Você está na página 1de 47

Profa.

Louhanna Teixeira
Prof. Ygor Eloy

HIPERSENSIBILIDADES

Núcleo Comum do CCS


Módulo de Sistemas de Defesa
QUAL O PAPEL DO
SISTEMA IMUNE?

Vírus
Bactérias

Fungos
e
Parasitas
Diariamente, entramos em contato com proteínas
derivadas de plantas e animais que estão presentes no
ambiente onde moramos, trabalhamos ou brincamos...

Para MAIORIA das


pessoas o contato não
estimula o sistema imune!
Não há inflamação e nem
ativação da imunidade
adquirida!
Porém...
…em uma minoria...

Inimigo
Imaginário
INÓCUO
O sistema imune pode CAUSAR LESÃO
TECIDUAL E DOENÇA em alguns indivíduos?
REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE

⮚ Distúrbios da resposta imunológica

⮚ Hipersensibilidade → resposta imunológica exagerada ou


inapropriada a um estímulo produzido por um antígeno

⮚ Controle inadequado; Direcionadas inapropriadamente

Antígenos responsáveis

Antígenos próprios Antígenos ambientais Micro-organismos

(doenças (poeira, polem, alimentos)


autoimunes)
CLASSIFICAÇÃO DAS REAÇÕES DE
HIPERSENSIBILIDADE

Feita de acordo com o tipo de resposta imune que


causa lesão celular e tecidual
HIPERSENSIBILIDADE TIPO I (ex: alergias)

HIPERSENSIBILIDADE TIPO II (ex: doença hemolítica do recém nascido)

HIPERSENSIBILIDADE TIPO III (ex: lupus)

HIPERSENSIBILIDADE TIPO IV (ex: granuloma TB)


Tipos de Doenças Mediadas por Anticorpo
(Hipersensibilidade Tipo II)

A resposta se dá
contra antígenos de
superfície celular ou
matriz extracelular!
Tipos de Doenças Mediadas por Anticorpo
(Hipersensibilidade Tipo II)

Exemplos de doenças
Hipersensibilidade Tipo II
Tipos de Doenças Mediadas por Imunocomplexos
(Hipersensibilidade Tipo III)

A resposta se dá
contra circulantes,
havendo formação
de complexos
imunes que podem
circular e se
depositar em vasos,
rins, pele!
Tipos de Doenças Mediadas por Imunocomplexos
(Hipersensibilidade Tipo III)

Exemplos de
doenças
Hipersensibilidade
tipo III
Mecanismos de Doenças Mediadas por cél. T
(Hipersensibilidade Tipo IV)

Reação mediada por


células T, também
chamada de
hipersensibilidade
tardia!
Mecanismos de Doenças Mediadas por cél. T
(Hipersensibilidade Tipo IV)

O granuloma da TB é
um exemplo de
hipersensibilidade
tipo IV!
PROVA TUBERCULÍNICA

• Conhecida como Teste Tuberculínico ou Reação de Mantoux.


• Consiste na inoculação intradérmica de um derivado protéico do M.
tuberculosis (PPD) para medir a resposta imune celular a estes
antígenos.
• Nos indivíduos já sensibilizados, ocorre uma reação inflamatória por
conta da hipersensibilidade tardia – presença de linfócitos T e
macrófagos anteriormente apresentados ao “pedaços” da bactéria!
PROVA TUBERCULÍNICA

Os resultados do teste PPD dependem do tamanho da reação na pele e, por isso,


podem ser:
Até 5mm: em geral, é considerado um resultado negativo e, por isso, não
indicando infecção com a bactéria da tuberculose, exceto em situações
específicas;
5 mm a 9 mm: é um resultado positivo, indicando infecção pela bactéria da
tuberculose, especialmente, em crianças menores que 10 anos não vacinadas ou
vacinadas com a BCG há mais de 2 anos, pessoas com HIV/AIDS ou que têm
cicatrizes de tuberculose na radiografia de tórax;
10 mm ou mais: resultado positivo, indicando infecção pela bactéria
da tuberculose.
RESUMINDO…
Hipersensibilidade Imediata
(Tipo I)

E agora falando
um pouco mais
sobre as
alergias...
“São reações EXAGERADAS do sistema imune a
ANTÍGENOS AMBIENTAIS (ALÉRGENOS) INOFENSIVOS,
resultando em reação inflamatória e/ou dano tecidual
APÓS REEXPOSIÇÃO ”

SÃO REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE TIPO 1 QUE


ENVOLVEM OS LINFÓCITOS TH2, OS ANTICORPOS IgE
E OS MASTÓCITOS

• ALVO: Antígenos ambientais ou ALÉRGENOS


• Medicina clínica: ALERGIA OU ATOPIA
• Nome das doenças: doença alérgicas, atópicas ou de
hipersensibilidade imediata
FONTES DE ALÉRGENOS
NATUREZA DO ALÉRGENO

• Proteínas ou substâncias química ligadas a


proteínas

❖ Baixo peso molecular


❖ Glicosilação
▪ Protege o alérgeno da desnaturação
e da degradação permitindo que
seja absorvido intacto
❖ Estabilidade
❖ Alta solubilidade nos fluidos
corporais
NATUREZA DO ALÉRGENO

• Exposição REPETIDA ao alérgeno


• Os alérgenos, ao contrários dos micro-organismos,
NÃO estimulam respostas imunes inatas

A ativação crônica ou repetida do linfócito T


na ausência de imunidade inata pode
conduzir os linfócitos T helper em direção a
diferenciação via Th2.
HIPERSENSIBILIDADE TIPO I
MEDIADORES
INFLAMATÓRIOS
FATORES MÚLTIPLAS
GENÉTICOS CÉLULAS

FATORES
LINFÓCITOS T e B,
AMBIENTAIS
MASTÓCITOS HISTAMINA
BASÓFILOS LEUCOTRIENOS
MACROFAGOS PROSTAGLANDINAS
EOSINÓFILOS FATOR DE ATIVAÇÃO
CÉLULAS PLAQUETÁRIA - PAF
EPITELIAIS
Mastócitos, Basófilos e Eosinófilos
HIPERSENSIBILIDADE TIPO I

Linfócitos
B
Produção de IgE

Mastócito
Sensibilizado

Linfócito Th2 Libera


IL-4

Y YY
Plasmócito Anticorpos IgE
Linfócito B
Sensibilização do mastócito
HIPERSENSIBILIDADE TIPO I

Linfócitos
B
A IgE liga-se a um receptor Fc
de alta afinidade, denominado
FcεRI, nos mastócitos,
sensibilizando-os

Ativação de Mastócitos
>> Degranulação
Produção de Muco

Linfócito Th2
Mastócito

IL-13 Leucotrienos

Produção de MUCO

Célula caliciforme
Reações imediatas e
de fase tardia
Imediata: Predomínio das respostas
vasculares e da musculatura lisa

- Pápula (inchaço suave)


- Halo eritematoso
Reações imediatas e
de fase tardia
Tardia: Recrutamento de leucócitos
e inflamação
Ativação dos Eosinófilos

Linfócito Th2
Libera
IL-5

Eosinófilo em repouso Eosinófilo ativado


DOENÇAS ALÉRGICAS

Rinite Alérgica Anafilaxia Sistêmica


Dermatite atópica

Asma Brônquica

Alergia alimentar
ASMA
EPIDEMIOLOGIA

⮚ É um problema mundial
⮚ Estima-se que 250.000 pessoas morrem de asma por
ano no mundo e 300 milhões de pessoas sofrem da
doença
⮚ Estados Unidos - 10 milhões de pessoas tem a
doença
⮚ Brasil - 10 a 15% da população
ASMA
É uma doença inflamatória cônica provocada por
REPETIDAS reações alérgicas de hipersensibilidade de
fase imediata e de fase tardia no pulmão

⮚ Broncoconstrição e aumento da produção de muco


espesso que leva a obstrução brônquica e exacerba as
dificuldades respiratórias
⮚ Inflamação brônquica com eosinófilos
⮚ Hipertrofia celular do músculo liso brônquico
⮚ hiperrreatividade para os broncoconstritores
A SEQUÊNCIA DE
EVENTOS QUE OCORRE
NA HIPERSENSIBILIDADE
TIPO I É A MESMA
OBSERVADA NA ASMA?
PRODUÇÃO DE
MUCO ESPESSO
INFLAMAÇÃO
E EDEMA

PASSAGEM PASSAGEM
DO AR DO AR
MÚSCULO DO BRÔNQUIO ESTREITA
NORMAL CONTRAÇÃO MUSCULAR
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS
DA ASMA BRÔNQUICA

Brônquio Normal Brônquio Asmático


Mediadores e
Tratamento
da Asma
RINITE ALÉRGICA ou “FEBRE DO FENO”

- Doença alérgica mais


comum;

- Edema da mucosa;

- Infiltração de eosinófilos;

- Pólipos nasais >> dificuldade


para respirar

- Utilização de anti-
histaminicos
O sistema imune é assim... Pronto pro ataque,
portanto não o provoque!
Bibliografia Recomendada
• ABBAS, A.K.; LICHTMAN, A. H. Imunologia básica: funções
e distúrbios do sistema imunológico. 3 ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2009. 314p.

• MURPHY, K. Imunobiologia de Janeway. 8 ed. Porto


Alegre: Artmed. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582710
401/recent

• DELVES, P.J.; MARTIN, S.J.; BURTON, D. R.; ROITT, I. M.


Roitt - Fundamentos de Imunologia. 12.ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2013. 552p. Disponível em :
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-
2225-4/cfi/0
CRÉDITOS

ELABORAÇÃO:
Profa. Silvia Fernandes

MODIFICAÇÕES:
Profa. Marina Lobo

CONFERENCISTAS:
Profa. Louhanna Teixeira
Prof. Ygor Eloy

Você também pode gostar