Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CARBOIDRATOS E LIPÍDIOS
JARU/RO
2022
GABRIELLY VITÓRIA PRUDÊNCIO LIMA
CARBOIDRATOS E LIPIDÍOS
JARU/RO
2022
SUMÁRIO
CARBOIDRATOS 4
LIPÍDIOS 9
CLASSIFICAÇÃO 11
Triacilgliceróis 12
Ceras 12
Fosfolipídeos 12
Esfingolipídeos 12
Isoprenóides 13
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 16
CARBOIDRATOS
É fato que sem os carboidratos não existiria vida, esta molécula apresenta diversas funções
no organismo animal e vegetal. Os carboidratos são utilizados pelas células para produção de ATP,
fornecendo, portanto, energia para a realização das atividades celulares. O principal carboidrato
utilizado pelas células para produzir energia é a glicose, este processo de transformação da glicose
em ATP é chamado de glicogênese proeminente no fígado e nos músculos. Além fornecer energia
de maneira imediata, os carboidratos podem e são armazenados em uma reserva de glicogênio em
animais e como amido em vegetais.
No reino plantae os carboidratos realizam mais uma função que é a estruturação através da
celulose que compõe a parede celular dos vegetais. Nos artrópodes é encontrado um carboidrato
chamado quitina que compõe seu exoesqueleto.
DIGESTÃO DOS CARBOIDRATOS
Para serem absorvidos, os carboidratos devem ser digeridos até os monossacarídeos glicose,
galactose ou frutose. O processo está completo no momento em que o conteúdo estomacal atinge a
junção entre duodeno e jejuno. O processo de digestão ocorre na boca e intestino, ocorre por meio
da hidrólise das ligações glicosídicas.
Na boca durante a mastigação, a α-amilase salivar/ptialina atua brevemente sobre o amido da
dieta, de maneira aleatória, hidrolisando algumas ligações α(1→ 4). Acontece uma parada
temporária da digestão dos carboidratos, pois a ptialina é inativada pela acidez estomacal.
Quando chega ao intestino os carboidratos que não sofreram ação da amilase salivar são
hidrolisados no intestino delgado, a amilase pancreática digere as ligações 1,4-glicosídicas do
amido, formando três dissacarídeos, dextrina α-limitada, maltosee maltotriose, dissacarídeos que são
digeridos a monossacarídeos, pelas enzimas da borda em escova intestinal, a α-dextrinase, maltase e
a sacarase. O produto final de cada uma destas etapas digestivas é a glicose, monossacarídeo que
pode ser absorvido pelas células epiteliais. Os dissacarídeos trealose, a lactose e a sacarose não
precisam da etapa digestiva da amilase, pois já estão na forma dissacarídica, cada molécula do
dissacarídeo é digerida a duas moléculas de monossacarídeos pelas enzimas trealase, lactase e
sacarase. A trealose é digerida pela trealase a duas moléculas de glicose; a lactose é digerida pela
lactase a glicose e galactose; e a sacarose é digerida pela sacarase a glicose e frutose.
METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS
Nos vertebrados, a glicose é transportada através do corpo pelo sangue. Quando as reservas
de energia celular estão baixas, a glicose é degradada pela via glicolítica. As moléculas de glicose
não necessárias para a imediata produção de energia, são armazenadas como glicogênio no fígado e
músculo. Dependendo das necessidades metabólicas da célula, a glicose pode também ser
empregada para sintetizar outros monossacarídeos, ácidos graxos e certos aminoácidos.
A absorção dos carboidratos pelas células do intestino delgado é realizada após hidrólise dos
dissacarídeos, oligossacarídeos e polissacarídeos em seus componentes monossacarídeos. As
quebras ocorrem sequencialmente em diferentes segmentos do trato gastrointestinal por reações
enzimáticas:
• Alfa-amilase salivar: a digestão do amido inicia durante a mastigação pela ação α-amilase salivar
(ptialina) que hidrolisa as ligações glicosídicas, com a liberação de maltose e oligossacarídeos.
• Enzimas da superfície intestinal: A hidrólise final da maltose e dextrina é realizada pela maltase
e a dextrinase, presentes na superfície das células epiteliais do intestino delgado.
Após a absorção, a glicose no sangue aumenta e as células β das ilhotas pancreáticas secretam
insulina que estimula a captação de glicose principalmente pelos tecidos adiposo e muscular. Nos
processos metabólicos dos carboidratos, algumas etapas (vias metabólicas) são essenciais para a
obtenção da reserva energética: glicólise (anaeróbia e aeróbia), via das pentoses-fosfato,
glicogênese, glicogenólise, gliconeogênese, ciclo de Krebs ou ciclo do ácido cítrico e cadeia
respiratória ou fosforilação oxidativa.
LIPÍDIOS
De acordo com Santana apud Botham & Mayes (2017) os lipídios podem ser classificados
em principalmente como simples, complexos, os precursores e derivados. Os lipídeos simples são
ésteres de ácidos graxos com vários álcoois, são encontrados em duas formas, como gorduras que
são ésteres de ácidos graxos com glicerol e é no estado liquido conhecida como óleo, e as ceras que
são ésteres de ácidos graxos com álcoois monohidroxilicos.
Os lipídeos complexos são ésteres de ácidos contendo outros grupos além de um álcool e de
um ácido graxo. Dentre eles podemos citar os fosfolipídeos que são lipídeos que contêm, além de
ácidos graxos e um álcool, um resíduo de ácido fosfórico. Frequentemente, tem bases nitrogenadas e
outros substituintes. Há também os glicolipídeos que são lipídeos que contêm um ácido graxo,
esfingosina e carboidrato.
Outros lipídeos complexos são lipídeos, tais como sulfolipídeos e aminolipídeos e as lipopro-
teínas. Precursores e derivados de lipídeos incluem: ácidos graxos, glicerol e esteróis, aldeídos
graxos e corpos cetônicos, hidrocarbonetos, vitaminas lipossolúveis e hormônios. Dentro destes
grupos os que podemos dar maior destaque são: ácidos graxos e seus derivados, triacilgliceróis,
ceras, fosfolipídeos, esfingolipídeos e isoprenóides.
A digestão dos lipídeos começa na boca e continua no estômago através da ação das lipases
(enzimas-módulo proteínas), que quebram as ligações dos ésteres de ácidos graxos (triglicerídeos),
liberando os ácidos graxos. Ao chegar no intestino delgado, o bolo alimentar estimula a secreção do
suco pancreático, que é produzido no pâncreas, e da bile, que é produzida no fígado. A bile
emulsifica a gordura, formando gotículas menores, para que as enzimas do suco pancreático possam
agir sobre os lipídeos, quebrando sua estrutura, formando os ácidos graxos e demais compostos e
assim podem se absorvidos pelas células intestinais.
METABOLISMO DOS LIPÍDIOS
O metabolismo lipídico refere-se à síntese e degradação de lipídios nas células. Esse
metabolismo envolve a decomposição ou armazenamento de gorduras (para obtenção e estoque de
energia) e a síntese de lipídios estruturais e funcionais, como os envolvidos na construção das
membranas celulares. O processo de síntese dessas gorduras se denomina lipogênese. A maioria dos
lipídios encontrados no corpo pela ingestão são triglicerídeos e colesterol.
Na absorção, os ácidos graxos de cadeia curta podem ser absorvidos no estômago, embora a
maior parte da absorção de gorduras ocorra apenas no intestino delgado . Uma vez que os
triglicerídeos são decompostos a ácidos graxos e glicerol eles se agregam, juntamente com o
colesterol, em estruturas chamadas micelas. Ácidos graxos e monoglicerídeos se difundem, então,
através da membrana para o interior das células epiteliais intestinais. No citosol das células
epiteliais, os ácidos graxos e os monoglicerídeos são recombinados novamente em triglicerídeos. No
citosol das células epiteliais, os triglicerídeos e o colesterol são empacotados em partículas maiores
chamadas quilomícrons, estruturas anfipáticas que transportam os lipídios digeridos. Os
quilomícrons viajam pela corrente sanguínea para entrar no tecido adiposo e em outros tecidos do
corpo.
Uma vez que os quilomícrons viajem através dos tecidos, essas partículas são decompostas
pela lipoproteína lipase na superfície luminal das células endoteliais nos capilares para liberar os
triglicerídeos. Os triglicerídeos são, então, hidrolisados em ácidos graxos e glicerol antes de entrar
nas células e o colesterol restante viaja novamente através do sangue para o fígado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SANTANA, Márcia Cristina Araújo et al. Lipídeos: classificação e principais funções fisiológicas.
REDVET. Revista Electrónica de Veterinaria, v. 18, n. 8, p. 1-14, 2017.