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Licenciatura Em Agropecuária
1º Ano
Universidade Licungo
Quelimane
2021
Carimo Gorges Armando Alberto
Universidade Licungo
Quelimane
2021
Índice
1. Introdução............................................................................................................................3
2. Objectivos............................................................................................................................3
3. Metodologia.........................................................................................................................3
4. Definição de Lípidos...........................................................................................................4
4.4.1. Triacilglicerídios..............................................................................................................8
4.4.2. Cera..................................................................................................................................9
4.4.3. Fosfolipídios.................................................................................................................10
4.4.3. Esfingolipídios...............................................................................................................12
5. Lipoproteínas.....................................................................................................................14
6. Membrana Plasmática.......................................................................................................15
6.1. Funções..............................................................................................................................15
7. Ácidos nucleicos................................................................................................................15
8. Conclusão..........................................................................................................................18
9. Bibliografia........................................................................................................................19
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1. Introdução
O presente trabalho de pesquisa fala sobre Lípidos e acidos nucleicos, tem como objetivo
principal estudar e conhecer as suas estruturas. Quando se fala em lipídios é comum associar
esta classe de biomoléculas às gorduras, mas, as gorduras são apenas uma das espécies de
lipídios. Essa associação equivocada se explica pelo fato de a maioria dos lipídios ter como
característica comum uma natureza oleosa. Os lipídios são biomoléculas abundantemente
encontradas na natureza. Eles estão presentes em diversos alimentos como gema do ovo, leite,
gorduras animais e óleos vegetais, etc. Os lipídios formam uma classe bem complexa de
biomoléculas, que se caracterizam mais por sua solubilidade em solventes orgânicos apolares
(como clorofórmio, éter, benzeno) e baixa solubilidade em solventes polares (como água,
etanol, metanol) e não por apresentar algum grupo funcional comum a todos eles.
2. Objectivos
2.1. Objectivo geral
Conhecer as estruturas dos lipídios.
2.2. Objectivos específicos
Definir os lípidos e ácidos nucleicos
Classificar os lípidos e ácidos nucleicos
Descrever as propriedades e estrutura dos lípidos;
Mencionar as funções e tipos de ácidos nucleicos;
Explicar o processo de catabolismo dos lípidos;
3. Metodologia
O tipo de pesquisa a ser realizada neste trabalho foi classificado como sendo uma pesquisa
bibliográfica, isto porque deve-se a pesquisa em mãos a consulta de fontes bibliográficas e
uso de internet. A metodologia opcionada para a realização deste trabalho foi o método
descritivo, esta opção justifica o facto do método escolhido permitir uma descrição clara e
flexível em relação as ideias que foram reunidas e analisadas neste trabalho. Enquanto
procedimento, o trabalho realizou-se por meio da observação directa e indirecta.
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4. Definição de Lípidos
De acordo com VIEIRA (2003), Lipídios são biomoléculas caracterizadas pela baixa
solubilidade em água e outros solvente polares e, alta solubilidade em solventes apolares. São
vulgarmente conhecidos como gorduras e suas propriedades físicas estão relacionadas com
esta natureza hidrófoba.
São moléculas que possuem uma grande variedade de formas estruturais, tendo em comum
somente o fato de serem hidrofóbicas e serem biosintetizadas a partir da acetil-CoA. Este
facto coloca os lipídios como uma importante molécula dentro do metabolismo energético,
uma vez que a acetil-CoA é a molécula que inicia os principais processos bioenergético
(idem).
De acordo com VIEIRA (2003), os lipídios possuem uma função energética mais reservada ao
armazenamento do que o aproveitamento puro e simples de seu poder energético, uma vez
que, justamente pelo fato de serem muito calóricos, possuem vias metabólicas alternativas ao
metabolismo energético.
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Segundo VIEIRA (2003), os lípidos podem ser agrupados de acordo com a presença ou não
de ácidos graxos em sua molécula.
Os lípidos que possuem ácidos graxos (saponificáveis) - ácidos carboxílicos com grande
cadeia carbonada são saponificáveis, uma vez que reagem com bases fortes formando sabões.
São lineares em sua maioria, podendo ser saturados ou insaturados. Possuem função
energética e estrutural. São as simples: Acilglicerideos e Ceras e os complexos: Fosfolipídeos
e Glicolipídeos.
Os lípidos que não possuem ácidos graxos (não saponificáveis) - em sua molécula, não são
saponificáveis e não são energéticos. A maioria possui função estrutural ou especializada
(hormônios, vitaminas, antioxidantes), desempenhando papel chave em várias vias
metabólicas. São os terpenos, esteróides e eixo sanóides.
Do ponto de vista da nutrição, são classificados em ácidos graxos essenciais e ácidos graxos
cis ou trans.
Ácidos graxos essenciais: acidos graxos polinsaturados que o organismo humano não tem
capacidade de produzir e por isso ele se torna um componente obtido essencialmente pela
dieta, no caso, com a ingestão de óleos vegetais. São exemplos de ácidos graxos essenciais, os
ácidos graxos linoléico e linolênico.
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Ácidos graxos cis ou trans: são constituintes das gorduras cis ou trans. Diferem porá
presentar diferentes configurações geométricas dos hidrogênios em torno da dupla ligação das
cadeias dos ácidos graxos monoinsaturados. A forma cis provoca uma prega na cadeia
hidrocarbonada no local da dupla ligação. A forma trans tem formato semelhante aos ácidos
graxos saturados, com a cadeia estendida, estando presentes nas gorduras vegetais
hidrogenadas como margarinas, frituras, produtos de comercialização.
Figura 1. Modelo espacial e fórmulas estruturais do ácido graxo saturado esteárico (A) e do
ácido graxo insaturado oleico (B), ambos com 18 carbonos em sua cadeia.
a) Se os ácidos graxos forem todos de cadeia saturada, isto é, se todos os carbonos da cadeia
de ácido graxo estiverem unidos por ligações simples, o glicerídeo será uma gordura,
sólida à temperatura ambiente;
b) Se um ou mais de ácidos graxos do glicerídeo tiverem cadeia insaturada, isto é,
apresentarem dupla ligação entre um ou mais pares de carbono da cadeia, o glicerídeo será
um óleo, liquido à temperatura ambiente.
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Os ácidos graxos não podem ser confundidos com lipídios, embora sejam moléculas
orgânicas que entram na composição da maioria deles. Portanto, os ácidos graxos são as
unidades básicas da maioria dos lipídios. São ácidos monocarboxílicos (contendo apenas um
grupo carboxilo - COOH). O grupo carboxilo se liga a uma longa cadeia hidrocarbonada, cujo
número de carbono varia de 4 a 36 (idem).
A nomenclatura dos ácidos graxos insaturados deve incluir a posição da dupla ligação na
cadeia hidrocarbonada. Ex.: Ác. Oleico (9-octadecenoico), C 18:19 o C18:1 ώ9
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4.4.1. Triacilglicerídios
Figura 2. Triacilglicerol.
Os triacilgliceróis das gorduras animais são ricos em ácidos graxos saturados, o que atribui a
esses lipídios uma consistência sólida à temperatura ambiente; os de origem vegetal ricos em
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ácidos graxos insaturados, são líquidos. No organismo, tanto os óleos como as gorduras
podem ser hidrolisados pelo auxílio de enzimas específicas, as lipases (tal como a fosfolipase
A ou a lipase pancreática), que permitem a digestão destas substâncias (CAMPOS, 2009).
Os triacilgliceróis podem ser hidrolisados, liberando ácidos graxos e glicerol. Se esta hidrólise
é feita em meio alcalino, formam-se sais de ácidos graxos, os sabões, e o processo é chamado
saponificação. Este é o princípio da fabricação de sabões a partir de gordura animal fervida
em presença de NaOH ou KOH (idem).
4.4.2. Cera
Outra classe de lipídios apolares ou hidrofóbicos são as ceras, também conhecidas como
graxas. As ceras são ésteres de ácidos graxos saturados ou insaturados de cadeia longa (com
14 a 36 átomos de carbonos), com álcoois de cadeia longa (contendo de 16 a 30 carbonos)
(QUINTAS et al, 2008).
As ceras de origem biológica são ésteres de ácidos graxos de cadeia longa (C 14 a C36) saturada
ou insaturada com álcoois também de cadeia longa (C16 a C30). As ceras são as principais
fontes de armazenamentos da energia metabólica no plâncton, o conjunto de micro-
organismos que flutuam livremente nos mares e constituem a base alimentar dos animais
marinhos (QUINTAS et al, 2008).
consistência firme, as ceras também executam várias outras funções na natureza. Certas
glândulas da pele de vertebrados secretam ceras para proteger os pelos e a própria pele,
mantendo-os flexíveis, lubrificados e à prova de água. As ceras biológicas encontram uma
variedade de aplicações na indústria farmacêutica, de cosméticos e outras. A lanolina, a cera
de abelha, a cera de carnaúba e a cera extraída do óleo de espermacete (de baleias), são
largamente empregadas na manufatura de loções, pomadas e polidores (NELSON e COX,
2002).
4.4.3. Fosfolipídios
Os fosfolipídios ocorrem em praticamente todos os seres vivos. Como são anfifílicos, também
são capazes de formar pseudomicrofases em solução aquosa; a organização, entretanto, difere
das micelas. Os fosfolipídios se ordenam em bicamadas, formando vesículas. Estas estruturas
são importantes para conter substâncias hidrossolúveis em um sistema aquoso - como no caso
das membranas celulares ou vesículas sinápticas (NELSON e COX, 2002).
4.4.3. Esfingolipídios
Os vários tipos de esfingolipídios são classificados de acordo com o grupo que está conectado
à base esfingóide. Se o grupo hidroxilo estiver conectado a um açúcar, o composto é chamado
de glicosfincolipídio. O grupo pode ser também, um éster fosfófico, como a fosfocolina, na
esfingomielina. Gangliosídios são glicosfingolipídios que contém o ácido N-acetilneurâmico
(ácido siálico) ligado à cadeia oligossacarídica. Estas espécies são muito comuns no tecido
cerebral (GADALHA, 2011).
4.4.4. Esteróides
Os Esteróides são lipídios estruturais presentes nas membranas da maioria das células
eucarióticas. A estrutura característica desse grupo de lipídios da membrana é o núcleo
esteróide constituído por quatro anéis fundidos entre si, três deles com seis átomos de carbono
e um com cinco. O núcleo esteróide é quase plano e relativamente rígido, os anéis fundidos
não permitem a rotação em torno das ligações C-C. O colesterol, o principal esterol nos
tecidos animais, é anfipático, com um grupo-cabeça polar (grupo hidroxilo em C-3) e um
corpo hidrocarboneto não-polar (o núcleo esteróide e a cadeia lateral hidrocarboneto em C-
17), quase tão longa, em sua forma estendida, quanto um ácido graxo com 16 carbonos
(VIEIRA, 2003).
5. Lipoproteínas
São associações entre proteínas e lipídeos encontradas na corrente sanguínea, e que tem como
função transportar e regular o metabolismo dos lipídeos no plasma. A fração protéica das
lipoproteínas denomina-se Apoproteína, e se divide em 5 classes principais - Apo A, B, C, D
e várias subclasses. A fração lipídica das lipoproteínas é muito variável, e permite a
classificação das mesmas em 5 grupos, de acordo com suas densidades e mobilidade
eletroforética (MOTTA, 2009)
6. Membrana Plasmática
6.1. Funções
As funções da membrana plasmática são:
Os fosfolipídios estão dispostos em uma camada dupla, a bicamada lipídica. Eles estão
conectados às gorduras e proteínas que compõem as membranas celulares.
Os fosfolipídios apresentam uma porção polar e outra apolar. A porção polar é hidrofílicas
envolta-se para o exterior. A porção apolar é hidrofóbica e voltada para o interior da
membrana.
7. Ácidos nucleicos
Pentoses: são carboidratos cuja molécula é formada por cinco carbonos. A pentose que forma
o DNA é conhecida como desoxirribose, enquanto a do RNA é chamada ribose (daí os nomes
desoxirribonucleicos e ribonucleicos).
Bases nitrogenadas: são compostos cíclicos que contêm nitrogênio. As bases nitrogenadas
são cinco: adenina, citosina, guanina, timina e uracilo; e destas somente as três primeiras são
encontradas tanto no DNA quanto no RNA. A base nitrogenada timina ocorre somente no
DNA, enquanto a uracilo é uma base exclusiva do RNA.
A união das pentoses às bases nitrogenadas e aos fosfatos forma um trio molecular que recebe
o nome de nucleótideo. Ambos os tipos de ácidos nucléicos são compostos por uma sequência
de nucleotídeos, que são ligados entre si por meio dos radicais fosfatos, formando longas
cadeias polinucleotídicas. Os nucleotídeos detêm grandes quantidades de energia, o que
contribui para a realização de diversos processos metabólicos. Os ácidos nucléicos
apresentam uma estrutura espacial bastante complexa e peculiar. As moléculas de DNA são
constituídas por duas cadeias polinucleotídicas enroladas uma sobre a outra, o que se
assemelha com uma grande escada helicoidal. Essas duas cadeias se unem por meio de pontes
de hidrogênio entre determinados pares de bases nitrogenadas: a adenina emparelha-se com a
timina, enquanto citosina emparelha-se com guanina (QUINTAS et al, 2008).
8. Conclusão
Terminado o trabalho conclui-se que, os lipídios são biomoléculas com uma ampla variedade
estrutural. Essas biomoléculas não se caracterizam por apresentar um grupo químico comum a
todos eles, mas por sua solubilidade em solventes apolares. Classificam-se em triacilgliceróis,
ceras, glicerofosfolipídeos, esfingolipídios e esteróides. Os ácidos graxos são ácidos
orgânicos mono carboxílico que entram na formação da maioria dos lipídios. Dentre os
lipídios formados por ácidos graxos encontram-se os triacilgliceróis, que são ésteres de
glicerol com três moléculas de ácidos graxos. As ceras ou graxas são ésteres de ácidos graxos
de cadeia longa com álcool de cadeia longa. Duas outras classes de lipídios formadas por
ácidos graxos são os glicerofosfolipídeos e os esfingolipídios.
9. Bibliografia
NELSON, D. L.; COX, M. M. Lehninger Princípios de Bioquímica. 3ed. São Paulo: Sarvier,
2002.
VOET, D.; VOET, J. G.; PRATT, C. W. Fundamentos de Bioquímica. Porto Alegre: Artmed.
2000.