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RESUMO EXPANDIDO

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Revisão Metabolismo da Glicose
Disciplina Bioquímica
Professor DANIELE BRUSTOLIM

Revisão Metabolismos da Glicose

Autoria : Daniele Brustolim

A glicose desempenha um papel central em todos os metabolismos. Ela é o substrato ener-


gético universal para células humanas e a fonte de carbono para a síntese de muitos outros
compostos. Todos os tipos de células humanas a utilizam para obter energia. A excreção de
insulina e glucagon pelo pâncreas auxilia o uso e o armazenamento da glicose pelo orga-
nismo. Outros carboidratos da dieta (principalmente frutose e galactose) são convertidos em
glicose ou em intermediários do metabolismo da glicose.

Todas as células são continuamente supridas com glicose em circunstâncias normais; o or-
ganismo mantém uma porção relativamente estreita de concentração de glicose no sangue
(aproximadamente 80 a 100 mg/dL), apesar de mudanças no suplemento alimentar e de-
manda de tecidos como ao dormir ou se exercitar. Esse processo é chamado de homeostase
de glicose. Baixos níveis de glicose sangüínea (hipoglicemia) são prevenidos pela liberação
de glicose a partir da grande quantidade de glicogênio armazenada no fígado
(glicogenólise), pela síntese de glicose por meio de lactato, glicerol e aminoácidos no fígado
(gliconeogênese) e por uma porção limitada pela quebra de ácidos graxos armazenados em
tecidos adiposos (lipólise) para prover uma fonte alternativa de substrato energético quando
o suplemento de glicose é baixo. Altos níveis de glicose sangüínea (hiperglicemia) são pre-
venidos por conversão de glicose em glicogênio e por sua conversão em triacilgliceróis no
fígado e nos tecidos adiposos. Dessa forma, as rotas para utilização de glicose como fonte
energética não podem ser consideradas como totalmente separadas de rotas envolvendo o
metabolismo de aminoácidos e ácidos graxos.

A insulina e o glucagon são os dois principais hormônios que regulam o armazenamento ou


a mobilização de substratos energéticos. A insulina é o principal hormônio anabólico do or-
ganismo, ela promove o armazenamento de substrato energético e sua utilização para o
crescimento. O glucagon é o principal hormônio de mobilização de substratos energéticos.
Outros hormônios, como a epinefrina, são liberados como resposta do sistema nervoso cen-
tral à hipoglicemia, a exercícios ou a outro tipo de estresse fisiológico. A epinefrina ou ou-
tros hormônios do estresse também aumentam a disponibilidade de substrato energético.
A principal função da glicose na homeostase metabólica é destacada pelo fato de muitos te-
cidos (p. ex., o cérebro, as células vermelhas do sangue, o cristalino do olho e algumas célu-
las renais [camada medular dos rins], músculo esquelético em exercício) serem dependentes
da glicólise para toda ou para uma porção de sua necessidade energética e requererem aces-
so ininterrupto de glicose em uma base de segundo-a-segundo para encontrar sua rápida
taxa de utilização de ATP. No adulto, um mínimo de 190 g de glicose é requerido por dia,
aproximadamente 150 g para o cérebro e 40 g para os outros tecidos. Um decréscimo signi-
ficativo na glicemia sangüínea, abaixo de 60 mg/dL, limita o metabolismo de glicose no cé-
rebro e promove os sintomas de hipoglicemia, provavelmente porque todos os processos de
fluxo da glicose através da barreira hematencefálica, dentro do fluido intersticial e, con-
seqüentemente, dentro da célula neuronal, são lentos quando os níveis de glicose no sangue
estão baixos por causa do valor de Km que os transportadores de glicose requerem para isso
ocorrer.

Além da Insulina e do Glucagon, como observado na tabela abaixo outros hormônios tam-
bém atuam no metabolismo da glicose podendo a longo prazo interferir na ação da insulina
sendo portanto considerados hormônios diabetogenicos.

AÇÃO DA INSULINA

A insulina inicia sua ação ligando-se ao receptor na membrana plasmática de muitas de suas
células-alvo. O receptor de insulina possui dois tipos de subunidades, a subunidade α, à qual
a insulina se liga, e a subunidade β, que atravessa a membrana e se estende até o citosol. A
porção citosólica da subunidade β tem atividade da tirosina-quinase. Ao se ligar com a insu-
lina, a tirosina-quinase fosforila resíduos de tirosina na subunidade β (autofosforilação), as-
sim como várias outras enzimas dentro do citosol. Um substrato principal da fosforilação
pelo receptor, o substrato do receptor de insulina (IRS-1), então, reconhece e liga-se a várias
proteínas transdutoras de sinais em regiões referidas como domínos SH2. IRS-1 é envolvido
em muitas das respostas fisiológicas da insulina por meio de mecanismos complexos que
são tópicos de intensas investigações. O principal tecido celular específico de resposta à in-
sulina, entretanto, pode ser agrupado em cinco grandes categorias: (a) a insulina anula a fos-
forilação estimulada pelo glucagon, (b) a insulina trabalha através da cascata de fosfo- rila-
ção que estimula a fosforilação de diversas enzimas, (c) a insulina induz e reprime a síntese
de enzimas específicas, (d) a insulina age como um fator de crescimento e tem um efeito
usual estimulatório na síntese de proteínas, e (e) a insulina estimula o transporte de glicose e
aminoácidos para o interior da célula.

Diversos mecanismos têm sido propostos para a ação da insulina na reversão da estimulação
da fosforilação de enzimas e metabolismo de carboidratos, causada pelo glucagon.
REGULAÇÃO DA GLICOLÍSE

REAÇÃO 1: Aprisionamento de Glicose

A enzima HEXOQUINASE (n1) ou GLICOQUINASE (n1) realiza a fosforilação da glicose.

O grupo fosfato desloca o equilíbrio para seqüestro celular da glicose a partir do plasma.

Não existem transportadores para G6P.

REAÇÃO 2: Comprometimento da Glicose

Bifosforilação da glicose

Enzima Alosterica Fosfofrutoquinase 1 (PFK-1), essa reação controla a velocidade da glicolise, é


irreversível.
Os reguladores alostéricos positivos da PFK1 são o ADP e um produto denominado frutose 2, 6 bi-
fosfato. Já os negativos são o ATP e o Citrato.

O produto frutose 2, 6 bifosfato é formado pela ação de uma enzima denominada Fosfofrutoquinase
2. Esta enzima não faz parte da via, todavia seu produto é o principal efetor alostérico. Esta enzima
também é uma enzima alostérica seus reguladores são: positivo (INSULINA) e negativo
(GLUCAGON). Esta enzima é uma enzima com duplo sitio catalítico um sitio é quinase e estimu-
lado pela insulina. Se é quinase realiza, fosforilação então forma o produto que é frutose 2,6 bifos-
fato. Já o sitio catalítico fosfatase da mesma enzima é estimulado pelo glucagon, impedindo a for-
mação do produto. Portanto esses hormônios são essenciais para a regulação da via, pois a PFK1
que é a principal enzima limitante da via tem como principal agente regulador o produto da PFK2.

REAÇAO 3: A decima reação da via e a terceira reguladora.

Determina estabilidade da via ou a reversão pela Gliooneogenese

Transformação do Fosfoenolpiruvato (PEP) em Piruvato. Ao chegar na reação 9 a depender das


condições metabólicas da celula, ou o produto final é formado ou seria vantajoso parar no PEP, o
nono produto.

O que ocorre é que o Piruvato é mais estável e transforma-lo em outra molécula caso não haja ne-
cessidade de energia celular é um processo bioquímico custoso e que envolve a indução de varias
enzimas. Já a partir de PEP, como observamos na figura abaixo no próprio citosol pode haver o re-
torno da maioria das reações pela via contraria denominada Gliconeogenese.
Na figura abaixo podemos observar as reações marcadas pela seta azul , são as três reações regula-
torias, ou seja, são reações irreversíveis tanto na glicolise quanto na gliconeogenese. As enzimas
que participam destas três reações são denominadas enzimas chaves, ou ainda são denominadas
etapas limitantes da via.

REFERENCIAS:

- MARKS, BIOQUIMICA MEDICA, PARTE 5 CAPITULOS 26 A 28.

- DEVLIN, BIOQUIMICA COM CORRELACIONES CLINICAS, CAPITULO 15, SESSAO


15.4

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