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REVISÃO
Glicólise
Felipe Reis - ATM 27
Função antioxidante
- A via das pentoses fosfato protege contra o dano oxidativo no eritrócito;
- A glutationa (GSH) é um tripeptídio γ-glutamil-cisteinil-glicina;
- Está presente nas células na concentração de 2-5 mmol/L, sendo 99% na forma
reduzida (tiol), e é uma coenzima essencial para a proteção da célula contra vários
ataques oxidativos e químicos;
- A maior parte do NADPH formado na hemácia é utilizada pela glutationa redutase
para manter a GSH no estado reduzido.
- Durante sua função como coenzima para atividades antioxidantes, a GSH é oxidada
à forma dissulfeto, GSSG, a qual é posteriormente regenerada pela ação da
glutationa redutase;
- A glutationa peroxidase (GPx) é encontrada em todas as células e utiliza a GSH
para desintoxicação do peróxido de hidrogênio e peróxidos inorgânicos (lipídios) no
citosol e nas membranas celulares;
Felipe Reis - ATM 27
Glicólise
- Depende das enzimas fosfofrutoquinase e piruvato quinase;
- Ocorre em situações energeticamente desfavoráveis;
- A fosfofrutoquinase é regulada positivamente por frutose 2,6 bifosfato e por ADP; é
regulada negativamente por ATP e por citrato;
- A piruvato quinase é regulada positivamente por frutose 2,6 bifosfato; negativamente
por ATP;
Gliconeogênese
- Depende das enzimas piruvato carboxilase, fosfoenolpiruvato carboxilase e frutose
1,6 bifosfatase;
- Ocorre em situações energeticamente favoráveis;
- A piruvato quinase é regulada positivamente por Acetil CoA e negativamente por
ADP;
- A fosfoenolpiruvato carboxilase é regulada negativamente por ADP;
- A frutose 1,6 bifosfatase é regulada positivamente por citrato e negativamente por
frutose 2,6 bifosfato;
Regulação hormonal
#A regulação hormonal depende da frutose 2,6 bifosfato; é um modulador alostérico da
fosfofrutoquinase;
→ Em situações energéticas favoráveis, altos níveis de glicose, em que a insulina se
eleva, ocorre aumento dos níveis de frutose 2,6 bifosfato e a DESFOSFORILAÇÃO DAS
ENZIMAS, a fosfofrutoquinase fica ativa e a frutose bifosfatase fica inativa.
GLICONEOGÊNESE
→ Em situações energeticamente desfavoráveis, baixos níveis de glicose, o glucagon se
eleva para promover a liberação ou formação de glicose, reduzindo a produção de
frutose 2,6 bifosfato e causando a FOSFORILAÇÃO das enzimas, a fosfofrutoquinase fica
inativa e a frutose bifosfatase fica ativa; GLICÓLISE
- Fosfofrutoquinase = glicólise;
Felipe Reis - ATM 27
Glicogênio
- Hepático = degradado entre as refeições pela glicogenólise = degradação de
glicogênio para liberar glicose para manter a concentração de glicose no sangue; ]
#Fígado possui receptores para glucagon e glicose 6 fosfatase;
- Muscular = não está disponível para manutenção de glicose no sangue; a liberação
de AMP, adrenalina e Ca2+ estimulam a quebra de glicogênio muscular para
aumentar a produção de ATP;
#Degradado pela via glicolítica durante o exercício físico;
#Não é liberado para a corrente sanguínea, pois não há receptores e nem enzima;
#Uso para contração muscular, queima local de glicose para formar ATP para as células;
Regulação
#Glicogênio sintase = gliconeogênese;
#Glicogênio fosforilase = glicogenólise;
- Próximo a essas enzimas, existem enzimas reguladoras que atuam sobre ambas de
forma contrária, ou seja, se uma é inibida, a outra é favorecida;
⇒ Glicogênio fosforilase quinase = glucagon e adrenalina = situações desfavoráveis =
fosforila tudo = GLICONEOGÊNESE → ATIVAM GLICOGÊNIO SINTASE e INIBEM
GLICOGÊNIO FOSFORILASE;
⇒ Glicogênio fosforilase fosfatase = insulina = desfosforila tudo ao redor = situações
favoráveis = INATIVAM GLICOGÊNIO SINTASE e ATIVAM GLICOGÊNIO FOSFORILASE;
Ciclo de Krebs
⇒ Ao final do ciclo, é produzida apenas uma molécula de GTP (energia), logo essa não é
sua função principal. Sua função real é retirar o máximo possível de elétrons e acetil CoA
para produzir coenzimas reduzidas (NADH E FADH2) para a cadeia transportadora de
elétrons.
#Glicólise gera 2 piruvatos;
#Cada piruvato gera um ciclo de Krebs;
- Ocorre na matriz mitocondrial;
- Produz ATP em pequenas quantidades, mas é principalmente responsável pela
formação de coenzimas reduzidas;
Existem 3 pontos de regulação:
- Citrato sintase;
- Isocitrato desidrogenase;
- Alfa-cetoglutarato desidrogenase;
#1 ciclo gera 1 ATP, 2CO2, 3 NADH e 1 FADH;
Fase preparatória
- A enzima piruvato desidrogenase converte piruvato a acetil CoA;
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ENZIMAS ALOSTÉRICAS
- Proteínas reguladoras que apresentam um sítio catalítico e um sítio regulador em
suas cadeias polipeptídicas;
- Ao sítio regulador, ligam-se os chamados efetores alostéricos, que regulam a
atividade dessas enzimas;
- Os efetores se ligam de forma não covalente;
- As enzimas alostéricas existem em duas formas: T (tensa), não ligada ao substrato,
e a forma R (Relaxada) ligada ao substrato;
- As enzimas alostéricas demonstram especificidade tanto para o seu substrato
quanto para o modulador.
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Fosforilação oxidativa
- ATP sintase é um complexo enzimático composto por 3 sítios de ligação de
substratos: O,L e T;
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Estresse oxidativo
#O oxigênio recebe um elétron por vez e forma espécies reativas de oxigênio;
- Isso ocorre naturalmente;
- OH- (hidroxila) é a forma mais instável e possui o maior potencial de redução;
- A glutationa atua na regeneração das enzimas antioxidantes;
⇒ Estresse oxidativo é um desequilíbrio entre a concentração de fatores pró-oxidantes e
antioxidantes, que pode gerar fatores deletérios e disruptivos na sinalização celular;
Eventos de estresse oxidativo:
- Aumento das respostas oxidativas;
- Respostas antioxidantes;
- Danos oxidativos;
#Os níveis de GSH e GSSG servem para identificar o estado oxidativo;
#Quanto maior a quantidade de enzimas de defesa, maior o estresse oxidativo;
⇒ Burst respiratório = maior aporte de O2 = maior produção de espécies reativas de O2;
Função antioxidante
- A via das pentoses fosfato protege contra o dano oxidativo no eritrócito;
- A glutationa (GSH) é um tripeptídio γ-glutamil-cisteinil-glicina;
- Está presente nas células na concentração de 2-5 mmol/L, sendo 99% na forma
reduzida (tiol), e é uma coenzima essencial para a proteção da célula contra vários
ataques oxidativos e químicos;
- A maior parte do NADPH formado na hemácia é utilizada pela glutationa redutase
para manter a GSH no estado reduzido.
- Durante sua função como coenzima para atividades antioxidantes, a GSH é oxidada
à forma dissulfeto, GSSG, a qual é posteriormente regenerada pela ação da
glutationa redutase;
- A glutationa peroxidase (GPx) é encontrada em todas as células e utiliza a GSH
para desintoxicação do peróxido de hidrogênio e peróxidos inorgânicos (lipídios) no
citosol e nas membranas celulares;
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QUESTÕES
Glicólise
NAD+ e FAD = ADP alto = glicólise;
NADH e FADH2 = ATP = gliconeogênese;
- NAD E FAD recebem elétrons e prótons para se reduzirem a NADH e FADH2 e
transportar esses elementos adiante;
- A redução de NADH a NAD+ garante a continuidade da via; é feita pela conversão
de piruvato a lactato, reação catalisada pela piruvato desidrogenase;
- A glicólise ocorre por meio da oxidação da glicose a piruvato; gera ATP;
- Ocorre no citoplasma das células;
- Ocorre em situações de alto ADP e baixo ATP, pois essas reações geram um
superávit energético de 2 ATP;
#A glicólise ocorre no interior das células, no citosol, sendo um evento que quebra a glicose
para formar ATP. Nesse processo, o primeiro ponto de regulação é a enzima hexoquinase,
capaz de catalisar a conversão de glicose em glicose 6 fosfato. Diferentemente da glicose,
capaz de atravessar a membrana por seus transportadores, a glicose 6 fosfato não
consegue atravessar a membrana e fica no interior das células para as demais etapas da
glicólise. (GASTO DE 1 ATP);
via anaeróbica. Por isso, nessas pessoas, ocorre elevação do fator HIF-1, que
transcreve mais enzimas da via glicolítica e mais eritropoetina para formação de
hemácias. Tudo isso se une para permitir que organismo obtenha a energia
necessária para o funcionamento, porém de forma mais dependente da glicólise;
Gliconeogênese
Glicogenólise: Glicogênio → UTP glicose → Glicose 1 fosfato → Glicose 6 fosfato (já pode
ser utilizada pelos músculos) → Glicose;
Glicogênese: Glicose → Glicose 6 fosfato → Glicose 1 fosfato → UTP glicose → Glicogênio;
- Triglicerídeos > ácido graxo > acetil-CoA > piruvato (já no fígado)
- Triglicerídeos > glicerol > diidroxiacetona fosfato > piruvato (já no fígado)
No músculo:
- Proteínas > aminoácidos > alanina e glutamina > piruvato (já no fígado)
- Lactato > piruvato (já no fígado)
3) Paciente, morador de rua, sem identificação, chega ao PA com sinais de fraqueza, dores
e lipotimia (desmaio). Relata não ter se alimentado há dois dias. Explique detalhadamente
quais os processos bioquímicos que aconteceram com o paciente que o mantiveram vivo
durante dois dias de suposto “jejum”.
- Nas primeiras horas, os níveis de glicose foram mantidos constantes pela
degradação das reservas de glicogênio no fígado pela glicogenólise, liberando
glicose para o sangue de acordo com as necessidades do organismo. Depois do
esgotamento dessas reservas, o corpo libera o hormônio glucagon, que estimula a
formação de glicose a partir dos substratos não carboidratos, como lactato e
proteínas, e diminui a produção de frutose 6 bifosfato. A ausência dessa molécula
leva à fosforilação das enzimas e à ativação da frutose bifosfatase, que estimula a
gliconeogênese. Dessa forma, os níveis de glicose são estabilizados pela produção
da nova glicose pelo fígado e pelos rins.
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4) Qual a relação de um paciente alcoólatra, com quadro de cirrose e mal alimentado com a
via da gliconeogênese?
- A cirrose é uma doença caracterizada pela substituição das células hepáticas por
fibras, decorrente, por exemplo, do consumo excessivo de bebidas alcóolicas. Como
os hepatócitos são substituídos, as funções hepáticas ficam comprometidas. Dessa
forma, o paciente, ainda mal alimentado, possui baixas reservas de glicogênio
hepático, sua glicogenólise é comprometida e sua glicemia é mantida,
principalmente, por gliconeogênese. Dessa forma, com a função hepática
comprometida, ocorre acúmulo de NADH e lactato no fígado, sem que esse seja
convertido em glicose, causando acidose lática, taquicardia e batimentos
acelerados.
favorecida e forma nova glicose sem fontes carboidratos, como lactato, aminoácidos
e etc. Por outro lado, um cenário rico em glicose libera insulina, que aumenta a
concentração de frutose 2,6 bifosfato e desfosforila as enzimas frutose bifosfatase
2 e fosfofrutoquinase 2, deixando a primeira inativa e a segunda ativa. A
fosfofrutoquinase favorece a glicólise a glicose é quebrada para formar energia
(ATP);
INSULINA = DESFOSFORILA = Fosfofrutoquinase ativa = glicólise;
GLUCAGON = FOSFORILA = Frutose bifosfatase 2 ativa = gliconeogênese;
7) Mulher de 32 anos, com diabetes e altos índices de glicose na corrente sanguínea, entra
em trabalho de parto. A cesariana foi bem sucedida, porém o recém-nascido estava acima
do peso e após 1 hora do nascimento, apresentou hipoglicemia. Explique bioquimicamente
com detalhes, o porquê isso aconteceu e quais são as medidas que deverão ser aplicadas
pós-parto.
- Durante as últimas semanas de gestação, o bebê está recrutando recursos, gordura
e energia, para seu nascimento. Nesse caso, o bebê experimentou um ambiente
hiperglicêmico, abundante em glicose, que desfavoreceu a formação de enzimas da
gliconeogênese. Quando nasceu, obteve energia pela glicólise do glicogênio já
existente. Mas quando esse acaba, não possui enzimas para realizar
gliconeogênese e sofre com hiperglicemia;
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SÍNTESE
- O glicogênio é sintetizado pela gliconeogênese;
- UDP glicose = glicose ativada;
- UDP Glicose é produzido a partir de glicose por uma série de reações:
- (1) fosforilação de glicose, com consumo de ATP, catalisada pela glicoquinase no
fígado e hexoquinase no músculo;
- (2) isomerização da glicose 6fosfato a glicose 1fosfato, pela fosfoglicomutase
- (3) reação deste açúcar com UTP formando UDPGlicose e pirofosfato,
promovida pela UDPglicose pirofosforilase:
- UDP Glicose é substrato da glicogênio sintase, a enzima que, efetivamente,
catalisa a síntese — ela transfere a unidade glicosil de UDP Glicose para uma das
extremidades não redutoras do glicogênio, formando uma ligação α1,4;
- A glicogenina catalisa a incorporação de novos resíduos de glicose, unidos
por ligações α1,4 e sempre provenientes de UDPGlicose, até formar uma
pequena cadeia de 10-20 resíduos. Neste momento entra em ação a
glicogênio sintase, que prossegue a polimerização, e a glicogenina desliga-se
do polímero em crescimento. A glicogenina é uma enzima com atuação pouco usual:
é o substrato, o catalisador e o produto da reação.
DEGRADAÇÃO DO GLICOGÊNIO = aumento da glicose 6 fosfato;
FORMAÇÃO DE GLICOGÊNIO = diminuição da glicose 6 fosfato;
1) Quais os objetivos da glicogênese e onde ela ocorre?
- Os objetivos da glicogênese são a síntese e degradação de glicogênio para a
manutenção dos níveis glicêmicos. Ela ocorre no fígado e no músculo.
2) Quais hormônios ativam esse processo em resposta aos altos/baixos níveis de glicose
sanguínea?
- Insulina e glucagon;
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Ciclo de Krebs
Felipe Reis - ATM 27
⇒ Citrato sintase
- Converte oxaloacetato em citrato;
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⇒ Isocitrato desidrogenase
- Converte citrato em isocitrato;
- Inibida alostericamente por ATP e NADH;
- Ativada por ADP e Ca2+;
⇒ a-cetoglutarato desidrogenase
- Converte isocitrato em a-cetoglutarato;
- Inibido por ATP, NADH e succinil CoA;
- Ativado por Ca2+;
- A face da membrana interna voltada para a matriz fica mais negativa do que a face
voltada para o espaço intermembranas;
- A energia conservada no gradiente eletroquímico resultante é chamada de força
próton motriz;
- O retorno dos prótons ao interior da mitocôndria é um processo espontâneo, a
favor do gradiente eletroquímico, que libera energia capaz de levar à síntese de
ATP.
- Entretanto, a membrana interna da mitocôndria é impermeável a prótons em
toda a sua extensão, exceto em sítios específicos, constituídos pelo complexo
sintetizador de ATP, a ATP sintase;
- É somente por este canal que os prótons podem atravessar a membrana, de
volta à matriz, e desfazer o gradiente. A ATP sintase catalisa a formação de ATP
quando os prótons atravessam a enzima, em direção ao interior da mitocôndria.
- Nas situações em que a célula realiza processos que consomem energia,
transformando ATP em ADP, aumenta a síntese de ATP e a oxidação de
coenzimas.
- Quando o consumo de ATP é reduzido, a concentração de ADP é baixa e a
translocação de prótons pela ATP sintase diminui, porque a entrada de H+ na
enzima requer ADP;
Estresse oxidativo
- Radical livre é uma espécie química capaz de existência independente (daí a
denominação livre) e que contém um ou mais elétrons não pareados no orbital
externo;
- São instáveis e ao reagirem com uma molécula, geram outro radical livre,
iniciando uma reação em cadeia; ânion radical superóxido e o radical hidroxila.
- O ânion radical superóxido, o peróxido de hidrogênio e o radical hidroxila são
chamados, conjuntamente, de espécies reativas de oxigênio (ROS, da
denominação inglesa).
- A formação de espécies reativas de oxigênio é um processo natural e inevitável
nos organismos aeróbios. Estima-se que de 0,1 a 2% do oxigênio consumido por
mitocôndrias seja convertido em radical superóxido, embora esses valores sejam
questionados.
- Em condições normais do metabolismo celular, os mecanismos de defesa contra
radicais livres permitem homeostase. Mas, quando há um aumento na
produção dessas espécies, a capacidade protetora das enzimas e dos
antioxidantes é ultrapassada, resultando em estresse oxidativo.
- Antioxidantes: são compostos presentes nos alimentos de origem vegetal, dentre
os quais se destacam: as vitaminas A,C, E (Seção 18.4), os carotenos (βcaroteno,
precursor da vitamina A — Seção 15.2 —, e licopeno), os polifenóis (resveratrol e
flavonóides) etc.
- As espécies reativas de oxigênio também têm funções biológicas importantes;
- O exemplo clássico de uma função essencial desempenhada pelas ROS é o
combate a infecções bacterianas;
- Nas células do sistema imunológico, como neutrófilos e macrófagos, uma enzima
muito ativa, a NADPH oxidase, catalisa a transferência de elétrons do NADPH
ao oxigênio, com produção de grandes quantidades de radical superóxido e
água oxigenada, que eliminam as bactérias fagocitadas.
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Felipe Reis - ATM 27