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Glicólise

• A respiração celular possui 3 etapas:

◦Glicólise - produz 2 ATP de saldo

◦Ciclo de krebs - produz 2 ATP de saldo

◦Cadeia respiratória - produz 28 ATP de saldo

• Quebra de monossacarídeo (ex. Glicose) para

transformar a energia da glicose em metabolitos uteis

para outras células

• Em situação aeróbia, inicia-se com uma molécula de

glicose e, no final, produz duas moléculas de piruvato

• Consumo de 2 ATP no início, mas produção no final de 4 ATP

• Converte 2 NAD+ em NADH

◦Transportadores de hidrogênio e elétrons

◦O NADH e o FADH transportam elétrons para a cadeia respiratoria, que utiliza dessa energia

desses transportadores para produzir os 28 ATP

◦Ou seja, a glicólise e Krebs transferem hidrogênio e elétrons para o Nad, para que, na fase

da cadeia respiratoria, isso seja usado.

◦Nad é produzido a partir de vitaminas do complexo B

• A quebra glicolítica da glicose é a úni-ca fonte de energia metabólica em alguns tecidos e células

de mamíferos (p. ex., eritrócitos, medula renal, encéfalo e esperma).


• Composta por 10 etapas
Lenningerconsidera asfases de1 à 5
comofasesdepagamento
→Fase 1 a 3: investimento de energia

→Fase 4 a 5: clivagem

→Fase 6 a 10: geração de energia

Reação 1: Transformar glicose em glicose 6 fosfato:

• A glicose entra na glicólise pela fosforilação a glicose-6-fosfato, catalisada pela hexocinase,

usando ATP como doador de fosfato.

• Ou seja, a enzima hexocinase doa um fosfato de

seu ATP para a glicose, para convertê-la em A glicocinase também é encontrada nas células β das
ilhotas do pâncreas, onde atua para detectar a presença de
altas concentrações de glicose no sangue portal. À medida
glicose-6-fosfato que mais glicose é fosforilada pela glicocinase, há aumento
da glicólise, levando ao aumento da formação de ATP. Isso
leva ao fechamento de um canal de potássio dependente de
ATP, causando a despolarização da membrana e abrindo um
• 1º gasto de ATP canal de cálcio dependente de voltagem. O in uxo de íons
cálcio resultante leva à fusão dos grânulos secretores de
.
insulina com a membrana celular, e à liberação de insulina

• Esse fosfato é anexado a glicose para prender a

glicose dentro da celula

• Em condições fisiológicas, a fosforilação da

glicose a glicose-6-fosfato pode ser

considerada irreversível.

• a disponibilidade de glicose para a glicólise é

controlada pelo seu transporte na célula, o qual,

por sua vez, é regulado pela insulina

• As células hepáticas também contêm uma isoenzima da hexocinase, a glicocinase, cuja função

no fígado é remover glicose do sangue portal hepático após refeição, regulando a concentração

de glicose disponível para os tecidos periféricos. Isso fornece mais glicose-6-fosfato do que é
• necessário para a glicólise; ela é utilizada para a síntese de glicogênio e para a lipogênese

Reação 2:

• Glicose 6 fosfato é convertida pela fosfo-hexose

isomerase em frutose-6-fosfato

◦ISO= ambas têm a mesma forma molecular, a

enzima mantém as quantidades iguais da

hexose, mas rearranja de outra forma.

◦Transformação na glicose em seu isômero = frutose

◦Preparação para as reações subsequentes

◦Transforma em frutose para mudar sua forma molecular e deixar possível existir fosfato nos

dois lados da molécula, pois ela será quebrada em 2 posteriormente

◦Facilitar a entrada de fosfato no carbono 1 e depois facilitar a quebra

Reação 3:

• Frutose 6 fosfato é convertida pela enzima fosfofruto cinase1 (PFK-1) em frutose-1,6 bifosfato

◦A enzima fosfofrutocinase 1 Pega um de de

seus fosfatos do ATP e dos para a frutose 6

fosfato, tornando-a bifosfato

◦A reação da fosfofrutocinase é irreversível em

condições fisiológicas.

◦Deixa a molécula simétrica, importante para que no momento que ela for partida em 2, haja
fosfato para cada uma.

◦2º gasto de ATP

◦A PFK-1 é a enzima fundamental para regular a velocidade em que a glicólise ocorre, para

que não haja excesso ou escassez de ATP

Reação 4:

• frutose-1,6 bifosfato é quebrada pela enzima

aldeolase, criando 2 moléculas diferentes:

◦Diidroxiacetona fosfato - DHAP

◦Gliceraldeido-3-fosfato

◦Podemos dizer que forma uma cetose e uma aldose

◦Quebra em 2 moléculas com 3 carbonos e 1 fosfato em cada uma delas

Reação 5:

• A Diidroxiacetona fosfato (DHAP) é isomerizado

pela triose fosfato isomerase em

Gliceraldeido-3-fosfato, formando 2

Gliceraldeido

• Isso ocorre porque somente o Gliceraldeido pode ser utilizado no metabolismo da glicólise

• A partir da fase 5, todas as reações subsequentes ocorrerão em dobro, pois aqui foram gerados

2 Gliceraldeido e os dois serão utilizados nessa via.


Resumindo: na fase preparatória da
glicólise, a energia do ATP é consumida,
aumentando o conteúdo de energia livre
dos intermediários, e as cadeias de
carbono de todas as hexoses
metabolizadas são convertidas em um
produto comum, o gliceraldeído-3-fosfato.

Reação 6:

• A glicólise continua com a oxidação de

gliceraldeído-3-fosfato a 1,3-

bifosfoglicerato. A enzima que catalisa essa

oxidação, a gliceraldeído-3-fosfato-

desidrogenase, é dependente de NAD

• O fosfato que entrou aqui é um fosfato

inorgânico, que estava livre na célula (Não

vem de nenhum ATP)

• Para isso acontecer, a célula precisa fazer

um acoplamento, pois esse fosfato inorgânico não teria energia para realizar essa ligação

• Nesse acoplamento, o Gliceraldeido será oxidado e perde hidrogênios

◦Nesse momento o NAD recebe hidrogênio, formando o NADH

◦A oxidação do Gliceraldeido torna possível a entrada do fosfato

◦Também haverá participação de uma molécula de água

• Nessa fase é como se houvesse 2 reações diferentes (2º imagem), onde na primeira reação o
Gliceraldeido recebe uma molécula de água e NAD. Ele acopla o OH da água em si e libera um H,

que se junta ao NAD, formando NADH e também há liberação de outro H da água. A energia

gerada nessa primeira reação, permite que o fosfato inorgânico seja acoplado a molécula, graças

a oxidação do Gliceraldeido.

• Esse passo é importante para que, na reação 7, o fosfato inorgânico possa ser ligado ao ADP e

gerar ATP, pois, é impossível que o fosfato se ligue ao ADP sozinho, sem que haja uma

intervenção

Reação 7:

• 1,3 bifosfoglicerato é transformado em 3 fosfoglicerato, pela enzima fosfoglicerato cinase

• Perda de 1 fosfato (que entrou na reação 6)

• Esse fosfato perdido se liga ao ADP, gerando 1

ATP

• 1º ATP produzido pela glicólise


O resultado do acoplamento dessas
reações, ambas reversíveis em
• Como todas as reações após o Gliceraldeido acontecem em condições celulares, é que a energia
liberada da oxidação de um aldeído
a um grupo carboxilato é
dobro, então foi gerado 2 ATPs conservada pela formação acoplada
de ATP a partir de ADP e Pi. A
formação de ATP pela transferência
• Na reação 6, a célula “energisa” o fosfato inorgânico, eleva seu do grupo fosforila de um substrato,
como o 1,3-bisfosfoglicerato, é
chamada de fosforilação no nível
nível, para que ele possa ser usado no ADP. do substrato

Reação 8:

• 3-fosfoglicerato é transformado em 2-fosfoglicerato pela enzima fosfoglicerato mutase

• O objetivo é retirar o fosfato da célula para ligá-lo a um ADP e torná-lo ATP


• Reações 8 e 9 tentarão tornar a ligação

do fosfato á molécula instável, para que

seja possível sua quebra

• Na reação 8, a enzima irá apenas mudar o

fosfato de lugar, mudando-o do carbono 3 para o 2, aumentando sua instabilidade

Reação 9:

• 2-fosfoglicerato é transformado em fosfoenolpiruvato, pela enzima enolase

• A enzima retira uma molécula de água do 2-

fosfoglicerato, transformando em

fosfoenolpiruvato

• Com isso, o fosfato do fosfoenolpiruvato estará

numa ligação muito instável

Reação 10:

• Fosfoenolpiruvato será transformado em

piruvato, pela enzima piruvato cilase

• A enzima retira o fosfato do fosfoenolpiruvato.

Esse fosfato é passado para um ADP, tornando-o

ATP e também criando o piruvato

• Como a reação ocorre em dobro, formam-se 2 ATP e 2 piruvato


— Possíveis destinos do piruvato Importância dos intermediários
fosforilados: Cada um dos nove
intermediários apresenta fosfato ligado.
• o piruvato formado na glicólise é metabolizado por três rotas Os grupos fosforila possuem três
funções:
1. Como a membrana plasmática
catabólicas geralmente não tem transportadores para
açúcares fosforilados, os intermediários
glicolíticos fosforilados não podem sair
• em tecidos em condições aeróbicas, a glicóli-se é apenas o da célula. Depois da fosforilação inicial,
não é necessária energia adicional para
reter os intermediários fosforilados na
primeiro estágio da degradação completa da glicose célula
2. Os grupos fosforila são componentes
essenciais na conservação enzimática da
• 1º destino: ciclo do ácido cítrico energia metabólica. A energia liberada na
quebra das ligações de fosfoanidrido
(como aquelas do ATP) é parcialmente
conservada na formação de ésteres de
◦O piruvato é oxidado, com a perda de seu grupo fosfato, como glicose-6-fosfato.
Compostos de fosfato de alta energia
formados na glicólise (1,3-
carboxila na forma de CO2, para gerar o bisfosfoglicerato e fosfoenolpiruvato)
doam grupos fosforila ao ADP para
formar ATP.
grupo acetila da acetil-coenzima A; o grupo acetila é, 3. A energia de ligação resultante do
acoplamento de grupos fosfato ao sítio
ativo de enzimas reduz a energia de
então, completamente oxidado a CO2 ativação e aumenta a especi cidade das
reações enzimáticas. Os grupos fosfato
do ADP, do ATP e dos intermediários
no ciclo do ácido cítrico. Os elétrons originados dessas glicolíticos formam complexos com
Mg2+, e os sítios de
ligação ao substrato de muitas enzimas
oxidações são transferidos ao O2 glicolíticas são especí cos para esses
complexos. A maior parte das enzimas

por uma cadeia de transportadores na mitocôndria,

formando H2O. A energia liberada nas reaçõesde transferência de elétrons impulsiona a

síntese de ATP na mitocôndria

‣ Em condições aeróbicas, o piruvato formado na etapa final da glicólise é oxidado a

acetato (acetil-CoA), que entra no ciclo do ácido cítrico e é oxidado a CO2

e H2 O. O NADH formado pela

desidrogenação do gliceraldeído-3-fosfato é

finalmente reoxidado a NAD1 elétrons ao O2

pela transferência de seus na respiração

mitocondrial.
• 2º destino: redução a lactato por meio da fermentação láctica

◦alguns tecidos e tipos celulares (como os eritrócitos, que não possuem mitocôndria e,

portanto, não podem oxidar piruvato até CO2) produzem lactato a partir de

glicose mesmo em condições aeróbicas. A redução do piru-vato por essa via é catalisada

pela lactato-desidrogenase, que forma o isômero l do lactato em pH 7

◦Na glicólise, a desidrogenação de duas moléculas de gliceraldeído-3-fosfato produzidas a

partir de cada molécula de glicose converte duas moléculas de NAD1

em duas de NADH. Como a redução de duas moléculas de piruvato em duas de lactato

regenera duas moléculas de NAD1 ocorre variação líquida de NAD1

ou NADH.

◦Quando o músculo esquelético em contração vigorosa trabalha em condições de baixa

pressão de oxigênio (hipoxia), o NADH não pode ser reoxidado a NAD1; contudo, o NAD1 é

necessário como aceptor de elétrons para a oxidação do gliceraldeído-3-fosfato. Sob essas

condições, o piruvato é reduzido a lactato, recebendo os elétrons do NADH, regenerando,

dessa forma,o NAD1 necessário para continuar a glicólise. Certos tecidos e tipos celulares

(p. ex., retina e eritrócitos) convertem glicose em lactato mesmo em condições aeróbicas, e

o lactato também é o produto da glicólise em condições anaeróbicas em alguns

microrganismos

◦O lactato formado pelo músculo esquelético em atividade (ou pelos eritrócitos) pode ser

reciclado; ele é transportado pelo sangue até o fígado, onde é convertido em glicose durante

a recuperação da atividade muscular exaustiva.

◦Quando o lactato é produzido em grande quantidade durante a contração muscular vigorosa


(p. ex., durante uma corrida de velocidade), a acidificação resultante da ionização do ácido

láctico nos músculos e no sangue limita o período de ativi-dade vigorosa

◦não ocorre variação líqui-da no estado de oxidação do carbono; na glicose (C6 no ácido

láctico (C3 H6 O3) a relação H:C é a mesma.

◦Todavia, parte da energia da molécula da glicose é extraída pela sua conversão em lactato –

o suficiente para dar um rendimento líquido de duas moléculas de ATP para cada molécula

de glicose consumida. Fermentação é o termo geral para esse processo, que extrai energia

(como ATP), mas não consome oxigênio nem causa variação nas concentrações de NAD1

ou NADH.

• 3º destino - produção de etanol.

◦Em alguns tecidos vegetais e em certos invertebrados, protistas e microrganismos, como as

leveduras da fabricação da cerveja e do pão, o piruvato é convertido, em hipoxia ou em

condições anaeróbicas, em etanol e CO2, um processo chamado de fermentação eta-nólica

(alcoólica)

— Vias reguladoras da glicólise

• Efeito Pasteur - tanto a velocidade

quanto a quantidade total de

glicose consumida é muitas vezes

maior em condições anaeróbicas

do que em aeróbicas.

• O rendimento de ATP da glicólise em condições anaeróbicas (2 ATP por molécula de glicose) é


muito menor do que aquele a partir da oxidação completa da glicose a CO2 em condições

aeróbicas (30 ou 32 ATP por glicose)

• Para produzir a mesma quantidade de ATP, é necessário consumir 15 vezes mais glicose em

condições anaeróbicas do que em condições aeróbicas

• O fluxo de glicose pela via glicolítica é regulado para manter os níveis de ATP e intermediários

metabólicos praticamente constantes.

• O ajuste necessário na velocidade da glicólise é alcançado pela interação entre o consumo de

ATP, a regeneração de NADH e a regulação de algumas enzimas glicolíticas (hexocinase, a

PFK-1 e a piruvato-cinase)

• A glicólise também é regulada pelos hormônios glucagon, adrenalina e insulina e variações na

expressão de genes de enzimas glicoliticas

• Efeito Warburg: tumores de praticamente todos os tipos possuem velocidade da glicólise muito

maior que a de tecidos normais, mesmo quando oxigênio está disponível

• a regulação ocorre em cima das 3 principais enzimas da via glicolitica:

◦Hexoquinase - fase 1

◦Fosfofrutoquinase-1 (PFK1 - fase 3

◦Piruvato quinase - fase 10

◦Catalisam as reações irreversíveis da

via

• Acúmulo de ATP - o ATP pode se liga a

piruvato quinase ou a PFK1 para inibi-las e

frear a via glicolitica


• Já o acúmulo de AMP e a ADP estimulam positivamente essas enzimas a continuar a glicólise,

aumentam sua velocidade.

• Glicose 6 fosfato acumulado também pode se ligar a Hexoquinase para inibi-la

◦ Glicose é um estimulador positivo da Hexoquinase

• Acúmulo de NADH se liga a Piruvato quinase e freia

◦Inibição devido a falta de NAD+

• PFK1:

◦Inibida por ATP e citrato

◦Estimulado por AMP e ADP

• Insulina= hormônio do estado

alimentado, produzido na

hiperglicemia, para degradar glicose

(estimula glicólise) e desestimular a

síntese de glicose (desestimular a

Gliconeogenese)

• Frutose 2,6 bifosfato estimula a PFK1

para que a glicólise aconteça, consumindo a glicose e combatendo seu acúmulo, para evitar

hiperglicemia

◦Se você tem hiperglicemia, não precisa produzir glicose mas sim consumi-la pela glicólise

• Insulina ativa a fosfoproteína fosfatase, capaz de retirar o fosfato (desfoforila) do complexo

enzimático PFK2/FBPase2, ativando o sítio da PFK2 e inativando o sítio da FBPASE2

◦PFK2 e FBPase2 são outras enzimas que modulam a via glicolitica e da Gliconeogenese,
elas formam um complexo enzimático da mesma molécula, mas com porções catalíticas

diferentes

‣ PFK2 - converte a frutose-6-fosfato em frutose-2,6-bifosfato (modulador positivo da

PFK1 e negativo da FBPase2)

‣ PFK1- converte a frutose-6-fosfato em frutose-1,6-bifosfato (metabólito)

• Glucagon: hormônio do jejum, produzido na hipoglicemia, para estimular a produção de glicose.

Ele estimula a via da Gliconeogenese

◦Glucagon ativa PKA (proteína quinase dependente de AMP cíclico, capaz de fosforilar)

◦A PKA fosforila (da fosfato) o complexo enzimático PFK2/FBPase2. Isso inibe a PFK2 e ativa

a FBPase2

◦ Estimula a frutose-2,6-bifosfatase, capaz de tirar o fosfato da frutose-2,6-bifosfafo,

tornando-a frutose-6-fosfato novamente. Isso causa a diminuição da frutose-2,6-bifosfafo, a

moduladora da PFK1. Sua diminuição estimula a parada da glicólise e estimula a

Gliconeogenese
• Piruvato quinase:

• Só no fígado:

◦Glucagon estimula PKA, que fosforila a Piruvato quinase, tornando-a inativa. Então o

glucagon para a glicólise inativando a piruvato quinase

• Em todos os tecidos:

◦Frutose-1,6-bifosfato estimula a piruvato quinase - modulação positiva

◦Modulação negativa: ATP, acetil coA, ácidos graxos de cadeia longa e alanina

— Diabete mellitus tipo 1: captação de glicose deficiente

• A captação da glicose do sangue é mediada pela família GLUT de transportadores de glicose

• Os transportadores nos hepatócitos (GLUT1, GLUT2) e nos neurônios encefálicos (GLUT3) estão

sempre presentes nas membranas plasmáticas.

• Por outro lado, o principal transportador de glicose nas células do músculo esquelético, do

músculo cardíaco e do tecido adi-poso (GLUT4) está armazenado em pequenas vesículas

intracelulares e se desloca para a membrana plasmática apenas em resposta a um sinal de

insulina

◦Portanto, no músculo esquelético, no coração e no tecido adiposo, a captação e o

metabolismo da glicose dependem da liberação normal de insulina pelas células β

pancreáticas em resposta à quantidade elevada de glicose no sangue

— Glicólise e câncer:

• a captação e a degradação de glicose ocorrem cerca de 10 vezes mais rápido do que em tecidos
normais

• células tumorais cresce em condições de hipoxia Devido a falta inicial de vasos sanguíneos

• para produzir a mesma quantidade de ATP, as células tumorais devem captar muito mais glicose

do que as células normais, convertendo-a em piruvato e depois em lactato enquanto reciclam

NADH

• É provável que as duas etapas iniciais na transformação de uma célula normal em uma célula

tumoral sejam

◦1) a mudança para a dependência da glicólise na produção de ATP e

◦2) o desenvolvimento de tolerância a pH baixo no líquido extracelular (causado pela

liberação do produto final da glicólise anaeróbia, o ácido láctico)

• Mutação na proteína p53 - células com p53 mutadas são deficientes no transporte de elétrons na

mitocôndria e são forçadas a depender mais significativamente da glicó-lise para a produção de

ATP

• inibidores da glicólise poderiam atingir e matar tumores por esgotar seu suprimento de ATP. Três

inibidores da hexocinase mostram-se promissores como agentes quimioterápicos: 2-

desoxiglicose, lonidamina e 3-bromopiruvato. Por im-pedir a formação de glicose-6-fosfato,

esses compostos não apenas privam as células tumorais de ATP glicoli-ticamente produzido,

mas também evitam a formação de pentoses-fosfato pela via das pentoses-fosfato, que também

inicia com glicose-6-fosfato. Na ausência de pentoses-fosfato, a célula não consegue sintetizar

os nu-cleotídeos essenciais para a síntese de DNA e de RNA, e, assim, não consegue crescer ou

se dividir.

• Diagnóstico: altas taxas de glicólise utilizada para a localização de tumores


• tomografia por emissão de pósitrons (TEP)

— Vias alimentadoras da glicose

• Muitos carboidratos, além da glicose, encontram seus destinos catabólicos na glicólise, após

serem transformados em um dos intermediários glicolíticos. Os mais significativos são os:

◦polissacarídeos de armazenamento

◦glicogênio e amido, contidos nas células (endógenos) ou obtidos da dieta;

◦os dissacarídeos maltose, lactose, trealose e sacarose; e os mo-nossacarídeos frutose,

manose e galactose

• Os polissacarídeos e os dissacarídeos da dieta sofrem hidrólise a monossacarídeos

◦Amido se torna maltose e maltotriose, pela ação de a-amilase salivar e amilase pancreática

◦O glicogênio da dieta tem essencialmente a mesma estrutura do amido, e sua digestão

segue a mesma via.

• O glicogênio endógeno e o amido são degradados por fosforólise

◦glicogênio e o amido endógenos, as formas de armazenamento da glicose, entram na

glicólise em um processo de duas etapas. A clivagem por fosforólise de um resíduo de

glicose de uma extremidade do polímero, formando glicose-1-fosfato, é catalisada pela

glicogênio-fosforilase ou pela amido-fosforilase. A fosfoglicomutase, então, converte a

glicose-1-fosfato em glicose-6-fosfato, que pode entrar na glicólise.

• Os polissacarídeos e os dissacarídeos ingeridos são convertidos em monossacarídeos por

enzimas hidrolíticas intestinais, e os monossacarídeos, então, entram nas células intestinais e são

transportados para o fígado ou para outros tecidos.


• Várias d-hexoses, incluindo a frutose, a galactose e a manose, podem entrar na glicólise. Cada

uma delas é fosforilada e convertida em glicose-6-fosfato, frutose-6--fosfato ou frutose-1-fosfato

• A conversão de galactose-1-fosfato em glicose-1-fosfato envolve dois derivados nucleotídicos:

UDP-galactose e UDP-glicose. Defeitos genéticos em qualquer das três enzimas que catalisam a

conversão de galactose em glicose-1-fosfato resultam em galactosemias de gravidade variada.

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