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O Cabelo
MÓDULO 1 | Conhecendo o cabelo
MÓDULO 2 | Tratamentos
MÓDULO 3 | Técnicas de escova
e enrolamentos
MÓDULO 1
Conhecendo o cabelo
Assim como a natureza, os cabelos têm seus ritmos, suas cri-
ses e suas diferentes formas e cores. Quando olhamos para
uma pessoa, não sabemos ao certo, mas, na verdade, seus
cabelos estão em uma constante transformação.
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O ambiente da
fibra capilar
O estudo do cabelo, elemento prin-
cipal da aparência, foi, durante muito
tempo, restrito ao domínio da cosméti-
ca (sua suavidade, seu brilho, sua cor).
Hoje em dia, a ciência capilar reúne os
pesquisadores interdisciplinares, que
estudam em profundidade suas pro-
priedades químicas e biológicas. O
objetivo é o de melhor compreender,
notadamente, seu crescimento, sua
queda, seu formato e sua cor.
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INSTITUTO L’ÓREAL
Na superfície da epiderme, encontramos a camada córnea, formada por
células mortas em renovação permanente com a função de proteção
contra perturbações externas.
A EPIDERME
• Camada superficial e protetora que se renova permanentemente;
• Recoberta por um escudo eficaz: a camada córnea;
• Regula as mudanças entre o ambiente interno e o ambiente externo
(água, temperatura);
• Contém queratinócitos, melanócitos e células de Langerhans;
• Abriga uma parte das terminações nervosas;
A DERME
• Camada de tecido conjuntivo;
• Sua composição fibrosa (colágeno, elastina) é responsável pela susten-
tação e elasticidade da pele;
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A HIPODERME
• Colchão adiposo, essencialmente formado de células gordurosas;
• Interface (ligação) entre as camadas superiores da pele e os tecidos
profundos;
• Função de depósito;
• Proteção térmica e mecânica, absorvendo choques.
CORTE DA PELE
Camada córnea
Epiderme
Hipoderme
Folículo piloso
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O QUE SE ENCONTRA NESTE AMBIENTE?
Os agentes-chaves (anexos) encontrados na Derme.
OS CAPILARES SANGUÍNEOS
OS NERVOS
OS MÚSCULOS ERETORES
AS GLÂNDULAS SEBÁCEAS
• Glicerídios 43%
• Ceras esterificadas 25%
• Colesterol 4%
• Ácidos graxos livres 16%
• Escaleno 12%
• Hidrocarbonetos saturados vestígios
AS GLÂNDULAS SUDORÍPARAS
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CAPÍTULO
2
O processo de
desenvolvimento
da fibra capilar
O cabelo se desenvolve desde a vida intrauterina.
O bulbo piloso atinge sua largura máxima a meia altura da papila. Uma
linha transversal nesse nível (>linha de Auber<) constitui o limite supe-
rior do território onde se expandem e se multiplicam os queratinócitos
e os melanócitos.
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QUERATINÓCITOS
MELANÓCITO
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CAPÍTULO
3
A haste capilar
Parte visível do cabelo, a haste pilosa é um longo cilindro de células que-
ratinizadas, formada de 3 camadas concêntricas: a cutícula, o córtex e a
medula. O cimento intercelular garante a coesão do conjunto.
A CUTÍCULA
Outras células da matriz do cabelo se achatam e se alongam para for-
mar a cutícula.
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Esses diferentes elementos são constituídos, principalmente, de material
protéico que será tanto mais rico em enxofre (e, portanto, em cistina)
quanto mais próximo da superfície que está em contato com o mundo
exterior. A cutícula desempenha um papel muito importante. Ela contri-
bui para a coesão do cabelo, mantendo as fibras de queratina do córtex
em uma “bainha”. particularmente resistente.
O CÓRTEX
É a parte interna do cabelo. As células queratinizadas, situadas no centro
do folículo, tomam uma forma de fuso, muito alongada. Elas constituem
o coração do cabelo: o córtex. Trata-se da parte mais importante do ca-
belo. O córtex contribui, em grande parte, para as propriedades mecâni-
cas do cabelo:
• Solidez: a carga necessária para que se obtenha a ruptura de um fio de
cabelo natural sadio, varia entre 50 a 100 gramas.
• Elasticidade: se esticarmos moderadamente um fio de cabelo seco ou
úmido, ele recuperará rapidamente seu comprimento inicial. Entretanto,
é preciso que esse alongamento não ultrapasse 3% aproximadamente.
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A CÉLULA CORTICAL
AS MACROFIBRILAS
AS MICROFIBRILAS
AS PROTOFIBRILAS
Têm a forma de uma corda trançada, com 2 ou 3 fios. Cada fio é uma ca-
deia de queratina com baixo teor de enxofre, enrolada sobre si mesma,
em forma de hélice.
AS CADEIAS DE QUERATINAS
Célula
cortical Macrofibrila Protofibrila
Cadeias de
Microfibrila queratina
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A MEDULA
Localizada na parte central do cabelo, é constituída por pilhas de células
mortas, que se esvaziaram de sua substância e estão separadas por bo-
lhas de ar. A medula muitas vezes é intermitente e, por vezes, chega a
estar até mesmo totalmente ausente, o que faz supor que ela não tenha
uma real importância funcional.
CIMENTO INTERCELULAR
De uma extrema finura, tem a função essencial de garantir a coesão en-
tre as diferentes células do cabelo (cutícula / córtex) e participa, pois, da
estabilidade estrutural e da resistência natural do cabelo.
Corte transversal
do cabelo Célulacortical
Espaço Intercelular
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CAPÍTULO
4
Ciclo de vida do cabelo
O cabelo possui um ciclo de vida que lhe é próprio (ciclo piloso), dividido
em 4 etapas.
1. FASE ANÁGENA
A fase ativa de crescimento. A divisão celular é contínua, as novas célu-
las empurram as velhas para o exterior. Ela dura, em média, 3 anos (mas
pode variar de 1 a 10 anos, dependendo de cada indivíduo).
2. FASE CATÁGENA
A fase de transição (o cabelo para de crescer, o bulbo se retrai). A produ-
ção de células fica muito mais lenta e, em seguida, cessa completamen-
te. Sua duração é de cerca de 3 semanas.
1. 2. 3. 4.
4. FASE EXÓGENA OU QUEDA
A fibra se desconecta, sendo expul-
sa da estrutura do folículo piloso,
ocorrendo uma queda natural do
cabelo.
Após uma fase de latência natural,
a matriz do cabelo volta à atividade
para uma nova fase anágena e o ci-
clo continua.
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
TRICOLOGIA I - CAPÍTULOS 1 AO 4
GRUPO 1
GRUPO 2
GRUPO 3
b) do córtex;
c) da medula.
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CAPÍTULO
5
A queda
dos cabelos
Como certos folículos pilosos têm ciclos de vida mais curtos do que ou-
tros, aproximadamente 60 a 150 fios de cabelos caem naturalmente a
cada dia, enquanto que outros fios surgem. Se a duração da fase telóge-
na aumentar em relação à fase anágena, o equilíbrio rompe-se e os fios
de cabelo caem em maior quantidade do que aquela que seria normal.
A atividade pode cessar completamente, os cabelos podem não voltar a
crescer. As causas desse fenômeno são complexas e múltiplas. É preci-
so distinguir os fatores que desencadeiam as quedas passageiras ou as
quedas definitivas.
AS QUEDAS PASSAGEIRAS
EM CASO DE GRAVIDEZ
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ALOPECIAS PASSAGEIRAS LOCALIZADAS
AS QUEDAS DEFINITIVAS
ALOPECIA ANDROGENÉTICA
INTENSIFICA DIIDRO-
A ATIVIDADE TESTOSTERONA
DOS FOLÍCULOS ATIVA
REDUZ CICLO DE
VIDA DO CABELO
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CAPÍTULO
6
O couro cabeludo
Verdadeiro tapete de superfície, a camada córnea limita as trocas entre
o ambiente e o meio biológico interior, se bem que o couro cabeludo
possui uma frágil permeabilidade natural, que lhe permite limitar as in-
trusões químicas.
Os agentes-chaves:
• Os folículos pilosos
• As glândulas sebáceas
• As glândulas sudoríparas
MANTO HIDROLIPÍDICO
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Produção excessiva: cabelos oleosos
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INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO
7
O pH
O QUE SIGNIFICA O pH ?
Potencial de Hidrogênio.
ESCALA DE pH
A escala de pH vai de 0 a 14, no qual o 7 indica quando a solução for
NEUTRA (íons + = íons -).
• Abaixo de 7 significa que a solução é ÁCIDA (íons hidrogênio +).
• Acima de 7 significa que a solução é ALCALINA (íons hidroxila OH -)
O suor é ácido (pH entre 4 e 6,8) e contém 99% de água, uréia, amônia,
ácidos lático e pirúvico. Esse pH lhe confere propriedades antissépticas
e antifúngicas.
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CAPÍTULO
8
A caspa
As células da epiderme levam de 30 a 45 dias para se renovarem total-
mente, ou seja, para que um queratinócito basal se divida, migre dentro
da epiderme até à sua superfície. Lá, as células descamam diariamente,
sob a forma de uma fina poeira invisível.
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• A dermatite seborréica, geralmente é considerada a forma mais gra-
ve da caspa. Ela não é contagiosa. Ocorre nas partes do corpo onde há
maior produção de óleo pelas glândulas sebáceas. Ex.: Couro cabeludo,
rosto, axilas, região genital etc.
CAUSAS DA CASPA
As causas da caspa, controversas durante longos anos são atualmente
mais conhecidas. O sebo, uma mistura de lipídios altamente sensíveis ao
fenômeno de oxidação, representa um ambiente favorável a uma grande
colonização bacteriana e fúngica.
9
A melanina,
os melanócitos.
A cor do cabelo.
A epiderme, os pelos e os cabelos são coloridos. Os pigmentos melanó-
citos, que absorvem especificamente os raios luminosos, são responsá-
veis pelas variações de cor.
OH H H
Tirosinase O
N
O CH3
H
OH H3C O
H2N
N O
O H H
Tirosina Melanina
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PIGMENTOS
EUMELANINAS FEOMELANINAS
DESCOLORAÇÃO
Pode-se provocar o clareamento do cabelo, indo do tom escuro ao mais
claro, através de uma reação química que provoca uma oxidação mais
intensa dos pigmentos.
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CAPÍTULO
10
Estrutura capilar
Para entender como ocorre a mudança de forma e por quê, é muito im-
portante rever algumas particularidades da estrutura capilar.
CADEIAS DE QUERATINA
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
TRICOLOGIA II - CAPÍTULOS 5 AO 10
GRUPO 1
GRUPO 2
12- Sabemos que a fibra capilar é composta por água, lipídeos e proteína.
Cite sua composição química.
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CAPÍTULO
11
As cadeias
de queratina
O cabelo é constituído de uma molécula preponderante, a queratina -
proteína do cabelo constituída de uma variedade de aminoácidos. A luz,
a água, o envelhecimento natural, certos procedimentos capilares, provo-
cam a dissolução referencial de quatro aminoácidos: o ácido aspártico, o
ácido glutâmico, a serina e a glicina. A queratina amorfa do córtex e da
cutícula é, em geral, muito rica em enxofre (cistina). Em compensação,
a queratina cristalina, que forma as protofibrilas, é pobre em enxofre.
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INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO
12
Sob todas
as suas formas
Quer sejam lisos ou crespos, os cabelos seguem o mesmo ciclo de cres-
cimento; são principalmente feitos de proteínas e crescem durante toda
a vida. Mas, então, o que é que os diferencia?
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Tudo acontece ao nível do bulbo. Sua forma, imposta por nosso patrimô-
nio genético (reto ou curvo como ‘taco de golfe’) tem consequências so-
bre a natureza lisa ou crespa, do futuro cabelo. Quando o bulbo é curvo,
o cabelo não é simétrico.
I II III IV
V VI VII VIII
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INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO
13
A fragilidade
capilar
Graças aos estudos científicos, tecnologias importantes foram desenvol-
vidas e, hoje, contribuem diretamente para a profissão de cabeleireiro.
FATORES AMBIENTAIS
De todos os fatores ambientais (luz, calor, poluição, umidade...), os raios
solares e, em particular, os raios ultravioletas (UVs), representam a maior
agressão para nossos cabelos.
MODIFICAÇÃO DA COR
A exposição dos cabelos naturais ao sol causa:
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• UM CLAREAMENTO DE SUA COR
MICROSCOPIA ELETRÔNICA
pigmentos de pigmentos de
melanina intactos melanina rebaixados
Qualquer que seja a cor dos cabelos, a melanina não protege a cutícula
(que dela é desprovida) contra os raios solares, mas pode proteger, par-
cialmente, o córtex.
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DETERIORAÇÃO DA CUTÍCULA
Sabe-se que a cutícula desempenha um papel protetor da estrutura in-
terna do cabelo. Ela é recoberta pelo filme lipídico sensível á foto-dete-
rioração: por consequência, a exposição do cabelo ao sol torna-o mais
sensível às variações de umidade do ar.
Cabelo Cabelo
exposto não exposto
Escamas Córtex
desprotegido
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ALTERAÇÃO DA ESTRUTURA INTERNA
Alterações mais profundas afetam o córtex.
As consequências são:
• Menor resistência mecânica. O cabelo fica mais fraco, ele se estira e
quebra com facilidade.
• Maior porosidade e sensibilidade em face de agentes químicos.
• Diminuição do teor de lipídios, componentes do cimento que liga as
células corticais.
• Deterioração da queratina. É por um processo de foto-oxidação que
a estrutura protéica (ou queratina) dos cabelos é deteriorada sob o
efeito dos UVs.
OS FATORES AGRAVANTES
Os banhos, associados à exposição solar são temíveis para a qualidade
da fibra capilar.
BANHOS NA PISCINA
A ÁGUA DO MAR
Por seu teor de sal deixa os cabelos ásperos e
embaraçados.
• A umidade do ar ambiente - associada aos
UVs, acelera não apenas os estragos mas tam-
bém os intensifica.
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Os efeitos do sol são igualmente intensificados quando os cabelos já
são sensíveis por natureza. Os cabelos compridos são mais sensíveis à
foto-destruição que os cabelos curtos. Sob o efeito de escovações e de
penteados, lavagens, exposições à luz, etc. As partes ‘mais antigas’ da
fibra capilar ficam enfraquecidas.
Na cutícula
• Perda de proteínas
• Destruição do cimento intercelular
• Desaparecimento progressivo das escamas
No córtex
• Destruição da melanina
• Perda de proteínas
• Perda de lipídios
• Clareamento progressivo
• Menor resistência mecânica
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INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO
14
Ações do tempo;
envelhecimento
Os cabelos, que se desenvolvem desde a vida intrauterina, com o tempo,
vão perdendo algumas substâncias naturais que protegem a fibra, dei-
xando-as fragilizadas e expostas às agressões externas. Dentre elas, a
despigmentação é a que mais interfere neste processo.
A COR
Já foi visto que a cor dos cabelos é determinada por dois pigmentos:
a feomelanina (pigmento vermelho/amarelo) e a eumelanina (mar-
rom/negro).
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INSTITUTO L’ÓREAL
Em 2004, os pesquisadores em Biologia Capilar da L’Oréal fazem uma
nova descoberta. O processo é devido ao desaparecimento progressivo
e seletivo dos melanócitos, tanto ao nível do bulbo (unidade de pigmen-
tação) quanto do reservatório. No fim, os melanócitos desaparecem to-
talmente, os cabelos ficam completamente brancos.
Melanócito no reservatório
Melanócito no bulbo
Alterações bioquímicas
Aumento progressivo da oxidação dos componentes de superfície* do
cabelo (proteínas, aminoácidos).
Alterações estruturais
A agressão da fibra pelos Uvs gera, num primeiro momento, uma erosão
das escamas, depois um desfolhamento sucessivo das camadas de esca-
Alterações biomecânicas
A resistência dos cabelos brancos à tração é mais fraca que a dos cabelos
pigmentados, o que demonstra uma degradação mais importante do córtex.
Alterações óticas
Sob o efeito dos raios UVs, o cabelo branco apresenta uma tendência ao
amarelamento que poderia ser devido às modificações da queratina e à
transformação da película lipídica por um processo de oxidação.
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Aspectos dos
cabelos frágeis
DE UM PONTO DE VISTA MICROSCÓPICO
• A desorganização estrutural das escamas, verdadeiro escudo para os
cabelos, provoca uma vulnerabilidade em face das agressões exteriores.
• A perda de substâncias protéicas e lipídicas induz uma modificação
das propriedades mecânicas do cabelo: elasticidade, resistência.
Observação da cutícula e do
córtex no microscópio eletrônico
*O córtex representa 80% do
cabelo (The science of Hair,
second edition, (2005).
A CUTÍCULA
• Em bom estado, a cutícula mostra um aspecto regular. Isto se deve ao
fato de que as células estão bem aplanadas, umas sobre as outras, e dis-
postas regularmente.
• Compostas de várias camadas intercelulares e de uma membrana, as
células cuticulares possuem um forte teor de proteínas e lipídios. Estes
elementos dão ao conjunto da estrutura uma resistência
Ele garante a coesão das escamas e contribui, assim, para a solidez carac-
terística de uma fibra natural. importante frente às agressões externas.
Cutícula
Escamas
Cimento
intercelular
Córtex
Localização dos
diferentes agentes
do cabelo num corte
transversal.
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SOBRE A RESISTÊNCIA
O decréscimo das propriedades mecânicas do cabelo, da raiz em dire-
ção às pontas, demonstra que o envelhecimento físico da fibra capilar
pode levar a importantes danos: a resistência às agressões de um cabelo
se divide nestes 3 segmentos, após 30 cm de crescimento:
Também, progressivamente:
• A borda das escamas se levanta, fragmenta-se e assume um aspecto
mais irregular;
• O cabelo perde seu toque macio e suave, ficando mais difícil de pentear;
• O cabelo fica menos apto a refletir a luz, perde o brilho.
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INSTITUTO L’ÓREAL
• Ocorre, também, a possibilidade de serem arrancados pequenos frag-
mentos de cutícula, expondo o córtex.
MOLHAGEM (HIDROFOBICIDADE)
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INSTITUTO L’ÓREAL
CABELOS SECOS
CABELOS QUEBRADIÇOS
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INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO
16
Os cabelos frágeis e
o consumidor
DOS SENTIDOS ÀS CIÊNCIAS
HIDRATAÇÃO E CABELO
GRUPO 1
GRUPO 2
GRUPO 3
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MÓDULO 2
Tratamento
Os cabelos são como vitrines. Precisam estar limpos, bri-
lhantes e bem cuidados, para virarem acessórios atraentes
e admiráveis.
Capítulo 1 | O shampoo
Capítulo 2 | Diagnóstico
Capítulo 3 | Produtos e serviços
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO
1
O shampoo
Fazer um shampoo quer dizer limpar, lavar os cabelos e o couro cabelu-
do. Os cabelos estão expostos à poeira, poluição, calor, etc. Assim, lavar
os cabelos é uma função importante dos nossos hábitos do dia-a-dia.
DEFINIÇÃO DE SHAMPOO
Shampoo é um agente de limpeza, usado para lavar os cabelos e o
couro cabeludo. É um produto que ajuda a remover todas as impure-
zas dos cabelos.
• Sebo (que é o óleo natural) • Spray
• Suor • Parasitas
• Poeira • Micróbios
Sabão
parte hidrofóbica
parte
hidrofílica
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INSTITUTO L’ÓREAL
• A cauda da molécula do Shampoo atrai poeira, graxa e óleo; a cabeça
da molécula atrai água.
• Juntos, ambas as partes da mo-
lécula realizam o trabalho de lim-
peza dos cabelos.
• Quando o agente de limpeza e
a água se misturam, os agentes
químicos reagem com o oxigê-
nio para produzir espuma.
COMPOSIÇÃO DO SHAMPOO
QUÍMICA DO SHAMPOO
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
ANIÔNICOS
Fornecem mais espuma e detergência no Shampoo e são os mais usados
detergentes na cosmetologia profissional. Eles são excelentes agentes
de limpeza. Eles possuem PH Alcalino. Nós o usamos geralmente antes
de todas as espécies de serviços técnicos.
CATIÔNICOS
São amaciantes dos cabelos e proporcionam brilho. Eles possuem pH
Ácido, que é o que geralmente usamos como um pós-shampoo.
NÃO-IÔNICOS
São muito utilizados em fórmulas de shampoo, por diminuir a agressão de-
tergente dos tensoativos aniônicos. São ótimos estabilizadores de espuma.
ANFOTÉRICOS
São muito usados em fórmulas de shampoos atualmente. São intermedi-
ários entre aniônicos e catiônicos. São tão suaves que os Shampoos de
bebês consistem inteiramente deles.
Avalie se os cabelos:
• Estão muito difíceis de pentear.
• Estão oleosos.
• Parecem muito enfraquecidos.
• Estão com a coloração desbotada?
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INSTITUTO L’ÓREAL
Então, escolha cuidadosamente o shampoo que deve ser usado e reco-
mende-o. A qualidade do seu serviço e o sucesso para os seus negócios,-
com o retorno de sua cliente, dependem da sua decisão sobre a escolha
do produto.
CONDICIONAMENTO
Trata-se de um serviço que, com muita frequência complementa os ser-
viços de Shampoo. A razão por que as pessoas querem usar um condi-
cionador é que ele acrescenta brilho e maciez aos cabelos.
DEFINIÇÃO DE CONDICIONADOR
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DIAGNÓSTICO
Você deve verificar a natureza dos cabelos e do couro cabeludo. Antes
de aplicar um shampoo você precisa:
• Diagnosticar os cabelos e o couro cabeludo
• Escolher o shampoo adequado
• Escovar os cabelos, antes de usar o shampoo
FIG.4
58
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• Ambas as mãos devem mover-se do mesmo
modo, para dar à cliente uma sensação agradá-
vel. FIG.5
• Não se esqueça de massagear a nuca da clien-
te. FIG.6
• Quando a primeira aplicação de shampoo aca- FIG.5
bar, lave com água e proteja o rosto da cliente
com sua mão. FIG.7
• Algumas pessoas têm as orelhas muito sen-
síveis, portanto, evite botar água nelas. FIG.8
Quando a primeira lavagem tiver sido feita, você FIG.6
pode começar a segunda aplicação do sham-
poo.
• A segunda aplicação de shampoo é para lim-
par os cabelos e livrá-los de quaisquer resíduos
FIG.7
de impureza.
• Emulsione suavemente com espuma abundan-
te. FIG.9
• Lavagem insuficiente pode deixar os cabelos
FIG.8
pesados e grudados; assim sendo, certifique-se
de lavá-los bem.
• Contudo, tenha cuidado para não molhar a
cliente toda.
• Levante metade da seção dos cabelos para FIG.9
duplicar a verificação de que as partes de den-
tro estão também, livres da espuma. Caso con-
trário, lave os cabelos novamente. FIG.10
59
INSTITUTO L’ÓREAL
COMO CONDICIONAR OS CABELOS
• Depois do shampoo, use uma toalha e seque os
cabelos para remover todo o excesso de umida-
de. FIG.11
FIG.11
• Divida os cabelos em 3 a 4 seções. FIG.12
• Dependendo da espessura dos cabelos, aplique
o produto, seção por seção, massageando com-
primento e pontas, de modo que o condicionador
sature inteiramente os cabelos. FIG.13 FIG.12
• Em seguida, passe para a outra seção. FIG.14
• Durante a aplicação do condicionador, feito de
uma maneira precisa, os cabelos ficam completa-
mente soltos e desembaraçados.
FIG.13
• Esta é outra função importante do condiciona-
dor. Depois que o produto for aplicado, seção por
seção, em todo o cabelo, faça uma pausa de 2 – 3
minutos.
• Lave para eliminar completamente o condicio- FIG.14
nador dos cabelos. FIG.15
• Depois de lavar para eliminar o condicionador,
não se esqueça de pentear os cabelos das pon-
tas para o comprimento. Desse modo, quando a
cliente se olha no espelho, vai aparecer mais apre-
FIG.15
sentável. FIG.16
Nunca massageie o condicionador no couro ca-
beludo, como você faria com o shampoo.
• Aplique-o em todo o cabelo sempre que necessá-
rio ou então concentre-se somente no comprimen- FIG.16 O CABELO | MÓDULO 2 - TRATAMENTO
to e pontas, mas NUNCA NO COURO CABELUDO.
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INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO
2
Diagnóstico
Parte principal do tratamento capilar:
• Identificar o estado do cabelo e do couro cabeludo
• Entender o desejo do cliente
• Sugerir o produto adequado
61
INSTITUTO L’ÓREAL
TIPOS E CARACTERÍSTICAS DOS CABELOS
NORMAIS
Causa: Glândulas sebáceas liberam oleo-
sidade suficiente.
Características:
• Os fios são macios e brilhantes.
• Os cabelos se desembaraçam com faci-
lidade mesmo molhados.
• Apresentam suas cutículas fechadas da
raiz às pontas.
SECOS
Causa: Glândulas sebáceas não liberam
oleosidade suficiente (hipofuncionalida-
de das glândulas).
Características:
• Os fios são ásperos e quebradiços.
• As pontas se rompem com facilidade
abrindo-se em duas ou mais partes.
• Os cabelos ficam embaraçados, opacos
e sem brilho.
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MISTOS
Causa: Alta atividade da glândula sebá-
cea, associada a uma falha na distribui-
ção da oleosidade ao longo dos fios. Esta
falha pode ser em função da disposição
das cutículas ou da curvatura do cabelo.
Características:
• Oleosos nas raízes e secos nas pontas.
• Pontas desidratadas.
FRÁGEIS
Causa: Genéticas, nutricionais, ações
químicas ou mecânicas.
Características:
• Finos, com pouca resistência ao manu-
seio diário.
• Rompem-se com facilidade.
63
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COLORIDOS
Causa: Passaram por processo de colo-
ração, descoloração. Requerem manu-
tenção e tratamento constantes.
Características: tendem a ser mais secos
e com menos brilho.
DANIFICADOS
Causa: Agressões químicas (químicas
frequentes com produtos fortes), atritos
mecânicos (excesso de escovas, chapi-
nhas, etc.).
Características:
• As escamas se deterioram.
• O córtex fica exposto.
• Os cabelos se tornam finos, fracos e se
rompem com facilidade.
CASPA
Causa: Aceleração na renovação natural das células do couro cabeludo,
64
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO
3
Produtos e serviços
A partir deste momento, vocês já possuem informações e conhecimen-
tos técnicos necessários para a realização de um bom diagnóstico. Mas
apenas isto não basta.
65
INSTITUTO L’ÓREAL
ESTUDO DE CASOS
GRUPO 1
GRUPO 2
3- Sua cliente tem cabelos muito volumosos, secos e com muito frizz, O CABELO | MÓDULO 2 - TRATAMENTO
mas adora seus cachos e gostaria de tê- los mais macios e definidos.
Como podemos ajuda- la a tratar de suas madeixas?
66
INSTITUTO L’ÓREAL
GRUPO 3
1- A cliente relata que seu cabelo está frágil e não cresce muito. Ela sonha
com cabelos longos e fortes. Qual linha podemos indicar?
2- Acho que meus cabelos estão muito ressecados e sem brilho. Preciso
de um tratamento altamente nutritivo que deixe meus cabelos macios,
brilhosos e protegidos.
3- A cliente relata que seu cabelo está com queda e demora a crescer.
Fazendo o diagnóstico, você observou que estão finos, oleosos e sem
volume. Qual o melhor tratamento para esta cliente?
GRUPO 4
1- Sua cliente tem cabelos com escova redutora e relata que estão muito
danificados, se quebram ao pentear e estão cheios de pontas duplas.
Ela quer um tratamento que devolva a resistência e movimento aos seus
cabelos. O que você indica?
3- Percebi que meus fios estão mais finos e com pouca densidade.
Gostaria de um tratamento que acelerasse o crescimento dos cabelos e
desenvolvesse a densidade dos fios.
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MÓDULO 3
Técnica de escova
e enrolamento
O serviço de modelagem é um dos mais solicitados no salão
e está associado a vários outros serviços profissionais. Mas
tem a sua arte.
Capítulo 1 | Escova
Capítulo 2 | Modelagem com bobs
Capítulo 3 | Noções de penteado
Capítulo 4 | Produtos
INSTITUTO L’ÓREAL
CAPÍTULO
1
Escova
O trabalho da escova/secador nos permite criar e redefinir formas espe-
ciais nos cabelos.
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FERRAMENTAS
Para se ter um bom resultado neste trabalho, a qualidade e adequação
das ferramentas são imprescindíveis.
Material Essencial
• escova redonda pequena
• escova redonda média
• escova redonda grande
• escova raquete (quadrada)
• pente de dentes largos
• pente de cabo fino
• clips plástico
• prendedores
• secador profissional
• piastra
45o
retira volume
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EXECUÇÃO DA MECHA PADRÃO
Para se ter um resultado satisfatório na escova, é preciso trabalhar bem
todas as mechas do cabelo.
• Durante a execução, não se pode deixar uma mecha sequer com umi-
dade. Um bom resultado depende deste cuidado.
• Cada mecha de cabelo deve ser trabalhada dos dois lados (escova em
baixo e em cima da mecha), respeitando sempre a elevação ideal.
• O ar quente do secador deve ir sempre a favor das cutículas do fio e
deve ser feito até que a mecha esteja plana e espelhada.
MECHA PADRÃO
Vamos aqui denominar de mecha padrão a mecha de cabelo que recebe-
rá o trabalho com escova e secador de forma adequada e eficiente.
• ESCOVA LISA
Divisão: Em quatro partes. Lado esquerdo e direito,
Frente e atrás. Na parte de trás devemos subdividir
as seções em camadas mais finas para um trabalho
mais limpo e eficiente.
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• ESCOVA MODELADA
Divisão: Em 5 partes. Topo, 2 laterais e 2 partes de
trás. Elevação: 45º ou 90º dependendo do resulta-
do desejado (com mais volume ou menos volume).
Execução: Trabalhe a mecha padrão como se o ser-
viço fosse de escova lisa. Quando o fio já estiver
espelhado, substitua a escova redonda grande por
uma escova redonda pequena (térmica) e enrole
apenas as pontas. Desenrole as pontas em forma de
cachos e deixe as mechas esfriarem sem passar os
dedos ou a escova. Se quiser intensificar os cachos,
enrole as pontas modeladas em forma de rolinhos
e prenda com grampo. Depois de pronta a cabeça
toda, solte os grampos e finalize com textura, po-
madas ou spray.
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CAPÍTULO
2
Modelagem com bobs
Hoje em dia, com a volta da mulher mais bem ar-
rumada, mais glamorosa, os bobs voltaram com
muita força por permitirem trabalhar o cabelo de
diversas formas, com qualidade e muito brilho.
TIPOS DE ENROLAMENTO
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CAPÍTULO
3
Noções de penteado
Nem só de cabelos presos vive uma superprodução. O profissional pode ela-
borar diversos penteados atuais, mantendo os cabelos soltos ou parcialmen-
te presos. Os cabelos presos conferem elegância e sofisticação ao visual.
Para o bom resultado de um penteado, a preparação é item muito impor-
tante. E ela começa no lavatório.
Assim como existem muitas ferramentas para executar penteados, sejam eles
presos ou soltos, também são diversos os produtos que podem ser utilizados.
FERRAMENTAS
Podemos preparar um penteado com:
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CAPÍTULO
4
Produtos
Para a construção e finalização de penteados, L’Oréal Professionnel dis-
ponibiliza para o mercado a linha de produtos profissionais Tecni art.
A Linha Tecni art é a linha de produtos que oferece benefícios para que
você possa trabalhar o seu talento.
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O CABELO | MÓDULO 3 - TÉCNICA DE ESCOVA E ENROLAMENTO
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