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T14 – Aparelho genital feminino

Ovário
 Tem forma achatada com 3 a 5 cm
 Revestido pelo mesotélio (epitélio de pavimentoso a cúbico simples), conhecido erradamente por
epitélio germinativo, que também reveste a cavidade peritoneal e tem origem no epitélio celómico
 Estroma ovárico é constituído por:
o Fibroblastos
o Delgadas fibras reticulares e de colagénio
o Substância fundamental
o Feixes de fibras musculares lisas dispersos
 Ao corte histológico observa-se:
o Uma zona periférica – córtex que apresenta:
 Aglomerados de folículos primordiais
 Numerosos folículos em diferenciação
 Folículos pós-ovulatórios – corpo amarelo e corpo albicans
 Túnica albugínea – fina camada de tecido conjuntivo denso e regular, que se observa
à periferia do cortéx – mais fina que a do testículo
o Uma zona central – medula que apresenta:
 Tecido conjuntivo – que dá suporte
 Grandes vasos sanguíneos – uma a. ovárica tortuosa e espiralada e veias
 Vasos linfáticos e nervos
 Células da região do hilo – muito semelhante às células de Leydig do testículo
 Secreção de estrogénios e progesterona que ocorre principalmente nas células do hilo (embora
também produzam androgénios) que fazem
o Controlo pós-natal do aparelho genital feminino
o Desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários
o Regulam o ciclo menstrual
o Sincronizam a actividade do tracto genital e da glândula mamária com o ciclo ovárico

Produção de gâmetas femininos


 Folículos primordiais  Folículo primário  Folículo secundário  Folículo maduro/de Graaf 
Ovulação (esta progressão leva cerca de 13 dias)
 Folículo primordial (50m)
o No ovário da mulher jovem os folículos primordiais são os mais numerosos, a partir dos
quais um grupo significativo inicia, a cada ciclo menstrual, o processo de maturação.
o Apresenta um ovócito primário – célula relativamente grande (25m de diâmetro), apresenta
um núcleo volumoso, um nucléolo proeminente e um citoplasma algo reduzido em relação
ao volume total da célula
o O ovócito primário é envolvido por uma única assentada de células foliculares
pavimentosas, originárias do epitélio germinativo que reveste a superfície do ovário
o Separado do restante parênquima ovárico por uma lâmina basal
o Quando é estimulado pelas hormonas hipofisárias FSH e LH, o folículo primordial aumenta
de volume transformando-se no folículo primário
 Folículo primário (200m)
o Com uma única camada de células foliculares
 O ovócito tem maiores dimensões
 As células foliculares aumentam de volume, passando a cúbicas ou cilíndricas –
células granulosas
 Entre o ovócito e as células foliculares, ocorre o aparecimento da zona pelúcida –
membrana glicoproteica, de aspecto homogéneo à microscopia de luz, produzida
pelo ovócito.
o Com múltiplas camadas de células foliculares
 As células foliculares multiplicam-se por mitoses formando várias camadas e
passando a designar-se camada granulosa
 A zona pelúcida já se encontra agora perfeitamente desenvolvida, sendo constituída
por 3 glicoproteínas – ZP1, ZP2 e ZP3
 Durante esta fase de maturação do folículo, o tecido conjuntivo organiza-se de modo
a formar, em redor do folículo, uma assentada celular contínua – teca folicular (teca
interna) – que está separada da camada granulosa apenas pela membrana basal
o As células foliculares e o ovócito em desenvolvimento comunicam entre si por juncões
comunicantes através da zona
pelúcida
1. O OMI – oocyte maturation inhibitor – é uma
proteína da célula folicular com uma pequena
massa molecular (1-2 kDa) que alcança o
ovócito pelas junções comunicantes. O OMI
impede que o ovócito sofra uma maturação
meiótica espontânea
2. MPF – maturation promoting factor – (cdc2-
cyclin B complex) induz a desintegração do
envelope nuclear (quebra da vesicula
germinativa) antes da metafase I. Antes da
ovulação, o ovócito é activado pelo MPF que
induz a progressão da meiose I (parada
inicialmente em profaseI). Acção do MPF
resulta na formação do primeiro corpo polar
(fim da meiose I).
 Folículos secundários (500m)
o Localizados mais profundamente
no córtex
o Apresentam uma zona granulosa
bem desenvolvida, onde começam
a surgir pequenos espaços intercelulares
que, ao confluírem, dão origem ao
antro ou cavidade folicular (grande
diferença com o primário)
 É um local onde se acumula o líquido folicular rico em ácido hialurónico, esteroides,
factores de crescimento e gonadotrofinas.
o O ovócito primário tem uma posição excêntrica, ocupando a zona da granulosa chamada
cúmulo oóforo.
 Zona que liga o ovócito à parede do folículo, pelas células foliculares que vão dar
origem à coroa radiada
o A teca folicular passa a apresentar duas camadas bem distintas:
 Teca interna – rica em vasos sanguíneos
 Teca externa – meramente constituída pelo tecido conjuntivo
 Folículo pré-ovulatório/maduro/de Graaf (20 mm)
o Antro de maiores dimensões, sendo formado pela junção de todos os espaços intercelulares
o Zona granulosa forma uma assentada de células de igual espessura em torno de toda a
periferia do antro, passando a expressar receptores para a LH
o Nesta fase, dá-se o fim da meiose I e o ovócito, já haploide, passa a chamar-se secundário,
estando estabilizado em metáfase II
o O ovócito secundário, circundado por algumas células da granulosa, formando a coroa
radiada, permanece ligado à parede do folículo pelo cúmulo oóforo, agora
muito mais pequeno.
o Antes da ovulação rompem-se as ligações celulares à granulosa e o ovócito
passa a flutuar livremente no líquido que preenche o antro folicular
o A teca interna de aspecto fusiforme, continua a rodear a granulosa,
enquanto a teca externa não apresenta uma delimitação tão nítica
 Folículo atrésio
o Como na espécie humana, apenas um folículo atinge a fase pré-ovulatória e libertará o
ovócito que poderá ser fecundado, em qualquer fase do desenvolvimento, os restantes
folículos que iniciaram o processo de maturação, sofrem um processo de atrésia e
degeneram.
o A sua forma e características depende da fase de desenvolvimento em que estavam e do
nível de progressão da atrésia.
o Neste processo:
 O ovócito degenera
 As células da granulosa desagregam-se e rompem-se
 O folículo e a zona pelúcida colapsam, surgindo alterações fibróticas
 A membrana basal sofre um espessamento muito acentuado – membrana vítrea
 Os folículos atrésicos acabam por ser completamente substituídos por tecido
conjuntivo fibroso
 Ovulação
o O folículo maduro vai-se aproximando da superfície ovárica, atravessando a túnica
albugínea, o epitélio cúbico simples ovárico
o Por acção de inúmeros factores hormonais e enzimáticos, bem como pelo aumento da
pressão intrafolicular, dá-se a ovulação com a ruptura do folículo e, consequentemente,
libertação do ovócito e a sua coroa radiada para a cavidade peritoneal
 No estigma, as protéases dos fibroblastos estimuladas pela LH degradam as fibras
colagénicas da túnica albugínea e da teca externa
o O que fica dentro do ovário?
 Células foliculares
 Células da teca interna e externa
 O espaço do antro é preenchido por vasos sanguíneos, que vão formar um coágulo
sanguíneo – corpo hemorrágico

Desenvolvimento e formação do corpo lúteo – luteinização


 A seguir à ovulação, a camada granulosa, também chamada membrana folicular, do folículo pré-
ovulatório torna-se pregueada, por esvaziamento do conteúdo do antro, e transforma-se numa parte
do corpo lúteo. A luteinização está extremamente relacionada com o pico da LH.
 Externamente, o corpo amarelo é delimitado pelo tecido conjuntivo do estroma derivado da teca
externa do folículo pré-ovulatório
 Esta transformação inclui:
1. As células da granulosa ou foliculares aumentam de
tamanho e acumulam gotas lipídicas, que lhes dão um aspecto
vacuolizado, tornando-se células granuloso-luteínicas. Estas gotas
lipídicas ao aspecto macroscópico são amarelas daí que o corpo lúteo
também se chame corpo amarelo.
As células granuloso-luteínicas têm uma forma poligonal com núcleos
esféricos, com um ou dois nucléolos, o citoplasma é abundante e
ligeiramente eosinofílico,
2. O lúmen, previamente ocupado pelo antro folicular, é preenchido com fibrina, que é depois
substituída por tecido conjuntivo e novos vasos sanguíneos que furam a membrana basal.
3. Os espaços entre as pregas da camada granulosa são penetrados pelas células da teca interna,
vasos sanguíneos e tecido conjuntivo. Estas células aumentam igualmente de volume e
acumulam lípidos – células teco-luteínicas. Estas células são mais pequenas que as células
granuloso-luteínicas, têm um núcleo ovoide com um grande nucléolo, o citoplasma apresenta-
se mais intensamente eosinofílico, com um aspecto fortemente esponjoso (devido às gotas
lipídicas)
Função do corpo lúteo
 A função do corpo lúteo é regulada pela FSH e LH.
1. A FSH estimula a produção de progesterona e
estradiol pelas células granuloso-luteínicas.
2. A LH estimula a produção de progesterona e
androstenediona pelas células teco-luteínicas, A androstenediona é
translocada para as células granuloso-luteínicas para a aromatização
do estradiol.
3. Durante a gravidez, a prolactina e os lactogénios
placentários regulados pelos efeitos do estradiol são produzidos pelas
células granuloso-luteínicas por estimulação dos receptores de
estrogénios à sua superfície.
4. O estradiol estimula as células granuloso-luteínicas a
acumular o colesterol em gostas lipídicas, proveniente do sangue, que
depois é transportando para a mitocôndria para a síntese de
progesterona.

Regressão ou involução do corpo lúteo - luteólise


 Se a fertilização não ocorrer, o corpo lúteo entra num
processo de regressão, chamado luteólise.
 A luteólise envolve uma sequência de eventos que levam à
apoptose.
1. A redução do fluxo sanguíneo dentro do corpo lúteo
causa uma diminuição da oxigenação, causando hipóxia.
2. As células T chegam ao corpo lúteo e produzem
interferão γ que, por sua vez, actua no endotélio para facilitar a
chegada de macrófagos.
3. Os macrógagos produzem factor de necrose tumoral
α – TNF-α – e a cascata da apoptose do corpo lúteo começa.

Corpo albicans
 Se não houver fecundação do ovócito, o corpo amarelo regride formando uma estrutura não
funcional – corpo albicans.
 Macroscopicamente é branco, daí a sua designação.
 É uma massa de tecido fibroso inactiva, formando uma cicatriz com colagénio e fibroblastos,
processo resultanto da degeneração e autólise das células secretoras e dos vasos sanguíneos do corpo
amarelo
 Quando há fecundação, o corpo amarelo persiste até ao aparecimento da placenta até aos 3meses,
designando-se corpo lúteo gravídico. É um corpo lúteo muito grande com intensa actividade
secretora.
 O corpo albicans resultante do corpo lúteo gravídico é muito maior que o corpo lúteo da
menstruação.
Tracto Genital
 Trompas uterinas, útero e vagina
 Têm uma estrutura básica em comum, formada por uma parede, com maior ou menor abundância de
tecido muscular liso
 Revestido internamente por uma mucosa e externamente por tecido conjuntivo

Trompa de Falópio ou trompa uterina


 Tem um forma de funil, sendo possível identificar anatomicamente 4
porções: A Síndrome dos cílios
o Infundíbulo – parte mais distal do útero, tem fimbrias que permitem a imóveis tem também
capatação do ovócito para a dentro da trompa repercussões no epitélio
o Ampola cilíndrico ciliado
o Istmo Gravidez ectópica – se por
o Porção intersticial ou intramural – funde-se com a parede uterina algum motivo o embrião
 Mucosa nidificar na mucosa da
o Forma um labirinto de pregas longitudinais ramificadas, mais trompa uterina, a gravidez
evidente na região ampolar, pois a mucosa é tanto mais tortuosa, tem de ser interrompida. É
quanto mais se aproxima do infundíbulo uma emergência médica,
o Estas pregas proporcionam um ambiente favorável à fecundação pois a mulher pode perder
o Epitélio cilíndrico simples, com dois tipos de células: muito sangue
 Células ciliadas
 Apresentam cílios que batem em
direcção ao útero
 Aumentam em altura durante a fase
estrogénica (1ª fase do ciclo
menstrual), atingindo a altura
máxima na ovulação
 Diminuem de altura quando os
níveis de progesterona estão elevados
 Células secretoras
 São menos numerosas que as células ciliadas
 Elas fornecem nutrientes para o zigoto durante a sua migração
 Têm microvilosidades no pólo apical e são de menor tamanho durante o
estágio da progesterona
o Lâmina própria – constituída por um tecido conjuntivo muito rico em fibras colagénicas e
muito vascularizada
 Túnica muscular
o Camada interna – circular
o Camada externa – longitudinal
 Serosa – revestimento mesotelial

Utero
 É subdividido num revestimento mucoso – endométrio – e uma parede muscular bem desenvolvida –
miométrio

Endométrio
 Epitélio cilíndrico simples, com algumas células ciliadas
 Estroma conjuntivo rico em células – tecido conjuntivo laxo – lâmina própria
 Muitas glândulas tubulosas simples
 Possui três camadas histológicas e funcionalmente distintas
o Camada basal
 Mais profunda, adjacente ao miométrio
 Não sofre alterações durante o ciclo menstrual, nem descama na menstruação
São designadas como a camada funcional do
o Camada esponjosa – camada intermédia, mais extensa endométrio, pois ambas sofrem alterações
o Camada compacta – mais superficial e mais estreita profundas ao longo do ciclo menstrual e
ambas descamam durante a fase menstrual
 Sob a influência dos estrogénios e progesterona, o endométrio sofre alterações ciclícas de modo a
proporcionar as condições apropriadas à implantação de um ovócito fecundado. Estas alterações
regulares do endométrio envovem tanto o epitélio como o estroma subjacente e processam-se ao
longo de 2 fases
o Fase proliferativa
o Fase secretora

Ciclo endometrial
 Fase proliferativa ou 1ª fase
o O estroma endometrial vai proliferar tornando-se mais espesso e mais vascularizado
 É rico em células, contendo poucas fibras colagénicas
 Com aspecto sugestivo de mesênquima primitivo
o As glândulas tubulosas simples vão-se progressivamente tornando mais numerosas
 Inicialmente têm uma aparência rectilínea com um epitélio glandular proliferativo,
constituído por células cilíndricas, com os núcleos situados no pólo basal
 No final da fase proliferativa, as glândulas estão mais densamente agrupadas, são
mais sinuosas, abrindo-se na superfície endometrial com um epitélio glandular, com
um aspecto sugestivo de pseudo-estratificado
o As células epiteliais adquirem cílios e microvilosidades, bem como, o aumento dos
organelos citoplasmáticos necessários para a fase secretora
 Ovulação
 Fase secretora
o Inicia-se imediatamente após à ovulação
o O endométrio alcança a sua espessura máxima e torna-se receptivo à implantação do
blastocisto
o Sob a influência da progesterona, o epitélio glandular aumenta a síntese de glicogénio
 O glicogénio começa-se a acumular no pólo basal das células, descolando o núcleo
para uma região mais central.
 Mais tarde, o glicogénio expande-se preenchendo quase todo o citoplasma da célula
 As células epiteliais têm um aspecto vacuolizado do citoplasma, resultante do arraste
e da coloração do glicogénio pelas técnicas histológicas correntes
 A actividade secretora das células epiteliais aumenta progressivamente de modo que
na fase final do período secretor o lúmen das glândulas fica preenchio por uma
secreção abundante, muito espessa e rica em glicogénio
o As glândulas passam a apresentar uma configuração espiralada, irregular, sendo comparadas
aos dentes de uma serra, quando observadas num corte histológico
o O estroma conjuntivo, infiltrado de linfócitos, torna-se muito vascularizado
 Dada a retenção do líquido no espaço intersticial, o estroma apresenta-se edematoso
 As células passam de fusiformes com grandes núcleos ovóides a esféricas com
núcleos centrais e redondos, com citoplasma ligeiramente acidófilo – células
deciduais
 São células da lâmina própria do endométrio
 Têm receptores para estrogénios e progesterona
 Na altura da implantação do blastocisto proliferam e diferenciam-se
funcionalmente
 Modulam a invasão trofoblástica
 Proporcionam nutrientes ao embrião
 Juntamente com as células trofoblásticas, previnem a rejeição imunológica
do embrião
 Têm um importante papel endócrino, por secreção de prolactina tecidual,
que tem um efeito trófico no corpo lúteo
 Segrega também prostoglandinas e relaxina
 Na gravidez, segrega a proteína de ligação ao IGF-1, que previne a acção
proliferativa das células endometriais
 Fase menstrual
o Na ausência da implantação de um blastocisto e interrupção da actividade secretora do corpo
amarelo, inicia-se uma fase de vasoconstrição das arteríolas espiraladas da camada funcional
do endométrio
o A isquémia resultante começa por condicionar a degeneração das camadas superficiais do
endométrio com saída do sangue dos capilares e das arteríolas para o estroma endometrial
o Formam-se pequenos hematomas que coalescem e se rompem na superfície da mucosa
o A camada funcional retrai-se e as células do estroma ficam mais compactas e densamente
coradas
o O lúmen das glândulas reduz-se ou fica mesmo obliterado no colapso geral do endométrio
o Progressivamente, todo o estrato funcional degenera e descama dando origem ao fluxo
menstrual
o A menstruação é um fluxo composto por sangue, epitélio e estroma necróticos

Miométrio
 Constituído por três camadas de tecido muscular liso, entrelaçados num arranjo mal definido, que
não permite a identificação clara da sua separação
 No interior do miométrio, há uma rede de artérias e veias rodeadas por tecido conjuntivo, rico em
fibras colagénicas e algumas fibras elásticas
Colo uterino
 O canal endocervical é revestido por um epitélio cilíndrico simples que se afunda num tecido
conjuntivo subjacente formando sulcos ou criptas glandulares
 Comparativamente com o miométrio, existem poucas fibras musculares lisas, observando-se um
tecido conjuntivo rico em fibras colagénicas e elásticas
 Perto da vagina, há uma zona de transição, em que o epitélio passa a pavimentoso estratificado não
queratinizado
 É maioritariamente na zona de transição que se instala o cancro do colo uterino, que é a segunda
maior causa de morte na mulher, embora haja
vacina contra os serotipos 16 e 18 do HPV.
Vagina
 Canal essencialmente fibromuscular
 Mucosa
o Epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado
 Tem um aspecto esbranquiçado, pois possui grande quantidade de glicogénio, que
depois do tratamento histológio fica branco
o Lâmina própria – tecido conjuntivo laxo com muitas fibras elásticas e uma rede muito
significativa de pequenas veias
 Túnica muscular – os feixes musculares estão dispostos em estratos não muito bem definidos, apesar
de se identificar um camada circular interna e uma longitudinal externa
o Tem algumas propriedades de contracção voluntária, mas não é propriamente um esfíncter
 Adventícia – não é revestida por nenhum mesotélio
 Tem um pH ácido, devido à produção de lactato pela acção do Lactobacillus acidophilus (bactéria
resistente ao pH ácido), por metabolismo do glicogénio armazenado nas células epiteliais
 A subida do pH vaginal é propícia à instalação de fungos (como a Candida
albicans)

Glândula Mamária
 Glândula sudorípara apócrina altamente modificada
 Epitélio glandular
o Sistema ramificado de canais terminais, que ao longo do ciclo ovárico se
transformam em canais e alvéolos secretores
o Os alvéolos alcançam a sua expressam máxima na gravidez e na
amamentação
 Estroma subcutâneo de tecido conjuntivo com maior ou menor quantidade de
tecido adiposo
 Mamilo – onde se abrem na superfície cutâneo os canais excretores

 Embriologicamente surge (à semelhança das outras glândulas da pele) como um


conjunto de proliferações epiteliais de origem ectodérmica que se afundam na mesoderme subjacente
ao longo das linhas mamárias que se estendem desde as axilas até às virilhas (4ª sem)
 Na infância
o A glândula mamária segue um desenvolvimento em
ambos os sexos
o Não há uma porção secretora
o Só há praticamente um canal excretor
 Na puberdade
o Sob a influência de hormonas hipofisáricas e ováricas,
a mama feminina sofre modificações estruturais e
funcionais, de acordo com o ciclo genital da mulher
o Há o desenvolvimento da porção secretora
o Aumento da arborização dos canais excretores
 No adulto
o Estão estabelecidas as duas porções secretora e
excretora
o Apresenta-se como uma glândula tubulo-alveolar
composta
o Formada por 15-25 unidades glandulares
independentes – lobos
o Os lobos estão imersos numa massa de tecido adiposo
subdividido por septos de tecido conjuntivo denso,
rico em fibras colagénicas
o Os lobos dispõem-se de modo radial a diferentes
profundidades em redor do mamilo
o São drenados por um canal galactóforo que se abre na superfície do mamilo
o Junto ao mamilo, o canal galactóforo sobre uma dilatação – seio galactóforo
o Cada lobo encontra-se dividido em vários lóbulos constituídos por múltiplos canais
terminais e alvéolos secretores
o Os lóbulos estão separados por tecido conjuntivo interlobular denso
o O tecido intralobular de sustentação, que circunda os canais e os alvéolos, é laxo e muito
vascularizado
o Os canais e os alvéolos são revestidos por duas assentadas celulares
 Uma em contacto com lúmen, formada por células epiteliais
 Nos canais de maior calibre, são cilíndricas
 Nos canais e menor calibre, são cúbicas
 No início do ciclo ovárico, o lúmen dos canais não é evidente
 Em fases mais tardias do ciclo ovárico, o lúmen torna-se mais proeminente,
podendo mesmo conter alguma secreção eosinófila
 As células epiteliais dos canais e alvéolos secretores são responsáveis pela
produção de leite na amamentação
 Os estrogénios actuam essencialmente nos canais excretores e a
progesterona actua mais nos alvéolos secretores
 Outra junto à membrana basal, as células mioepiteliais
 Células achatadas
 Com citoplasma pouco corado
 Estão em volta das células secretoras
 Nos canais de maior calibre, formam uma camada contínua
 Nos canais e alvéolos secretores, são descontínuas
 Com propriedades contrácteis
 Promovem a ejecção do leite na altura da lactação
 Na gravidez
o Sob as hormonas produzidas pelo corpo amarelo e pela placenta, o epitélio dos canais
terminais prolifera intensamente, expandindo-os dando origem a um grande número de
alvéolos secretores
o Os lóbulos crescem acentuadamente ficando o tecido conjuntivo intralobular e o tecido
adiposo interlobular reduzidos a delgados septos
o Os alvéolos apresentam-se dilatados com as células de revestimento epitelial com numerosos
vacúolos no citoplasma
o O estroma intralobular é menos proeminente contendo infiltrados de linfócitos, eosinófilos e
plasmócitos
o À medida que a gravidez progride, as células dos alvéolos começam a produzir um líquido
rico em proteínas – colostro – que se vai acumulando no lúmen dos alvéolos e dos canais
 Na lactação
o A glândula é quase inteiramente composta por alvéolos muito distendidos devido à
acumulação da secreção láctea
o A secreção láctea confere aos alvéolos uma coloração eosinófila com numerosos vacúolos
resultantes da grande quantidade lipídica
o Os lípidos são segregados por secreção apócrina (parte do citoplasma também segregado)
o A IgA produzida pelos plasmócitos é transportada pelo lúmen por transcitose, conferindo
imunidade ao recém-nascido
o A IgA é um importante factor de protecção das mucosas (GI), daí que os recém-nascidos
amamentados com leite materno têm menos diarreias/cólicas do que os que comem leite
industrializado
o As proteínas (caseína, α-lactoalbumina e
PTH-rp) são segregadas por secreção merócrina (em
vesículas de secreção)
o Os glúcidos são produzidos no aparelho de
Golgi e lançados para o exterior da célula
juntamente com as proteínas
o A oxitocina estimula a ejecção de leite por
indução da contracção das células mioepiteliais
o A PRL estimula a secreção láctica

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