo de - Distúrbios neuromuscu-
cerveja lares
Leite - ovos - Anemia perniciosa: ausência de
carne -fígado - amadurecimento das hemácias
Cianocobala- do sangue
B12 produzida pela Antianêmica
mina
flora bacteria-
na intestinal - Retardo no crescimento
Frutas cítricas Escorbuto: inflamação da pele
- tomate e mucosas com sangramento
Ácido as-
C -morango - de lábios e gengivas. Fragili- Antiescorbútica
córbico
goiaba -alfa- dade dentária e diminuição
ce - maçã de resistência às infecções.
Leite - ovos
- manteiga
-óleo de fíga-
do Radiação Raquitismo: fragilidade óssea
D Calciferol ultravioleta e dentária com retardo no Antiraquítica
estimula a crescimento.
síntese de
vitamina D
na pele.

Leite - ovos - Esterilidade em alguns


- amendoim animais
E Tocoferol Antiesterilidade
-alface - arroz
- soja - Envelhecimento precoce
Verduras-alho
- Dificuldade na coagulação
Produzida
do sangue, já que a vitamina
K Filoquinona pela flora Antihemorrágica
K participa da síntese da pro-
bacteriana
trombina no fígado
intestinal
Niacina
Pelagra: também conhecida
ou Ácido Leite - ovos -
por “doença dos três dês”; é
PP nicotínico carne -fígado Antipelagrosa
caracterizada por dermatite,
ou Nicoti- - verduras
diarreia e demência
namida
Feijão - soja
- leite - car-
H Biotina ne - levedo Dermatite Antidermatítica
de cerveja -
fígado

38 SUMÁRIO

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