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DISCIPLINA
FISIOLOGIA DA
NUTRIÇÃO E BIOQUÍMICA
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ....................................................................................................03
6. FISIOLOGIA DA NUTRIÇÃO...........................................................................26
9. REFERÊNCIAS................................................................................................37
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INTRODUÇÃO
Prezados alunos,
As ideias aqui expostas, como não poderiam deixar de ser, não são neutras,
afinal, opiniões e bases intelectuais fundamentam o trabalho dos diversos institutos
educacionais, mas deixamos claro que não há intenção de fazer apologia a esta ou
aquela vertente, estamos cientes e primamos pelo conhecimento científico, testado e
provado pelos pesquisadores.
Desejamos a todos uma boa leitura e caso surjam algumas lacunas, ao final
da apostila encontrarão nas referências consultadas e utilizadas aporte para sanar
Dúvidas e aprofundar os conhecimentos.
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Proteína
Os vegetais contêm menos proteínas, com mais baixo valor biológico e menor
digestibilidade em comparação a proteínas animais. Esse padrão é comum em frutas e
vegetais amiláceos, pobres em proteínas. Contudo, leguminosas, cereais integrais,
sementes e verduras apresentam considerável porcentagem de proteínas em sua
composição. Alguns vegetais possuem teor baixo de aminoácidos específicos, outros
não apresentam aminoácidos limitantes. A combinação de alimentos de grupos
diferentes oferece todos os aminoácidos em ótimas quantidades; todos os aminoácidos
essenciais estão presentes no reino vegetal. A proteína de soja apresenta valor
biológico próximo ao de proteínas animais e é altamente digerível, apresentando alto
valor nutricional.
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Vitamina D
Promove a absorção de cálcio pelos ossos e dentes. Sua deficiência
pode aumentar o raquitismo em crianças e a osteoporose em idosos. O status de
vitamina D depende da exposição ao sol e da ingestão de comidas fortificadas e
suplementos. A vitamina D3 é de origem animal. Mas vitamina D2 é acessível aos
veganos em comidas fortificadas. A suplementação é recomendada para
vegetarianos habitantes de altas latitudes, quando a exposição ao sol e a ingestão
de alimentos fortificados não é suficiente.
Vitamina B12
Ferro
Suas funções mais importantes estão no transporte de oxigênio no sangue (como parte
da hemoglobina) e na transferência de elétrons no metabolismo energético
(notadamente os citocromos).
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Cálcio
Suas principais funções estão associadas à contração muscular, à liberação
de neurotransmissores, além de atuar como mensageiro secundário na transdução de
sinal para sinalização hormonal. Também constitui os dentes e os ossos, e sua
deficiência pode ocasionar problemas ósseos como raquitismo. O leite é o alimento
com maior concentração e biodisponibilidade de cálcio. As dietas vegetarianas são
en-quadradas em dois grupos com relação à adequação desse mineral: as que
incluem e as que não incluem leite e derivados na dieta. A maior parte do cálcio dos
alimentos de origem vegetal está combinado a compostos inibidores de absorção, que
incluem ácidos oxálicos e fítico, fosfato e fibras. Por isso, é importante ter uma fonte
confiável de cálcio na dieta.
Zinco
O zinco é componente de metaloenzimas associadas ao DNA e ao RNA e de
enzimas digestivas, e está associado com a insulina. Seu papel estrutural é estabilizar
a estrutura quaternária das enzimas. Participa na concentração de aminoácidos
neurotransmissores no cérebro e na armazenagem e secreção de hormônios. Sua
deficiência pode causar retardo no crescimento, resultante da redução da biossíntese
de ácidos nucléicos e, consequentemente, de proteínas e utilização de aminoácidos,
o que impede divisão e crescimento celular.
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Ômega 3
São ácidos graxos essenciais e devem ser incluídos na dieta alimentar, assim
como o ômega 6. Podem ser encontrados nas sementes oleaginosas e óleos vegetais.
A ingestão do ômega 3 auxilia a diminuir os níveis de triglicerídeos e colesterol total,
enquanto que o excesso dele pode retardar a coagulação sanguínea. É um importante
mediador de alergias e processo inflamatórios, pois são necessários para a formação
das prostaglandinas inflamatórias, tromboxanos e leucotrienos. O Ômega 3 deve ser
utilizado em maior quantidade pelos vegetarianos devido ao fato de que nessa dieta o
organis-mo deve convertê-lo em ácido eicosapentaenóico (EPA) e docosaexaenóico
(DHA), formas já presentes nos deriva-dos animais. Como a conversão desse ácido
graxo é baixa em seres humanos, a ingestão deve ser otimizada.
Fonte: www.isulbra.com.br
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Metabolismo Anaeróbico
O metabolismo anaeróbico contribui para a produção de ATP em atividades de curta
duração (aproximadamente até 90 segundos), a não utilização de oxigênio garante
que seja rápida a síntese de ATP para a atividade. A produção de ATP é feita a partir
da glicose ou glicogênio muscular, sendo 1 mol de glicose produz 2 moles de ATP.
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Metabolismo Aeróbico
Fonte: www.natue.com.br
Desaminação
Só no fígado o grupo amino será convertido em amônia, restaurando o
transportador. Ah, isso acontece na mitocôndria, pois lá não vai provocar
grandes danos ao organismo. Daí uma parte dessa amônia é reciclada e utilizada
em vários processos, porem o fígado faz transformação para haver uma forma
correta de excreção.
Transaminação
Acontece nos tecidos para doar os grupos amino dos aminoácidos para outros
que funcionarão como carreadores. O aminoácido formado é o glutamato.
Porém, há 9 aminoácidos (asparagina, glutamina, glicina, lisina, histidina,
metionina, prolina, serina e treonina) que não tem suas vias degradativas
iniciadas pela transaminação com o alfa- cetoglutarato, tendo seu grupo amino
removido por reações especificas. Mas possuem em comum a forma de remoção
desse grupo que no decorrer das vias degradativas, o grupo amino pode ser
liberado como glutamato por transaminação de um intermediário com alfa-
cetoglutarato ou como NH4+, através de reações por desaminação. Assim, na
degradação dos aminoácidos, o grupo amino é transformado em aspartato e
NH4+- precursores a ureia. A ureia é o principal produto excretado do
metabolismo de mamíferos da terra, sendo que um humano tem 30 gramas
excretadas por dia. Mas a formação da ureia acontece a partir da amônia da
desaminação, através da conversão de ornitina em arginina, que corresponde
ao CICLO DA URÉIA.
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Esse ciclo começa dentro das mitocôndrias dos hepatócitos, sendo que três
passos acontecem no citossol. Dois grupos amino são inseridos no ciclo, sendo o
primeiro proveniente da amônia que é empregada na síntese de carbamil fosfato e
HCO3- da respiração da mitocôndria, e o segundo é proveniente do aspartato que veio
da mitocôndria por transaminação e foi para o citossol. O grupo carbamil tem grande
potencial de transferência e é útil na transferência do g. amino pra onitina, dando início
ao ciclo. O gasto final é alto, pois é preciso de 4 fosfatos com grande energia e há
produção de apenas 1 molécula de ureia.
A reserva lipídica
Os triacilgliceróis depositados em adipócitos representam a principal reserva do
organismo. São depósitos concentrados de energia metabólica, pois, são altamente
reduzidos e anidros. O produto da oxidação completa dos ácidos graxos até CO2 e
H2O é 9 kcal/g de gordura, comparado a 4 kcal/g de carboidratos.
Mobilização de lipídeos
Quando há necessidade de energia a partir dos ácidos graxos, a mobilização da
gordura inicia-se pela hidrólise de triacilglicerol dos adipócitos, formando ácidos
graxos e glicerol. Primeiro a lipase sensível a hormônio promove a remoção do ácido
graxo da posição 1 ou 3. Lipases adicionais removem ácidos graxos do mono- ou
diacilglicerol, formando glicerol e ácidos graxos livres. Os ácidos graxos livres
movem-se através da membrana celular do adipócito e ligam-se à albumina no
plasma, que os transportam aos tecidos, onde os ácidos graxos se difundem para
as células e são oxidados para obtenção de energia.
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Degradação do colesterol
A estrutura do colesterol não pode ser metabolizada a CO2 e H2O, o anel esterol
intacto pode ser eliminado: pela conversão em ácidos biliares, os quais podem ser
reabsorvidos e reutilizados, ou podem ser excretados pela secreção do colesterol na
bile, a qual transporta-o ao intestino para eliminação – parte do colesterol é modificada
por bactérias intestinais antes da excreção. O colesterol da dieta pode ser absorvido no
intestino, fazendo parte dos quilomícrons.
Síntese de colesterol
Todos os átomos de carbono são fornecidos pelo acetato, o NADPH fornece os
equivalentes redutores, ocorre no citoplasma com enzimas do citoplasma e do retículo
endoplasmático, a rota é dirigida pela hidrólise da ligação tioéster de alta energia do
acetil. CoA e a ligação fosfato terminal do ATP.
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O grupo acetil ataca o grupo malonil, que perde CO2 (adicionado pela acetil.
CoA carboxilase) na presença da b-cetoacil sintase -- Malonil-S-ACP + acetil-
S-ACP? Acetoacetil-S-ACP + CO2
Uma molécula de água é removida para introduzir uma ligação dupla pela
enzima b-hidroxiacil desidratase b-hidroxibutiril-ACP? Crotonil-S-ACP + H2O
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Beta oxidação dos ácidos graxos (clico de Lynen): este ciclo inicia com a
oxidação do palmitoil-CoA por um FADH2 gerando um transfenoil – CoA. Este, por sua
vez, será hidratado dando origem a um hidroxiacil – CoA. Este será oxidado pelo NAD+
em cetoacil- CoA. O cetoacil-CoA será clivado em acetil-CoA e em Ácil-CoA. O Ácil-
Coa reiniciará o ciclo e o acetil. CoA será direcionado ao ciclo do ácido cítrico para a
produção de NADH e FADH2 a serem utilizados na fosforilação oxidativa para a
produção energética. Vale ainda ressaltar que cada 2 carbonos do ácido graxo são
transformados em um Acetil-CoA.
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6. Fisiologia da Nutrição
Fonte:www.brazcubas.br
A Fome
Apesar do termo também conotar uma problemática social, trataremos a fome como
sendo a sensação fisiológica que nos faz procurar e ingerir alimento para satisfazer
as necessidades diárias de nutrientes. O ato de ingerir alimentos é causado por uma
série de estímulos (ou sinais). Entre eles está a diminuição, no organismo, da
quantidade de nutrientes como glicose, aminoácidos, gordura ou mesmo a
diminuição da temperatura interna. Fica claro fazer a ligação: se uma pessoa come
para obter nutrientes (e energia) para o organismo, então sua falta deve levá-la a
procurar o que comer. Porém, surge uma dúvida: será que é preciso diminuir
totalmente o estoque de nutrientes do organismo para que uma pessoa ou um animal
sinta fome? A resposta é não. Na verdade, o organismo é capaz de detectar
diminuições mínimas na concentração de nutrientes e, em consequência, gerar
sinais que vão desencadear a ingestão de alimentos. Mas, será que só comemos
quando temos fome? Não, a ingestão de alimentos também pode ser estimulada pela
hora do dia, a visão e o cheiro dos alimentos, além de reuniões sociais (daí o ditado
“Comer e coçar é só começar”). Todos nós temos experiência que fatores
emocionais, facilitação social e condicionamento (uma forma de aprendizagem)
afetam a ingestão de alimentos. Quando se come sem ter fome (e essa energia não
é gasta), os nutrientes ingeridos além da necessidade serão estocados em forma de
gordura, ou seja, engordamos.
Saciedade
O processo inverso da fome, chamado saciedade, também é causado por vários
estímulos. Um deles é a distensão da parede gástrica, causada pelo armazenamento
do alimento ingerido no estômago. O tempo de permanência do alimento no
estômago depende principalmente da sua composição e não simplesmente da
quantidade. Quanto mais gordura for contida no alimento, maior o tempo necessário
para o esvaziamento gástrico.
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A causa mais comum é o ganho de peso, que leva ao aumento da pressão arterial, ao
desenvolvimento do diabetes tipo 2 e às alterações de triglicérides e colesterol.
Fatores de risco
Os fatores de risco principais são aqueles que levam ao ganho de peso, como
alimentação com excesso de carboidratos simples e gorduras saturadas, além do
sedentarismo. Além disso, o tabagismo pode aumentar o risco cardíaco e potencializar as
consequências da síndrome metabólica ao coração. A história familiar de problemas
cardíacos também é importante quando analisamos o impacto na síndrome metabólica no
organismo.
Os sintomas mais comuns da síndrome metabólica são consequência das doenças
associadas, como:
Ganho de peso: Cansaço, dores articulares por sobrecarga, síndrome da apneia
obstrutiva do sono e roncos. Alterações menstruais nas mulheres, como ovários
policísticos, e perda da libido em homens podem também ser sintomas pouco valorizados
Problemas de colesterol: Aumento Do Risco de infarto e derrame, tonturas
Hipertensão: dores de cabeça, mal-estar em geral, cansaço e tonturas ou zumbidos
Diabetes e alterações de glicemia: Boca Seca, perda de peso e muita sede nos casos
mais agudos e nos casos de desenvolvimento mais lento da doença, mal-estar geral,
tonturas e cansaço.
Existem dois sinais no corpo que podem ajudar a identificar o desenvolvimento da resistência
insulínica, são eles:
Acrocórdons: corresponde a um crescimento da pele do pescoço, levando ao
aparecimento de lesões que lembram pequenas verrugas escurecidas
Acantose nigricans: escurecimento da pele, chamado de hiperpigmentação, em
regiões das dobras como parte interna dos cotovelos, axilas e pescoço. Nessas
regiões a pele terá um aspecto mais aveludado.
Os sintomas citados acima, associados com achados do exame físico como aumento da
cintura abdominal devido ao acúmulo de gordura e aumento progressivo de peso, além da
necessidade de usar medicamentos para o controle do colesterol, pressão ou diabetes,
podem alertar para o desenvolvimento de síndrome metabólica. O diagnóstico de diabetes
e pressão alta, ou pressão alta associada com ganho de peso, ou alguma
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outra combinação entre essas doenças indicam a necessidade de uma consulta com um
clínico geral ou endocrinologista. O diagnóstico da síndrome metabólica é feito através do
exame físico e dos exames de sangue, além de medidas de pressão arterial. Os exames
importantes para o diagnóstico e tratamento da Síndrome Metabólica são:
Dosagens de colesterol total e frações
Glicemia
Exames hormonais e de funcionamento do fígado e rins
Para fazer o diagnóstico, é preciso que o paciente tenha alguns critérios, preenchendo três
dos cinco critérios abaixo:
Obesidade central: circunferência da cintura maior que 88 cm na mulher e 102 cm no
homem
Hipertensão Arterial: pressão arterial sistólica maior que 130 e/ou pressão arterial
diastólica maior 85 mmHg
Glicemia de jejum alterada (glicemia maior que 110 mg/dl) ou diagnóstico de Diabetes
Triglicérides maior 150 mg/dl
HDL colesterol menor 40 mg/dl em homens e menor que 50 mg/dl em mulheres. O
tratamento começa pela modificação de hábitos de vida. Uma dieta saudável pobre em
carboidratos simples e gorduras saturadas, rica em fibras, carnes magras, frutas e vegetais
é o primeiro passo para tratar e prevenir a síndrome metabólica. A realização de atividades
físicas regulares cerca de 150 minutos por semana, também é essencial para manter o peso,
controlar a pressão e o colesterol. Para tratar a diabetes, pressão alta e colesterol alto muitas
vezes o uso de medicamentos será necessário. Mas para resolver de vez e eliminar a
síndrome metabólica, a perda de peso e a mudança de hábitos são fundamentais. Muitas
vezes para tratar o peso, será necessário o uso de medicamentos ou a avaliação para
cirurgia bariátrica, em alguns casos.
Adotar hábitos de vida saudáveis, escolhas alimentares melhores e a prática de
exercícios tem um resultado muito bom no controle e melhora da síndrome metabólica. Com
a perda de peso, muitas vezes a pessoa controla a pressão alta, os níveis de colesterol e
triglicérides e até o diabetes, podendo até ficar sem medicamentos. A principal preocupação
da síndrome metabólica é o aumento do risco de problemas cardíacos e vasculares, como
infarto, AVC e obstruções vasculares (entupimento de artérias). A melhor maneira de
prevenir a síndrome metabólica é manter hábitos saudáveis, o que inclui praticar atividades
físicas de forma regular e ter uma alimentação equilibrada, o que inclui frutas, verduras,
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legumes, proteínas, carboidratos complexos (como grão integrais) e gorduras boas (como o
ômega 3 e 6), além de uma alimentação com pouco sal, gorduras saturadas e açúcar.
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9. REFERÊNCIAS
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de janeiro: Elsevier, 2005.
GUYTON A.C.; HALL J.E. Fundamentos de Guyton: tratado de fisiologia médica. 10.ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
GUYTON A.C.; HALL J.E. Tratado de fisiologia médica. 11. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2006. TORTORA G.J.; GRABOSW
GUYTON A.C.; HALL J.E. Tratado de fisiologia médica. 11.ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2006.
GUYTON A.C.; HALL J.E. Tratado de fisiologia médica. 11.ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
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AOKI, M.S.; BACURAU, R.F.P. Nutrição no esporte. Rio de Janeiro: Casa da Palavra,
2012.
HIRSCHBRUCH M.D.; CARVALHO J.R. Nutrição esportiva: uma visão prática. 2.ed.
Barueri: Manole, 2008.
McARDLE, W.D.; KATCH, F.I.; KATCH, V.L. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e
desempenho humano. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
PASCHOAL, V.; NAVES, A.; FONSECA, A.B.P.B.L. Nutrição Clínica Funcional: Dos
princípios à prática clínica. VP Editora, 2008.