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Aula: Metabolismo do glicogênio

O glicogênio é um polissacarídeo composto de


unidades repetidas de D-glicose unidas por
ligações ​glicosídicas α-1,4 com ramificações
formadas por ligações α-1,6 a cada 8 a 14
resíduos. Constitui a principal forma de reserva de
polissacarídeos nos tecidos animais. Os principais
depósitos estão presentes no ​fígado ​e ​músculos
esqueléticos​. Forma longas cadeia lineares.

Importância:
➔ O glicogênio é um açúcar de reserva energética. É uma fonte de energia
rápida e de curta duração .
➔ O glicogênio é formado e utilizado no fígado e nos músculos

O que são as reservas energéticas? São formas que os organismos vivos têm de
armazenar uma fonte de produção de energia. O glicogênio é uma reserva
energética de glicose e os triglicerídeos são reserva energética de ácidos graxos.
Maneira como o organismo tem de armazenar uma fonte de produção de energia.

Tipos de reserva energética


Açúcar: Glicogênio armazenado no fígado e nos músculos.
Lipídeos: Triglicerídeos armazenado no tecido adiposo.
Função do glicogênio hepático​: fornecer glicose para o sangue distribuir para
todos os tecidos durante o jejum. Durante o jejum, o corpo continua seu
funcionamento, e retira energia das reservas.

O glicogênio é sintetizado no fígado sempre que a glicose estiver alta no sangue


(glicemia alta) = ​estado alimentado
O glicogênio é degradado no fígado sempre que a glicose estiver baixa no sangue
(glicemia baixa) = ​jejum

Função do glicogênio muscular: ​fornecer energia para a contração muscular


Enzimas regulatórias

Principais hormônios que regulam o metabolismo energético


Hormônio do jejum (contra-regulatório) = ​glucagon
O glucagon também é produzido pelo pâncreas. Sua produção ocorre quando a
glicemia começa a diminuir.
JEJUM = INSULINA < GLUCAGON

Hormônio do estado alimentado = ​insulina


A insulina é produzida no pâncreas em resposta ao alto nível de glicose no sangue.
ALIMENTADO =INSULINA > GLUCAGON
Síntese do glicogênio: Glicogênese:
Estado alimentado em resposta ao
aumento de insulina no sangue
Minuto: 45:00
Glicose entre para a célula, ocorre a
Fosforilação do carbono 6 da glicólise dentro
do hepatócito, essa molécula tem duas
possibilidades, uma parte é direcionada à
via glicolítica e a outra encaminhada para a
síntese glicogênio trocando a posição do
fosfato para o carbono 1, tornando-se
glicose-1-p, tal molécula é transferida para
um nucleotídeo o uracil, formando UDP
glicose. Esse composto doa os resíduos de
glicoses e inicia se a formação de
glicogênio, o início da síntese da molécula
ocorre com a glicogenina, proporcionando
as primeiras cadeia lineares do glicogênio,
já glicogênio sintase (principal enzima, é a
principal pois é regulatória) ela continua
ligando resíduos de glicose e aumentando a
cadeia, criando longas cadeias. Para criar os pontos de ramificação, surge a enzima
de ramificação, a qual quebra a cadeia, a ação da glicogênio sintase (cadeia linear)
+ enzima de ramificação, elas juntas criam a molécula de glicogênio.

Glicogenólis​e
(Minuto 48:00)
Glucagon: Inibe que a glicemia chega ao
mínimo, hipoglicemia.

A Partir do Glicogênio contido fígado, por


meio do hormônio glucagon, inicía-se a
glicogenólise. Ou seja a degradação do
glicogênio em glicose. A Enzima Glicogênio
fosforilase (importante é regulatória) ela inicia
a quebra das ligações alfa 1-4 localizadas nas
cadeias lineares do glicogênio. Contudo,
como fosforilase, ela rompe as ligações
covalentes pela entrada de um fosfato, o qual
se liga ao carbono 1 da glicose, removendo
as glicoses na forma glicose-1-fosfato.Quando
na cadeia linear restam quatro resíduos de
glicose, a ação da enzima glicogênio
fosforilase, perde sua efetividade. Então,
entra em ação a enzima de desramificação, a
qual quebra o ponto de ramificação, agindo
em duas etapas, na primeira etapa ela pega três dos resíduos e coloca em ligação
alfa 1-4 na extremidade de uma cadeia linear. Na segunda corta a ligação alfa 1-6 e
libera a última glicose da ramificação. As glicoses liberadas na forma de
glicose-6-fosfato, precisam ser removidos o fosfato para poder passar pela
membrana.Na primeira etapa a glicose-1-fosfato muda a posição do fosfato para o
carbono 6, formando glicose-6-fosfato, e esta por sua vez por meio da enzima
glicose-6-fosfatase (faz parte da membrana do retículo endoplasmático liso) ele
perde o fosfato e libera glicose.

Por que o glicogênio do músculo não pode alimentar a glicemia? minuto


01:05:00 ​Por que o músculo não tem a enzima glicose-6-fosfatase.

Explicação: 01:07:00
ENZIMAS REGULATÓRIAS DO METABOLISMO DO GLICOGÊNIO

A enzima existe em duas formas: fosforilada e defosforilada


A glicogênio fosforilase ​fosforilada ​é ​ativa
A glicogênio fosforilase desfosforilada é inativa,

A enzima existe em duas formas: fosforilada e defosforilada


​ esfosforilada ​é a
A glicogênio sintase d ​ tiva
A glicogênio sintase fosforilada é inativa
As duas enzimas tem sua atividade regulada por fosforilação, porém de maneira
oposta

Minuto 01:20:00

Ações mediadas pelo glucagon são de fosforilação: O Glucagon aumenta o AMP


cíclico, o qual por sua vez ativa a proteína quinase A e esta fosforila.

Ações mediadas pela insulina são as desfosforilação: A insulina através de um


complexo sistema através da proteína fosfatase 1, ela remove fosfatos.
Alimentados, a glicemia está alta, o hormônio insulina está alto. O glicogênio no
fígado é sintetizado.

Jejum: Glicemia baixa, insulina baixa, glucagon alto, o fígado degrada o glicogênio.
Minuto: 01:26:00
Gliconeogênese​ ​- Nova síntese
Resumo aula anterior: 03:00

O que é? É a síntese de glicose a partir de precursores que não são moléculas de


açúcar.

Por que? Manter a glicemia em jejum, para manter o abastecimento de glicose


principalmente para o cérebro(ácidos graxos de cadeia longa, eles não atravessam
a barreira hematoencefálica), eritrócitos(glicólise anaeróbica).

Hipoglicemia​: Nestas condições, o cérebro não capta a glicose do sangue


adequadamente, faltando energia para os processos das células nervosas e entra
em disfunção.

A velocidade de consumo pelo sangue se modifica. (11:00)


O hormônio do estado alimentado é a insulina, quando a glicose está alta no sangue
ela age, por outro lado quando a glicemia entre no jejum o hormônio responsável é
o glucagon, ele comanda o metabolismo energético no jejum.

Gliconeogênese e estoque hepático: (18:00)


A glicose produzida no fígado tem por princípio manter os níveis de glicemia para
que os tecidos possam usá-la como fonte de energia. Nesse sentido a
gliconeogênese assume a função à medida que o estoque hepático começa a
diminuir.

Gliconeogênese é a glicólise no “sentido oposto”, são reações em sua maioria


reversíveis.

É um processo que consome energia, consome um total de 6 nucleotídeos


trifosfatados.
00:30:00 Tanto a alanina quanto o lactato se transformam em piruvato no citosol da
célula hepática, o piruvato entra na mitocôndria, ocorrendo a transformação de
piruvato em oxalacetato e este por sua vez em fosfoenolpiruvato este sair do
citoplasma e seguir a gliconeogênese. Ou o oxalacetato se reduzir a malato na
mitocôndria e após sair para o citoplasma, regenerando o oxaloacetato no
citoplasmas e esse esse tornar fosfoenolpiruvato e seguir a gliconeogênese. a
diferença dessas vias se dá pela quantidade de NAD reduzido que estiver dentro da
mitocôndria, quando houver um excesso de nad a via preferida será o oxalacetato
se reduzir a malato.

Lactato produzido pelo músculo em exercício intenso, e pelo metabolismo dos


eritrócitos. é uma via de síntese de glicose que ocorre independente do jejum, pois,
os eritrócidos comprem suas funções independente desse fator. Mas, a
gliconeogênese sempre será intensificado no jejum.

Gliconeogênese e desnutrição
Alanina se torna um precursor da gliconeogênese, ela vem da degradação das
proteínas musculares, isso ocorre em um jejum prolongado. Principalmente o
músculo esquelético degrada suas proteínas, esses aminoácidos caem na corrente
sanguínea e são direcionados ao fígado onde alimentam a gliconeogênese. Por isso
que uma pessoa cronicamente desnutrida não tem massa muscular. Pois seus
aminoácidos servem para manter a glicemia.
Quando em exercício intenso, o corpo precisa complementar a produção de ATP
para a contração muscular através da glicólise anaeróbica, via glicolítica, produzindo
assim, lactato. O músculo por sua vez, envia o lactato para a corrente sanguínea,
que é captado pelo fígado, este utiliza o lactato como precursor da gliconeogênese,
transformando lactato em glicose. Após esse processo, a glicose é encaminhada
novamente ao músculo para que ele continue tendo energia metabólica para a sua
contração muscular. Gerando um ciclo em que o músculo através da glicose
anaeróbico produz lactato e o lactato é novamente transformado em glicose pelo
fígado através da gliconeogênese e devolvendo a glicose para o músculo realizar
sua atividade.

Quem fornece energia para a gliconeogênese? Será a oxidação de ácidos


graxos.

Aminoácidos glicogênicos​, fornecem carbonos para a síntese de glicose.


Fornecendo carbonos para os intermediários do ciclo de krebs, e vão se
transformando um nos outros. Intermediários. Alfacetoglutarato, fumarato,
sucinil-coA, oxalacetato. Ainda existe um grupo que gera carbonos para síntese de
piruvato. Ocorre em jejum prolongado ou desnutrição crônica, através da
degradação muscular.
Glicerol vem das reservas lipídicas.quando estamos em um jejum prolongado ela
começa a mobilizar suas reservas lipídicas (triglicerídeos) e diminuindo a massa de
tecido adiposo. quando isso ocorre, gera glicerol e ácidos graxos. O glicerol ao
chegar ao fígado é fosforilado e geral glicerol-3-fosfato e gerar dihidroxiacetona
fosfato sucessivamente pelas reações e até formar glicose.

Regulação
Como essas vias são praticamente opostas, quando uma ocorre a outra precisa ser
inibida. Quando a gliconeogênese ocorre a glicólise está inibida e vice e versa.
regulação recíproca e oposta. Possuindo enzimas diferentes em fases primordiais,
etapas regulatórias.
Nível de energia
Sempre o efetor alostérico é uma molécula que está em alta concentração no meio
intracelular. Agindo como sinalizador de determinadas enzimas regulatórias para
direcionar o metabolismo. Se o ATP está alto dentro da célula hepática, ele vai inibir
a via glicolítica. Inibe tanto a fosfofrutoquinase-1 quando a piruvatoquinase. O
excesso de ATP dá uma bloqueada momentânea na via glicolítica. O AMP
aumentado a mensagem é que dá faltando energia, pois, é formado pela hidrólise
do ATP gera ADP ou AMP, ao mesmo tempo, esse excesso de AMP ele inibe a
gliconeogênese, pois essa via consome energia.

Sinal hormonal: Insulina direciona esse processo​.


Ela age quando o nível de glicemia está aumentado, após uma refeição, nesse
sentido não precisa intensificar a gliconeogênese. E nessa situação o sentido da
glicólise está ativo e gliconeogênese fica inativa. Ao mesmo tempo a insulina ativa o
sentido da glicólise e inibir o sentido da gliconeogênese. Pela ação da insulina, os
hepatócitos sintetizam frutose-2-6-bifosfato, aumentando sua concentração dentro
do fígado, funcionando como ativador alostérico da fosfofrutoquinase-1 e inibidor
alostérico da fosfatase da frutose-1-6-bifosfato
Metabolismo de ácidos graxos
Ácidos carboxílicos de cadeia longa.

Baixa solubilidade em água.


Caráter apolar

Células que não utilizam ácidos graxos como fonte de energia:

Eritrócitos​: Pois a beta oxidação dos ácidos graxos é mitocondrial


Cérebro​: Pois as moléculas de ácidos graxos não entram no cérebro.
Adipócitos​: Não utilizam pois eles armazém os ácidos graxos.

Ácidos graxos como fonte de energia:


1. Após uma refeição altamente lipídica
2. No jejum.
O glucagon age no tecido adiposo, quando ele ativa seu receptor ele desencadeia a
via metabólica, fazendo com que uma molécula de ATP se transforme em AMP
cíclico, um mensageiro, ele ativa a quinase A, ativando-a, essa vai fosforilar a
enzima que degrada os lipídeos, uma lipase hormônio sensível. Ela age sobre os
triglicerídeos realizando uma hidrólise, liberando o glicerol e três ácidos graxos. O
glicerol, passa para corrente sanguínea, o fígado vai capturá-lo e entrará na
gliconeogênese. Os ácidos graxos, são apolares, não podem circulam livremente no
sangue, para isso, eles se ligam a albumina, uma proteína cuja função é transportar
ácidos graxos, esses, por sua vez, são capturados pelo fígado e músculos, e
entraram em uma via mitocondrial de produção de energia.
Objetivo​: Oxidação do carbono beta produzindo Acetil-CoA, NADH(reduzido),
FADH2(reduzido).
Citoplasma​: Porém para entrar na mitocôndria ele precisam passar por um
processo de ativação, ligando-se a coenzima A formando Acil-CoA, esse processo é
catalisado pela enzima Acil-CoA sintetase, ela fica ligada a membrana mitocondrial
externa.

Intermembranar​: No espaço intermembranar o Acil-CoA, o radical Acila é


transferido para uma molécula de carnitina formando, Acil-carnitina. E assim poderá
passar a membrana interna da mitocôndria, pois existe uma transportador para
Acil-carnitina.
Matriz​: o radical acila é transferido da carnitina para uma CoASH, formando
acil-CoA
Oxidação de ácidos graxos, a cadeia vai se quebrando e liberando Acetil-CoA a
cada ciclo. o ácido palmítico gera 8 Acetil-Coa, são sete voltas, que posteriormente
alimenta o ciclo de krebs. é um processo cíclico, de forma que a cada volta
liberam-se duas moléculas de acetil-CoA, os nucleotídeos reduzidos formado são
direcionados para a cadeia respiratória.
Metabolismo de corpos cetônicos
São moléculas orgânicas que carregam um grupo funcional cetona
Exemplo: Acetoacetato, Acetona, D-beta-hidroxibutirato
Moléculas solúveis produzidas no fígado em jejum
Solúvel em água

Jejum primeiro momento:​ Glicogênio fígado (Consome oxalacetato)


Jejum prolongado​: Quando o glicogênio começa a se esgotar inicia a
gliconeogênese, o glucagon age conjuntamente no tecido adiposo hidrolisando
triglicerídeos e liberando ácidos graxos para que esses passem a ser a fonte de
energia preferencial, pois tem tecidos que são dependentes da glicose +
metabolismo de corpos cetônicos

Quando o acetil-CoA proveniente da beta-oxidação dos ácidos graxos no fígado


excede a capacidade do ciclo de Krebs, o acetil-CoA é direcionado para a síntese
de corpos cetônicos. Os corpos cetônicos representam uma fonte alternativa de
combustível sempre que a glicose estiver baixa e os ácidos graxos estiverem altos
no sangue.

Função​: Transferir carbonos do acetil-CoA do fígado para formar acetil-CoA em


outros tecidos.
Problema​: Na situação que os ácidos graxos são a principal fonte de energia, às
células hepáticas, estão fazendo gliconeogênese. Pela beta oxidação de ácidos
graxos está produzindo muita Acetil-CoA, para entrar no ciclo de krebs ela precisa
se combinar a uma molécula oxaloacetato para formar citrato, contudo durante o
jejum que a gliconeogênese, ele é desviado do ciclo de krebs para gliconeogênese.
Como podemos perceber a quantidade de Acetil-Coa será superior a quantidade de
oxaloacetato, e acumulará Acetil-CoA. Com isso, a Acetil-CoA é direcionada a
outros tecidos, porém para serem transportado pelo sangue eles tornam-se corpo
cetônicos, quando chegam ao seu destino, regeneram Acetil-CoA. Ou seja, os
corpos cetônicos é uma forma de transportar os radicais da moléculas de
Acetil-CoA.

Quando ocorre a síntese de corpos cetônicos:


1. Jejum e inanição.
2. Dieta rica em lipídeos e pobre em carboidratos.(Dieta cetogênica)
Por ser baixa em carboidratos, ela dificulta o aumento da glicemia, com isso,
mesmo depois de ingerir a dieta ela pode estar hormonalmente em jejum.
3. Exercício físico de longa duração, baixa e média intensidade.
A necessidade de energia para a contração muscular é maior que a
gliconeogênese hepática.
4. Diabetes mellitus não tratado.

Cetonemia​: Aumento de corpos cetônicos no sangue.


Cetonúria​: Aumento de corpos cetônicos na urina.
Cetoacidose​: Acidificação do sangue.
Relação de insulina e glucagon maior que 1, como glucagon está ativado, os ácidos
graxos são mobilizados para o sangue. O fígado, por sua vez, tem a função de
garantir a glicemia no jejum. Com relação ao metabolismo de açúcares, o fígado
estará ocupado em fazer a gliconeogênese, com isso ele vai captar a alanina que
vem da degradação das proteínas e lactato proveniente das células que fazem o
metabolismo anaeróbico, eles se transformam em piruvato, entram na mitocôndria
se transformam em oxaloacetato e posteriormente a malato e por fim glicose. Ao
mesmo tempo ele recebe os ácidos graxos provenientes do tecido adiposos, após
hidrolisação dos triglicerídeos. Eles entram na mitocôndria, sofrem beta oxidação, a
qual produzir a molécula de Acetil-CoA e nucleotídeos reduzidos. Contudo, para
entrar no ciclo de Krebs, o Acetil-CoA precisa ligar-se ao oxaloacetato, porém o
oxaloacetato não está disponível suficientemente para participar tanto da síntese
glicose quanto na produção de energia, mitocondrialmente nos hepatócitos. Com
isso, o Acetil-Coa é deslocada para o síntese de corpos cetônicos, e estes
direcionados ao sangue, para serem distribuídos nos tecidos e lá sintetizar energia.

Cetogênese: ​Síntese de corpos cetônicos no fígado.

Duas moléculas de Acetil-CoA, de modo que os dois radicais acetila formam um


unico radical de de 4 carbonos que é o Acetoacetil-CoA, esta reage com uma
terceira molécula de Acetil-Coa, por meio de um enzima chamada HMG-CoA
sintetase, forma HMG-CoA. Ocorre, então, uma quebra do HMG-CoA, Liberando
Acetoacetato + Acetil-CoA.

Opção 1:​ Acetoacetato pode ir para o sangue e ser captado pelos tecidos.
Opção 2: ​Acetoacetato se reduzir a Beta-hidroxibutirato, isso corre sempre que
houver excesso de NADH (Reduzido) como ocorre na beta oxidação de ácidos
graxos.
Opção 3: Acetoacetato sofre uma descarboxilação, reação não enzimática, saída
espontânea de um carbono na forma de CO2, formando uma molécula de acetona,
como eles são voláteis, são expirados pelos pulmões. Metabolicamente a acetona
não tem função. Crise diabéticas: hálito cetônico.

Cetogenólise​: Ao chegar aos tecidos, o beta-hidroxibutirato, se oxida á


acetoacetato, por meio da enzima beta-hidroxibutirato desidrogenase. O
acetoacetato, vai pegar uma molécula de CoA que vai ser doado pelo
succinil-CoA(intermediário do ciclo de krebs), formando Acetoacetil-CoA. A enzima
tiolase, quebra o radical acetoacetil, pegar dois carbonos, transferir o radical acetil
para mais uma molécula de CoASH, e o restante já é outra molécula de acetil-CoA,
então as moléculas podem ser direcionadas ao ciclo de krebs.
Síntese de Ácidos Graxos e Triglicerídeos
Estado alimentado

Ao ingerir calorias em excesso, e essa estiverem em excesso em relação ao gasto


energético imediato, ele será armazenado no tecido adiposo na forma de
triglicerídeos.

Estado alimentado: Armazena lipídios


Jejum:Hidrolisados e forma, ácidos graxos.
Estado alimentado:
Fígado:​ A glicose em excesso se transforma em triglicerídeos
Sangue​: São carregados por lipoproteínas. Circulam na forma de triglicerídeos e
nos tecidos são hidrolisados.
Músculo:​ Beta oxidação. O excesso que não for captado é direcionado ao tecido
adiposo.
Tecido adiposo: ​Armazena triglicerídeos

Estado em jejum:
Por ação dos glucagon os triglicerídeos do tecido adiposo são hidrolisados liberando
ácidos graxos e glicerol, caem na corrente sanguínea. O glicerol se direciona ao
fígado e alimenta a gliconeogênese. Os ácidos graxos são captados pelos músculos
e fígado como principal fonte de energia. Como, o fígado durante o jejum, também
faz gliconeogênese, ocorre um desequilíbrio entre quantidade de Acetil-CoA
produzida pela oxidação de ácidos graxos e a falta de Oxaloacetato que está sendo
consumido na gliconeogênese. Ocorre então um acúmulo de Acetil-CoA que será
desviado para a síntese de corpos cetônicos. Os corpos cetônicos vão para o
sangue, onde os músculos são captados pelos músculos. Em um estado crônico de
jejum, o cérebro também é capaz de captar esses corpos cetônicos como fonte de
energia.

A síntese de ácidos graxos ocorre no fígado quando ocorre excesso de açúcar. Ele
ocorre quando ocorre um excesso de energia dentro das mitocôndrias.

Uma pessoa saudável não armazena gordura no fígado.


O fígado capta a glicose do sangue, ele direciona uma parte para a via glicolítica,
desvia para a síntese de glicogênio (Manter a glicemia em jejum), a glicose entra na
mitocôndria se transforma em piruvato. O piruvato por meio da piruvato
desidrogenase se transforma em Acetil-CoA, alimentando o ciclo de krebs, ou pela
piruvato carboxilase se transforma em oxaloacetato para garantir quantidade
equivalentes para realizar a volta para o ciclo de krebs. Os nucleotídeos reduzidos
não podem estar em excesso na mitocôndria, com isso, o ciclo de krebs é inibido,
isocitrato desidrogenase é inibida, com isso acumula citrato mitocondrialmente.
Esse citrato sai da mitocôndria vai para o citoplasma onde sua molécula é
quebrada, pela enzima citrato liase, formando oxaloacetato e Acetil-CoA. O
Acetil-CoA é direcionado na síntese de ácidos graxos. É um processo
citoplasmático. O oxaloacetato por sua vez, se reduz à malato e este regenera o
piruvato, formando NADPH, que é utilizado na síntese de ácido graxos.

Primeira etapa:
O Acetil-CoA, ele gera um intermediário chamado malonil CoA, a partir da acetil
CoA carboxilase é regulatória, esse reação é citoplasmática e consome energia.
A síntese de ácido palmítico
é um processo cíclico de forma que a cada volta, incorporam-se 2 carbonos, até
formar 16 carbonos. Dando 7 voltas. O ácido palmítico, por sua vez, pode originar
todos os demais ácidos graxos. Complexo sintase dos ácidos graxos, ela reúne
várias atividades enzimáticas para que ocorre esse processo de síntese. Dois
pontos de ligação com o complexo sintase. O doador de carbonos para a síntese de
ácidos graxos é o malonil ligado a um dos pontos de enxofre. O início da cadeia se
dá quando um radical acetil se liga ao outro ponto de enxofre. A Partir da
condensação, forma-se uma cadeia com quatro carbonos. Na segunda reação,
ocorre uma redução, o NADPH, o qual é sintetizado no citoplasma, doa elétrons, no
carbono alfa, transforma sua carbonila cetônica em hidroxila. Na terceira reação
ocorre uma desidratação, criando-se uma ligação dupla entre os carbonos alfa e
beta. A última reação ocorre novamente uma redução, em que o doador de elétrons
é o NADPH. Por fim, temos um radical de 4 carbonos. Esse radical pula para o outro
ponto de enxofre e novamente incorpora-se o malonil e sucessivamente até formar
ácido palmítico.
Acetil-CoA caroxilase: A enzima que controla a velocidade da síntese de ácidos
graxos:
Efeito alostérico​: A glicose entrou no ciclo de krebs, acumulou citrato, o citrato sai
para o citoplasma, vira Acetil-Coa, que se transforma em malonil CoA, até se
transformar em Palmitoil-CoA. A enzima é atividade pelo excesso de citrato no
citoplasma. Ela compreende que o excesso de citrato do citoplasma é gerado pelo
excesso de energia dentro da mitocôndria, com isso ela entende que esse é o
momento metabólico para ativar a síntese de ácidos graxos. Ela é inibida quando
acumular palmitoil-CoA.
Hormonal: Por fosforilação/desfosforilação: Onde a insulina, sinaliza, que é o
momento para sintetizar ácidos graxos, pois a glicose está alta no sangue,
deslocando o excesso para a síntese de ácidos graxos, desfosforilando a enzima,
ativando a acetil-CoA carboxilase. Já o glucagon, no estado em jejum, adiciona
fosfato na enzima acetil-CoA carboxilase, inativando-a.

Síntese de triglicerídeos.
Os ácidos graxos sintetizados no fígado são utilizados pelo músculos e
armazenados no tecido adiposo.

No momento de síntese a dihidroxiacetona fosfato vai desviar para síntese de


glicerol -3-fosfato que é a sua forma reduzida. Nesse momento entra o primeiro
radical de ácido graxo, formando o monoacilglicerol. Depois entra o segundo radical
de ácido graxo, formando ácido fosfatídico. Na sequência ele perde o fosfato do
carbono 3 formando 1-2-diacilglicerol. E por fim, entra o terceiro radical do ácido
graxo formando triacilglicerol.
A insulina direciona o excesso de acetil-CoA para a síntese de ácidos graxos e
triglicerídeos A falta de insulina direciona o excesso de acetil-CoA para a síntese de
corpos cetônicos.
Regulação Hormonal do Metabolismo Energético
Os hormônios dão uma unidade de funcionamento aos tecidos, e adaptam o
metabolismo as necessidades imediatas ou de longo prazo. São produzidos pelas
glândulas endócrinas e lançados no sangue onde atingem todas as células, às quais
chamamos de células alfa que possuem receptores. Diferentes sinais, liberam
diferentes hormônios e ao se ligarem ao seus receptores desencadeiam uma
determinada condição.

Pela necessidade de ATP - regulação imediata

Enzimas do metabolismo do ciclo de krebs, síntese de ácidos graxos, têm enzimas


regulatórias, elas são sensíveis aos níveis de energia nas células. São capazes de
responder aos níveis desses metabólitos, sinalizando a célula que a célula precisa
ficar mais ativa ou menor ativa. Continuamente busca o equilíbrio entre a produção
e o consumo de energia. Como exemplo temos o efeito alostérico, permite as
enzimas rapidamente modulados respondendo aos níveis dos seus reguladores
energéticos.

Pelos hormônios - regulação a longo prazo.

Regulam a atividade de enzimas, pelo mecanismo de fosforilação e desfosforilação.


Com isso todo o metabolismo se adapta a determinada situação. A insulina, sinaliza
que a glicose suficiente, e precisa ser metabolizada. o glucagon é liberado quando a
glicemia está baixa, levando a mensagem que o organismo está em jejum.

Insulina, glucagon e epinefrina são determinantes primários das atividades


metabólicas do fígado, tecido adiposo e músculo.

Insulina ​age no fígado, músculo e tecido adiposo. Sinaliza altos níveis de glicose no
sangue.
Glucagon ​age no fígado e tecido adiposo. Sinaliza baixos níveis de glicose no
sangue.
Epinefrina ​age no músculo, tecido adiposo e fígado, sinalizando atividade de
emergência: estresse agudo
Cortisol ​age no músculo, fígado e tecido adiposo, sinalizando estresse crônico
(ansiedade, medo, inflamação)
A insulina vai para o sangue quando a glicemia está alta. O fígado vai captar
glicose, uma parte vai virar glicogênio e os demais como fonte de energia e
direcionar a via glicolítica. O músculo, capta glicose, utilizar como combustível
preferencial, o excesso vira reserva de glicogênio. Até entrar na glicemia de jejum,
nesse momento o pâncreas começa a produzir glucagon, o qual sinaliza ao fígado
da baixa glicêmica. Ele então joga glicose para o sangue. No primeiro momento
utiliza o glicogênio hepático, após ativa a gliconeogênese.

Faixa de glicemia 70 mg/dL no jejum e 140 mg/dL no estado alimentado


Pâncreas
Ilhotas de langerhans:
Células beta: Insulina
Células alfa: Glucagon

Estímulo de liberação da Insulina:


Açúcares- glicose, manose
Aminoácido- leucina
Estímulo do nervo vago

Estímulo de liberação do glucagon:


Baixa glicemia
Baixa secreção de insulina

Insulina: hormônio hipoglicemiante se opõe à hiperglicemia: hipoglicemiantes.


Glucagon: Hiperglicemiante, estimula a liberação de glicose.
Por estímulo do glucagon ativa-se a gliconeogênese e o sentido da via glicolítica vai
ficar inibido pois as enzimas Fosfofrutoquinase-1 e a frutose 2-6-bifosfatase vão
estar fosforiladas, nessa situação o sentido ativado é a gliconeogênese.

1º Mobilização do glicogênio hepático

Diabete mellitus:

A glicemia em uma pessoa normal depois de uma carga de glicose não pode passar
de 140 mg/dL

O que é a diabete mellitus: Falta de insulina ou a deficiência de insulina.


Quando a pessoa não produzi insulina ou insuficiente para a manutenção da
glicemia, ela entra em hiperglicemia. Nesse sentido, sua principal característica é a
hiperglicemia.

Tipo 1: Insulino dependentes. Se manifesta em já em crianças. A pessoa não


produz insulina. Precisa necessariamente receber insulina.
Tipo 2:​ Não dependente de insulina. Se manifesta na idade adulta.

Diabetes tipo 1: É uma doença alto imune que destrói a célula beta do pâncreas.
Os anticorpos produzidos do organismo atacam as próprias células do organismo.
Quando os anticorpos passam atacam as células betas do pâncreas e assim a
pessoa não produz mais insulina. A glicose não consegue entrar nas células, pois
para entrar ela precisa do estímulo da insulina. Essas pessoas fazem
continuamente o metabolismo de jejum. Pois, elas não produzem insulina, mas
produzem glucagon e fazendo o metabolismo do jejum. Ele faz gliconeogênese,
jogando ainda mais glicose no sangue.

Principais ações metabólicas no diabetes tipo 1:


Ausência de insulina; ação do glucagon coordenando o metabolismo.

Hiperglicemia: Sem insulina; a glicose não consegue entrar nas células do


músculo ou do tecido adiposo ocasionando a hiperglicemia.
Hiperlipidemia​: Os triglicerídeos que são sintetizados no fígado e são
direcionados na corrente sanguínea e captados pelo tecido adiposo, para que
ocorra essa captação também precisa de insulina, causando assim o
aumento de lipídeos na corrente sanguínea.
Jejum prolongado​: Por ação do glucagon o fígado passa a fazer:
glicogenólise, que é a mobilização do glicogênio; gliconeogênese, resposta
de longo prazo ao jejum; beta-oxidação de ácidos graxos.
Produção de corpos cetônicos: O acúmulo de acetil-CoA no fígado, vindo
da oxidação de ácidos graxos é desviado para a síntese de corpos cetônicos.
Glicosúria​: Aumento de glicose pela urina

Poliúria​: Aumento do volume urinário

Desidratação​: Devido ao aumento do volume urinário.

Polidipsia​: Sede

Gliconeogênese a partir da degradação de proteínas musculares que se


transformam em glicose.
Oxidação de ácidos graxos: Produzindo corpos cetônicos causando
acetonúria e acidificar o sangue.
Diminui a glicólise.

No pâncreas as células betas foram destruídas. Essa pessoa não tem glicogênio
hepático e faz continuamente gliconeogênese a partir de aminoácidos que vem da
degradação de proteínas musculares principalmente a alanina, as proteínas
provenientes da alimentação reforçam a gliconeogênese. A glicose produzida vai
para a corrente circulatória como nem o tecido adiposo nem musculo captam essa
glicose, ela acumula na corrente sanguínea. Como o glucagon mobiliza os
triglicerídeos do tecido adiposo, eles são hidrolisados e liberam ácidos graxos no
sangue, o fígado capta esses ácidos graxos para utilizar na beta-oxidação e esse
fígado desloca acetil CoA para síntese de corpos cetônicos que vão para o sangue.
Aumentando, glicose, corpos cetônicos, ácidos graxos aumentados no sangue.

Cetose diabética
Hipercetonemia: Aumento de corpos cetônicos.

Cetoacidose: Diminuição do pH sanguíneo, acidificando o sangue.

Hipercetonúria: Aumento de corpo cetônicos na urina.

Diabetes tipo 2​: Combinação de resistência a insulina e deficiente parcial de


insulina.

Resistência à insulina: A pessoa produz insulina, ela é enviada para a corrente


sanguínea, a insulina se liga aos receptores das células alvo, mas as células não
respondem.
Deficiente parcial de insulina​: O pâncreas tenta superar essa resistência
produzindo mais insulina, conduto chega um momento que ele entra em falência.

Diabetes tipo 2:

Síndrome metabólica: Ela é um conjunto de fatores de risco que predispõem o


diabetes tipo II e doenças cardiovasculares. São eles: Obesidade na região
abdominal; Hipertensão arterial; Resistência à insulina; Dislipidemia, aumento de
lipídeos no sangue; HDL diminuído no sangue

Resistência à insulina: É a diminuição da sensibilidade da célula aos efeitos da


insulina. Se manifesta como níveis elevados de glicose no sangue 8 horas após a
ingestão de açúcar. Este efeito é devido à redução da capacidade da insulina de
estimular a captação de glicose pelos músculos esqueléticos e de bloquear a
síntese hepática de glicose a gliconeogênese.
A resistência à insulina leva À diminuição de todas as ações mediadas pela insulina:
Manutenção da glicemia, inibição da gliconeogênese, captação de lipídeos pelo
tecido adiposo.
Glicemia alta, fazer gliconeogênese aumentada, não será capaz de captar lipídeos
pelo tecido adiposo.
O tecido adiposo chega a sua capacidade máxima de lipídeos e então o fígado
passa a armazenamos.

Síndrome metabólica e alteração no perfil das proteínas do sangue


1) Aumento do fibrinogênio, responsável pela formação de coágulos
2) Aumento de proteínas relacionadas com inflamação (peptídeo reativo C)
Quando a síndrome metabólica evolui para diabetes tipo 2? Quando essa
resistência de insulina torna-se uma deficiência de insulina.

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