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Hipófise
Órgão maciço
Cápsula de tecido conjuntivo denso irregular
Desenvolvimento embrionário
1. Um divertículo chamado infundíbulo desenvolve-se no pavimento do diencéfalo e cresce em
direcção à boca primitiva – 4ª semana
2. Simultaneamente, uma região da ectoderme do tecto da boca primitiva invagina-se para formar um
divertículo chamado bolsa de Rathke
3. A bolsa de Rathke alonga-se em direcção ao infundículo
4. O processo infundibular desce ao longo do lado dorsal da bolsa de Rathke, perdendo a conexão o
tecto da boca primitiva – 6ª semana
5. A regressão da bolsa de Rathke pode deixar tecido residuais, que se podem tornar num tumor –
craniofaringioma
Lobo anterior/ adeno-hipófise ou pars distalis – deriva da bolsa de Rathke de ectoderme
o As células da parede anterior da bolsa de Rathke, proliferando activamente, vão constituir as
células epiteliais da pars distalis e pars tuberalis da adeno-hipófise
o O lúmen da bolsa de Rathke reduz-se a uma bolsa estreita correspondendo aos pequenos
quistos de colóide, observados na hipófise do adulto
o As células da parede posterior da bolsa de Rathke não proliferam dando origem à pouco
desenvolvida pars intermédia
Lobo posterior/neuro-hipófise ou pars nervosa – deriva de um divertículo neuro-ectodérmico
o As células da parede do infundíbulo, por proliferação, dão origem os pituicitos,
correspondendo a células da nevróglia, da neuro-hipófise.
Adeno-hipófise
Constituída por:
Pars distalis (lobo anterior)
o 75% da hipófise
o Cordões de células epiteliais de células
acidófilas, basófilas e cromófobas
o Tecido conjuntivo de suporte
o Capilares fenestrados que fazem parte
do plexo capilar secundário
o Não tem barreira hemato-encefálica
o Cada um dos tipos celulares segrega a
respectiva hormona sob o estímulo de
uma hormona de libertação específica
(RH – releasing hormone) elaborada
pelo hipotálamo ventral e conduzida ao local preciso pelo sistema porta-hipofisário
Pars intermédia
o 2% da hipófise
o Cordões de células epiteliais de células basófilas e cromófobas
o Tecido conjuntivo
o Capilares fenestrados
o Formações quisticas com colóide no seu interior
o As células da pars intermédia parecem segregar a hormona estimulante dos melanócitos –
MSH
Pars tuberalis
o Cordões de células epiteliais de células basófilas (predominantemente gonadotróficas) e
cromófobas
o Tecido conjuntivo
o Capilares fenestrados
Melatonina
Produzida a partir do triptofano
Durante a noite, aumenta a sua secreção e durante o dia diminui
Regula o ritmo circadiano da produção de outras hormonas
Desenvolvimento embrionário
1. Surge a partir da 10ª semana de desenvolvimento, por aparecimento de um divertículo mediano no
tecto do diencéfalo
2. A parede da evaginação vesicular espessa-se. O lúmen fica obstruído, excepto na base da
evaginação, onde o recesso pineal persiste e comunica com o ventrículo III no adulto
3. A glândula pineal torna-se uma estrutura compacta e contém dois tipos de células derivadas das
células neuro-epiteliais primordiais. As meningem envolvem e invadem a glândula em
desenvolvimento formando septos de tecido conjuntivo.
As concreções epifisárias começam a formar-se na infância, tornando-se evidentes a partir da 2ª
década de vida.
Tiróide
Cápsula de tecido conjuntivo denso irregular
Parênquima organizado em folículos:
o Pequenas formações esféricas
o 20-30 milhões
o Revestidos por epitélio cúbico simples, do qual 90% possui o polo apical em contacto com o
lúmen do folículo – Células principais
o Pode ser mais alto ou mais baixo consoante a quantidade de colóide no interior – quanto +
cheio mais baixo o epitélio
o O lúmen do folículo é preenchido por colóide, uma substância gelatinosa que possui uma
grande quantidade de tiroglobulina – glicoproteína iodada
o Os restantes 10% das células de cada folículo são células C ou parafoliculares
Situam-se junto ao polo basal das células principais
Não contactam com o lúmen do folículo
Têm o citoplasma mais claro – fraca acção tintorial
Produzem Calcitonina
o Cada folículo tiroideu é suportado por uma malha de fibras reticulares e está envolvida por
uma abundante rede capilar para onde as células da tiróide libertam as hormonas por elas
produzidas.
Células da Tiróide
Células principais
o Responsáveis pela concentração do
iodo no lúmen folicular e pela síntese
de tiroglobulina que passa para o lúmen
folicular por exocitose
o No lúmen folicular a tiroglobulina sofre
iodação por acção da tiróide
peroxidase
o A tiroglobulina iodada sofre
endocitose e por um processo de
degradação metabólica é convertida
a tiroxina (T4) e tri-iodotironina (T3)
o A T3 e a T4 são lançadas para a
rede capilar para fazerem
os seus efeitos em vários
tecidos e órgãos,
influenciando o
metabolismo dos hidratos de
carbono, a absorção
intestinal, o ritmo cardíaco, o
crescimento e a actividade cerebral.
o A sua síntese e secreção são reguladas por acção da TSH hipofisária
Células C ou parafoliculares
o Situam-se junto ao polo basal das células principais
o Não contactam com o lúmen do folículo
o Têm o citoplasma mais claro – fraca acção tintorial
o Produzem calcitonina, que se acumula em pequenos grânulos no seu polo basal, de onde é
lançada para a rede capilar do folículo
Embriologia da Tiróide
É a primeira glândula endócrina a desenvolver-se no embrião
Final da 4ª semana – tem origem por invaginação de um espaçamento
endodérmico – divertículo tiroideu – no vértice do V lingual, o forâmen cego
da língua em formação.
5ª semana – este divertículo vai ficando mais distendido, iniciando um
processo migratório em direcção caudal
6ª semana – próximo do osso hioide, passando depois à frente da laringe
7ª semana – atinge a localização definitiva em frente ao 2º e 3º aneis traqueais.
o O trajeto migratório da tiróire constitui o canal tireoglosso que
também desaparece na 7ª semana
O esboço primitivo da tiroide é uma massa compacta de células que se
transforma num agregado de cordões celulares em resultado da acção do
mesênquima envolvente
10ª semana – os cordões celulares separam-se em pequenos grupos de células no
centro dos quais se organiza o futuro lúmen folicular
11ª semana – surge a colóide no interior do lúmen folicular, iniciando-se a
produção de hormonas tiroideias
As células C diferenciam-se de células da crista neural que migraram para a
porção ventral da 4ª bolsa faríngea – corpo ultimobranqueal
Esta formação funde-se com a tiróide e espalha-se pelos diferentes folículos
tiróideus
Paratíroides
São 4, duas superiores e duas inferiores
Têm uma fina cápsula de tecido conjuntivo que emite trabéculas para o interior do
órgão
Nas trabéculas existem vasos, linfáticos e nervos
O parênquima é constituído por cordões de células epiteliais onde se
distinguem dois tipos de células:
o Células principais
Mais numerosas
Citoplasma claro (quase só se vê o núcleo), com muitas gotículas lipídicas
Produzem PTH – parathormona
↑ reabsorção de Ca2+ dos ossos (acção oposta à calcitonina), por estimulação
dos osteoclastos
↑ reabsorção de Ca2+ a nível do rim
↑ produção de vit. D activa, aumentando a absorção de Ca2+ no intestino
o Células oxífilas
Citoplasma muito eosinofílico (muito
corado), com grande quantidade de
mitocôndrias
Pensa-se que correspondem a células
principais em diferenciação
Embriologia das paratiróides
Início durante a 5ª
Desenvolvem-se a partir da
endoderme das porções
dorsais da 3ª e 4ª bolsas
faríngeas
As paratiróides inferiores desenvolvem-se a
partir da 3ª bolsa, juntamente com o timo, e as superiores a
partir da 4ª, juntamente com as células C
da tiróide (corpo ultimobranqueal)
As células principais entram em
actividade durante o período embrionário
enquanto que as células oxífilas apenas se
diferenciam entre o 5º e o 7º ano de vida
Glândulas Supra-Renais
Localizam-se acima do Rim
Envolvida por uma cápsula de tecido conjuntivo denso irregular
O parênquima constituído por:
o Córtex – mais periférico, constituído por cordões de células, sendo
subdividido de fora para dentro em três zonas concêntricas:
Zona glomerulosa
A menos espessa
Células dispostas em arcadas separadas por um fino
estroma conjuntivo contendo capilares
Células com citoplasma acidófilo e núcleo esférico central
Segregam a hormona aldosterona, sob acção da
angiotensina II
Zona fasciculada
A mais espessa
Cordões celulares paralelos entre si e perpendiculares
à capsula separados entre si por capilares sinusoides
Células poliédricas e de maiores dimensões, com núcleo
esférico central podendo ser binucleadas e citoplasma
com múltiplas gotas lipídicas (colesterol – percursor dos
glicocorticóides) que conferem aspecto vacuolizado
Segregam cortisol, sob o controlo da ACTH da adeno-
hipófise
Zona reticular
Mais profunda
Cordões celulares formam uma rede envolvida por
capilares fenestrados
Células mais pequenas com menos gotas lipídicas, corando
mais intensamente que as das outras zonas
Segregam desidrepiandrosterona (esteroide sexual), sob
acção da ACTH
o Medula – mais central
Com células grandes e poliédricas – células
cromafins – reunidas em agregados ou em curtos
cordões celulares
Células coram de castanho quando expostas a uma
solução de dicromato de potássio
São neurónios pós-ganglionares simpáticos
modificados, não possuindo prolongamento pós-
ganglionar
80% segrega adrenalina, os outros 20% segregam
noradrenalina
São vascularizadas pela artéria supra-renal que se divide em:
o A. SR superior e média que formam um plexo capsular cujos capilares fenestrados irrigam
as 3 zonas do córtex, recolhendo os respectivos produtos de secreção
o A. SR inferior que vai constituir a artéria medular que atravessa todo o córtex sem se
ramificar terminando na medula onde se junta aos capilares corticais para formar os seios
venosos medulares sendo a medula irrigada de duas fontes.