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CENTRO EDUCACIONAL SÃO LUCAS

LUAN KEVYN PIRES DE MELO, PEDRO ERIC RODRIGUES MENDES,


MARIA CLARA DE SOUZA E MARIA KAYLANE JUCÁ.

Vias Metabólicas: 1. glicólise aeróbia e glicólise anaeróbia; 2. ciclo de Krebs; 3.


glicogenólise e glicogênese; e 4. gliconeogênese.

BIOQUIMICA

Docente: Rafaela Diniz Sousa

Porto Velho – RO

2022
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..............................................................................................................3
2. DESENVOLVIMENTO.................................................................................................4
2.1 VIAS METABÓLICAS......................................................................................4
2.2 GLICÓLISE AERÓBICA E GLICÓLISE ANAERÓBICA..............................6
2.2.1 IMPORTÂNCIA..............................6
2.2.2 LOCAL DE AÇÃO..............................6
2.3 CICLO DE KREBS........................................................................7
2.3.1 IMPORTÂNCIA..............................7
2.3.2 LOCAL DE AÇÃO..............................7
2.4 GLICOGENÓLISE E
GLICOGÊNESE.......................................................................8
2.4.1 IMPORTÂNCIA..............................8
2.4.2 LOCAL DE AÇÃO..............................8
2.5 GLICONEOGÊNESE........................................................................9
2.5.1 IMPORTÂNCIA..............................9
2.5.2 LOCAL DE AÇÃO..............................9
3. CONCLUSÃO..............................................................................................................10
4. REFERENCIAS............................................................................................................11
1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo apresentar as vias metabólicas e sua importância
fisiológica, os intermediários, as enzimas e os principais locais/órgãos envolvidos de cada via.

A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, com alguns artigos.


2. DESENVOLVIMENTO
2.1 VIAS METABÓLICAS

Na bioquímica, uma via metabólica é uma série de reações químicas em que o produto
final de uma reação serve de substrato (ou reagente) à reação que lhe sucede, estando as reações
interdependentes umas das outras. Estas reações são catalisadas por enzimas. As vias
metabólicas são fundamentais para a manutenção da célula e consequentemente da homeostasia
do organismo.

Existem milhares de reações bioquímicas conhecidas que compõem uma enorme diversidade
de vias metabólicas. Assim, as principais rotas do organismo humano são:

As vias metabólicas podem ser divididas em duas amplas categorias, com base em seus efeitos.
Fotossíntese, que produz açúcares a partir de moléculas menores, é uma via de "construção" ou
anabólica. Em contraste, a respiração celular quebra o açúcar em moléculas menores e é uma
via de "quebra" ou catabólica.

Vias anabólicas constroem moléculas complexas a partir de moléculas mais simples e


tipicamente precisam de energia. Produzir glicose a partir de dióxido de carbono é um exemplo.
Outros exemplos incluem a síntese de proteínas a partir de aminoácidos ou de cadeias de DNA
a partir de ácido nucleico (nucleotídeos). Esses processos biossintéticos são críticos para a vida
da célula e ocorrem constantemente, usando energia carregada pelo ATP e outras moléculas de
armazenamento de energia de curto prazo.

Vias catabólicas envolvem a quebra de moléculas complexas em moléculas mais simples e


tipicamente liberam energia. A energia armazenada nas ligações dessas moléculas complexas,
como glicose e gorduras, é liberada nas vias catabólicas. Essa energia é, então, armazenada em
formas que podem impulsionar o trabalho das células (como através da síntese de ATP).

Glicólise – A glicólise é degradação anaeróbica da glicose com o intuito de gerar energia.

Fosforilação oxidativa – Essa rota se trata da degradação aeróbica da glicose para, também,
gerar energia.

Vias das pentoses – Essa via tem como função a síntese de pentoses, a partir da glicose-6-
fosfato, que será utilizada na produção de nucleotídeos e também de um substrato que atua no
combate aos efeitos deletérios das espécies mais reativas de oxigênio.
Ciclo da uréia – Essa rota se ocupa com a eliminação de compostos nitrogenados tóxicos (tais
como o amônio e a amônia) sob formas menos tóxicas.

Síntese de aminoácidos – Essa via é a responsável pela produção dos aminoácidos que o
organismo consegue produzir, ou seja, os aminoácidos não essenciais.

β-oxidação – Essa se trata do caminho responsável pela transformação de ácidos graxos gordos
em acetilcoenzima A (Acetil CoA). Assim, é importante mencionar a importância dessa via,
também, para a geração de energia. Isso acontece pelo fato de seu produto, a Acetil-CoA, ser
utilizada no ciclo de Krebs.
2.2 GLICÓLISE AERÓBICA E GLICÓLISE ANAERÓBICA

Glicólise é o nome do processo de oxidação da glicose a piruvato ou a lactato. Em


condições aeróbicas (quando há oxigênio disponível), o produto dominante é o piruvato, mas
quando o oxigênio não está disponível de forma adequada, a glicose é oxidada e forma lactato
pela via anaeróbica.

A degradação da glicose compreende 10 etapas, nas quais a oxidação de uma glicose


requer dois ATP para ativar o processo. Ao final, são produzidos dois piruvatos, 4 ATP e duas
moléculas de NADH.

Esse processo ocorre em uma sequência enzimática de 11 reações, divididas em duas


fases: a primeira fase vai até a formação de duas moléculas de gliceraldeído-3-fosfato
caracteriza-se como uma fase de gasto energético de 2 ATPs nas duas fosforilações que ocorrem
nesta fase; a segunda fase caracteriza-se pela produção energética de 4 ATPs em reações
oxidativas enzimáticas independentes de oxigênio, utilizando o NADH como transportador de
hidrogênios da reação de desidrogenação que ocorre. O rendimento energético líquido final do
metabolismo anaeróbico da glicose, portanto é de somente 2ATPs livres.

Diferente da via aeróbica, a via anaeróbica é a via menos eficiente no fornecimento de


energia a partir de glicose, porém ocorre quando não há oxigênio suficiente ou quando não há
mitocôndrias na célula. Por exemplo, as hemácias que não contêm mitocôndrias no seu
citoplasma realizam somente a glicólise, que é anaeróbia. Sob condições anaeróbicas, o
piruvato produzirá lactato, ao ser convertido pela enzima lactato desidrogenase (LDH), e haverá
também a oxidação de NADH em NAD+. Essa oxidação é necessária, uma vez que NAD+ é
um substrato sem o qual a glicólise cessará. Uma das grandes vantagens da via anaeróbia é que
a taxa de produção de ATP a partir de glicose é aproximadamente 100 vezes mais rápida do
que a partir da fosforilação oxidativa na via aeróbia.

2.2.1 IMPORTÂNCIA

A glicólise é um processo essencial para a produção de energia dos organismos.

2.2.2 LOCAL DE AÇÃO

Ela ocorre no citoplasma da célula de qualquer se vivo, seja ele anaeróbico, seja aeróbico.
2.3 CICLO DE KREBS

O ciclo de Krebs, também chamado de ciclo do ácido cítrico é uma das etapas do
processo de respiração celular. Esse ciclo possui oito etapas, sendo cada uma delas catalisada
por uma enzima distinta.

Inicia-se com a acetil-CoA como substrato, o qual foi formado com base na oxidação
do piruvato. Os dois carbonos da acetil-Coa combinam-se com oxaloacetato, um composto de
quatro carbonos, formando um composto de seis carbonos denominado citrato (etapa 1). O
citrato é convertido em isocitrato, seu isômero (etapa 2). Essa conversão acontece devido à
remoção de uma molécula de água e à adição de outra.

O isocitrato é então oxidado, reduzindo NAD+ a NADH. O composto resultante da reação perde
uma molécula de CO2 (etapa 3). Outra molécula de CO2 é perdida, e ocorre a oxidação do
composto, reduzindo NAD+ a NADH. A molécula então se liga à coenzima A por meio de uma
ligação instável (etapa 4).

Ocorre a substituição da CoA por um grupo fosfato. O grupo fosfato é transferido ao GDP e
forma uma molécula de GTP, a qual é semelhante ao ATP. Em bactérias e plantas, o ATP é
formado no lugar de GTP (etapa 5). A FAD então remove dois átomos de hidrogênio do
succinato, formando FADH2 (etapa 6).

Uma molécula de água é adicionada ao fumarato, fazendo com que um grupo hidroxila fique
próximo do carbono carbonila (etapa 7). Por fim, o substrato é oxidado, levando à redução de
NAD+ a NADH e regenerando o oxaloacetato (etapa 8). A regeneração do oxaloacetato é que
dá o status de ciclo ao processo.

2.3.1 IMPORTÂNCIA

Extremamente importante, pois ele é o principal responsável pela oxidação de carbonos


que ocorre na maioria das células.

2.3.2 LOCAL DE AÇÃO

Ocorre na mitocôndria, mais precisamente na matriz mitocondrial.


2.4 GLICOGENÓLISE E GLICOGÊNESE

A glicogenólise é a via que causa a degradação do glicogênio a fim de atender as


necessidades metabólicas do organismo. O glicogênio é degradado por duas enzimas: a
glicogênio-fosforilase e a enzima desramificadora. A primeira enzima quebra os resíduos
glicosil, liberando glicose-1-fosfato. Já a enzima desramificadora remove os resíduos glicosil
próximos das ramificações.

A glicogênese é um processo bioquímico que transforma a glicose em glicogênio. O


glicogênio é uma fonte imediata de glicose para os músculos quando há diminuição da glicose
sanguínea (hipoglicemia). O glicogênio fica disponível no fígado e músculos, sendo consumido
totalmente cerca de 24 horas após a ultima refeição.

2.4.1 IMPORTÂNCIA

Sua importância é causar degradação do glicogênio a fim de atender as necessidades


metabólicas do organismo.

2.4.2 LOCAL DE AÇÃO

Ocorre no fígado, rim e intestinos.


2.5 GLICONEOGÊNESE

É um processo através do qual precursores como lactato, piruvato, glicerol e


aminoácidos são convertidos em glicose durante o jejum, toda a glicose deve ser sintetizada a
partir desses precursores não-glucídicos.

A maioria dos precursores deve entrar no Ciclo de Krebs em algum ponto para ser
convertida em oxaloacetato. O oxaloacetato é o material de partida para a gliconeogênese.

As três etapas que a gliconeogênese difere da glicólise são (BACILA, 2003):

● Etapa 1. Conversão de piruvato a fosfoenolpiruvato: catalisada pela piruvato quinase que é

substituída por duas reações, catalisadas pela piruvato carboxilase (1) e pela fosfoenolpiruvato

carboxiquinase (PEP-CK) (2):

(1) H2O + piruvato + CO2 → ADP + Pi + oxalacetato

(2) GTP + oxalacetato → GDP + fosfoenolpiruvato + CO222

● Etapa 2. Conversão da frutose 1,6-bifosfato a frutose 6-fosfato: catalisada pela

fosfofrutoquinase que é substituída pela frutose 1,6-bifosfatase (F1,6-B);

Frutose-1,6-bisfosfato + H2O → frutose-6-fosfato + Pi

A frutose 6-fosfato pode ser isomerizada a glicose 6-fosfato pela fosfoglicoisomeras

● Etapa 3. Conversão da glicose 6-fosfato a D-glicose, pela substituição da enzima

glicoquinase pela glicose 6-fosfatase (G6-P).

Glicose-6-P + H2O → glicose + Pi

2.5.1 IMPORTÂNCIA

Esse processo ajuda o organismo a manter os níveis de açúcar no sangue estáveis mesmo
na ausência da ingestão de alimentos que contenham carboidratos ou açucares.

2.5.2 LOCAL DE AÇÃO

Ocorre principalmente no fígado, em menor extensão no rim.


3. CONCLUSÃO.

Pelo que foi apresentado no resumo, podem-se tirar as seguintes conclusões:

• As células estão constantemente realizando milhares de reações químicas


necessárias para mantê-las. Essas reações químicas estão geralmente conectadas em
cadeias ou vias. Todas as reações químicas que ocorrem dentro de uma célula são
coletivamente chamadas de metabolismo da célula.
• Na rede metabólica da célula, algumas reações químicas liberam energia e podem
acontecer espontaneamente (sem inserção de energia). No entanto, outras precisam
de energia adicional para serem realizadas.
• As reações químicas em vias metabólicas não ocorrem automaticamente, sem um
guia. Na verdade, cada reação em uma via é facilitada ou catalisada por uma
proteína, chamada enzima.
4. REFERÊNCIAS

Berg, J. M., Tymoczko, J. L., and Stryer, L. (2002). Metabolism is composed of many coupled,
interconnecting reactions. Em Biochemistry (5th ed., section 14.1). New York, NY: W. H.
Freeman. Disponível em https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK22439/.

Carter, P. (n.d.). Catabolic and anabolic reactions. In Microbial metabolism. Disponível em:
http://classes.midlandstech.edu/carterp/courses/bio225/chap05/lecture1.htm.

Reece, J. B., Urry, L. A., Cain, M. L., Wasserman, S. A., Minorsky, P. V., and Jackson, R. B.
(2011). An introduction to metabolism. In Campbell biology (10th ed., pp. 141-161). San
Francisco, CA: Pearson.

Dra. Flávia C. Goulart. (2015). Trabalho Acadêmico, Ciências fisiológicas, Universidade


Estadual Paulista. Disponível em
https://www.marilia.unesp.br/Home/Instituicao/Docentes/FlaviaGoulart/GLICOLISE

Jéssica J. Probst. (2019). Trabalho Acadêmico Gliconeogênese, Via Pentoses Fosfato e


Metabolismo do Glicogênio. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA.
Disponível em
https://moodle.ufsc.br/pluginfile.php/4891301/mod_resource/content/1/Slides%20gliconeoges
e%20-%20via%20pentoses%20-%20metab%20glicogenio.pdf

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