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UNIDADE I

Bioquímica Metabólica

Profa. Dra. Maristela Tsujita


Objetivos

Estudar:
 Visão geral do metabolismo.
 Glicólise aeróbia.
 Glicólise anaeróbia: fermentação alcoólica e lática.
 Ciclo de Krebs.
 Cadeia respiratória.
Metabolismo

 É o conjunto de todas as reações químicas do organismo. Macronutrientes


Carboidratos
 Reações de anabolismo e catabolismo. Lipídios
Proteínas

ATP
NADH Catabolismo
FADH2

Construção Degradação Aminoácidos


Carboidratos simples
Ácidos graxos
Bases nitrogenadas

Anabolismo

Macromoléculas celulares
Glicogênio
Reações de anabolismo e catabolismo. Triglicerídeos
Fonte: Autoria própria Ácidos nucleicos
O que é ATP?

 ATP é a molécula de adenosina trifosfato (adenosine triphosphate). A molécula de ATP é


formada por uma base nitrogenada adenina, uma ribose e por três grupos fosfato. A adenina
ligada à ribose é chamada adenosina.

 ADP é a adenosina difosfato.

Molécula de ATP e ADP.


Fonte: http://www.scielo.br/img/fbpe/qn/v22n3/1088f1.gif.
Acesso em: 29 jun. 2020. (Adaptado)
O que é NADH?

 Nicotinamida adenina ADP ADP


dinucleotídeo (NADH), em inglês
(nicotinamide adenine Ribo Ribo
dinucleotide) é uma coenzima NAD+ + H+ + 2e. NADH
que pode estar no estado: NAD+ N+ N
(oxidado) ou NADH (reduzido). Redução

Oxidação

O O

H NH2 H H NH2

Molécula de NADH. Ribose (Ribo).


Fonte: https://cdn.sanity.io/images/ziron7ww/production/b7dab7692e18819
02dff6249322da49e1293a468-3792x1556.png. Acesso em: 11 ago. 2020.
O que é FADH2?

 Flavina adenina
dinucleotídeo (FAD),
em inglês (flavine
adenine dinucleotide)
é uma coenzima que
pode estar no estado:
FAD (oxidado) ou
FADH2 (reduzido).

Molécula de FAD.
Fonte: Autoria própria
Carboidratos: digestão

Principais locais:
PÂNCREAS
 Boca. BOCA
 Intestino. INTESTINO

amilase amilase
salivar dextrinas pancreática maltase
AMIDO maltose Glicose + glicose
de amido

lactase
LACTOSE galactose + glicose

sacarase
SACAROSE frutose + glicose

frutose
FRUTOSE

Digestão de carboidratos.
Fonte: Autoria própria ABSORÇÃO
Carboidratos: absorção intestinal

 Absorção: duodeno e jejuno superior. Lúmen Célula epitelial Sangue


do intestino delgado
 A glicose e a galactose são
transportadas para dentro do
Na+ Na+
enterócito em cotransporte com o ATPase
SGLT-I
sódio. Glicose K+
 A frutose é transportada pelo GLUT-5
Glicose
para dentro do enterócito e pelo GLUT-2
GLUT-2 do enterócito para o sangue. Na+
SGLT-I
Galactose Galactose
GLUT-2

Frutose Frutose
GLUT-2
GLUT-5
Absorção intestinal dos monossacarídeos.
SGLT-I (proteína de transporte de glicose
e sódio), GLUT (transportador de glicose).
Fonte: Autoria própria
Entrada de glicose nas células

 Após a absorção de glicose ocorre aumento da glicemia.


 No músculo esquelético, tecido adiposo e coração a entrada de glicose depende de insulina.

Glicose
Insulina
Receptor ligada ao
de insulina Transportador de receptor
Insulina glicose fechado Transportador
de glicose
aberto

Célula Célula

Entrada de glicose nas células dependentes de insulina.


Fonte: Autoria própria
Vias metabólicas

 Uma vez dentro da célula, a


Glicose
glicose é fosforilada e várias vias
metabólicas podem ocorrer, Célula
dependendo da demanda celular.
Glicose-6- P
 Lipídios e proteínas também
geram energia.
 As reações metabólicas permitem Glicogênio
a formação de ATP, principalmente
Proteínas Piruvato Lipídios
na cadeia respiratória.

Acetil-CoA

Ciclo Cadeia
Visão geral das de Krebs respiratória
vias metabólicas.
Fonte: Autoria
própria
Mitocôndria
Glicólise: aeróbia e anaeróbia

 Glicólise aeróbia: acetil-CoA Glicose


 Glicólise anaeróbia:
 Alcoólica: etanol Glicólise
 Lática: lactato
Condições 2 Piruvato Condições
anaeróbias anaeróbias
Condições
aeróbias
2 Etanol + 2CO2 2 Lactato

2 Acetil-CoA

Ciclo de Krebs

Visão geral da glicólise aeróbia e anaeróbia. 4CO2 + 4H2O


Fonte: Autoria própria
Glicólise aeróbia

glicoquinase Glicose
Hexoquinase ou glicoquinase
Gasto de ATP
Glicose 6-fosfato
Glicose Glicose-6-fosfato
Fosfoglicoisomerase

Frutose 6-fosfato Fase


Fosfofrutoquinase preparatória
Gasto de ATP
Fosfofrutoquinase
Frutose 1,6-difosfato
Aldose
Gasto de 2
Frutose-6-fosfato Frutose-1,6-difosfato Di-hidroxiacetona Gliceraldeído moléculas de ATP
fosfato 3-fosfato

Triose fosfato
isomerase

Aldolase Gliceraldeído
3-fosfato
Gliceraldeído
3-fosfato
Frutose-1,6-bifosfato

Reações da glicólise aeróbia.


Di-hidroxiacetona fosfato Fonte: Autoria própria
Glicólise aeróbia

Gliceraldeído 3-fosfato
desidrogenase 2 (gliceraldeído 3-fosfato)

Gliceraldeído 3-fosfato
desidrogenase
Gliceraldeído 3-fosfato 1,3-difosfoglicerato
Produção de 2NADH

2 (1,3-difosfoglicerato)

Fosfoglicerato
quinase Fase de
Fosfoglicerato produção
quinase Produção de 2 ATP

2 (3-fosfoglicerato)
1,3-difosfoglicerato 3-fosfoglicerato Produção de
Fosfoglicerato
mutase 4 moléculas de ATP e
de 2 moléculas de
2 (2-fosfoglicerato)
NADH
Enolase

2 (2-fosfoenolpiruvato)
Piruvato
Piruvato quinase
quinase
Produção de 2 ATP

Fosfoenolpiruvato Piruvato 2 (Piruvato)


Reações da glicólise aeróbia.
Fonte: Autoria própria
Fermentação alcoólica

 Na ausência de oxigênio, o piruvato não é


convertido em acetil-CoA. Glicólise

 Leveduras: o piruvato pode ser convertido Ácido Pirúvico Etanol

em etanol e CO2. Fabricação de cerveja, Fermentação alcoólica.


Fonte: https://conteudoonline.objetivo.br/imagens/aula_14971/01.png
vinho e pão.
Glicólise
C6H12O6
Glicose + 2ADP + 2Pi → 2 Etanol + 2CO2 + 2ATP + 2H2O
2ATP
2NADH

Ácido pirúvico Ácido pirúvico


(3C) (3C)
NADH NADH
NAD+ NAD+

Fermentação alcoólica. Etanol Etanol


Fonte: Autoria própria CH3CH2OH CH3CH2OH
Fermentação lática

 Produção de lactato.
 Músculo: cãibras. Glicólise
 Bactérias: fabricação de queijo e iogurte.
Ácido Pirúvico Ácido lático
Fermentação lática.
Fonte: https://conteudoonline.objetivo.br/imagens/aula_14971/02.png
Glicólise
C6H12O6
Glicose + 2ADP + 2Pi → 2 Lactato + 2ATP + 2H2O
2ATP
2NADH

Ácido pirúvico Ácido pirúvico


(3C) (3C)
NADH NADH
NAD+ NAD+

Fermentação lática. Ácido lático Ácido lático


Fonte: Autoria própria C3H6O3 C3H6O3
Ciclo de Krebs

 O piruvato proveniente da via glicolítica é Acetil-CoA

convertido em acetil-CoA.
 Ocorre na matriz mitocondrial. Citrato sintase
oxaloacetato citrato
 Cada volta do CK produz: NADH
 3NADH Malato Aconitase
desidrogenase
 1FADH2 malato Isocitrato
 1GTP Isocitrato
desidrogenase NADH
 2CO2 Fumarase
CO2
-cetoglutarato
fumarato Complexo
-cetoglutarato
Succinato
desidrogenase NADH
desidrogenase
FADH2 CO2
Succinil-CoA
succinato
Succinil-CoA
sintetase

Ciclo de Krebs.
GTP Fonte: Autoria própria
Cadeia respiratória

Função geral: Menor potencial de redução Espaço intermembranas


 Oxidação de NADH e FADH2.
 Transporte de elétrons ao longo
de uma série de transportadores Membrana
para o aceitador final, o oxigênio. interna

Cadeia respiratória. Matriz mitocondrial


Fonte: Autoria própria

NADH Succinato
Maior potencial de redução

 Complexo I (NADH-ubiquinona oxidorredutase)


 Complexo II (succinato-ubiquinona oxidorredutase)
 Complexo III (ubiquinol-citocromo-c oxidorredutase)
 Complexo IV (citocromo-c oxidase)
Cadeia respiratória

 Os prótons retornam para a matriz mitocondrial e geram energia para a ATP sintase.
 À medida que a ATP sintase transforma a energia, ela catalisa a adição de um fosfato ao
ADP, capturando a energia do gradiente de prótons na forma de ATP.

Espaço entre a
membrana Proteína transportadora
externa e interna de elétrons H+ H+2 H+ H+

Membrana
interna da
mitocôndria

Matriz da NADH + H+
ATP sintetase
mitocôndria ½ O2+2E-+2H+ ou ATP sintase
H+
NAD+
H2O
A CADEIA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS ADP + P ATP

Cadeia transportadora de elétrons.


Fonte: https://conteudoonline.objetivo.br/Imagens/2020/01/25/e591c4d5-
bfd5-4d7c-973f-015b6443d0ee.png
Interatividade

Um indivíduo tomou café com leite adoçado com açúcar refinado, tomou um copo de suco de
laranja e comeu um pão com manteiga. Sobre a digestão desses alimentos, assinale a
alternativa correta:
a) O leite é digerido em sacarose na boca.
b) A manteiga é rica em amido e é degradada em maltotriose.
c) O amido do pão é digerido pela amilase salivar, amilase pancreática e maltase.
d) O leite é digerido pela lactase e forma glicose e sacarose.
e) O suco de laranja é digerido pela sacarase em frutose.
Resposta

Um indivíduo tomou café com leite adoçado com açúcar refinado, tomou um copo de suco de
laranja e comeu um pão com manteiga. Sobre a digestão desses alimentos, assinale a
alternativa correta:
a) O leite é digerido em sacarose na boca.
b) A manteiga é rica em amido e é degradada em maltotriose.
c) O amido do pão é digerido pela amilase salivar, amilase pancreática e maltase.
d) O leite é digerido pela lactase e forma glicose e sacarose.
e) O suco de laranja é digerido pela sacarase em frutose.
Objetivos

Estudar:
 Metabolismo do glicogênio.
 Gliconeogênese.
 Via das pentoses.
Metabolismo do glicogênio

 O glicogênio é um polissacarídeo de reserva em células animais.


 Principais locais: fígado e músculos.

Molécula do glicogênio.
Fonte: Autoria própria
Glicogênese

 Glicogênese: reações que permitem a síntese de glicogênio a partir da glicose.


 Reação 1: glicose + ATP → glicose 6-fosfato + ADP + H+
 Reação 2: glicose 6-fosfato ↔ glicose 1-fosfato
 Reação 3: glicose 1-fosfato + UTP ↔ UDP-glicose + PPi
 Alongamento do “primer” de glicogênio pela adição de UDP-glicose (reação catalisada pelo
glicogênio sintase).

(glicogênio)n resíduos + UDP-glicose → (glicogênio)n + 1 resíduos + UDP

Enzima
ramificadora
 Formação das ramificações:

(1,6)
Ramificação do glicogênio.
Fonte: Autoria própria
Glicogenólise

 Glicogenólise: remoção da glicose do glicogênio.


 Sistemas enzimáticos: glicogênio fosforilase, transferase e enzima desramificadora.

Fosforilase Transferase Enzima Glicose


desramificadora

Glicogênio Glicogênio Glicogênio Glicogênio

Glicogenólise, ação das enzimas fosforilase, transferase e desramificadora.


Fonte: Autoria própria
Glicogenólise

 Fígado: manutenção da glicemia. Glicogenólise: (A) no fígado: a glicose produzida regula a glicemia; (B) no músculo: a glicose
produzida é utilizada como fonte energética para o próprio músculo. Fonte: Autoria própria

 Muscular: fonte de energia para o A. B.


próprio tecido. Músculo

Glicogênio
Glicogênio
Fígado

Glicose 6-fosfato
Glicose 6-fosfato
Glicose
Glicose-6- Glicose
fosfatase
Glicose-6-
-
fosfatase
+ ENERGIA

Corrente sanguínea

Glicose-6-fosfatase

Reação de conversão de
glicose 6-fosfato em glicose. Glicose 6-fosfato
Glicose
Fonte: Autoria própria
Gliconeogênese

 Conjunto de reações que permitem a Glicose


ATP
Glicose
Pi
Glicoquinase Glicose 6-fosfatase
síntese de glicose a partir de ADP
Glicose-6-P Glicose-6-P
substâncias que não são carboidratos:
Frutose-6-P Frutose-6-P
 Glicerol. ATP
ADP
Fosfofrutoquinase Frutose 6-difosfatase Pi

Frutose-1,6-P
 Aminoácidos glicogênicos. Frutose-1,6-P
DHAP Gliceraldeído-3-P
Gliceraldeído-3-P
 Lactato.
NAD+ DHAP
NADH NAD+
NADH
1,3-Difosfoglicerato NADH
ADP NAD+
ATP
Glicerol-3-P
3-Fosfoglicerato ADP Lactato
 Não é uma simples reversão da ATP GDP
Fosfoenolpiruvato
Glicerol GTP
Piruvato
Piruvato
glicólise. 2-Fosfoglicerato
Oxalacetato
carboxiquinase

Fosfoenolpiruvato Piruvato Aminoácidos


Malato
ADP carboxilase
Piruvato quinase
ATP
Piruvato
NADH
Oxalacetato
NAD+ Acetil-CoA Piruvato Ciclo de
desidrogenase Malato Krebs
Lactato
Ciclo de
Krebs Aminoácidos

Glicólise. Fonte: Autoria própria Gliconeogênese. Fonte: Autoria própria


Ciclo de Cori

 O lactato do músculo é convertido em


glicose pela via da gliconeogênese no
Fermentação
fígado e retorna ao músculo. lática Músculo
Glicose Lactato

Glicose Lactato
Sangue

Glicose Lactato
Fígado

Ciclo de Cori.
Fonte: Autoria própria
Via das pentoses

 Ocorre no citoplasma.
 Não há geração de ATP.
 Há produção de:
 NADPH: utilizado na síntese de ácidos graxos e colesterol e integridade da membrana das
hemácias.
 Pentoses: composição de nucleotídeos dos ácidos nucleicos.
Via das pentoses

 Fase oxidativa: Glicose-6-fosfato Ribulose-5-fosfato


NADP+ Ribulose-fosfato- Ribulose-fosfato-
produção de NADPH e Glicose-6-fosfato 3-epimerase isomerase
NADPH desidrogenase
ribulose-5-fosfato. Xilulose-5-fosfato Ribose-5-fosfato
6-fosfoglucono--lactona
Transquetolase
H2O
 Fase não oxidativa: 6-fosfogliconolactonase
sedoeptulose-7-fosfato gliceraldeído-3-fosfato
H+
produção dos 6-fosfogliconato
intermediários da Transaldolase
NADP+
glicólise. NADPH Eritrose-4-fosfato
CO2
Ribulose-5-fosfato Transcetolase

Gliceraldeído-3-fosfato Frutose-6-fosfato

Fase não oxidativa Frutose-


6-fosfato
Fase não oxidativa. Fase oxidativa.
Fonte: Autoria própria Fonte: Autoria própria
Interatividade

Sobre o metabolismo do glicogênio, assinale a alternativa correta:

a) Glicogenólise é o conjunto de reações que promovem a síntese do glicogênio.


b) Na glicogênese, a enzima marcapasso é a glicoquinase.
c) O glicogênio é a principal reserva de carboidratos do fígado e do músculo, entretanto, no
jejum, o glicogênio no fígado é utilizado para a manutenção da glicemia.
d) Após a alimentação, a glicogenólise está favorecida.
e) No jejum, a glicogênese está favorecida.
Resposta

Sobre o metabolismo do glicogênio, assinale a alternativa correta:

a) Glicogenólise é o conjunto de reações que promovem a síntese do glicogênio.


b) Na glicogênese, a enzima marcapasso é a glicoquinase.
c) O glicogênio é a principal reserva de carboidratos do fígado e do músculo, entretanto, no
jejum, o glicogênio no fígado é utilizado para a manutenção da glicemia.
d) Após a alimentação, a glicogenólise está favorecida.
e) No jejum, a glicogênese está favorecida.
Objetivos

Estudar os lipídios:
 Digestão.
 Transporte.
 Metabolismo das lipoproteínas.
Lipídios: digestão

 Intestino delgado: emulsificação dos lipídios com a bile (secretada pela vesícula biliar) com
formação das micelas. Ação da lipase pancreática.
 Triglicerídeos: glicerol, monoacilglicerol, diacilglicerol e ácidos graxos livres.
 Ésteres de colesterol: colesterol e ácidos graxos livres.

 Absorção pelo enterócito: reesterificação e formação do quilomícron (lipoproteína).


Lipoproteínas

 Diferença na composição, o que


acarreta mudança na densidade.
Quilomícrons Quilomícrons: ricos em triglicerídeos de origem intestinal

VLDL VLDL (Very Low Density Lipoprotein):


ricas em triglicerídeos de origem hepática

LDL LDL (Low Density Lipoprotein): colesterol (50%)

HDL HDL (High Density Lipoprotein): colesterol (20%)

Lipoproteínas.
Fonte: Autoria própria
Transporte de lipídios

 Lipídios são insolúveis Triglicerídeos

em água. VLDL
Triglicerídeos
IDL

 Associação com
Lipase lipoproteica
Célula espumosa
proteínas e formação
de lipoproteínas. Oxidação
LDL LDL modificada
 Quilomícron.
Fígado Transporte reverso HDL
 VLDL.
Lipase
 LDL. lipoproteica Quilomícron
Quilomícron
Triglicerídeos
 HDL. residual

Triglicerídeos
<C12
Veia porta
hepática >C12

Lipídios de alimentação

Intestino delgado

Transporte de lipídios.
Fonte: Autoria própria
Interatividade

Sobre o metabolismo de lipídios, assinale a alternativa correta:


a) A digestão dos lipídios ocorre principalmente no estômago, pela ação do suco gástrico, rico
em ácido clorídrico.
b) O transporte de lipídios no sangue ocorre na forma de triglicerídeos.
c) A fração LDL colesterol é considerada aterogênica, ou seja, promove a formação da placa
de ateroma.
d) A fração HDL colesterol apresenta a maior porcentagem de colesterol, quando comparada
às demais lipoproteínas.
e) O quilomícron é formado no fígado.
Resposta

Sobre o metabolismo de lipídios, assinale a alternativa correta:


a) A digestão dos lipídios ocorre principalmente no estômago, pela ação do suco gástrico, rico
em ácido clorídrico.
b) O transporte de lipídios no sangue ocorre na forma de triglicerídeos.
c) A fração LDL colesterol é considerada aterogênica, ou seja, promove a formação da placa
de ateroma.
d) A fração HDL colesterol apresenta a maior porcentagem de colesterol, quando comparada
às demais lipoproteínas.
e) O quilomícron é formado no fígado.
Objetivos

Estudar os lipídios:
 Lipólise.
 Lipogênese.
Lipólise e lipogênese

 Ocorrem em momentos metabólicos distintos.


 Jejum x absortivo.
 Lipólise: conjunto de reações que permitem a formação de glicerol e ácidos graxos a partir
do estoque de triglicerídeos nos adipócitos.
 Lipogênese: conjunto de reações que promovem a síntese de ácidos graxos que formam os
triglicerídeos.
Lipólise

 A enzima LHS hidrolisa o Célula hepática


Adipócito
triglicerídeo em glicerol e
Glicólise
ácidos graxos. Glicerol Piruvato
 O glicerol só pode ser utilizado no
fígado pela enzima glicerol quinase. Triglicerídeo Outros tecidos
 Os ácidos graxos são oxidados à
acetil-CoA no Ciclo de Lynen e, Ácidos
posteriormente, as moléculas de Ciclo de
graxos
Lynen
acetil-CoA são oxidadas no Ciclo
de Krebs.
Acetil-CoA

Ciclo de
Krebs

Utilização dos triglicerídeos como fonte de energia.


Fonte: Autoria própria
Lipólise

 Jejum superior a 8 horas, os triglicerídeos começam a ser degradados.


 A lipase hormônio sensível (LHS) é ativada pelos hormônios glucagon ou epinefrina (também
chamada adrenalina). Esses hormônios ativam a proteína G, presente no citoplasma, e esta,
por sua vez, ativa a adenilato ciclase (AC), presente na membrana plasmática do adipócito.
 O aumento da concentração intracelular de AMP cíclico (AMPc) fosforila uma proteína
quinase dependente de AMPc, ativando a enzima LHS, que irá hidrolisar os triacilglicerol em
ácido graxo e glicerol que saem da célula.
Lipólise

 Liberação dos ácidos graxos do  [glicose] sg   Hormônio glucagon ou epinefrina


tecido adiposo.
 Sinalização feita pelo glucagon sangue
ou epinefrina.

Membrana celular
Receptor do adipócito

Proteína G
Adenilato ciclase

ATP  AmPc + PPi

Proteína quinase
TG
LH5
AG +
glicerol

Esquema da ativação do AMPc e sua implicação na lise de triglicerídeos.


Fonte: SILVA, E. F.
Lipólise

 Ativação dos AGL de cadeia 0


longa (reação em que é gasto 1 R C Carnitina + CoA
ATP). Espaço
intermembranoso Carnitina
 Ligação à coenzima A (CoA), aciltransferase II
transformando-se em acil-Co-A.
 O acil-Co-A se liga à carnitina, 0
liberando a coenzima A e 0
Carnitina + R CoA
C
transformando-se em AG- CoA + R C Carnitina
carnitina ou acil-carnitina.

Carnitina
aciltransferase I

Esquema da passagem do
ácido graxo (AG) pela 0
membrana da mitocôndria
auxiliado pela carnitina. R C CoA
Fonte: Livro-texto + Matriz
mitocondrial
Carnitina
Ciclo de Lynen

 Sequência de reações que permitem a Acil-CoA com número par


de carbonos (16 carbonos)
formação de moléculas de acetil-CoA. Primeira volta

 A molécula de acil-CoA remanescente Acil-CoA com 2 carbonos a menos (14) Acetil-CoA


continua o ciclo. Segunda volta

Acil-CoA com 2 carbonos a menos (12) Acetil-CoA


Terceira volta

Acil-CoA com 2 carbonos a menos (10) Acetil-CoA


Esquema da oxidação de um ácido graxo de
Quarta volta
16C sem saturações.
Fonte: Livro-texto
Acil-CoA com 2 carbonos a menos (8) Acetil-CoA
Quinta volta

Acil-CoA com 2 carbonos a menos (6) Acetil-CoA


Sexta volta

Acil-CoA com 2 carbonos a menos (4) Acetil-CoA


Sétima volta

Acil-CoA Acetil-CoA
Lipogênese

 Síntese de ácidos Acetil-CoA

graxos e triglicerídeos
que são armazenados Citrato sintase
Citrato
liase
no fígado e tecido citrato CITRATO Oxaloacetato + Acetil-CoA

adiposo. NADH

Ácidos graxos

malato isocitrato
Isocitrato
desidrogenase NADH
ATP CO2
-cetoglutarato
fumarato

NADH
FADH2 CO2
Succinil-CoA
Succinato

Ciclo de Krebs.
GTP Fonte: Autoria própria
Lipogênese

 Acetil-CoA é a molécula Biotina-CO2


precursora. 1. Acetil-CoA (2C) Malonil-CoA (3C)
 Malonil-CoA é a molécula ATP ADP

alongadora. 2. Acil-CoA (4C) + Malonil-CoA (3C) Acil-Malonil-CoA (7C)

CO2
3. Acil-Malonil-CoA (7C) β-ceto-acil-CoA (6C)

NADPH NADP

4. β-ceto-acil-CoA (6C) β-hidroxiacil-CoA (6C)

H2O
5. β-hidroxiacil-CoA (6C) Acil-CoA (6C)  β-insaturado (6C)

NADPH NADP

6. Acil-CoA (6C)  β-insaturado (6C) Acil-CoA saturado (6C)

Etapas da lipogênese.
Fonte: Bioquímica básica. 5. ed. Editora MNP, 2003. (Adaptado)
Formação do triglicerídeo

 Produzido no retículo endoplasmático


dos diferentes órgãos que sintetizam
lipídios.

 Os AG sintetizados na lipogênese se
combinam com uma molécula de Esquema de um ácido fosfatídico (glicerol + 2AG).
Fonte: http://www.lbqp.unb.br/bioq/images/aulas2D
glicerol que deve estar na forma de /fosfatidato.gif
glicerofosfato para gerar triglicerídeos.
Adipócito

Triglicerídeo

Armazenamento de triglicerídeo no adipócito.


Fonte: Autoria própria
Interatividade

A respeito do metabolismo de lipídios, assinale a alternativa correta:


a) A atividade da enzima lipase hormônio sensível (LHS) está favorecida após a ingestão de
grandes quantidades de carboidratos.
b) O Ciclo de Lynen permite a oxidação dos ácidos graxos em moléculas de acetil-CoA, que
são encaminhadas para o Ciclo de Krebs.
c) Na lipogênese, moléculas de acetil-CoA são adicionadas ao triglicerídeo preexistente no
adipócito.
d) A adrenalina estimula a lipogênese.
e) Durante a lipólise, moléculas de acetil-CoA alongam a cadeia carbônica de ácidos graxos.
Resposta

A respeito do metabolismo de lipídios, assinale a alternativa correta:


a) A atividade da enzima lipase hormônio sensível (LHS) está favorecida após a ingestão de
grandes quantidades de carboidratos.
b) O Ciclo de Lynen permite a oxidação dos ácidos graxos em moléculas de acetil-CoA, que
são encaminhadas para o Ciclo de Krebs.
c) Na lipogênese, moléculas de acetil-CoA são adicionadas ao triglicerídeo preexistente no
adipócito.
d) A adrenalina estimula a lipogênese.
e) Durante a lipólise, moléculas de acetil-CoA alongam a cadeia carbônica de ácidos graxos.
Referências

 CAMPBELL, M.; FARREL, S. Bioquímica. 2. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2015.

 CHAMPE, P. C.; HARVEY, R. A. Bioquímica ilustrada. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.

 FERREIRA, C. P. P. Bioquímica básica. 10. ed. Luana, 2018.

 MARZZOCO, A.; TORRES, B. B. Bioquímica básica. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara-


Koogan, 2015.
ATÉ A PRÓXIMA!

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