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Instituto Federal Minas Gerais

Campus Bambuí
Bacharelado em Medicina Veterinária

Bioquímica

Glicólise e Gliconeogênese

Professora: Fabiana Couto


fabiana.couto@ifmg.edu.br
Introdução ao metabolismo dos carboidratos

Glicose: composto energético comum e importante  mamíferos: único


composto energético que as hemácias e o cérebro* utilizam;
* Fonte = alimentação e digestão de carboidratos complexos (sacarose,
lactose, maltose, amido e glicogênio);
Introdução ao metabolismo dos carboidratos

Glicólise  sequência de reações que metaboliza 1 glicose em 2 piruvatos


com a produção de 2 ATP e 2 NADH  processo anaeróbico (sem O2);
Introdução ao metabolismo dos carboidratos
Destinos do piruvato: metabolização aeróbica ou anaeróbica:
10 passos da glicólise
(via glicolítica)

Via comum em todas as células


(procarióticas e eucarióticas) ;

CITOSOL;
10 passos da glicólise (via glicolítica)
3 estágios:
1ª fase: retenção, investimento e preparação = glicose  frutose 1,6-bisfosfato;

2ª fase: clivagem = frutose 1,6-bifosfato  gliceraldeído 3-fosfato + di-hidroxicetona


fosfato (3C);

3ª fase: oxidação e pagamento  forma-se 4 ATPs (saldo final 2 ATP/ glicose) +


piruvato (3C) + 2 NADH;
10 passos da glicólise (via glicolítica)
Estágio 1 e 2

Glicose entra nas células graças a proteínas


transportadoras específicas de membrana
 transportadores GLUT (1-5);

Estágio 1 e 2 - preparação + investimento +


clivagem (5 reações):
10 passos da glicólise (via glicolítica)
Estágio 1 e 2 - preparação + investimento + clivagem (5 reações):

1ª reação: glicose fosforilada, usando ATP, à glicose 6-fosfato pela hexocinase


(transferase 2);

ENZIMA
REGULADORA

Hexoquinase  transferência de uma fosforila do ATP para hexoses = necessita de Mg 2+


(Mn2+) ;
10 passos da glicólise (via glicolítica)
Estágio 1 e 2 - preparação + investimento + clivagem (5 reações):

2ª reação: isomerização da glicose 6-fosfato em frutose 6-fosfato pela fosfoglicose


isomarase (isomarase 5);
10 passos da glicólise (via glicolítica)
Estágio 1 e 2 - preparação + investimento + clivagem (5 reações):

3ª reação: segunda fosforilação da frutose 6-fosfato usando ATP pela fosfofrutocinase


(PFK) produzindo frutose 1,6-bifosfato;

ENZIMA
REGULADORA
10 passos da glicólise (via glicolítica)

Estágio
Estágio 22
Estágio 2 - clivagem e isomerização
(2 reações):

Estágio 3
10 passos da glicólise (via glicolítica)
Estágio 2 - clivagem e isomerização (2 reações):

4ª reação: frutose 1,6-bisfosfato clivada em gliceraldeído 3-fosfato (GAP) e di-


hidroxiacetona fosfato (DHAP) (3C-fosforiladas) pela aldolase (liase 4)  reação
reversível em condições celulares;
10 passos da glicólise (via glicolítica)
Estágio 2 - clivagem e isomerização (2 reações):

5ª reação: gliceraldeído 3-fosfato (aldose) continua na glicólise, mas não a di-


hidroxiacetona fosfato (cetose) = isômeros = se interconvertem  catalisada pela triose
fosfato isomerase (isomerase 5);
10 passos da glicólise (via glicolítica)

Estágio 3 - oxidação e pagamento (5 Estágio 3


reações):
10 passos da glicólise (via glicolítica)
Estágio 3 – oxidação e pagamento (5 reações):

6ª reação: oxidação e conversão de CADA gliceraldeído 3-fosfato em 1,3-


bisfosfoglicerato (1,3-BPG), catalisada pela gliceraldeído 3-fosfato desidrogenase;

composto com ALTO


POTENCIAL de fosforila

Fosfato
inorgânico
10 passos da glicólise
(via glicolítica)

Estágio 3 – oxidação e pagamento


(5 reações):

7ª reação: CADA 1,3-bifosfoglicerato


promove a síntese de ATP a parir de ADP
através da sua conversão em 3-
fosfoglicerato catalisada pela
fosfogliceratoquinase (transferase 2);
10 passos da glicólise (via glicolítica)
Estágio 3 – oxidação e pagamento (5 reações):

7ª reação: CADA 1,3-bifosfoglicerato promove a síntese de ATP a parir de ADP através da


sua conversão em 3-fosfoglicerato catalisada pela fosfogliceratoquinase (transferase 2);
10 passos da glicólise (via glicolítica)
Estágio 3 – oxidação e pagamento (5 reações):

8ª reação: rearranjo  posição do grupo fosforila muda na conversão de CADA 3-


fosfoglicerato em 2-fosfoglicerato catalisada pela fosfoglicerato mutase (isomerase 5);
10 passos da glicólise (via glicolítica)
Estágio 3 – oxidação e pagamento (5 reações):

9ª reação: desidratação (perda de H2O) de CADA 2-fosfoglicertato a fosfoenolpiruvato que


tem alto potencial de transferência de fosforila catalisada pela enolase (Liase 4);

composto com ALTO


POTENCIAL de fosforila
10 passos da glicólise
(via glicolítica)

Estágio 3 – oxidação e pagamento


(5 reações):

10ª reação: transferência do grupo


fosforila de CADA fosfoenolpiruvato para
o ADP gerando piruvato e ATP pela
piruvato cinase (Transferase 2);
10 passos da glicólise (via glicolítica)
Estágio 3 – oxidação e pagamento (5 reações):

10ª reação: transferência do grupo fosforila de CADA fosfoenolpiruvato para o ADP


gerando piruvato e ATP pela piruvato cinase (Transferase 2);

ENZIMA
REGULADORA
10 passos da glicólise (via glicolítica)

Reação global da Glicólise:


10 passos da glicólise (via glicolítica)
10 passos da glicólise (via glicolítica)
O destino do Piruvato e
a regeneração do NAD+ a
partir do NADH

Catabolismo que “para” no


piruvato não pode ocorrer
por muito tempo  equilíbrio
redox não é mantido 
[NAD+] no citoplasma é
restrita = REGENERADO a
partir do NADH produzido na
glicólise;
O destino do Piruvato e a regeneração do NAD+ a partir do NADH

Regeneração do NAD+ ocorre pelo metabolismo do piruvato que tem 3 destinos:


O destino do Piruvato e a regeneração do NAD+ a partir do NADH

1) Etanol (fermentação alcoólica – leveduras e algumas bactérias) 


descarboxilação do piruvato à aldeído acético catalisada pela piruvato
descarboxilase + redução do acetaldeído a etanol pelo NADH, catalisada pela
enzima álcool desidrogenase regenerando NAD+;
O destino do Piruvato e a regeneração do NAD+ a partir do NADH

1) Etanol (fermentação alcoólica – leveduras e algumas bactérias):


O destino do Piruvato e a regeneração do NAD+ a partir do NADH

2) Lactato (fermentação láctica de microrganismos + células de organismos


superiores quando O2 é limitante  musculo em atividade intensa)  redução
do piruvato pelo NADH formando lactato catalisada pela lactato desidrogenase;
O destino do Piruvato e a regeneração do NAD+ a partir do NADH
O destino do Piruvato e a regeneração do NAD+ a partir do NADH
O destino do Piruvato e a regeneração do NAD+ a partir do NADH
O destino do Piruvato e a regeneração do NAD+ a partir do NADH

3) Metabolismo aeróbico do piruvato  ciclo do ácido cítrico + cadeia de


transporte de elétron  ponto de entrada para esta via = acetil coenzima A
(acetil-CoA), que se forma dentro das mitocôndrias pela descarboxilação
oxidativa do piruvato catalisada pela piruvato desidrogenase;

Piruvato + NAD+ + CoA → acetil-CoA + CO2 + NADH + H


Fontes de glicose e a entrada de outras hexoses na glicólise

Fonte de glicose e outros monossacarídeos : digestão de carboidratos


complexos encontrados nos alimentos  enzimas digestivas;
Fontes de glicose e a entrada de outras hexoses na glicólise

Galactose e Frutose podem ENTRAR na glicólise!


Regulação da via glicolítica

Via glicolítica  degrada glicose (produzir ATP) + unidades para as reações


de síntese*  velocidade é regulada para satisfazer essas duas necessidades;

Enzimas que catalisam reações irreversíveis são locais potenciais de controle:

Regulação alostérica OU
modificação covalente
Anabolismo de Glicose

Gliconeogênese: síntese de glicose


a partir de precursores não glicídicos
 fornecer glicose em situações
especiais para células que tenham
imitações nutricionais (cérebro e
hemácias);

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