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Fermentação e o Processo da Glicose

 
  

Maputo, Maio de 2021


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Índice:
1. Introdução.................................................................................................................5
2. Objectivos..................................................................................................................6
2.1. Objectivo geral....................................................................................................6
2.2. Objectivos específicos.........................................................................................6
2.3. Metodologias..........................................................................................................6
3. Referêncial teórico....................................................................................................7
3.1. Fermentação...........................................................................................................7
3.2. Tipos de fermentação.................................................................................................7
3.3.1. Etapas da Glicólise.....................................................................................10
3.3.2. Produtos da glicólise.....................................................................................14
4. Conclusão................................................................................................................15
5. Bibliografia...............................................................................................................16
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1. Introdução

A glicólise é um processo que ocorre no citoplasma da célula de qualquer ser vivo, seja
ele anaeróbio ou aeróbio.
O processo de fermentação segundo Matimbe (s/d), acontece todo no citosol, de forma
diferente da respiração, que ocorre parte no citosol e o restante dentro das mitocôndrias.
Dentre os organismos fermentativos mais conhecidos estão as bactérias e fungos
conhecidos como leveduras, assim como alguns moluscos, alguns anelídeos e as
próprias células musculares dos seres humanos também podem realizar fermentação em
condições específicas.
Portanto, no presente trabalho debruça sobre o conceito dos termos glicólise, o processo
de fermentação, identificação dos tipos de fermentação, a relação da glicólise com o
processo de fermentação e também faz uma descrição das etapas da glicólise.

2. Objectivos
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2.1. Objectivo geral

 Estudar a ferimentação e o processo glicose.

2.2. Objectivos específicos

 Conceituar os termos glicólise e o processo fermentação;


 Identificar os tipos de fermentação e as respectivas equações;
 Relacionar a fermentação com o processo glicolise;
 Descrever as etapas da glicolise;

2.3. Metodologias

O presente trabalho é fruto de uma análise de conteúdos baixados na internet e no


modulo de Biologia 4 do ensino a distância elaborado pelo MINED.
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3. Referêncial teórico

3.1. Fermentação

Na presença de oxigênio, os produtos gerados seguem para o ciclo de Krebs e para a


cadeia respiratória, respectivamente. Na ausência de oxigênio, os produtos gerados
reagem para a regeneração do NAD+ através da transferência de elétrons, formando os
produtos da fermentação no próprio citosol e estes produtos caracterizam o processo
fermentativo. (Reale, 1997)
A oxidação do fosfogliceraldeído é acoplada à redução dos cofactores da desidrogenase
que catalisa a reacção, e que são moléculas de NAD+ (Nicotinamida Adenina
Dinucleótido). Estas moléculas são complexas e a sua produção é energética e
materialmente dispendiosa para a célula, pelo que, uma vez reduzidas, não poderão
permanecer neste estado. Deverão ser objecto de uma “reciclagem” para poderem
intervir de novo, em outros processos bioquímicos que exijam a sua presença. Isto é,
deverão ser oxidadas.
Reale (1997), refere que nos organismos aeróbios, a oxidação dos NADH em NAD+
ocorre no seio da cadeia respiratória, com elevado rendimento energético. Em
anaerobiose, pelo contrário, a regeneração dos NADH processa-se de forma muito mais
simples, mas sem dar lugar à síntese de ATP, através de processos bioquímicos
designados por fermentação. Conhecem-se diversas fermentações, mas as mais comuns,
de que aliás a indústria alimentar tira proveito, são as fermentações láctica e a
fermentação alcoólica.

3.2. Tipos de fermentação

a) Fermentação láctica
A fermentação láctica consiste na redução do ácido pirúvico em ácido láctico
concomitante à oxidação do NADH em NAD+, conforme se representa.

Equação: Fermentação láctica


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Este processo ocorre em organismos anaeróbios como as bactérias lácticas, de que são
exemplo as que intervêm no fabrico de iogurtes. Para estes organismos, o ácido láctico
não tem qualquer utilidade, pelo que é excretado para o meio, acidificando. (Mercês &
Adelmiro, 1992).
Em organismos aeróbios, em certas circunstâncias também pode ocorrer fermentação
láctica. É o caso que se verifica nas células musculares, quando sujeitas a forte
solicitação; nestas circunstâncias, pode verificar-se momentaneamente um déficit de
fornecimento de oxigénio e o músculo passa a funcionar em anaerobiose, reoxidando os
NADH através da redução do ácido pirúvico em ácido láctico.

b) Fermentação alcoólica
A fermentação alcoólica, como o seu nome indica, conduz à formação de álcool etílico
(etanol) e à libertação de dióxido de carbono. É o processo bioquímico subjacente ao
fabrico do vinho e do pão. Tal como na fermentação láctica, o etanol é um subproduto
não interessante para os organismos em causa e, consequentemente, excretado para o
exterior.

Equação da fermentação alcoólica

c) Fermentação Acética
É uma fermentação derivada da alcoólica. Na fermentação acética, o etanol gerado é
oxidado e convertido a ácido acético, quando em contato com bactérias específicas.
Esse tipo de fermentação é importante na produção de vinagres, onde o ácido acético é
seu principal constituinte.

d) Fermento Biológico X Fermento Químico


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Fermentos são utilizados na panificação para a produção de pães e bolos. O tipo de


fermento utilizado promove reações diferentes que podem resultar no crescimento da
massa e na sua textura mais “fofa”. Os dois tipos de fermentos empregados são os
fermentos biológicos e químicos.
Os fermentos biológicos são as leveduras mostradas anteriormente, que absorvem o
carboidrato presente na massa e realizam fermentação alcoólica, liberando CO2 e etanol
para a massa.
Esse processo fermentativo precisa ocorrer antes da massa ir ao forno, pois, uma vez ao
forno, as leveduras presentes podem ter suas células degradadas com as elevadas
temperaturas. Por isso, é comum deixar a massa de repouso por um período ou
“descansando” como visto nos livros culinários. O fermento biológico é mais indicado
para a produção de pães.
Os fermentos químicos são gerados a partir de compostos inorgânicos como bicarbonato
de sódio (NaHCO3), que em elevadas temperaturas se decompõe. Essa decomposição
depende de elevadas temperaturas para acontecem e tem como produto água e CO2. Os
fermentos químicos são mais indicados para preparo de biscoitos, bolos e bolachas.

3.3. Glicólise
A glicólise (do grego: glykýs, açúcar e lýsis, quebra) é um processo que pode ser
definido como uma via metabólica na qual uma molécula de glicose é quebrada em duas
moléculas de ácido pirúvico. Ela ocorre no citoplasma da célula de qualquer ser vivo,
seja ele anaeróbio, seja aeróbio.
A glicólise é um dos processos mais antigos, na escala evolutiva, através do qual se
opera a recuperação de uma parte da energia armazenada na glucose. No termo da
glicólise, obtém-se a fragmentação da molécula de açúcar em duas moléculas de ácido
pirúvico. Esta energia é posta à disposição das funções celulares sob a forma de ATP.
O sistema enzimático da glicólise é universal, pelo menos nas suas linhas gerais. A
glicólise tem lugar no citossol, mas, dada a sequência ordenada das reacções
bioquímicas que a integram, não é de excluir que as enzimas se localizem
sequencialmente num qualquer suporte membranar, à semelhança de outros processos
que adiante serão analisados
Nos organismos aeróbios, a glicólise constitui o segmento inicial da degradação da
glucose, sendo essencialmente prosseguida pelo processo a que, globalmente se atribui a
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designação de respiração celular. Nos organismos anaeróbios (e mesmo nos aeróbios,


em certas circunstâncias), pelo contrário, a glicólise é prosseguida por um outro
processo designado por fermentação.

3.3.1. Etapas da Glicólise

Por razões didácticas, é comum considerar o processo da glicólise dividido num certo
número de etapas sequenciais:

1ª Etapa:
Fosforilação da glucose
A primeira etapa da glicólise consiste na fosforilação da glucose, em glucose-6-fosfato,
em presença de ATP e do enzima hexoquinase que actua tendo como cofactor, o ião
Mg2+

Equação da Fosforilação da glucose

O acoplamento da hidrólise do ATP e da fosforilação da glucose é exergónica e


praticamente irreversível:

2ª Etapa:
Isomerização da glucose
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Nesta etapa da glicólise, a glucose-6-fosfato é isomerizada em frutose-6-fosfato,


assistida pela enzima glucose-fosfato isomerase.

Equação da Isomerização da glucose

3ª Etapa:
Fosforilação da frutose-6-fosfato
Na terceira etapa da glicólise, assiste-se a uma segunda reacção de fosforilação, em que
é protagonista a frutose-6-fosfato, com intervenção do enzima fosfofrutoquinase, que
tem, como cofactor, o ião Mg2+.

Equação da Fosforilação da frutose-6-fosfato


4ª Etapa:
Fractura da frutose 1,6 - difosfato em duas trioses

Graças à acção de uma aldolase, a frutose-1,6- difosfato é cindida em duas trioses


isoméricas: o fosfogliceraldeído e a fosfodihidroxiacetona
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Equação da Fractura da frutose 1,6 - difosfato em duas trioses

No equilíbrio, apenas cerca de 11% se encontra cindido em trioses. Entre estas, a


maioria encontra-se sob a forma de di-hidroxicetona.

5ª Etapa:
Oxidação do gliceraldeído-3-fosfato
Esta etapa encerra a única oxidação que ocorre durante a glicólise. Realiza em presença
de fosfato inorgânico e é catalisada por uma desidrogenase que tem a NAD+ como
cofactor. Durante a etapa, a energia libertada pela oxidação é transferida para a
formação de uma nova ligação fosfato, rica em energia.
À medida que o fosfogliceraldeído for sendo oxidado, a fosfodihidroxiacetona
transformar-se-á em fosfogliceraldeído e será oxidada, por seu turno.
Portanto, por cada uma das moléculas de glucose que “entra” no processo de glicólise,
ocorrerá a oxidação de duas moléculas de fosfogliceraldeído em ácido difosfoglicérido.

Equação da Oxidação do gliceraldeído-3-fosfato

6ª Etapa:
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Hidrólise do ácido difosfoglicérido


Durante esta etapa, a energia libertada pela hidrólise é transferida para a síntese de ATP
a partir de ADP e de fosfato inorgânico.

Equação da Hidrólise do ácido difosfoglicérido

Etapas seguintes:
Produção de ácido pirúvico
Segundo Mercês e Adelmiro (1992), durante as etapas seguintes o ácido 3-
fosfoglicérico é objecto de diversas reacções e é transformado, por último, em ácido
pirúvico. O fenómeno mais significativo é a fosforilação de mais um ADP em ATP.

Equação da Produção de ácido pirúvico

Em resumo, no decurso da glicólise, por cada molécula de glucose, são produzidas duas
moléculas de ácido pirúvico. No início do processo, foi investida energia (consumiram-
se 2 ATP). No final do processo recuperou-se energia sob a forma de 4 ATP. O saldo é
pois de 2ATP por molécula de glucose.
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3.3.2. Produtos da glicólise

2 Ácidos Pirúvicos;
2 ATPs (4, porém dois são consumidos na própria etapa);
2 NADH+ H+;
Glicólise esquematizada e a formação do ácido pirúvico Glicólise esquematizada e a
formação do ácido pirúvico.
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4. Conclusão

Findo o trabalho conclui-se que a glicólise é um dos processos através do qual se opera
a recuperação de uma parte da energia armazenada na glucose e esta possui como etapas
a Fosforilação da glucose, Isomerização da glucose, Fosforilação da frutose-6-fosfato,
Fractura da frutose 1,6 - difosfato em duas trioses, Oxidação do gliceraldeído-3-fosfato
e a Hidrólise do ácido difosfoglicérido. Essas etapas culminam com a Produção de ácido
pirúvico.
Na fermentação há a produção moléculas orgânicas que caracterizam a fermentação,
como o ácido láctico na fermentação láctica e o etanol na fermentação alcoólica.
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5. Bibliografia

Matimbe Herculano (s/d). Módulo 4 de Biologia: Programa de Ensino a Distância.


CEMOQE, Moçambique.
Mercês Roque & Adalmiro Castro. (1992). Biologia 12 ano de escolaridade. 2º volume.
porto editora.
Reale, Américo. (1997). Compêndio de Botânica. 2º Ciclo, volume I e II, Asa editores.

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