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Glicólise é uma série de reações que extrai energia da glicose quebrando-a em duas
moléculas de três carbonos chamadas de piruvatos. A glicólise é uma via metabólica
antiga, que significa que evoluiu há muito tempo e é encontrada na grande maioria dos
organismos vivos atualmente.
A glicólise pode ser dividida em 10 etapas, mas posso organizar estas etapas em 2
grandes fases:
É constituída de um gasto de energia para que seja possível compensar esse gasto a
partir da fase de compensação.
A primeira etapa da via glicolítica vai ser a de ligação de fosfato na molécula de glicose.
Então, a via glicolítica vai ser garantida a partir da ligação de fosfato na molécula de
glicose. Por que que a gente diz que a via glicolítica vai ser garantida? Porque a partir
da ligação de fosfato, eu vou ter certeza que essa glicose não vai ser exportada para fora
da célula. Então, perceba: eu gasto energia até mesmo quebro uma molécula de fosfato
para permitir que essa molécula de glicose seja aprisionada dentro do citoplasma.
Então, essa é a primeira etapa, e essa etapa vai dar início à via glicolítica a partir desse
processo fosforilação. O produto dessa fosforilação é a formação de uma molécula
chamada glicose-6-fosfato. Essa glicose-6-fosfato vai sofrer modificação, ela deixa de
ser glicose para virar frutose. Então, muda-se a configuração de uma aldose para uma
cetose e a partir dessa frutose, dessa cetose, eu vou ter a divisão dela em duas outras
moléculas: o gliceraldeído e a dihidróxiacetona. Essa fase é a fase final, é a etapa final
da fase preparatória.
A partir da produção desses compostos, nós vamos ter, então, a fase de compensação ou
pagamento.
Etapa 4. A frutose-1,6-bifosfato se divide para formar dois açúcares com três carbonos:
fosfato de di-hidroxiacetona (DHAP) e gliceraldeído-3-fosfato. Esses são isômeros entre
si, mas apenas um deles – o gliceraldeído-3-fosfato – pode continuar pelas próximas
etapas da glicólise.
Na fase de pagamento nós temos que cada molécula de gliceraldeído vai sofrer outras
cinco etapas/reações. Grosseiramente explicando, nós vamos ver que gliceraldeido-3-
fosfato, assim como aconteceu na fase preparatória, em que nós ligamos 2 fosfatos na
molécula de frutose para formar frutose-1-6, a gente vai ter aqui também a modificação
para a produção de uma molécula de fosfoglicerato com duas ligações fosfato. Então
nós vamos produzir, a partir desse processo, gliceraldeino-3- fosfato, 1,3-
bifosfoglicerato, que é transformado em fosfoglicerato, que sofre isomerização e vira 2-
fosfoglicerato, tendo aqui novamente duas etapas cruciais: a ação da formação de
fosfoenolpiruvato, a partir da ação da enolase, e a formação do piruvato, a partir da
enzima piruvato quinase. Nessa etapa, a enolase e a piruvato quinase são indispensáveis
e extremamente importantes, isso acontece porque nessas reações teremos a
modificação e a produção de equivalentes redutores e a formação de ATP em nível de
substrato. O que é produção de ATP em nível de substrato? É quando criamos uma
molécula de adenosina trifosfato a partir da ligação direta de fosfato à molécula de
ADP, é a chamada fosforilação a nível de substrato, para diferenciar da fosforilação
dependente de oxigênio/fosforilação oxidativa. Nessa fase de pagamento, devolvemos 2
ADPs que consumimos na fase preparatória e temos um saldo positivo de 2 ATPs + 2
moléculas de NAD+ (aqui está oxidado, mas durante o processo ele vai se transformar
em NADH reduzido).
Fases de pagamento:
PROCESSO DE REGULAÇÃO
BALANÇO FINAL
O produto da via glicolítica fica sendo então 2 moléculas de piruvato por mol de glicose
+ 2 moléculas de equivalentes redutores na forma de NADH + um saldo positivo de 2
ATPS e 2 moléculas de água, a chamada água molecular.
CONTROLE DE GLICOSE
A curto prazo: tem-se o efeito mediado da presença do produto inibindo a sua enzima,
então tenho uma regulação alostérica por acumulo de produto, como no caso da glicose-
6-fosfato inibindo a hexoquinase;
Se o piruvato produzido não vai ser utilizado na presença de oxigênio, o que vai
acontecer é que ele vai ser utilizado, por exemplo, através da fermentação, onde o
piruvato será convertido em álcool. Ele também pode ser metabolizado na forma de
lactato, que quando se acumula provoca um aumento da acidificação do corpo, podendo
provocar uma lactoacidose.