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CURSO DE CABELEIREIRO

O Cabelo
MÓDULO 1 | Conhecendo o cabelo
MÓDULO 2 | Tratamentos
MÓDULO 3 | Técnicas de escova
e enrolamentos
MÓDULO 1
Conhecendo o cabelo
Assim como a natureza, os cabelos têm seus ritmos, suas cri-
ses e suas diferentes formas e cores. Quando olhamos para
uma pessoa, não sabemos ao certo, mas, na verdade, seus
cabelos estão em uma constante transformação.

Há uma lógica inquestionável que afirma que “não se trata


bem o que não se conhece bem” está na origem dos traba-
lhos sobre a estrutura da fibra capilar e sobre os fenômenos
biológicos que a governam. O cabeleireiro, que é quem cuida
do embelezamento dos cabelos, precisa, portanto, para ser
competente e se destacar profissionalmente, conhecer pro-
fundamente a matéria prima de seu trabalho, que é o cabelo.

O conhecimento da estrutura do cabelo é um pré-requisito para


se poder aprender os diferentes problemas causados pelas ati-
tudes cotidianas e pelas agressões externas que o podem afe-
tar. Por detrás de sua aparência simples, o cabelo esconde uma
maquinaria engenhosa, explorada desde há mais de um século,
e dissimulando, sempre, uma parcela de mistério.

Capítulo 1 | O ambiente da fibra capilar


Capítulo 2 | O processo de desenvolvimento da fibra capilar
Capítulo 3 | A haste capilar
Capítulo 4 | Ciclo de vida do cabelo
Capítulo 5 | A queda dos cabelos
Capítulo 6 | O couro cabeludo
Capítulo 7 | O pH
Capítulo 8 | A caspa
Capítulo 9 | A melanina, os melanócitos - A cor do cabelo
Capítulo 10 | Estrutura capilar
Capítulo 11 | As cadeias de queratina
Capítulo 12 | Sob todas as suas formas
Capítulo 13 | A fragilidade capilar
Capítulo 14 | Ações do tempo - Envelhecimento
Capítulo 15 | Aspectos dos cabelos frágeis
Capítulo 16 | Os cabelos fracos e o consumidor
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

1
O ambiente da
fibra capilar
O estudo do cabelo, elemento prin-
cipal da aparência, foi, durante muito
tempo, restrito ao domínio da cosméti-
ca (sua suavidade, seu brilho, sua cor).
Hoje em dia, a ciência capilar reúne os
pesquisadores interdisciplinares, que
estudam em profundidade suas pro-
priedades químicas e biológicas. O
objetivo é o de melhor compreender,
notadamente, seu crescimento, sua
queda, seu formato e sua cor.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


Em primeiro lugar, precisamos conhecer a pele e sua estrutura.

A pele é formada por três camadas:


• Epiderme
• Derme (onde são implantados os cabelos)
• Hipoderme

Logo após, encontramos a caixa craniana, revestida por um conjunto de


tecidos superpostos como estratos regulares e intimamente ligados:
• Epicrânio
• Subepicrânio
• Pericrânio

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Na superfície da epiderme, encontramos a camada córnea, formada por
células mortas em renovação permanente com a função de proteção
contra perturbações externas.

A camada córnea apresenta espessura variável em função das regiões.


Por exemplo, na pele do rosto, ela é mais fina do que na pele da palma
das mãos.

A pele é constituída de 3 camadas:

A EPIDERME
• Camada superficial e protetora que se renova permanentemente;
• Recoberta por um escudo eficaz: a camada córnea;
• Regula as mudanças entre o ambiente interno e o ambiente externo
(água, temperatura);
• Contém queratinócitos, melanócitos e células de Langerhans;
• Abriga uma parte das terminações nervosas;

A DERME
• Camada de tecido conjuntivo;
• Sua composição fibrosa (colágeno, elastina) é responsável pela susten-
tação e elasticidade da pele;

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• Contém uma rede densa de capilares sanguíneos, que induz uma mi-
crocirculação importante para assegurar a função de nutrição da pele e
do folículo;
• Atravessada pela rede nervosa, responsável pela sensibilidade ao to-
que e às variações de temperatura;
• Contém os agentes-chaves: folículos pilosos, glândulas sebáceas e
glândulas sudoríparas;
É na derme onde se desenvolve e se fixa o bulbo piloso (responsável
pela fabricação do folículo piloso), porém sua origem é epidérmica.

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A HIPODERME
• Colchão adiposo, essencialmente formado de células gordurosas;
• Interface (ligação) entre as camadas superiores da pele e os tecidos
profundos;
• Função de depósito;
• Proteção térmica e mecânica, absorvendo choques.

CORTE DA PELE

Camada córnea

Epiderme

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Derme

Hipoderme

Folículo piloso

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O QUE SE ENCONTRA NESTE AMBIENTE?
Os agentes-chaves (anexos) encontrados na Derme.

OS CAPILARES SANGUÍNEOS

São muito finos e se organizam em redes complexas,


entre as arteríolas e as vênulas. É no interior destes ca-
pilares que se efetuam as trocas gasosas e nutritivas.

Eles trazem os elementos nutritivos e levam os rejeitos celulares.

OS NERVOS

Eles possibilitam a percepção das sensações. A iner-


vação do folículo piloso é bastante complexa. Ela se
constitui dos seguintes elementos:
• A inervação motora do músculo eretor;
• A inervação da papila;
• A inervação sensitiva do cabelo (explica as dores à tração e as sensa-
ções dolorosas do couro cabeludo).

OS MÚSCULOS ERETORES

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


À semelhança de todos os músculos de nosso corpo,
eles se contraem quando o sistema nervoso lhes dá
uma ordem nesse sentido.

Então, eles se acumulam sobre si mesmos, encolhem e repuxam as bases


dos folículos, colocando, assim, o fio de cabelo em posição vertical. As
influências psíquicas (o medo, em particular) e as sensações térmicas
(frio e calor) muitas vezes são responsáveis por esse formato.

AS GLÂNDULAS SEBÁCEAS

São sacos repletos de células claras e volumosas, com


um pequeno núcleo central. São anexas a um pelo e
secretam sebo.

O sebo é o resultado de uma excreção, provocada pelo rompimento des-


sas células carregadas de gordura. O sebo desempenha uma função pro-
tetora contra a agressão cutânea.
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Os principais componentes do sebo são os seguintes:

• Glicerídios 43%
• Ceras esterificadas 25%
• Colesterol 4%
• Ácidos graxos livres 16%
• Escaleno 12%
• Hidrocarbonetos saturados vestígios

O escoamento normal do sebo possibilita a flexibilidade e a boa resistên-


cia da camada córnea e do cabelo.

AS GLÂNDULAS SUDORÍPARAS

Produzem uma secreção, o suor. O suor regula a tem-


peratura do organismo. A evaporação é o único meio
de eliminar o calor quando a temperatura externa é
elevada. O suor é ácido (pH entre 4 e 6,8) e contém
99% de água, uréia, amônia, ácidos lático e pirúvico.
Esse pH lhe confere propriedades antissépticas e an-
tifúngicas.

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A PAPILA DÉRMICA E O FOLÍCULO PILOSO

A papila dérmica encontra-se na base de um saco


alongado, derivado da Epiderme, que é o folículo pi-
loso. Ela tem uma rica vascularização e constitui-se
de uma multidão de células específicas: os queratinó-
citos.

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CAPÍTULO

2
O processo de
desenvolvimento
da fibra capilar
O cabelo se desenvolve desde a vida intrauterina.

É um órgão inteiramente à parte: autônomo e capaz de se auto-renovar.

FORMAÇÃO DOS QUERATINÓCITOS


A matriz do cabelo está localizada na base do bulbo piloso. É a zona de
divisão celular dos queratinócitos.

Cada célula se divide e cria uma célula-filha, que é impulsionada para

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


cima e pelo nascimento de outras células. Elas se queratinizam progres-
sivamente na parte superior do bulbo piloso, para dar origem aos fios de
cabelo. Este processo denomina-se mitose.

O bulbo piloso atinge sua largura máxima a meia altura da papila. Uma
linha transversal nesse nível (>linha de Auber<) constitui o limite supe-
rior do território onde se expandem e se multiplicam os queratinócitos
e os melanócitos.

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QUERATINÓCITOS

São células que se multiplicam e se diferenciam


permanentemente. Elas fabricam a queratina,
que, progressivamente, vai criar a haste pilosa.

Cada queratinócito é empurrado para cima pe-


las novas células formadas.

Continuando sua ascensão, os queratinócitos


encontram os melanócitos que lhes injetam,
graças aos braços longos, pigmentos de mela-
nina. Eles vão dar ao cabelo sua cor natural. Um
fenômeno importante ocorre na zona querató-
gena , que é a parte superior do bulbo.

As células vão sofrer mutações: degenerar-se, alongar-se, morrer pela


perda do núcleo e endurecer, produzindo uma proteína rica em enxofre
- a queratina. Ela formará o esqueleto do cabelo.

No nível da zona queratógena, individualiza-se a bainha epitelial interna.


Constituída de diversas camadas celulares concêntricas, ela acompanha
o cabelo no seu crescimento até o ponto onde desemboca o canal sebá-
ceo: o colo. A haste pilar torna-se, então, livre.

A bainha epitelial externa é uma invaginação da epiderme. Suas células


não passam pelo processo de queratinização.

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A fibra capilar, então, se apresenta em duas partes: raiz e haste. Chama-
-se raiz a parte da fibra capilar que fica abaixo da camada córnea. E a
haste é a parte externa da fibra, a que fica visível.

MELANÓCITO

É a unidade de pigmentação do cabelo.

Ela sintetiza as melaninas dando cor natural ao cabelo.

Estas células estão equipadas por dendri-


tos ‘braços longos’, que vão injetar as me-
laninas nos queratinócitos. Por meio deste
fenômeno a haste pilosa vai se colorir.

Os melanócitos também são responsáveis


pela proteção da pele e do couro cabeludo.

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CAPÍTULO

3
A haste capilar
Parte visível do cabelo, a haste pilosa é um longo cilindro de células que-
ratinizadas, formada de 3 camadas concêntricas: a cutícula, o córtex e a
medula. O cimento intercelular garante a coesão do conjunto.

A CUTÍCULA
Outras células da matriz do cabelo se achatam e se alongam para for-
mar a cutícula.

É uma superfície protetora do cabelo; é formada de uma camada única


de células que se recobrem parcialmente, como escamas de peixe, com
a borda livre direcionada para a extremidade do fio de cabelo.

Como as escamas se recobrem diversas vezes umas às outras, um cor-

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te transversal da cutícula dá à impressão de uma estrutura de camadas
múltiplas de 3 a 10 espessuras. Essas células cuticulares, muito achata-
das (0,5 micrômetro) e muito alongadas (45 micrômetros) são constitu-
ídas de três partes:

• A epicutícula - parte externa


• A exocutícula - parte intermediária
• A endocutícula - parte interna

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Esses diferentes elementos são constituídos, principalmente, de material
protéico que será tanto mais rico em enxofre (e, portanto, em cistina)
quanto mais próximo da superfície que está em contato com o mundo
exterior. A cutícula desempenha um papel muito importante. Ela contri-
bui para a coesão do cabelo, mantendo as fibras de queratina do córtex
em uma “bainha”. particularmente resistente.

Ela é muito estável do ponto de vista bioquímico e resiste a forças físicas


e químicas potentes.

Quando a cutícula se degrada, perde seu poder protetor e a coesão in-


terna do cabelo fica reduzida. O cabelo torna-se, então, extremamente
fragilizado.

O CÓRTEX
É a parte interna do cabelo. As células queratinizadas, situadas no centro
do folículo, tomam uma forma de fuso, muito alongada. Elas constituem
o coração do cabelo: o córtex. Trata-se da parte mais importante do ca-
belo. O córtex contribui, em grande parte, para as propriedades mecâni-
cas do cabelo:
• Solidez: a carga necessária para que se obtenha a ruptura de um fio de
cabelo natural sadio, varia entre 50 a 100 gramas.
• Elasticidade: se esticarmos moderadamente um fio de cabelo seco ou
úmido, ele recuperará rapidamente seu comprimento inicial. Entretanto,
é preciso que esse alongamento não ultrapasse 3% aproximadamente.

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• Permeabilidade: o cabelo pode absorver até 35% de seu peso em água.
Seu diâmetro pode aumentar em 15 a 20%; seu comprimento, de somen-
te 0,5 a 2%. A absorção da água vem acompanhada de uma dilatação,
da qual depende a maior ou menor facilidade de penetração de certas
moléculas orgânicas.

As células corticais são coladas


umas às outras e orientadas no
sentido da haste do fio de cabelo.

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A CÉLULA CORTICAL

Fusiforme, com uma largura de 2 a 5 micrômetros e comprimento de apro-


ximadamente 100 micrômetros, constitui-se de fibras: as macrofibrilas.

AS MACROFIBRILAS

Constituem-se de microfibilas, envoltas em uma matéria amorfa, rica em


enxofre. É aí que se encontram os grãos de melanina, responsáveis pela
cor dos cabelos.

AS MICROFIBRILAS

São fibras menores, formadas pela reunião de 5 a 11 protofibrilas.

AS PROTOFIBRILAS

Têm a forma de uma corda trançada, com 2 ou 3 fios. Cada fio é uma ca-
deia de queratina com baixo teor de enxofre, enrolada sobre si mesma,
em forma de hélice.

AS CADEIAS DE QUERATINAS

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Ligam-se entre si por diferentes ligações químicas: as pontes de dissul-
feto, as ligações hidrógenas e as ligações salinas. Essas ligações propor-
cionam a coesão desse edifício complexo que é a fibra capilar.

Célula
cortical Macrofibrila Protofibrila

Cadeias de
Microfibrila queratina
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A MEDULA
Localizada na parte central do cabelo, é constituída por pilhas de células
mortas, que se esvaziaram de sua substância e estão separadas por bo-
lhas de ar. A medula muitas vezes é intermitente e, por vezes, chega a
estar até mesmo totalmente ausente, o que faz supor que ela não tenha
uma real importância funcional.

Em muitos animais a medula representa 2/3 do pelo. São células vazias,


cheias de ar, que fazem as vezes de isolante térmico. Esse papel é inútil
para o homem, o que explica seu desaparecimento.

Fibra capilar humana Pelo de animal (gato)

CIMENTO INTERCELULAR
De uma extrema finura, tem a função essencial de garantir a coesão en-
tre as diferentes células do cabelo (cutícula / córtex) e participa, pois, da
estabilidade estrutural e da resistência natural do cabelo.

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Representando 5 a 7% do peso do cabelo, é formado por uma junção de
lipídios (dentre os quais as famosas ceramidas!) e de proteínas.

Seu papel e sua integridade são essenciais à boa qualidade do cabelo,


porque seus componentes são vulneráveis aos ataques exteriores (raios
UV + umidade, tratamentos químicos) susceptíveis de degradá-lo.

Corte transversal
do cabelo Célulacortical
Espaço Intercelular
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CAPÍTULO

4
Ciclo de vida do cabelo
O cabelo possui um ciclo de vida que lhe é próprio (ciclo piloso), dividido
em 4 etapas.

1. FASE ANÁGENA
A fase ativa de crescimento. A divisão celular é contínua, as novas célu-
las empurram as velhas para o exterior. Ela dura, em média, 3 anos (mas
pode variar de 1 a 10 anos, dependendo de cada indivíduo).

2. FASE CATÁGENA
A fase de transição (o cabelo para de crescer, o bulbo se retrai). A produ-
ção de células fica muito mais lenta e, em seguida, cessa completamen-
te. Sua duração é de cerca de 3 semanas.

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3. FASE TELÓGENA
A fase de repouso. O folículo piloso se retrai e sua base se aproxima da
superfície da pele. Dura de 3 a 4 meses.

1. 2. 3. 4.
4. FASE EXÓGENA OU QUEDA
A fibra se desconecta, sendo expul-
sa da estrutura do folículo piloso,
ocorrendo uma queda natural do
cabelo.
Após uma fase de latência natural,
a matriz do cabelo volta à atividade
para uma nova fase anágena e o ci-
clo continua.

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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
TRICOLOGIA I - CAPÍTULOS 1 AO 4

GRUPO 1

1- Quais são as camadas da pele?

2- Quais são os anexos da derme?

3- O que são queratinócitos e qual sua função?

GRUPO 2

4- O que é melanócito e qual sua função?

5- Qual é a parte visível do cabelo constituída por um longo cilindro de


células queratinizadas?

6- Quais as 3 camadas que formam o cabelo?

GRUPO 3

7- Defina características e funções:

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a) da cutícula;

b) do córtex;

c) da medula.

d) Qual a função do cimento intercelular?

8- Descreva a constituição do córtex (região mais externa para a região


mais interna).

9- Cite as fases do ciclo de vida do cabelo.

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CAPÍTULO

5
A queda
dos cabelos
Como certos folículos pilosos têm ciclos de vida mais curtos do que ou-
tros, aproximadamente 60 a 150 fios de cabelos caem naturalmente a
cada dia, enquanto que outros fios surgem. Se a duração da fase telóge-
na aumentar em relação à fase anágena, o equilíbrio rompe-se e os fios
de cabelo caem em maior quantidade do que aquela que seria normal.
A atividade pode cessar completamente, os cabelos podem não voltar a
crescer. As causas desse fenômeno são complexas e múltiplas. É preci-
so distinguir os fatores que desencadeiam as quedas passageiras ou as
quedas definitivas.

AS QUEDAS PASSAGEIRAS

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São definidas como uma perda de cabelo anormal, porém momentânea.
Podem ser atribuídas aos seguintes fatores:
• estresse psíquico: secreção hormonal alterada;
• estresse físico: intervenção cirúrgica, hemorragia, febre elevada;
• origem medicamentosa: anticoagulantes, medicamentos antitiróideos,
anti-reumáticos e antimicóticos;
• carência de oligoelementos: cálcio, manganês, zinco e ferro.

EM CASO DE GRAVIDEZ

As modificações mais ou menos intensas das taxas de hormônios femi-


ninos induzem um estado de repouso nos folículos (eflúvio ou deflúvio
telógeno).

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ALOPECIAS PASSAGEIRAS LOCALIZADAS

Como a pelada, podem explicar-se pela constituição genética, por per-


turbações imunológicas ou por antecedentes familiares.

AS QUEDAS DEFINITIVAS

Explicam-se por uma atrofia da papila


dérmica. Suas causas podem ser múltiplas:
• infecções bacterianas ou micóticas do couro cabeludo;
• afecções dermatológicas: a psoríase;
• um distúrbio imunológico causado pela alopecia areata.

ALOPECIA ANDROGENÉTICA

A mais comum é a calvície. Os hormônios masculinos ou androgenéticos


constituem um dos fatores essenciais da queda definitiva dos cabelos,
especialmente a testosterona. Esse hormônio passa dos testículos para
o sangue e, em seguida, do sangue para o bulbo piloso. Nesse momento,
a testosterona inativa se transforma sob a influência de uma enzima, a
5-alfa-redutase ou diidro-testosterona ativa, que intensifica a atividade
dos folículos pilosos. O fio de cabelo, que tem um ciclo de vida de apro-
ximadamente quatro anos, reproduzindo-se, em média, 25 vezes, pela
ação da diidro-testosterona, tem esse ciclo reduzido para alguns meses
e então ocorre uma calvície precoce.

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5-ALFA- TESTOSTERONA
REDUTASE INATIVA

INTENSIFICA DIIDRO-
A ATIVIDADE TESTOSTERONA
DOS FOLÍCULOS ATIVA

REDUZ CICLO DE
VIDA DO CABELO

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CAPÍTULO

6
O couro cabeludo
Verdadeiro tapete de superfície, a camada córnea limita as trocas entre
o ambiente e o meio biológico interior, se bem que o couro cabeludo
possui uma frágil permeabilidade natural, que lhe permite limitar as in-
trusões químicas.

Os agentes-chaves:
• Os folículos pilosos
• As glândulas sebáceas
• As glândulas sudoríparas

MANTO HIDROLIPÍDICO

A beleza do cabelo depende, em grande parte, da glândula sebácea.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


Essa glândula produz e descarrega, na superfície, uma substância gra-
xa, o sebo. O suor secretado pelas glândulas sudoríparas se mistura ao
sebo para proteger e lubrificar o couro cabeludo e o cabelo. Esse filme
protetor, o manto hidrolipídico, desempenha um papel importante.
• Reduz a permeabilidade de superfície, e diminui, assim, a evaporação
de água.
• Protege contra os microorganismos potencialmente patogênicos: ser-
ve de nutrição a uma colônia de microorganismos residentes, que, por
competição, vão impedir que outros microorganismos ganhem terreno.
• Recobre o couro cabeludo, mantém sua elasticidade e sua resistência,
lubrificam o cabelo, que ficará mais flexível e brilhante. Essa proteção
essencial se renova continuamente.

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Produção excessiva: cabelos oleosos

Essa película hidrolipídica pode tornar-se


excessivamente abundante. Basta uma sim-
ples variação de 10%, para que os cabelos fi-
quem oleosos. O afluxo hormonal age sobre
as glândulas sebáceas que produzem, então,
o sebo, em quantidade excessiva. O excesso
de sebo também se deposita no couro ca-
beludo e provoca irritações por favorecer a
proliferação de microorganismos, bactérias
e fungos.

Produção escassa: cabelos secos

Na situação inversa, as glândulas sebáceas podem fabricar muito pouco


sebo. O couro cabeludo e os fios de cabelo não ficam suficientemen-
te protegidos e nem recebem lubrificação. O couro cabeludo resseca
e pode ficar irritado. As escamas que formam a cutícula se deterioram,
seus bordos livres se encurvam. Os cabelos ficam secos e foscos. As
portas se rompem mais facilmente e se abrem em forquilha. Os fios de
cabelo se prendem uns aos outros e ficam embaraçados.

Couro cabeludo = habitat macio, rico de sebo, quente e úmido.

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CAPÍTULO

7
O pH
O QUE SIGNIFICA O pH ?
Potencial de Hidrogênio.

O pH é uma unidade de medida de íons positivos de Hidrogênio compa-


rados com íons negativos de hidroxila em uma solução aquosa, indica se
uma solução é ácida, neutra ou alcalina.
• A solução é neutra quando tiver igual número de íons positivos e ne-
gativos. Assim como os graus que indicam a temperatura, os metros a
distância, os números de pH indicam quanto ácida ou alcalina é a solu-
ção. É importante saber que somente produtos que contêm água ou que
podem se dissolver em água podem ter medida de pH.

Importante: Íon = átomo do grupo atômico que pode perder

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


ou adquirir elétrons (cargas), assumindo uma carga elétrica.

• O pH do manto hidrolipídico que recobre e protege a pele, lubrificando


o couro cabeludo e a pele, varia entre 4,2 e 5,8.
• Soluções fortemente ácidas ou alcalinas produzem um excesso de íons
positivos ou negativos, que podem ser repelidos pelas cargas elétricas
da superfície da pele e do cabelo, causando o inchaço da fibra e, conse-
quentemente, seu ressecamento e quebra.
• Ao contrário do que se acredita, não somente produtos alcalinos po-
dem alterar a estrutura do cabelo, mas também os produtos muito áci-
dos. O cabelo humano tem uma estrutura porosa e quando absorve água
e substâncias nela dissolvidas, ele incha.
• Uma solução muito alcalina tem excesso de íons negativos. A proteína
do cabelo (queratina) se carrega negativamente. Estas cargas negativas
repelem qualquer outra, o que faz com que o cabelo inche.
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• Uma solução muito ácida (excesso de íons positivos) faz a queratina
carregar-se positivamente. Estas cargas positivas repelem qualquer ou-
tra e o cabelo incha. Quando o cabelo incha perde substâncias protéicas,
a estrutura fica fragilizada e enfraquecida.
• Produtos com pH levemente ácidos (entre 4,5-5,5) são os mais indica-
dos porque mantêm a integridade da estrutura do cabelo, pele e unhas.
• A escolha de um produto com o correto pH também deve levar em
consideração o pH do cabelo. Por exemplo, quando fazemos uma des-
coloração (pH altamente alcalino) iremos necessitar de um produto com
pH bastante ácido para neutralizar a alcalinidade (por exemplo pH 3).

ESCALA DE pH
A escala de pH vai de 0 a 14, no qual o 7 indica quando a solução for
NEUTRA (íons + = íons -).
• Abaixo de 7 significa que a solução é ÁCIDA (íons hidrogênio +).
• Acima de 7 significa que a solução é ALCALINA (íons hidroxila OH -)

O suor é ácido (pH entre 4 e 6,8) e contém 99% de água, uréia, amônia,
ácidos lático e pirúvico. Esse pH lhe confere propriedades antissépticas
e antifúngicas.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

ÁCIDO NEUTRO ALCALINO

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CAPÍTULO

8
A caspa
As células da epiderme levam de 30 a 45 dias para se renovarem total-
mente, ou seja, para que um queratinócito basal se divida, migre dentro
da epiderme até à sua superfície. Lá, as células descamam diariamente,
sob a forma de uma fina poeira invisível.

Quando esse processo fica extremamente modificado e exagerado,


ocorre a caspa: as células epidérmicas caem, aglomeradas, umas às ou-
tras, sob a forma de escamas visíveis. Essas alterações resultam de uma
descamação excessivamente rápida, devido a uma maior produção de
células epidérmicas.

Existem dois tipos de caspa:


• A caspa seca (pitiríase simplex) é caracterizada por escamas secas,
finas, cinzentas ou acastanhadas.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


• A caspa oleosa (pitiríase esteatóide), associada, geralmente, a uma
seborréia, caracteriza-se pelas escamas oleosas e espessas, que aderem
ao couro cabeludo formando uma espécie de camada untuosa.
A caspa, muitas vezes, se faz acompanhar de coceira mais ou menos intensa.

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• A dermatite seborréica, geralmente é considerada a forma mais gra-
ve da caspa. Ela não é contagiosa. Ocorre nas partes do corpo onde há
maior produção de óleo pelas glândulas sebáceas. Ex.: Couro cabeludo,
rosto, axilas, região genital etc.

CAUSAS DA CASPA
As causas da caspa, controversas durante longos anos são atualmente
mais conhecidas. O sebo, uma mistura de lipídios altamente sensíveis ao
fenômeno de oxidação, representa um ambiente favorável a uma grande
colonização bacteriana e fúngica.

A caspa provém, portanto, da modificação intensa, qualitativa e quanti-


tativa, da população microbiana que vive no couro cabeludo.

Em particular, o fungo Pityrosporum ovale, que está presente no couro


cabeludo em condições normais, prolifera-se exageradamente em até
75% da microflora local.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


A hiperproliferação de bactérias e fungos provoca um desequilíbrio do
couro cabeludo, caracterizado por uma cascata de reações: irritações,
coceiras, descamação acelerada, levando à inevitável crise casposa.

A reação imunitária é individual. Assim sendo, em presença de colônias


equivalentes de Pityrosporum ovale, por exemplo, algumas pessoas de-
senvolvem a caspa, outras não.

Diferentes fatores podem vir a desencadear ou ampliar este fenômeno:


• Alterações hormonais;
• estresse;
• clima seco ou frio;
• mudanças bruscas de temperatura;
• alimentação com baixo valor de proteínas.
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INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

9
A melanina,
os melanócitos.
A cor do cabelo.
A epiderme, os pelos e os cabelos são coloridos. Os pigmentos melanó-
citos, que absorvem especificamente os raios luminosos, são responsá-
veis pelas variações de cor.

Na papila dérmica, os melanócitos, células especiais, secretam grânulos


de pigmentos absorvidos pelas células da vizinhança: os queratinócitos.

Uma unidade de melanização constitui-se de um melanócito cercado


de 30 queratinócitos, aproximadamente. Ela repousa sobre a mem-
brana basal.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


A fabricação da melanina pelos melanócitos desencadeia uma série de
reações químicas.

A partir da tirosina, molécula presente nos melanócitos, desenvolve-se


uma série de reações químicas sob a influência de uma enzima: a tirosinase.

Os pigmentos de melanina são fabricados na raiz dos cabelos, por células


especializadas, os melanócitos, e, em seguida, são injetados na fibra capilar.

OH H H
Tirosinase O
N
O CH3
H
OH H3C O
H2N
N O
O H H
Tirosina Melanina
25
INSTITUTO L’ÓREAL
PIGMENTOS

Os pigmentos de melanina podem ser classificadas esquematicamente


em dois grupos:
• os pigmentos granulosos ou eumelaninas, que variam do preto ao ver-
melho escuro, conferem ao cabelo as cores sombrias.
• os pigmentos difusos ou feomelaninas, que variam do vermelho bri-
lhante ao amarelo pálido, conferem cores claras ao cabelo.

EUMELANINAS FEOMELANINAS

A variação desses dois tipos de pigmentos , em quantidade e proporção,


dá origem a todas as cores dos cabelos. Quando a quantidade de mela-
nina não é suficiente para que o cabelo seja distinguido como pigmenta-
do, ele é distinguido como branco. Na verdade ele é transparente.

PROTA e THOMSON, em 1976, isolaram um outro


grupo de pigmentos feomelanínicos, chamados
tricocromas, antigamente designados sob o nome
de tricossiderina, que seriam responsáveis pelas
tonalidades ruivas.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


A cor dos cabelos se modifica. Em geral, a cor torna-se mais escura com
a idade, e, em seguida os cabelos brancos aparecem progressivamen-
te. Essa evolução parte do pressuposto de que o ritmo de produção de
melanina não é constante. Com o passar dos anos, ocorre, primeiro, uma
intensificação e, em seguida, uma diminuição do ritmo e, na maioria dos
casos, interrupção da formação de pigmentos.

Os cabelos brancos aparecem, geralmente entre 40 e 50 anos ou, em


alguns casos bem mais tarde, ou mais cedo.

A interrupção da produção de melanina explica o desaparecimento da


cor. É muito provável que a ausência, em certos melanócitos, do ácido
aminado, a tirosina, e a deficiência ou a inibição da enzima, a tirosinase,
sejam as causas do embranquecimento ou canície.

Essa interrupção de produção de melanina tem, provavelmente, origem


fisiológica e genética.
26
INSTITUTO L’ÓREAL
CLAREAMENTO
A água, o ar e o sol clareiam ligeiramente os cabelos e lhes conferem re-
flexos quentes. A água aumenta o volume dos cabelos. As moléculas de
oxigênio neles penetram e são ativadas pelo calor do ambiente. Trata-se
de uma oxidação suave dos pigmentos granulosos, gradativamente des-
truídos na periferia do córtex.

DESCOLORAÇÃO
Pode-se provocar o clareamento do cabelo, indo do tom escuro ao mais
claro, através de uma reação química que provoca uma oxidação mais
intensa dos pigmentos.

Os pigmentos granulosos desaparecem progressivamente. Em seguida,


os pigmentos difusos são por sua vez, eliminados. Esse fenômeno ex-
plica o fato de que determinados cabelos se descoloram adquirindo ou
uma cor vermelha ou uma cor amarelada. Aliás, todas as cores interme-
diárias são possíveis.

Se o cabelo clareia, ele também pode


ser colorido por diferentes métodos.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO

27
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

10
Estrutura capilar
Para entender como ocorre a mudança de forma e por quê, é muito im-
portante rever algumas particularidades da estrutura capilar.

A fibra é composta por: Composição química do cabelo:

Água ...................... 10-12% Carbono (C) .................. 45%


Lipídios ................. 1-3% Hidrogênio (H) ............. 7%
Melanina ............... algumas % Oxigênio (O) ................. 28%
Proteínas .............. 85% Nitrogênio (N) .............. 15%
Enxofre (S) ..................... 5%

A queratina do córtex e da cutícula é, em geral, muito rica em enxofre


(S) (cistina).

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


As cadeias de queratina orientam-se paralelamente ao eixo longitudinal
da haste do fio de cabelo.

Elas se estabilizam através das ligações químicas, que são responsáveis


pela estrutura e forma dos fios.

A ruptura de qualquer dessas forças de ligação provoca uma instabilida-


de na estrutura molecular.

CADEIAS DE QUERATINA
28
INSTITUTO L’ÓREAL
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
TRICOLOGIA II - CAPÍTULOS 5 AO 10

GRUPO 1

1- Por que os cabelos caem?

2- Cite os tipos de queda do cabelo

3- O que é manto hidrolipídico e qual a sua importância ao couro


cabeludo?

4- Qual a relação do manto hidrolipídico com os cabelos secos e oleosos?

GRUPO 2

5- O que é pH e qual a sua importância ao cabelo?

6- Explique a escala de pH e qual pH é ideal para o cabelo?

7- Como ocorre a caspa e quais os tipos?

8- O que é o Pityrosporum ovale?

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


GRUPO 3

9- Como ocorre a produção da melanina pelos melanócitos? Cite como


os pigmentos podem ser classificados.

10- Como se explica o desaparecimento da cor dos cabelos?

11- Qual a diferença e semelhança entre clareamento e descoloração.

12- Sabemos que a fibra capilar é composta por água, lipídeos e proteína.
Cite sua composição química.

29
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

11
As cadeias
de queratina
O cabelo é constituído de uma molécula preponderante, a queratina -
proteína do cabelo constituída de uma variedade de aminoácidos. A luz,
a água, o envelhecimento natural, certos procedimentos capilares, provo-
cam a dissolução referencial de quatro aminoácidos: o ácido aspártico, o
ácido glutâmico, a serina e a glicina. A queratina amorfa do córtex e da
cutícula é, em geral, muito rica em enxofre (cistina). Em compensação,
a queratina cristalina, que forma as protofibrilas, é pobre em enxofre.

A composição média da queratina resulta da combinação de


mais de 19 aminoácidos:

alanina 2,8 a 3,5 %


valina 5,0 a 5,8 %

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


leucina 6,4 a 6,9 %
isoleucina 2,3 a 2,5 %
serina 9,6 a 10,8 %
treonina 6,5 a 7,5 %

fenilalanina 2,2 a 2,8 %


tireosina 2,1 a 2,7 %

ácido aspártico 5,6 a 6,5 %


ácido glutâmico 14,3 a 15,5 %
glicina 3,3 a 3,5 %

lisina 2,6 a 3,1 %


arginina 8,8 a 9,6 %
histidina 0,8 a 1,1 %

cistina 14,0 a 16,5 %


metionina 0,5 a 0,9 %
ácido cisteico vestígios
30
INSTITUTO L’ÓREAL
LIGAÇÕES QUÍMICAS

As cadeias de queratina orientam-se paralelamente ao eixo longitudinal


da haste do fio de cabelo. A coesão dessas cadeias se faz:
• Por redes de pontes de dissulfetos, ligações que se estendem de uma
cadeia de queratina a outra;
• Por ligações hidrógenas que se estendem entre espiras e entre cadeias.

Essas pontes e essas ligações também fazem parte da queratina amorfa,


porém em maior número. A ruptura de qualquer dessas forças de ligação
provoca uma instabilidade do edifício molecular.

Ligação de hidrogênio – que pode ser desagregada pela água ou pelo


calor. No simples ato de molhar o cabelo, a extensão do mesmo é au-
mentada.

Ligação salina – que pode ser desagregada por um produto ácido ou


alcalino (mudança de pH). + <----> - Ligação iônica

Ligação dissulfúrica – também conhecida como ponte de enxofre ou


ligação cistínica. É mais resistente e necessita-se de um agente redutor
químico para desagregá-la.

É através de ações mecânicas, químicas ou da combinação entre


ambas, que ocorrem as mudanças de forma.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


Fonte: Metamorphosis; Communication des Métiers Capillaires (Com_MetiersCapillaires@rd.loreal.com)

31
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

12
Sob todas
as suas formas
Quer sejam lisos ou crespos, os cabelos seguem o mesmo ciclo de cres-
cimento; são principalmente feitos de proteínas e crescem durante toda
a vida. Mas, então, o que é que os diferencia?

Africano Asiático Caucasiano

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


Um cabelo muito liso vai apresentar uma seção perfeitamente redonda,
regular, da raiz à ponta, tal como um cilindro perfeito, enquanto que a se-
ção de um cabelo crespo será achatada, dando-lhe aparência de uma fita.

Aparência de fita, torcida,


de cabelo africano vs.
aparência cilíndrica de
cabelo asiático.

32
INSTITUTO L’ÓREAL
Tudo acontece ao nível do bulbo. Sua forma, imposta por nosso patrimô-
nio genético (reto ou curvo como ‘taco de golfe’) tem consequências so-
bre a natureza lisa ou crespa, do futuro cabelo. Quando o bulbo é curvo,
o cabelo não é simétrico.

Asiático Caucasiano Africano

A proliferação e, em seguida, a organização das proteínas no interior,


fazem-se de modo diferente, uma da outra, dando nascimento a um ca-
belo ‘assimétrico’ em forma de fita.

Até uma época recente, contentava-se de classificar a forma do cabelo,


segundo sua origem étnica: africana, asiática, caucasiana.

Atualmente, um importante trabalho, que foi realizado na L’Oréal, condu-


ziu a uma nova classificação mais objetiva, baseada no grau de encrespa-
mento, o que proporciona não 3, mas 8 grandes categorias de cabelos.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


AS 8 GRANDES CATEGORIAS DE CABELOS DO MUNDO,
SEGUNDO O GRAU DE ENCRESPAMENTO.

I II III IV

V VI VII VIII
33
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

13
A fragilidade
capilar
Graças aos estudos científicos, tecnologias importantes foram desenvol-
vidas e, hoje, contribuem diretamente para a profissão de cabeleireiro.

Cabe, então, ao profissional conhecer alguns destes aspectos transfor-


madores da saúde e integridade dos cabelos e couro cabeludo, não só
para que possa preveni-las, mas, também, para que possa tratá-las.

O profissional cabeleireiro é responsável pela


saúde e beleza dos cabelos de seus clientes.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


O que pode alterar a saúde dos cabelos e do couro cabeludo?

FATORES AMBIENTAIS
De todos os fatores ambientais (luz, calor, poluição, umidade...), os raios
solares e, em particular, os raios ultravioletas (UVs), representam a maior
agressão para nossos cabelos.

MODIFICAÇÃO DA COR
A exposição dos cabelos naturais ao sol causa:

34
INSTITUTO L’ÓREAL
• UM CLAREAMENTO DE SUA COR

Este fenômeno é particularmente importante e visível nos cabelos louros


e ruivos. Ele é, em contrapartida, menos perceptível nos cabelos casta-
nhos e negros.

MICROSCOPIA ELETRÔNICA

Cabelo não exposto Cabelo exposto

pigmentos de pigmentos de
melanina intactos melanina rebaixados

• UMA EVOLUÇÃO DE SUA COR

Enquanto as tonalidades louras e ruivas perdem seu esplendor, os cabe-


los castanhos ficam mais louros.

Não esquecer que a haste capilar é uma estrutura morta.

Ao contrário da pele, não existe fabricação de melanina nova, protetora


dos efeitos dos UVs (como no fenômeno de bronzeamento). Uma vez o
cabelo alterado, não existe mais sistema de reparação (como no fenôme-

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


no de cicatrização): o processo é irreversível.
• Os cabelos claros são mais sensíveis à foto-deterioração que os cabe-
los castanhos e negros, mais ricos em melanina.
• Os cabelos brancos, desprovidos de pigmento, são particularmente
sensíveis.
• A melanina negra dos cabelos escuros (eumelanina) é, além disso, me-
nos facilmente destruída que a melanina ruiva (faeomelanina).

Qualquer que seja a cor dos cabelos, a melanina não protege a cutícula
(que dela é desprovida) contra os raios solares, mas pode proteger, par-
cialmente, o córtex.

A exposição dos cabelos coloridos ao sol provoca, uma variação de sua


cor: ocorre uma mudança de nuance por causa da alteração dos coloran-
tes presentes na fibra capilar.

35
INSTITUTO L’ÓREAL
DETERIORAÇÃO DA CUTÍCULA
Sabe-se que a cutícula desempenha um papel protetor da estrutura in-
terna do cabelo. Ela é recoberta pelo filme lipídico sensível á foto-dete-
rioração: por consequência, a exposição do cabelo ao sol torna-o mais
sensível às variações de umidade do ar.

Ocorre, também, um desacoplamento das escamas, pela deterioração do


cimento inter-celular, mecanismo que eleva a vulnerabilidade do cabelo.
Mais fraco sob o efeito das agressões cotidianas, tais como escovações
repetidas, a superfície do cabelo se deteriora, então, progressivamente.

Cabelo não exposto Cabelo exposto

• A borda das escamas eleva-se ligeiramente, fragmenta-se e assume um


aspecto mais irregular, o cabelo perde seu toque macio e suave.
• Menos apto a refletir a luz, ele se desbota.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


As escamas acabam por ser arrancadas, até o desaparecimento total da
cutícula: o córtex, elemento interno do cabelo, fica exposto também a
todos os fatores que o sensibilizem.

Cabelo Cabelo
exposto não exposto

Escamas Córtex
desprotegido

36
INSTITUTO L’ÓREAL
ALTERAÇÃO DA ESTRUTURA INTERNA
Alterações mais profundas afetam o córtex.

As consequências são:
• Menor resistência mecânica. O cabelo fica mais fraco, ele se estira e
quebra com facilidade.
• Maior porosidade e sensibilidade em face de agentes químicos.
• Diminuição do teor de lipídios, componentes do cimento que liga as
células corticais.
• Deterioração da queratina. É por um processo de foto-oxidação que
a estrutura protéica (ou queratina) dos cabelos é deteriorada sob o
efeito dos UVs.

Os cabelos se tornam sensíveis e enfraquecidos sob o efeito de uma


exposição aos UVs. Este efeito torna-se mais marcante se os UVs forem
associados à água.

OS FATORES AGRAVANTES
Os banhos, associados à exposição solar são temíveis para a qualidade
da fibra capilar.

BANHOS NA PISCINA

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


• os cabelos absorvem o odor proveniente dos tratamentos da água
da piscina.
• O risco de ficar esverdeado pode sobrevir
no caso de cabelos louros descoloridos e mui-
to sensíveis: esta coloração indesejável é de-
vida à fixação de cobre, presente em certos
algicidas* usados no tratamento das águas da
piscina.
*substâncias que eliminam algas

A ÁGUA DO MAR
Por seu teor de sal deixa os cabelos ásperos e
embaraçados.
• A umidade do ar ambiente - associada aos
UVs, acelera não apenas os estragos mas tam-
bém os intensifica.
37
INSTITUTO L’ÓREAL
Os efeitos do sol são igualmente intensificados quando os cabelos já
são sensíveis por natureza. Os cabelos compridos são mais sensíveis à
foto-destruição que os cabelos curtos. Sob o efeito de escovações e de
penteados, lavagens, exposições à luz, etc. As partes ‘mais antigas’ da
fibra capilar ficam enfraquecidas.

Os serviços à base de oxidação, como as descolorações e as colorações,


se realizados repetidamente e de forma inadequada, podem ocasionar,
adiante, um enfraquecimento da fibra capilar.

Resumindo: o sol, agravado pela umidade do ambiente, e associado à


outras substâncias químicas pode provocar:

Na cutícula
• Perda de proteínas
• Destruição do cimento intercelular
• Desaparecimento progressivo das escamas

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


• Perda de suavidade e brilho

No córtex
• Destruição da melanina
• Perda de proteínas
• Perda de lipídios
• Clareamento progressivo
• Menor resistência mecânica

Então, o estado do cabelo depende, também, do tempo de exposição,


ou seja, do seu comprimento.
• Estado natural – suave – brilhante – resistente
• Estado levemente danificado
• Estado danificado – áspero – desbotado – muito fraco
38
INSTITUTO L’ÓREAL
A COSMÉTICA CAPILAR SOLAR
Além dos agentes cosméticos
clássicos, que se fixam na su-
perfície dos cabelos para atenu-
ar as irregularidades e propor-
cionar um toque mais uniforme,
liso e suave, refletindo melhor a
luz, os produtos capilares ‘sola-
res’ podem integrar substâncias
mais específicas, tais como:
• A Ceramida patenteada pela Pesquisa de L’Oréal, para reforçar a co-
esão entre as escamas e manter a cutícula em seu papel protetor ou
para repará-la. Criada pela Pesquisa de L’Oréal, apresenta uma estrutura
análoga a de uma ceramida natural do cabelo (componente essencial do
cimento lipídico).
• Filtros para absorver os UVs e, assim, reduzir seu
impacto na fibra capilar.
• Óleos nutritivos com virtudes amaciantes
• Certos silicones por sua ação de filme protetor,
ajudam os cabelos a recuperar a qualidade de hi-
drofobia, que tinham perdido ao longo das expo-
sições solares.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


A base de lavagem dos tratamentos com shampoos é elaborada para
lavar com suavidade os cabelos enfraquecidos pelo sol e fornecer uma
espuma rica e abundante.
• Os agentes tensoativos facilitam a eliminação dos sais que se deposi-
tam nos cabelos.
• Existem produtos que foram desenvolvidos para serem usados, antes,
durante ou depois da exposição solar, sendo alguns deles concebidos
para resistirem aos banhos.

Eles são formulados para acres-


centar uma complementação
de suavidade, de uniformidade,
uma grande facilidade para de-
sembaraçar e, também, facilitar
a execução dos penteados.

39
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

14
Ações do tempo;
envelhecimento
Os cabelos, que se desenvolvem desde a vida intrauterina, com o tempo,
vão perdendo algumas substâncias naturais que protegem a fibra, dei-
xando-as fragilizadas e expostas às agressões externas. Dentre elas, a
despigmentação é a que mais interfere neste processo.

A COR

Já foi visto que a cor dos cabelos é determinada por dois pigmentos:
a feomelanina (pigmento vermelho/amarelo) e a eumelanina (mar-
rom/negro).

Quando a quantidade de melanina não é suficiente para que o cabelo

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


seja considerado como pigmentado, ele é considerado como branco. Na
verdade ele é transparente.

Os pigmentos de melanina são fabricados na raiz dos cabelos por célu-


las especializadas, os melanócitos, e, em seguida, são ‘injetados’ na fibra
capilar.

O despovoamento de melanócitos dá origem ao embranquecimento.

40
INSTITUTO L’ÓREAL
Em 2004, os pesquisadores em Biologia Capilar da L’Oréal fazem uma
nova descoberta. O processo é devido ao desaparecimento progressivo
e seletivo dos melanócitos, tanto ao nível do bulbo (unidade de pigmen-
tação) quanto do reservatório. No fim, os melanócitos desaparecem to-
talmente, os cabelos ficam completamente brancos.

Melanócito no reservatório

Melanócito no bulbo

Cabelos grisalhos x Cabelos brancos

Através de testes foram constatados:


• Um cabelo despigmentado perde a sua capacidade de filtrar os raios
UVs. Aminoácidos, proteínas e lipídios são foto-danificados.
• O brilho dos cabelos brancos é mais fraco que o dos cabelos louros,
castanhos e negros.

Alterações bioquímicas
Aumento progressivo da oxidação dos componentes de superfície* do
cabelo (proteínas, aminoácidos).

Alterações estruturais
A agressão da fibra pelos Uvs gera, num primeiro momento, uma erosão
das escamas, depois um desfolhamento sucessivo das camadas de esca-

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


mas levando ao alisamento da superfície.

Alterações biomecânicas
A resistência dos cabelos brancos à tração é mais fraca que a dos cabelos
pigmentados, o que demonstra uma degradação mais importante do córtex.

Alterações óticas
Sob o efeito dos raios UVs, o cabelo branco apresenta uma tendência ao
amarelamento que poderia ser devido às modificações da queratina e à
transformação da película lipídica por um processo de oxidação.

Tais estudos, publicados nas mais prestigiosas revistas científicas, per-


mitem levar em conta prevenir ou moderar o processo de embranque-
cimento por substâncias ativas, devidamente selecionadas, tais como:
• Produtos que possuam em sua composição fotoprotetores de raios UV.
• Produtos que contribuam para a recuperação do cimento intercelular.
• Produtos que promovam a nutrição e a proteção da fibra capilar.
41
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

15
Aspectos dos
cabelos frágeis
DE UM PONTO DE VISTA MICROSCÓPICO
• A desorganização estrutural das escamas, verdadeiro escudo para os
cabelos, provoca uma vulnerabilidade em face das agressões exteriores.
• A perda de substâncias protéicas e lipídicas induz uma modificação
das propriedades mecânicas do cabelo: elasticidade, resistência.

DE UM PONTO DE VISTA MACROSCÓPICO


• Os cabelos perdem seu brilho, sua suavidade e sua flexibilidade.
• O toque se torna áspero e ruidoso. Eles perdem sua sedosidade.
• Os cabelos ficam mais difíceis de pentear. Eles se embaraçam mais fa-

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


cilmente.
• Eles ficam menos consistentes, sua capacidade de se manterem em
forma diminui. Enfraquecidos ao extremo, os cabelos afinam e se tornam
quebradiços.

Uma perda em progressão: de um cabelo seco a um cabelo


quebradiço.

De aspecto semelhante, os cabelos se-


cos e ressecados e os cabelos quebra-
diços são, no entanto, muito diferentes.

A deterioração do estado da super-


fície e a perda de substâncias intrín-
secas são tantos dos elementos que,
progressivamente, podem provocar a
transição de cabelos secos e resseca-
dos para cabelos quebradiços.
42
INSTITUTO L’ÓREAL
O cabelo é composto de duas grandes partes: a raiz e a haste capilar.
• A haste representa a parte visível do cabelo, emergindo do couro ca-
beludo.
• A cutícula envolve e protege o córtex.
• O córtex é o corpo e o coração da fi-
bra: constitui a parte mais volumosa* e
compõe-se, principalmente de proteínas
fibrosas. O córtex confere numerosas pro-
priedades físicas à fibra, notadamente sua
resistência mecânica.

Observação da cutícula e do
córtex no microscópio eletrônico
*O córtex representa 80% do
cabelo (The science of Hair,
second edition, (2005).

A CUTÍCULA
• Em bom estado, a cutícula mostra um aspecto regular. Isto se deve ao
fato de que as células estão bem aplanadas, umas sobre as outras, e dis-
postas regularmente.
• Compostas de várias camadas intercelulares e de uma membrana, as
células cuticulares possuem um forte teor de proteínas e lipídios. Estes
elementos dão ao conjunto da estrutura uma resistência

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


Este conjunto de superfície, quando não perturbado,desempenha um
papel primordial:
• Sobre a suavidade, pois a superfície é lisa
e não apresenta nenhuma aspereza.
• Sobre o brilho, porque a reflexão da luz é
ótima numa superfície plana.
• Sobre o penteado, porque uma superfície
sem aspereza não freia as passagens dos
dentes do pente e facilita desembaraçar os
cabelos.

Uma alteração desta estrutura externa acarreta imediatamente consequ-


ências importantes: CABELOS ÁSPEROS, FOSCOS.

É a transição de um cabelo em bom estado, qualificado como “sadio” ou


“normal”, para um cabelo que se pode designar como enfraquecido, ou
ainda sensibilizado, como o qualificam os profissionais do penteado.
43
INSTITUTO L’ÓREAL
A fragilidade do cabelo reveste-se
de dois aspectos:
• Sua natureza: o cabelo pode nascer frágil.
É o caso dos cabelos finos, por exemplo.
• A hostilidade ambiental e seu envelheci-
mento o tornam mais frágil e sujeito a rea-
ções ante as agressões.

A estabilidade estrutural e a resistência natural da cutícula são, também,


devidas a um outro componente incontornável: o cimento intercelular.
Entre cada célula da cutícula, encontra-se este cimento rico em proteí-
nas e lipídios (dentre os quais as ceramidas).

Ele garante a coesão das escamas e contribui, assim, para a solidez carac-
terística de uma fibra natural. importante frente às agressões externas.

Cutícula
Escamas
Cimento
intercelular
Córtex

Localização dos
diferentes agentes
do cabelo num corte
transversal.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


PROTEÇÃO SUPLEMENTAR: O MANTO HIDROLIPÍDICO

A proteção e a repulsão à água (hidrofobicidade) são


acentuadas pela presença do manto na superfície,
pois preserva a robustez do cabelo.

Um cabelo cresce cerca de 3 a 6 anos, período durante qual está expos-


to a numerosas agressões ambientais: sol, umidade, etc.

E submetido a múltiplas operações de manutenção: escovações, lavagens,


secagens, tratamentos químicos repetidos e, por vezes, inadequados.

Os efeitos causados pelos agentes ambientais modificam a aparência da


fibra. Um cabelo ‘normal’ ou ‘sadio’ é macio, brilhante, sedoso, vigoroso
e cheio de força. Porém, todos os dias, ele suporta agressões repetidas
que o estragam e podem torná-lo desidratado, ressecado, e mesmo, em
outro nível, quebradiço.
44
INSTITUTO L’ÓREAL
CAUSAS E EFEITOS
CALOR: O aumento da temperatura age
sobre as propriedades elásticas e a resis-
tência da fibra: um aumento da extensibi-
lidade com a elevação da temperatura e,
ao contrário, uma diminuição da robustez
do cabelo, associada a este aumento.

Quanto maior calor, mais aumenta sua


capacidade de se alongar e mais se torna
frágil, passível de se tornar quebradiço.

ESTRESSE MECÂNICO: (induzido pelos


penteados e escovações). Mesmo se a in-
tensidade do traumatismo não seja muito
elevada, sua frequência é um dos princi-
pais fatores de enfraquecimento.

Na continuidade, estas experiências repe-


tidas conduzem, do mesmo modo, à que-
bra dos cabelos.

Durante os penteados e as escovações, 3 ações mecânicas se


acumulam:

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


• Uma extensão durante o esticamento dos cabelos pelo pente ou escova
• Uma abrasão devida à fricção das fibras capilares entre elas e com os
dentes do pente ou da escova
• Uma flexão ou dobra, pelo enrolar dos cabelos, uns sobre os outros, e
em volta dos dentes do pente ou da escova.

Outros estudos têm demonstrado que as exposições prolongadas dos ca-


belos aos raios solares intensificam estas alterações devidas aos penteados.

Tratamentos químicos excessivos


A coloração, a descoloração, o permanente e o alisamento, que têm por
objetivo modificar a cor ou a forma dos cabelos, provocam uma perda
de proteínas.

45
INSTITUTO L’ÓREAL
SOBRE A RESISTÊNCIA
O decréscimo das propriedades mecânicas do cabelo, da raiz em dire-
ção às pontas, demonstra que o envelhecimento físico da fibra capilar
pode levar a importantes danos: a resistência às agressões de um cabelo
se divide nestes 3 segmentos, após 30 cm de crescimento:

Raiz, médio comprimento e comprimento e pontas.

Consequências pesadas sob um ponto de vista microscópico,


que se revelam à escala macroscópica: Cabelo danificado e
desperdício de componentes “Uma perda de proteínas”.

Também, progressivamente:
• A borda das escamas se levanta, fragmenta-se e assume um aspecto
mais irregular;
• O cabelo perde seu toque macio e suave, ficando mais difícil de pentear;
• O cabelo fica menos apto a refletir a luz, perde o brilho.

Este fenômeno será tanto mais acentuado quanto mais se aproxima


das pontas, a zona mais antiga da fibra capilar.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO

Zona do cabelo Escamas levantadas, Zona do cabelo quase


quase intacta. enfraquecidas por intacta. Escamas levantadas,
agressões múltiplas e enfraquecidas por agressões
repetidas. múltiplas e repetidas. Algumas
das agressões sofridas pelas
pontas de um cabelo, com
10 cm de comprimento,
correspondendo a um ano
de crescimento, com cerca
de 120 tratamentos com
shampoo, 800 escovações, 12
colorações, 4 permanentes e 3
meses de exposição aos UVs.

46
INSTITUTO L’ÓREAL
• Ocorre, também, a possibilidade de serem arrancados pequenos frag-
mentos de cutícula, expondo o córtex.

O cabelo danificado perde mais facilmente seus


componentes protéicos, pouco a pouco, se empobrecem
de seus elementos essenciais, em especial, os lipídios.

A isto se pode acrescentar a fragilidade natural: dos cabelos finos, por


exemplo. De diâmetro menor, eles são mais frágeis.

A deterioração do estado da superfície, a perda de


elementos intrínsecos, são outros tantos dos elementos
que progressivamente levam à transição inevitável de
cabelos secos e ressecados para cabelos quebradiços.

COMO AVALIAR O ESTADO DO CABELO?


DESEMBARAÇAMENTO

Quanto mais danificada estiver a superfície


do cabelo, mais difícil se torna o desemba-
raçamento. Isso se deve ao aumento das

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


características de fricção, aliadas às altera-
ções cuticulares. Podemos medir os esfor-
ços empregados para desembaraçar uma
mecha e cabelos, da raiz às pontas.

MOLHAGEM (HIDROFOBICIDADE)

Esta medida é, também, um bom meio de


conhecer o estado da superfície de um ca-
belo. Esta superfície está diretamente liga-
da à característica capilar hidrofóbica, já
que uma fina camada de lipídios envolve o
cabelo. Quanto mais rápido o cabelo fica
molhado, mais poroso ele se encontra.

47
INSTITUTO L’ÓREAL
CABELOS SECOS

Outras origens são evocadas para expli-


car a sequidão dos cabelos tais como a
disfunção das glândulas sebáceas. Neste
último caso, a atrofia delas provoca uma
diminuição da secreção de sebo e provo-
ca, naturalmente, um estado de sequidão
dos cabelos.

CABELOS QUEBRADIÇOS

Uma combinação de cabelos sensibiliza-


dos e secos. A fibra pode partir durante o
desembarace ou a escovação, pois não tem
flexibilidade nem elasticidade para aguen-
tar a tração.

Nas condições normais de temperatura


e de pressão, um cabelo pode esticar-se,
sem que esta deformação seja irreversível,
até cerca de 30%.

No dia-a-dia, este alongamento não passa de 25% durante práticas capi-


lares diversas.

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


OUTRA CATEGORIA DE CABELOS QUEBRADIÇOS:
O CABELO FINO

A deterioração das propriedades elásticas


de uma queratina envelhecida não é a úni-
ca responsável pelos cabelos quebradiços.
Os cabelos finos são mais sensíveis que os
outros. A esses cabelos faltam consistên-
cia, rigidez e volume.

Seu diâmetro é inferior à media, o que os


torna mais frágeis que os outros.O número
e a espessura das camadas que formam a
cutícula não estão em causa, uma vez que
não existe esta diferença entre um cabelo
grosso e um cabelo fino.

48
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

16
Os cabelos frágeis e
o consumidor
DOS SENTIDOS ÀS CIÊNCIAS

Ressecados, secos, quebradiços, sensibilizados, danificados, bifurcados,


desidratados, porosos... numerosos termos são usados para definir os
cabelos enfraquecidos pelo dia a dia. Existe uma certa imprecisão de
vocabulário para definir o assunto, de modo mais ou menos claro para o
consumidor.

- “Ressecados, meus cabelos precisam ser hidratados, nutridos...”


- “É de um bom shampoo que meus cabelos precisam (...)”
- “Meus cabelos são bem nutridos; são, aliás, bastante macios.”

Aos termos gerais, como secos, ressecados, quebradiços, as respostas

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


se tornam muitas vezes metafóricas: entende-se regularmente quando
se fala de nutrição e hidratação. Portanto, muita atenção quanto ao sig-
nificado destes termos.

O CABELO: DIANTE DE CERTAS “PALAVRAS”


“NUTRIÇÃO E CABELO”

A nutrição de um cabelo não deve ser tomada no sentido fisiológico


do termo.

Os polímeros catiônicos, os silicones, também, são outros tantos ele-


mentos que se encontram em shampoos e nos tratamentos, que preser-
vam os cabelos.

Assim, os produtos cosméticos, pelos benefícios que eles trazem, suavi-


dade, brilho, flexibilidade... podem ser considerados como nutritivos.
49
INSTITUTO L’ÓREAL
Efeito nutritivo: Fixação da Ceramida.

Pesquisa L’Oréal sobre a fibra


capilar. Observação feita pelo
Espectômetro de Massa por
emissão iônica Secundária
(SIMS). Em verde, as proteí-
nas do cabelo. Em vermelho,
a Ceramida.

HIDRATAÇÃO E CABELO

A denominação “cabelos hidratados”


é difícil de usar porque, por um lado,
o teor de água de um cabelo é muito
flutuante: pela queratina que o com-
põe, o cabelo é altamente sensível à
umidade ambiente.

Na verdade, ele é capaz de absorver


até 30% de seu próprio peso em água,
comporta-se como uma esponja.

Por outro lado, porque, paradoxal-


mente, um cabelo seco, danificado,
contém mais água que um cabelo
normal quando está dentro de um

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


meio ambiente úmido.

Alterado, o cabelo se torna menos hidrófobo. A hidratação não é, pois,


um indicador de estado “sadio” como, a priori, poder-se-ia pensar.

Hidratar quer dizer fixar a água no cabelo, em um sentido cosmético


muito relativo: o consumo de água é positivo porque pode favorecer a
flexibilidade da fibra, mas é também negativo, notadamente pela manu-
tenção do penteado.

Não há portanto, nenhuma correlação entre a suavidade, o desembara-


çamento e o teor de água do cabelo.

Não se encontram, pois, para o cabelo, os mesmos benefícios que se ob-


servam durante a hidratação da pele (banho de suavidade...). A sequidão
do cabelo não se resolve com um simples uso de água!

A solução está em outra parte.


Por exemplo, pelo uso de substâncias nutritivas.
50
INSTITUTO L’ÓREAL
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
TRICOLOGIA III - CAPÍTULOS 11 AO 16

GRUPO 1

1- As ligações químicas estabilizam a estrutura do cabelo. Cite quais são


e onde são encontradas?

2- A forma do cabelo é dada pela curvatura do bulbo. Quais são 3


principais formas do cabelo?

3- Como os fatores ambientais podem afetar a saúde dos cabelos?

GRUPO 2

4- A cutícula tem função protetora para o cabelo. Quais são as alterações


da estrutura interna quando o cabelo perde esta proteção?

5- O cabelo uma vez agredido, não se regenera sozinho. Como podemos


diminuir o impacto dos danos aos fios para mantê- los sempre saudáveis?

GRUPO 3

O CABELO | MÓDULO 1 - CONHECENDO O CABELO


6- Com o passar do tempo, os cabelos perdem substâncias importantes
e vão se desgastando. Como podemos identificar este desgaste nos fios?

7- Comente a relação entre nutrição e hidratação do cabelo.

51
MÓDULO 2
Tratamento
Os cabelos são como vitrines. Precisam estar limpos, bri-
lhantes e bem cuidados, para virarem acessórios atraentes
e admiráveis.

E é o profissional cabeleireiro quem pode detectar as ne-


cessidades de transformação, recuperação e manutenção da
saúde dos cabelos, desde que saibam como diagnosticar e
o que indicar.

Para isto, faz-se necessário, também, conhecer os recursos,


as tecnologias e os gestuais adequados a cada caso.

Capítulo 1 | O shampoo
Capítulo 2 | Diagnóstico
Capítulo 3 | Produtos e serviços
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

1
O shampoo
Fazer um shampoo quer dizer limpar, lavar os cabelos e o couro cabelu-
do. Os cabelos estão expostos à poeira, poluição, calor, etc. Assim, lavar
os cabelos é uma função importante dos nossos hábitos do dia-a-dia.

DEFINIÇÃO DE SHAMPOO
Shampoo é um agente de limpeza, usado para lavar os cabelos e o
couro cabeludo. É um produto que ajuda a remover todas as impure-
zas dos cabelos.
• Sebo (que é o óleo natural) • Spray
• Suor • Parasitas
• Poeira • Micróbios

DEFINIÇÃO DE AGENTE DE LIMPEZA

É um produto que reage com as diferentes impurezas do couro cabeludo e


dos cabelos e sua reação química permite à água remover estas impurezas. O CABELO | MÓDULO 2 - TRATAMENTO

AÇÃO DO AGENTE DE LIMPEZA DO SHAMPOO: TENSOATIVO

O tensoativo é uma grande molécula composta de cabeça e cauda.

Sabão

parte hidrofóbica
parte
hidrofílica

54
INSTITUTO L’ÓREAL
• A cauda da molécula do Shampoo atrai poeira, graxa e óleo; a cabeça
da molécula atrai água.
• Juntos, ambas as partes da mo-
lécula realizam o trabalho de lim-
peza dos cabelos.
• Quando o agente de limpeza e
a água se misturam, os agentes
químicos reagem com o oxigê-
nio para produzir espuma.

COMPOSIÇÃO DO SHAMPOO

• Agente de Limpeza: limpa e remove as impu-


rezas
• Amaciante: para suavizar a ação do agente de
limpeza
• Princípio Ativo: substância que trata os cabe-
los e o couro cabeludo
• Antioxidante: para evitar a Oxidação durante o
armazenamento
• Corante: para valorizar a apresentação
• Perfume: para o odor agradável, o bem-estar e
uma boa sensação de relaxamento.

QUÍMICA DO SHAMPOO

O equilíbrio de pH nos fala a respeito do Grau de Acidez e Alcalinidade


A Escala de pH vai de 0 a 14
• 7 é o ponto neutro O CABELO | MÓDULO 2 - TRATAMENTO
• Abaixo de 7 é Ácido
• Acima de 7 é Alcalino

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

ÁCIDO NEUTRO ALCALINO

Em relação aos cabelos, a maioria dos shampoos é alcalina e os condi-


cionadores são ácidos.
55
INSTITUTO L’ÓREAL
Agora, vamos ver a respeito dos Principais Tipos de Tensoativos:

ANIÔNICOS
Fornecem mais espuma e detergência no Shampoo e são os mais usados
detergentes na cosmetologia profissional. Eles são excelentes agentes
de limpeza. Eles possuem PH Alcalino. Nós o usamos geralmente antes
de todas as espécies de serviços técnicos.

CATIÔNICOS
São amaciantes dos cabelos e proporcionam brilho. Eles possuem pH
Ácido, que é o que geralmente usamos como um pós-shampoo.

NÃO-IÔNICOS
São muito utilizados em fórmulas de shampoo, por diminuir a agressão de-
tergente dos tensoativos aniônicos. São ótimos estabilizadores de espuma.

ANFOTÉRICOS
São muito usados em fórmulas de shampoos atualmente. São intermedi-
ários entre aniônicos e catiônicos. São tão suaves que os Shampoos de
bebês consistem inteiramente deles.

As pessoas esperam muito dos shampoos. Infelizmente, não é fácil distin-


guir um bom shampoo de um fraco. As pessoas acham que quanto mais
borbulhas melhor o shampoo.

A verdade é que excesso de borbulhas (foam) na espuma somente significa


que shampoo demais foi usado. Qualidade de fragrâncias e borbulhas não
é um bom método de avaliar shampoos.

EXCESSO DE BORBULHAS = DESPERDÍCIO O CABELO | MÓDULO 2 - TRATAMENTO

Assim, é muito importante examinar as condições dos cabelos, antes de


várias aplicações, usos.

Avalie se os cabelos:
• Estão muito difíceis de pentear.
• Estão oleosos.
• Parecem muito enfraquecidos.
• Estão com a coloração desbotada?
56
INSTITUTO L’ÓREAL
Então, escolha cuidadosamente o shampoo que deve ser usado e reco-
mende-o. A qualidade do seu serviço e o sucesso para os seus negócios,-
com o retorno de sua cliente, dependem da sua decisão sobre a escolha
do produto.

CONDICIONAMENTO
Trata-se de um serviço que, com muita frequência complementa os ser-
viços de Shampoo. A razão por que as pessoas querem usar um condi-
cionador é que ele acrescenta brilho e maciez aos cabelos.

Condicionamento é geralmente recomendado para clientes com cabelos


secos e foscos de modo a melhorar o conteúdo de umidade dos cabelos
e trazer de volta o brilho perdido.

DEFINIÇÃO DE CONDICIONADOR

É um produto cremoso para cabelos, indicado para ser usado após o


Shampoo. Umedece e desembaraça os cabelos.

“Condicionador de Cabelo” cai em diferentes grupos, de acordo com o


que você quer fazer com seus cabelos.

Pessoas com cabelos finos necessitam de uma espécie específica de


“condicionador”. Pessoas com cabelos secos e espessos precisam de
outra. Assim sendo, é preciso escolher o tipo certo de condicionador.

QUAL É O OBJETIVO DE UM BOM SHAMPOO?

O CABELO | MÓDULO 2 - TRATAMENTO


Um bom shampoo deve:
• Lavar corretamente
• Respeitar o couro cabeludo e os cabelos
• Dar brilho aos cabelos

Por isso, deve-se fazer um diagnóstico, antes de escolher o shampoo


adequado.

57
INSTITUTO L’ÓREAL
DIAGNÓSTICO
Você deve verificar a natureza dos cabelos e do couro cabeludo. Antes
de aplicar um shampoo você precisa:
• Diagnosticar os cabelos e o couro cabeludo
• Escolher o shampoo adequado
• Escovar os cabelos, antes de usar o shampoo

COMO APLICAR UM BOM SHAMPOO?


Para começar, a bacia deve estar completamente limpa. Antes de come-
çar, coloque cuidadosamente uma capa em volta da cliente, de modo
que ela fique bem protegida; coloque uma toalha em volta da gola, para
proteger as roupas da cliente.

• Escove os cabelos para desembaraçá-


-los completamente, antes de aplicar o
shampoo.
• Verifique se a cliente está confortável,
assentada na seção de shampoo.
FIG.1
• Fixe a bacia corretamente na nuca da
cliente.
• Verifique a temperatura da água na sua
mão, antes de molhar o couro cabeludo
da cliente e não se esqueça de perguntar
se ela quer uma determinada temperatu- FIG.2 O CABELO | MÓDULO 2 - TRATAMENTO
ra de água. FIG.1
• Comece, molhando o couro cabeludo e
os cabelos. FIG.2
• Aplique shampoo na linha dos cabelos,
nas laterais e na nuca. FIG.3
FIG.3
• Massageie a cabeça com a polpa de seus
dedos e a palma da mão. Não use suas
unhas. Tenha certeza de que o Shampoo
entrou em contacto com todos os cabe-
los e o couro cabeludo. FIG.4

FIG.4

58
INSTITUTO L’ÓREAL
• Ambas as mãos devem mover-se do mesmo
modo, para dar à cliente uma sensação agradá-
vel. FIG.5
• Não se esqueça de massagear a nuca da clien-
te. FIG.6
• Quando a primeira aplicação de shampoo aca- FIG.5
bar, lave com água e proteja o rosto da cliente
com sua mão. FIG.7
• Algumas pessoas têm as orelhas muito sen-
síveis, portanto, evite botar água nelas. FIG.8
Quando a primeira lavagem tiver sido feita, você FIG.6
pode começar a segunda aplicação do sham-
poo.
• A segunda aplicação de shampoo é para lim-
par os cabelos e livrá-los de quaisquer resíduos
FIG.7
de impureza.
• Emulsione suavemente com espuma abundan-
te. FIG.9
• Lavagem insuficiente pode deixar os cabelos
FIG.8
pesados e grudados; assim sendo, certifique-se
de lavá-los bem.
• Contudo, tenha cuidado para não molhar a
cliente toda.
• Levante metade da seção dos cabelos para FIG.9
duplicar a verificação de que as partes de den-
tro estão também, livres da espuma. Caso con-
trário, lave os cabelos novamente. FIG.10

O CABELO | MÓDULO 2 - TRATAMENTO


Desembarace os cabelos para eliminar o exces- FIG.10
so de água.

59
INSTITUTO L’ÓREAL
COMO CONDICIONAR OS CABELOS
• Depois do shampoo, use uma toalha e seque os
cabelos para remover todo o excesso de umida-
de. FIG.11
FIG.11
• Divida os cabelos em 3 a 4 seções. FIG.12
• Dependendo da espessura dos cabelos, aplique
o produto, seção por seção, massageando com-
primento e pontas, de modo que o condicionador
sature inteiramente os cabelos. FIG.13 FIG.12
• Em seguida, passe para a outra seção. FIG.14
• Durante a aplicação do condicionador, feito de
uma maneira precisa, os cabelos ficam completa-
mente soltos e desembaraçados.
FIG.13
• Esta é outra função importante do condiciona-
dor. Depois que o produto for aplicado, seção por
seção, em todo o cabelo, faça uma pausa de 2 – 3
minutos.
• Lave para eliminar completamente o condicio- FIG.14
nador dos cabelos. FIG.15
• Depois de lavar para eliminar o condicionador,
não se esqueça de pentear os cabelos das pon-
tas para o comprimento. Desse modo, quando a
cliente se olha no espelho, vai aparecer mais apre-
FIG.15
sentável. FIG.16
Nunca massageie o condicionador no couro ca-
beludo, como você faria com o shampoo.
• Aplique-o em todo o cabelo sempre que necessá-
rio ou então concentre-se somente no comprimen- FIG.16 O CABELO | MÓDULO 2 - TRATAMENTO
to e pontas, mas NUNCA NO COURO CABELUDO.

60
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

2
Diagnóstico
Parte principal do tratamento capilar:
• Identificar o estado do cabelo e do couro cabeludo
• Entender o desejo do cliente
• Sugerir o produto adequado

O diagnóstico é a parte principal de um tratamento capilar. É nesse mo-


mento que o profissional identifica o estado do cabelo e do couro cabe-
ludo e, a partir dessa identificação, faz a sugestão do tratamento mais
adequado.

O diagnóstico bem feito transmite ao cliente a sensação de estar nas


mãos de profissionais qualificados, que realmente entendem do assunto
cabelos. A partir daí, será muito mais fácil indicar outros serviços e tor-
nar este cliente fiel ao salão.

O CABELO | MÓDULO 2 - TRATAMENTO

61
INSTITUTO L’ÓREAL
TIPOS E CARACTERÍSTICAS DOS CABELOS
NORMAIS
Causa: Glândulas sebáceas liberam oleo-
sidade suficiente.
Características:
• Os fios são macios e brilhantes.
• Os cabelos se desembaraçam com faci-
lidade mesmo molhados.
• Apresentam suas cutículas fechadas da
raiz às pontas.

SECOS
Causa: Glândulas sebáceas não liberam
oleosidade suficiente (hipofuncionalida-
de das glândulas).
Características:
• Os fios são ásperos e quebradiços.
• As pontas se rompem com facilidade
abrindo-se em duas ou mais partes.
• Os cabelos ficam embaraçados, opacos
e sem brilho.

O CABELO | MÓDULO 2 - TRATAMENTO


OLEOSOS
Causa: Exagerada produção de sebo (hi-
peratividade da glândula sebácea). O dis-
túrbio da glândula pode ser de origem
hormonal ou genética.
Características:
• Fios aglutinados, sem volume e com as-
pecto gorduroso (às vezes com odores
característicos).
• Em alguns casos, com irritação e coceira
do couro cabeludo.

62
INSTITUTO L’ÓREAL
MISTOS
Causa: Alta atividade da glândula sebá-
cea, associada a uma falha na distribui-
ção da oleosidade ao longo dos fios. Esta
falha pode ser em função da disposição
das cutículas ou da curvatura do cabelo.
Características:
• Oleosos nas raízes e secos nas pontas.
• Pontas desidratadas.

FRÁGEIS
Causa: Genéticas, nutricionais, ações
químicas ou mecânicas.
Características:
• Finos, com pouca resistência ao manu-
seio diário.
• Rompem-se com facilidade.

VOLUMOSOS O CABELO | MÓDULO 2 - TRATAMENTO

Causa: Genética, muitas agressões ex-


ternas ou por serem muito densos.
Características:
• Secos e com frizz
• Indisciplinados
• Cutículas abertas
• Toque áspero

63
INSTITUTO L’ÓREAL
COLORIDOS
Causa: Passaram por processo de colo-
ração, descoloração. Requerem manu-
tenção e tratamento constantes.
Características: tendem a ser mais secos
e com menos brilho.

DANIFICADOS
Causa: Agressões químicas (químicas
frequentes com produtos fortes), atritos
mecânicos (excesso de escovas, chapi-
nhas, etc.).
Características:
• As escamas se deterioram.
• O córtex fica exposto.
• Os cabelos se tornam finos, fracos e se
rompem com facilidade.

CASPA
Causa: Aceleração na renovação natural das células do couro cabeludo,

O CABELO | MÓDULO 2 - TRATAMENTO


causada por predisposição genética, mudança climática e estresse que
provocam descamação. Este ambiente favorece a proliferação do fungo
Pityrosporum Ovale, que, em excesso, ocasiona irritação, coceira e uma
maior velocidade de renovação celular. As caspas podem ser: secas ou
oleosas. Depende do estado do couro cabeludo.
Características:
• No couro cabeludo seco, as caspas se
desprendem e podem ficar soltas nos fios.
• No couro cabeludo oleoso, as caspas fi-
cam grudadas, podendo gerar seborréia.

64
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

3
Produtos e serviços
A partir deste momento, vocês já possuem informações e conhecimen-
tos técnicos necessários para a realização de um bom diagnóstico. Mas
apenas isto não basta.

É preciso conhecer os produtos, suas tecnologias e suas ações, para que


possam adequar suas indicações de acordo com as necessidades de tra-
tamento dos cabelos de cada cliente.

A L’Oréal Professionnel disponibiliza para o mercado profissional coiffu-


re, uma variedade de produtos para tratamento capilar com alta preci-
são molecular.

O CABELO | MÓDULO 2 - TRATAMENTO

65
INSTITUTO L’ÓREAL
ESTUDO DE CASOS
GRUPO 1

1- Cliente faz retoque de raiz a cada 30 dias e gostaria de um tratamento


para manter maciez do cabelo e o brilho da cor. Qual linha podemos
indicar?

2- Os cabelos da cliente são muito ressecados, mas ela não gosta de


fazer tratamentos que deixem os fios com aspecto pesado. Qual linha
pode solucionar este caso?

3- A cliente chega ao salão e questiona: qual tratamento é indicado para


cabelos com química? Faço mechas e meus cabelos sempre desbotam
com poucas lavagens, estão opacos e muito ressecados. Como podem
me ajudar?

4- A cliente sofre com muita coceira no couro cabeludo e tem descamação.


Qual shampoo pode amenizar esses sintomas?

GRUPO 2

1- Observe o seguinte diagnóstico: Cabelos loiros, amarelados pelo


desgaste dos fios, opacos e ressecados. Precisam de um tratamento que
tenha poder de reparação e matização. Qual linha pode ser indicada?

2- A cliente adora a sensação de cabelos limpos e leves, mas por causa


da oleosidade, seus cabelos ficam pesados e untuosos. Existe algum
shampoo que faça a limpeza do couro cabeludo sem agredir os fios?

3- Sua cliente tem cabelos muito volumosos, secos e com muito frizz, O CABELO | MÓDULO 2 - TRATAMENTO

mas adora seus cachos e gostaria de tê- los mais macios e definidos.
Como podemos ajuda- la a tratar de suas madeixas?

4- Meus cabelos são finos e sem volume. Gostaria de uma linha de


tratamento que deixasse meus fios soltos e mais encorpados por mais
tempo.

66
INSTITUTO L’ÓREAL
GRUPO 3

1- A cliente relata que seu cabelo está frágil e não cresce muito. Ela sonha
com cabelos longos e fortes. Qual linha podemos indicar?

2- Acho que meus cabelos estão muito ressecados e sem brilho. Preciso
de um tratamento altamente nutritivo que deixe meus cabelos macios,
brilhosos e protegidos.

3- A cliente relata que seu cabelo está com queda e demora a crescer.
Fazendo o diagnóstico, você observou que estão finos, oleosos e sem
volume. Qual o melhor tratamento para esta cliente?

4- Tenho cabelos brancos e acho que eles estão muito amarelados e


sem brilho. Gostaria de um shampoo que revitalizasse os meus cabelos
deixando- os fortes e saudáveis.

GRUPO 4

1- Sua cliente tem cabelos com escova redutora e relata que estão muito
danificados, se quebram ao pentear e estão cheios de pontas duplas.
Ela quer um tratamento que devolva a resistência e movimento aos seus
cabelos. O que você indica?

2- A cliente deseja fazer um tratamento para dar maciez, brilho e que a


escova lisa tenha maior durabilidade. O que você indica?

3- Percebi que meus fios estão mais finos e com pouca densidade.
Gostaria de um tratamento que acelerasse o crescimento dos cabelos e
desenvolvesse a densidade dos fios.

O CABELO | MÓDULO 2 - TRATAMENTO


4- A cliente comenta que só de massagear o couro cabeludo numa
lavagem sente seu couro cabeludo muito sensível. O que podemos
indicar?

67
MÓDULO 3
Técnica de escova
e enrolamento
O serviço de modelagem é um dos mais solicitados no salão
e está associado a vários outros serviços profissionais. Mas
tem a sua arte.

Mudar o visual, manter um corte, realçar uma cor, dar um


brilho, finalizar um tratamento...

Proporcionar uma transformação passageira, que acompa-


nhe o estado de espírito do cliente ou valorize o seu visual, é
uma atividade muito gratificante.

Capítulo 1 | Escova
Capítulo 2 | Modelagem com bobs
Capítulo 3 | Noções de penteado
Capítulo 4 | Produtos
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

1
Escova
O trabalho da escova/secador nos permite criar e redefinir formas espe-
ciais nos cabelos.

Conseguimos alisar, cachear ou ondular usando estes equipamentos.

Ao contrário do que se pensa, a escovação


não é uma ação prejudicial ao cabelo, se
feita de forma adequada. O calor do seca-
dor e os movimentos rotatórios da escova
ativam a circulação sanguínea e massa-
geiam o couro cabeludo, fechando as es-
camas, dando ao cabelo proteção e mais

O CABELO | MÓDULO 3 - TÉCNICA DE ESCOVA E ENROLAMENTO


brilho.

Hoje podemos utilizar ferramentas de ca-


lor sem medo de fragilizarmos os cabe-
los. Temos à nossa disposição tecnologia
avançada em produtos de construção da
modelagem. Além disso, o mercado dis-
põe também de produtos que proporcio-
nam a proteção térmica e produtos para
tratamento termo ativados.

O mais importante é conhecer bem as ferramentas, o gestual e os pro-


cedimentos para cada objetivo, levando em consideração a limpeza, a
agilidade, e o cuidado com o cliente.

Para um excelente trabalho de escova, precisamos respeitar os seguintes


passos:

70
INSTITUTO L’ÓREAL
FERRAMENTAS
Para se ter um bom resultado neste trabalho, a qualidade e adequação
das ferramentas são imprescindíveis.

Material Essencial
• escova redonda pequena
• escova redonda média
• escova redonda grande
• escova raquete (quadrada)
• pente de dentes largos
• pente de cabo fino
• clips plástico
• prendedores
• secador profissional
• piastra

O CABELO | MÓDULO 3 - TÉCNICA DE ESCOVA E ENROLAMENTO


DIVISÕES
Os cabelos devem ser divididos em partes. Isto proporciona limpeza e
rapidez durante a execução.

ÂNGULOS DE ELEVAÇÃO Acima de 90o


dá máximo
Dependendo do quanto
elevamos a mecha de
cabelo a ser trabalhada
acrescentamos ou reti-
ramos volume e movi- 90o
dá volume regular
mento. Para cada tipo
de escova uma divisão e
uma elevação diferente.

45o
retira volume

71
INSTITUTO L’ÓREAL
EXECUÇÃO DA MECHA PADRÃO
Para se ter um resultado satisfatório na escova, é preciso trabalhar bem
todas as mechas do cabelo.
• Durante a execução, não se pode deixar uma mecha sequer com umi-
dade. Um bom resultado depende deste cuidado.
• Cada mecha de cabelo deve ser trabalhada dos dois lados (escova em
baixo e em cima da mecha), respeitando sempre a elevação ideal.
• O ar quente do secador deve ir sempre a favor das cutículas do fio e
deve ser feito até que a mecha esteja plana e espelhada.

MECHA PADRÃO
Vamos aqui denominar de mecha padrão a mecha de cabelo que recebe-
rá o trabalho com escova e secador de forma adequada e eficiente.

• ESCOVA LISA
Divisão: Em quatro partes. Lado esquerdo e direito,
Frente e atrás. Na parte de trás devemos subdividir
as seções em camadas mais finas para um trabalho
mais limpo e eficiente.

O CABELO | MÓDULO 3 - TÉCNICA DE ESCOVA E ENROLAMENTO


Execução: Comece o serviço com mecha fina. Pro-
ceda com a execução da mecha padrão e repita
este movimento mecha a mecha até finalizar toda
a cabeleira. Comece pelas partes de trás, depois as
laterais e por ultimo a frente. As mechas devem ser
tiradas na posição horizontal. Elevação: 45º( retira
o volume).

ESCOVA LISA COM VOLUME FRONTAL


Divisão: Em cinco partes. Topo, duas laterais e duas
partes de trás. Elevação: 45º (laterais e atrás) 90º
(topo)
Execução: Proceda da mesma maneira que na escova
lisa mudando somente o ângulo da mecha para 90º
no topo.

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INSTITUTO L’ÓREAL
• ESCOVA MODELADA
Divisão: Em 5 partes. Topo, 2 laterais e 2 partes de
trás. Elevação: 45º ou 90º dependendo do resulta-
do desejado (com mais volume ou menos volume).
Execução: Trabalhe a mecha padrão como se o ser-
viço fosse de escova lisa. Quando o fio já estiver
espelhado, substitua a escova redonda grande por
uma escova redonda pequena (térmica) e enrole
apenas as pontas. Desenrole as pontas em forma de
cachos e deixe as mechas esfriarem sem passar os
dedos ou a escova. Se quiser intensificar os cachos,
enrole as pontas modeladas em forma de rolinhos
e prenda com grampo. Depois de pronta a cabeça
toda, solte os grampos e finalize com textura, po-
madas ou spray.

• ESCOVA MODELADA CURTA


Divisão: Em 5 partes. Topo, 2 laterais e 2 partes de trás.
Elevação: 45 ou 90 graus, dependendo do resultado desejado.
Execução: Proceda da mesma maneira que a escova modelada. porém
utilizando como ferramentas as escovas pequenas ou médias.

O CABELO | MÓDULO 3 - TÉCNICA DE ESCOVA E ENROLAMENTO


SEQUÊNCIA INDICADA:
1. Diagnostico
2. Tratamento (lavar os cabelos)
3. Construção
4. Finalização

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INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

2
Modelagem com bobs
Hoje em dia, com a volta da mulher mais bem ar-
rumada, mais glamorosa, os bobs voltaram com
muita força por permitirem trabalhar o cabelo de
diversas formas, com qualidade e muito brilho.

TIPOS DE ENROLAMENTO

O CABELO | MÓDULO 3 - TÉCNICA DE ESCOVA E ENROLAMENTO


COM VOLUME
Retire a mecha de cabelo na horizontal( em zi-
guezague). Conduza-a para frente fazendo, as-
sim, um movimento acima de 90º.

COM REDUÇÃO DE VOLUME


Retire a mecha na horizontal (ziguezague) e en-
role trazendo o cabelo a 45 º em relação ao cou-
ro cabeludo.
NOTA: Quanto mais intercalada for a disposição
dos bobs, sem seguir uma linha reta na cabeça,
mais natural será o resultado.
OBS: para maior naturalidade no resultado, po-
demos retirar as mechas em ziguezague.

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INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

3
Noções de penteado
Nem só de cabelos presos vive uma superprodução. O profissional pode ela-
borar diversos penteados atuais, mantendo os cabelos soltos ou parcialmen-
te presos. Os cabelos presos conferem elegância e sofisticação ao visual.
Para o bom resultado de um penteado, a preparação é item muito impor-
tante. E ela começa no lavatório.
Assim como existem muitas ferramentas para executar penteados, sejam eles
presos ou soltos, também são diversos os produtos que podem ser utilizados.

FERRAMENTAS
Podemos preparar um penteado com:

O CABELO | MÓDULO 3 - TÉCNICA DE ESCOVA E ENROLAMENTO


• Bobs
• Escova
• Rolinhos
• Chapinhas - piastras
• Baby liss - modeladores elétricos

COMO UTILIZAR AS CHAPAS OU PIASTRA


• Use sempre um protetor térmico.
• Escolha sempre ferramentas de boa qualidade. As chapinhas adequa-
das devem manter a temperatura estável durante o processo.
• Divida o cabelo em mechas finas a partir da nuca e passe a chapa 2 a 3
vezes em cada mecha.

COMO UTILIZAR BABY LISS


• Use sempre um protetor térmico.
• Divida os cabelos em mechas. Porém, esta divisão, se for feita na posi-
ção vertical, resultará em movimentos mais modernos.

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INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO

4
Produtos
Para a construção e finalização de penteados, L’Oréal Professionnel dis-
ponibiliza para o mercado a linha de produtos profissionais Tecni art.

A Linha Tecni art é a linha de produtos que oferece benefícios para que
você possa trabalhar o seu talento.

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