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Fuel ideal:
A glicose é a única fonte de energia que o cérebro usa em condições de jejum e a única
que as hemácias podem usar em qualquer circunstância.
Glicose
C. Krebs
Fosforilação oxidativa
O que é a glicólise?
Ocorre no citoplasma;
Formar ATP;
Formar NADH
Formar percursores de aminoácidos, lípidos e açúcares.
Como são os intermediários da glicólise?
Fase I: reações endergónicas (1.ª 5 reações). Temos de gastar ATP para pôr a glicose o
mais instável possível para que possa ser cingida;
A glicose não se consegue difundir pela membrana devido às suas cargas negativas e por
não haver trasnportadores especificos, por isso, é que adicionamos um fosfato. Serve para fixar
a glicose no interior da célula.
NOTA: As cinases são enzimas que cataliasam transferencia de um grupo fosfato do ATP para
uma molecula (acetor).
A hexocinase tem uma grande afinidade pelo susbtrato, logo km baixo e Vmáx baixa.
Ocorre fosforilação da glicose independentemente da sua concentração. É inibida
alostericamente pelo produto.
A grande afinidade da hexocinase pela glicose faz com que haja um aporte permanente
para os tecidos, mesmo que a concentração de glicose seja baixa, fosforilando toda a glicose que
entra na célula.
Reação irreversível.
NOTA: Regulação é adequar a via às necessidades da célula. Controlo é uma reposta da célula,
tendo em conta um sinal extracelular, que em nada tem a ver com as necessidades da célula.
Por exemplo, em excesso de glucose e AMP, a fosfofrutocinase-2 leva à produção de frutose-
2,6-bifosfato, que estimula a glicólise, para produção de energia necessária à célula (isto trata-
se de regulação, a célula sente falta de energia e, por isso, produz mais ATP). Quando os niveis
de glicose são baixos, a glucagina vai-se ligar a recetores especificos das células e converter e
ativar o AMPc que, por sua vez, vai ativar a proteína cinase A. esta enzima vai fosforilar a piruvato
cinase, inativando-a, reduzindo drasticamente o fluxo da via metabólica (isto é controlo, pois a
célula limita-se a obdecer a ordens externas que não têm a ver com as suas necessidades
momentâneas.
É ativada por:
É inibida por:
Glicose-6-fosfato
Glicose-1-fosfato glucogénio
Via das pentoses nucleótidos
Frutose-6-fosfato
Dihidroxiacetina-fosfato
Glicerol-3-fosfato lípidos
1,3 BPG
2,3 BPG
3-fosfoglicerato
Serina
Fosfoenolpiruvato (PEP)
Piruvato
O que é?
Como há vezes não há aporte de glicose através da alimentação, são precisos órgãos
que formem glicose.
Onde acontece?
Quando temos gasto de glicose, como é o caso dos GV, que não têm mitocôndrias, não
produzem energia e ficam dependentes da queima da glucose, o piruvato formado é libertado
para o espaço extracelular e depois é convertido a lactato. Podemos recuperar o lactato:
NOTA: A biotina (grupo prostético) serve para ligar o CO2 do bicarbonato ao piruvato.
4. Frutose-1,6-bifosfatase
Se tivermos muita glucagina, vamos ter pouca glucose extracelular, por isso,
temos de produzir glucose.
Se tivermos muita insulina, vamos ter muita glucose extracelular, por isso, é
inútil produzir mais glicose.
Na acidose, temos muito H+, por isso, temos de fazer compensação renal, ou seja, temos
de produzir HCO3- e NH3, para que isso aconteça, a PEPCK é regulada no túbulo renal proximal.
Glucose
AG
Corpos cetónicos
METABOLISMO DA FRUTOSE
Onde acontece?
Porque acontece?
A maioria dos tecidos consegue metabolizar glicose, mas nem todos conseguem
metabolizar a frutose.
Aqueles que conseguem metabolizar a glucose e a frutose, sempre que ela está presente
em grandes quantidades, inibe competitivamente o metabolismo da glicose. Isto deve-se à
produção de frutose-1-fosfato, que inibe a ação da hexocinase. A frutose-1-fosfato, se não for
de imediato metabolizada, devido à ausência de aldolase B, vai-se acumular e diminuir o fluxo
da glicólise, ou seja, vai ser produzida menos energia.
METABOLISMO DA GALACTOSE (VIA DE LELOIR)
O que faz?
O que é?
METABOLISMO DO SORBITOL
O que é o sorbitol?
É um álcool.
Por que razão se forma sorbitol?
A glucose é uma molécula reativa, é um aldeído, que pode reagir com aminas formando
bases de Schiff, causando a inativação das aminas às quais estava associada a energia da glicose.
Isto é, afeta a função das proteínas.
Ele acumula-se no interior das células e temos de eliminá-lo, por que senão vai causar o
rebentamento das mesmas, por fenómenos osmóticos.
Vai haver uma disfunção ao nível dos tecidos e órgãos, que os pode levar à destruição
funcional dos tecidos.
O local onde se torna mais evidente a acumulação do sorbitol é nos olhos, sobretudo na
lente, leva à sua opacidade e a cataratas (fenómeno de natureza inflamatória), característicos
dos diabéticos.
Formação de glucogénio;
Via das pentoses;
Glicólise
VIAS DAS PENTOSES
São processos redutores que precisam de equivalentes redutores para poderem ser
feitos.
Portanto, para a célula fazer estes processos tem de ter duas coisas:
Ribose-5-fosfato
Está de acordo com as necessidades da célula. Primeiro a célula tem de ter energia para
sobreviver e só depois, quando está muito bem do ponto de vista energético, é que se preocupa
com processos biossintéticos.
No entanto, há células cuja principal objetivo sintetizar metabolitos e não a produção
de energia, estando dependentes das outras células como é o caso dos GV. Estas células têm um
fluxo da via das pentoses muito elevado.
Se a célula estiver bem do ponto de vista redox – não vale a pena acionar a via
das pentoses, < glucose-6-fosfato desidrogenase.
Se a célula estiver mal do ponto de vista redox e bem do ponto de vista
energético – aciona-se a via das pentoses, > glucose-6-fosfato desidrogenase.
Pode haver um défice das enzimas transcetolases ou do seu cofator (vit B1). Vai haver
um défice na via das pentoses. Deixa de ser possível transformar xilulose-5-fosfato (5C) e ribose-
5-fosfato (5C), no caso da transcetolase I, e de xilulose-5-fosfato (5C) e eritrose-4-fosfato (4C),
no caso da transcetolase II.
Caso do eritrócito
1. Descarboxilação do piruvato;
2. Oxidação da hidroxietila e transferência do acetil;
3. Formação da acetil CoA
4. Oxidação de di-hidrolipoamida e transferência de eletrões de FADH2 para NAD+.
AG e glicerol (lípidos)
Glicose e outros açúcares (sacarídeos)
Aminoácidos (proteínas)
CICLO DE KREBS
O que é?
É um ciclo de reações, cujo produto final pode interagir com uma nova molécula de acetil
CoA, começando o ciclo do início.
Ao longo do ciclo são formadas várias moléculas que são importantes na formação de
ATP (ex NADH) e outras moléculas são removidas (ex CO2).
Sozinho o ciclo de Krebs só produz 1 ATP. A maioria das moléculas de ATP são formadas
na fosforilação oxidativa, usando o NADH e FADH, que vêm do ciclo de Krebs.
NOTA: O ciclo de Krebs só ocorre em aerobiose (presença de O2), apesar do O2 não entrar
diretamente no ciclo.
3 NADH
1 NADH do complexo PDH
1 FADH2
1 GTP (ATP)
2 CO2
Através da fosforilação oxidativa, cada NADH produz 3 ATP e 1 FADH2 produz 2 ATP.
Obteve-se uma célula eucariótica, na qual existem dois genomas diferentes, com
sínteses proteicas independentes, mas que cooperam mutuamente na produção de energia. A
mitocôndria especializou-se neste papel específico, no interior da célula.
NOTA: No TCA, para além de NADH e FADH2 (poder redutor), também se produz CO2, que
corresponde à maior parte do CO2 produzido pelo metabolismo.
NOTA: O NADH e o FADH2, equivalentes redutores, têm de ser oxidados, cedendo o seu
potencial redutor para produzir energia, na mitocôndria, no sistema multienzimático da CMR.
O que é necessário para que ocorram estas vias metabólicas no interior da mitocôndria?
Para cada sistema da CMR, temos de ter dois genomas a funcionar: a serem transcritos
e traduzidos. Ou seja, são necessárias duas sínteses proteicas. Uma dentro da mitocôndria para
traduzir os 13 péptidos, que são codificados pelo DNA mitocondrial, e as outras dezenas de
péptidos do DNA nuclear.
O que é a CMR?
O citC faz o transporte de eletrões do complexo IV para o O2, sendo este o último
aceitador de eletrões, ficando reduzido a água.
O transporte de protões faz-se dos complexos I, III e IV para o EI. Forma-se um gradiente
protónico, que quando se dissipa liberta energia. Ao libertar energia, acontece uma reação que
seria entropicamente não espontânea e pouco provável, pois ΔG > 0, que é a síntese de ATP. A
energia fica armazenada nas ligações fosfato e é muito fácil ser degradada, pois tem ΔG <<< 0,
O que são as coenzimas Q?
A CMR é o principal local de formação de radicais livres na célula, porque cerca de 4-5
% do O2 que há na célula não é completamente reduzido a água. Isto é, vai receber um eletrão
da Ub semi-reduzida e pode formar um radical de superóxido. Na presença de ferro livre, este
radical pode originar um radical hidroxilo (OH-), o radical mais lesivo.
Por isto, usamos a ubiquinona em muitos cremes, pois tem um poder antioxidante
muito elevado, pois vai receber os eletrões que estão desemparelhados e, assim, neutralizar os
radicais livres. Ela recebe os eletrões e depois consegue entrar no sistema. Assim, passa os
eletrões para a cadeia respiratória, aumentando a eficácia do sistema e reduzindo os radicais
livres.
Aumentam a coesão do sistema para que não haja extravio do fluxo de eletrões.
Estes centros transportam um eletrão de cada vez, passando o seu átomo de ferro do
estado Fe3+ para Fe2+. Isto também acontece aos átomos de ferro dos grupos heme dos
citocromos do sistema.
Este sistema é a maior fonte de radicais livres na célula. Quando o O2 recebe o 1.º
eletrão, forma um radical (espécie muito reativa que facilmente oxida outras moléculas, como
as proteínas, lípidos e DNA.
Stress Oxidativo
Com o avançar da idade, passa-se a produzir mais eletrões livres e menos defesas,
havendo envelhecimento celular.
Há também citopatias que são doenças que são causadas por problemas na CMR.
E’o negativo (afinidade por eletrão menor do que H2) Forte poder redutor (NADH)
E’o positivo (afinidade por eletrão maior do que H2) Forte poder oxidante (O2)
Os eletrões seguem esta ordem devido a uma maior afinidade por eletrões ao longo do
fluxo, sendo que o componente com maior afinidade pelos eletrões será o aceitador final, o O2.
É o sistema mais usado nos tecidos que têm maior necessidade de produção
de ATP, pois é um processo mais rápido (5x), dado que tem menor
quantidade de passos, menos proteínas envolvidas (1, enquanto que o
shuttle malato-aspartato tem 6). Isto é, apesar de ser menos eficiente é
muito mais rápido.
A partir da oxidação do
NADH e do FADH2,
transportam-se
eletrões até ao O2,
criando-se energia
potencial, que é
armazenada nas
ligações de ATP.
O complexo V (ATP sintetase)
é um canal de protões, que
consegue produzir energia a
partir da dissipação do
gradiente de protões, criado
pelo fluxo de eletrões. Consegue produzir uma molécula de ATP por cada 3 protões que
passarem através dele para a matriz da mitocôndria.
O ATP sintetase é formado por 12 subunidades, 2 delas codificadas pelo DNA
mitocondrial. Estas subunidades conseguem mudar a sua conformação, à medida que
passam os protões, e o seu conjunto forma um canal de protões.
Quando os protões passam por este canal, há uma alteração das subunidades β, que
rodam, funcionando a subunidade γ como eixo de rotação da molécula.
Por cada 3 protões que passarem no canal, há esta rotação.
1 molécula de ADP e 1 Pi ligam-se a um lado (side) da subunidade β, que após uma volta
completa, dão origem a 1 molécula de ATP.
A subunidade β tem 3 sides que permitem ligar, a cada um deles, uma molécula de ADP
e um Pi. Por cada volta completa da subunidade γ, são produzidas 3 moléculas de ATP.
1 NADP 10 H+ pelo canal 3 ATP
FADH2 6 H+ pelo canal 2 ATP
Associados à função da ATP sintetase, há 2 transportadores:
ANT (transportador de nucleótidos de adenina) – faz sair o ATP e entrar o ADP
na mitocôndria, pois sem ADP não consumo de O2 para a síntese de ATP, ou
seja, sem ADP não há consumo de O2 e o ADP é essencial para a FO; se houver
mutações no gene que codifica o ANT, vão ocorrer múltiplas deleções de DNA
mitocondrial e vai-se ter miopatias mitocondriais, como por exemplo,
oftalmoplegia (paralisia dos músculos do olho, causada por uma lesão no nervo
oculomotor (III) ou por deficiência da vitamina B1).
Trocador de Pi – transporta Pi para a matriz com 1 H+, por co-transporte. Dos
10 H+ do NADH, 1 é usado no co-transporte de Pi, que depois se vai juntar ao
ADP, formando ATP. Por cada molécula de ATP sintetizada, são precisos 3 H+,
mas também é preciso 1 para simporte do Pi
Para haver fosforilação do ATP é preciso transporte de eletrões até ao O2, para formar
o gradiente de protões.
Pode haver transporte de eletrões até ao O2 sem que haja aproveitamento da energia
do potencial elétrico para produzir ATP, sendo essa energia dissipada sob a forma de calor.
Inter-relação metabólica:
São moléculas orgânicas insolúveis em água, mas solúveis em solventes orgânicos; são
na sua maioria ésteres de AG ou amidas de AG.
3. Glicerofosfolípidos (polares)
Ácido fosfatídico (PA)
Fosfatidiletanolamina (PE) ou cefalina
Fosfatildicolina (PC) ou lecitina
Fosfatidilserina (PS)
Fosfatilglicerol (PG)
Fosfatidilinositol-4,5-bifosfato (PIP2)
Cardiolipina ou difosfaidilglicerol (DPG)
Fosfolipases A1, A2, C e D
NOTA: Por ação da fosfolipase A2, podem-se formar lisofosfolípidos. Este são instáveis em
membranas, pois perderam um AG, formando micelas. Micelas
estão unidos por forças de van der waals, constituem uma das
fases dos coloides, afetam a viscosidade, condutividade elétrica,
tensão superficial e pressão osmótica da solução.
4. Esfingolípidos (polares)
Ceramida
Esfingomielina molécula anfipática; corresponde a 10-20% dos
fosfolípidos totais; é um fosfolípido, pois o seu grupo X é fosfocolina
Glucosilcerebrósido 5% da bainha mielina; 6% da substancia cinzenta
Lactosilceramida
Gangliosódio contém resíduos de acido sálico
Doença de Tay-Sachs
Doença de Gaucher
Doença de Krabbe
Doença de Niemann-Pick
5. Outros lípidos
Ceras misturas complexas de lípidos apolares; ésteres de AG de cadeia
longa (saturados, insaturados e esteróis); têm um grupo fracamente polar e
uma longa cauda apolar; formam o sebo, camada protetora da pele.
Colesterol
Eicosanóides (20C)
Por que é que usamos os AG como fonte de energia principal e não o glicogénio?
O glicogénio é mais polar, mais hidratado e menos compacto que os AG, que são
hidrofóbicos e mais reduzidos.
SÍNTESE DE AG
Onde ocorre?
Fígado principalmente
Tecido adiposo
Rim
Pulmão
Glândulas mamárias
O que é a ACAT?
É a acil-colesterol acil-transferase.
É a enzima que provoca a esterificação do colesterol, ou seja, a adição de um AG, ligado
ao grupo OH.
É ativada pelo colesterol.
É responsável pela síntese de hormonas esteroides.
O colesterol esterificado é completamente apolar.