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dos
Carboidratos
SUMÁRIO
1. As bases da glicólise e do destino do piruvato.....................................................3
3. Gliconeogênese.................................................................................................13
4. Glicogênio.........................................................................................................16
5. Galactose e frutose...........................................................................................23
Referências....................................................................................................................... 30
1. AS BASES DA GLICÓLISE E DO
DESTINO DO PIRUVATO
A glicose é metabolizada pela glicólise, uma via universal para produção de ener-
gia que não requer oxigênio (anaeróbica). A glicólise transforma a glicose em piru-
vato, deixando a fase do metabolismo oxidativo para a mitocôndria. Também produz
metabólitos que são precursores para a síntese de aminoácidos, proteínas, lipídios
e ácidos nucleicos. A glicólise é composta por cinco reações que consomem ATP e
cinco reações que produzem ATP. A piruvato desidrogenase é uma enzima que cata-
lisa três reações dentro do mesmo complexo multienzimático. A glicólise é regulada
em três pontos: hexoquinase, fosfofrutoquinase (PFK) e piruvato quinase. Essa
é feita por modificação covalente com fosforilação. Prosseguindo na nossa análi-
se, devemos conhecer as etapas das reações que levam a formação do piruvato.
Começando pela Etapa de número 1, o que é importante sabermos? A fosforilação
da glicose em glicose 6-fosfato, a primeira etapa regulada na glicólise, é irreversível
e aprisiona a glicose dentro da célula, essa reação utiliza um ATP. Também é impor-
tante salientar que: as duas enzimas que catalisam esta etapa, hexoquinase e glico-
quinase, são especializadas para funcionar em diferentes condições. Continuando
na Etapa 1, é importante ressaltar que: a hexoquinase, presente em todos os tecidos,
é ativa em baixas concentrações de glicose e não pode fosforilar rapidamente gran-
des quantidades de glicose. A glicoquinase, presente no fígado e nas células beta
pancreáticas, é altamente ativa apenas em altas concentrações de glicose e fosforila
rapidamente grandes quantidades de glicose. Seguindo na Etapa de número 2, desta-
camos que há: reação reversível envolvendo a conversão de glicose 6-fosfato em fru-
tose 6-fosfato pela fosfoglicose isomerase. Na Etapa 3, identificamos uma Reação
irreversível envolvendo a conversão de frutose 6-fosfato em frutose 1,6-bifosfato pe-
la fosfofrutoquinase 1 (PFK-1), que é a enzima limitante da taxa de glicólise, esta re-
ação gasta um ATP. Na Etapa 4, há Conversão reversível de frutose 1,6-bifosfato em
dois intermediários de 3 carbonos pela aldolase A. A triose fosfato isomerase con-
verte reversivelmente o gliceraldeído 3-fosfato em dihidroxiacetona fosfato (DHAP).
Ainda na Etapa 4: o DHAP é reversivelmente convertido em glicerol 3-fosfato pela
glicerol 3-fosfato desidrogenase, que usa NADH como cofator. O Glicerol 3-fosfato
é o substrato primário para a síntese de triacilglicerol no fígado durante a alimen-
tação (ao contrário do jejum). O Glicerol 3-fosfato é usado para transportar NADH
para a cadeia de transporte de elétrons (ETC) na membrana mitocondrial interna. E,
em jejum, o glicerol 3-fosfato é convertido em DHAP, que é utilizado como substrato
para a gliconeogênese. Na Etapa número 5, há Conversão reversível de gliceraldeído
3-fosfato em 1,3-bisfosfoglicerato (1,3-BPG) por gliceraldeído 3-fosfato desidroge-
nase usando NAD+ como cofator. O NAD+ deve ser reabastecido ou reestabelecido
para que a glicólise continue. O NADH é transportado para a ETC pelo transporta-
dor de fosfato de glicerol ou pelo transportador malato-aspartato. O sistema de
4. GLICOGÊNIO
O glicogênio é um polímero de glicose altamente ramificado encontrado princi-
palmente no fígado e no músculo esquelético. O metabolismo do glicogênio tam-
bém perpassa por algumas etapas. A glicogênese, a síntese de glicogênio, requer
um fragmento preexistente de glicogênio ou uma glicoproteína primer, chamada
glicogenina, mais a glicose UDP doadora ativada. A fosfoglicomutase isomeriza a
glicose 6-fosfato em glicose 1-fosfato por uma reação reversível. A glicose 1-fosfato
mais trifosfato de uridina (UTP) produz uridina difosfato-glicose (UDP-glicose), que
é a forma ativada da glicose necessária para a síntese de glicogênio. A glicogênio
sintase, enzima limitadora da taxa, forma uma ligação α-1,4-glicosídica entre uma
unidade de glicose de UDP-glicose na extremidade não redutora de um fragmento de
glicogênio ou glicoproteína (glicogenina) existente. A enzima ramificadora, glicosil
transferase, remove um bloco de unidades de glicose da extremidade não redutora
de uma cadeia de glicogênio em crescimento e reconecta unidades de glicose em
Fosfoenolpiruvato 6-fosfogluconato
GLUT 2 Glicose-1-fosfato
Glicose Gliceraldeído-
3- fosfato Rubulose-5-fosfato
DNA;RNA Glicose Glicose-6-fosfato
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