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Aula 1: Lipídios.
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Lipídios
A maioria dos lipídios é formada por ácido graxo, que é um ácido orgânico mono carboxílico.
Os lipídios desempenham diversas e importantes funções biológicas, atuando, por exemplo,
como reserva energética de plantas e animais, isolante térmico e mecânico do corpo de
animais, estrutural (como componentes das membranas biológicas), agentes emulsificantes
(ácidos biliares), função coenzimática (as vitaminas lipossolúveis A, D, E, K), entre outras.
Os lipídios possuem várias funções biológicas, dentre as quais, segundo Artilheiro (2012),
pode-se destacar:
a. Reserva energética: os lipídios funcionam como uma eficiente reserva de energia, pois,
sua oxidação, gera aproximadamente o dobro de energia que os carboidratos.
Segundo Motta (2005) os lipídios são geralmente classificados em: Ácidos graxos e seus
derivados; Triacilgliceróis; Ceras; Fosfoglicerídeos; Esfingolipídios e Isoprenóides. Aqui, na
nossa disciplina, iremos abordar aqueles de maior importância para a Podologia:
a) Ácidos graxos: embora os ácidos graxos ocorram em quantidades muito grandes como
blocos construtivos e componentes dos lipídios saponificáveis, eles ocorrem apenas em traços
na forma livre nas células e tecidos. Existem, mais de 100 tipos de ácidos graxos, os quais
possuem uma longa cadeia hidrocarbonada e um grupo carboxílico terminal. A cadeia
hidrocarbonada pode ser saturada (ácido palmítico) ou pode possuir uma ou mais duplas
ligações, conhecidas como insaturações (ácido oleico). Os ácidos graxos diferem um do outro
no comprimento da cadeia e no número e posição de suas ligações insaturadas (Mello, 2010).
Assim, os ácidos graxos podem ser classificados em saturados e insaturados.
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Lipídios de Membranas Biológicas
Os lipídios que entram na composição das membranas das células são moléculas anfipáticas.
Esses lipídios apresentam uma cadeia hidrocarbonada apolar (denominada cauda) e um grupo
polar (denominado cabeça). Essa estrutura em bicamada é estabilizada por interação
hidrofóbica, que ocorre com a associação das caudas apolares desses lipídios, e as interações
hidrofílicas – como pontes de hidrogênio – que ocorrem com os grupos polares e a água.
A enorme diversidade de estruturas químicas que se observa nas classes dos lipídios de
membranas se deve às diversas possibilidades de combinações das cadeias hidrocarbonadas
dos ácidos graxos e com os grupos químicos que podem formar as cabeças polares.
Indicação de Leitura
No site abaixo você encontra o artigo “Os lipídios e suas principais funções” onde são
apresentados aspectos gerais sobre o estudo dos lipídios, como também, relaciona as suas
principais funções para o organismo humano.
https://revista-fi.com.br/upload_arquivos/201606/2016060492601001465239502.pdf
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Metabolismo Celular
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Respiração Celular
No interior das mitocôndrias é que ocorre o processo de extração de energia dos nutrientes
(respiração celular) que será armazenada em moléculas de ATP (trifosfato de adenosina). É
importante que você lembre que o ATP é a molécula responsável para fornecer energia
necessária às reações químicas celulares. A mitocôndria é abastecida pela célula que a abriga,
por substâncias orgânicas como oxigênio e glicose.
Mitocondrias
http://fb.ru/misc/i/thumb/a/2/7/1/4/2/3/4/2714234.jpg
A respiração celular ocorre em três etapas: glicólise, ciclo de Krebs e fosforilação oxidativa.
Sabendo que duas dessas três etapas ocorrem no interior das mitocôndrias (ciclo de Krebs e
fosforilação oxidativa), é possível compreender a fundamental atuação dessa organela nesse
processo. A glicólise é a única das etapas a acontecer no citoplasma (Leopoldo, 2009).
https://alemdasaulas.files.wordpress.com/2015/02/3.jpg
1ª Etapa: Glicólise
Antes de se iniciar o ciclo de Krebs, ocorre uma etapa preparatória, na qual o ácido pirúvico
será desidrogenado e descarboxilado, resultando em uma molécula de NADH+ H+ e uma de
gás carbônico (CO2), formando acetila. Logo essa acetila se combinará à coenzima A e passará
a ser chamada de acetilcoenzima A ou acetil- CoA. A partir daí o acetil-CoA entra no ciclo de
Krebs (Feitosa, 2009).
A partir de disso tem início o ciclo de Krebs, também conhecido como ciclo do ácido cítrico.
Essa segunda etapa é uma sequência cíclica de reações enzimáticas, na qual ocorre a produção
gradual de elétrons e prótons, por ação das desidrogenases. Mais uma vez, o NAD entra em
ação, dessa vez com ajuda do FAD, para transportar os elétrons resultantes dessas reações,
transformando-se em NADH2 e FADH2 (Feitosa, 2009).
As modificações têm início quando o citrato é submetido desde sua formação até a restituição
do ácido oxalacético, restaurando o ciclo. Inicialmente, a molécula de acetila (proveniente da
descarboxilação do ácido pirúvico na etapa preparatória do Ciclo de Krebs) combina-se com
uma substância chamada coenzima A (CoA), formando a acetil-coenzimaA (acetil- CoA),
bastante reativa. Esta, por sua vez, se combinará com o oxalacetato, iniciando o Ciclo de Krebs
na matriz mitocondrial. A reação do acetil-CoA (2C) com o oxalacetato (4C) originará o citrato
(6C), liberando a coenzima A (Feitosa, 2009).
Lá foram produzidas duas moléculas de ácido pirúvico para cada molécula de glicose, então
temos o dobro desse resultado.
Assim sendo, o saldo energético parcial são: 8 NADH2, 2 FADH2, 6 CO2 e 2 ATP. Além dessas
moléculas energéticas, o ciclo de Krebs fornece metabólitos que serão usados para a produção
de aminoácidos e carboidratos (Feitosa, 2009).
3ª Etapa: Fosforilação Oxidativa
Por fim, a terceira etapa da respiração celular, chamada de fosforilação oxidativa, conhecida
também como cadeia transportadora de elétrons, formada por enzimas e compostos não-
enzimáticos dispostos em seqüência, cuja função é transferir elétrons provenientes do NADH2
e do FADH2, até a molécula de oxigênio (Feitosa, 2009).
https://descomplica.com.br/blog/biologia/resumo-bio/resumo-respiracao-celular-
fermentacao/
A teoria quimiosmótica afirma que, com a passagem de elétrons na cadeia respiratória ocorre
uma ejeção de prótons da matriz mitocondrial para o espaço intermembranoso e também
para fora da mitocôndria. Isto faz com que seja gerado um gradiente de prótons (H+) entre o
meio externo e interno da mitocôndria. O gradiente de prótons mais o potencial de membrana
somados resultam em uma força próton motora, e esta força é que pressiona os prótons a
retornarem para a matriz mitocondrial. A membrana mitocondrial interna é impermeável aos
prótons, eles retornam ao interior das mitocôndrias via complexo ATP sintetase. Detalhes do
mecanismo de como ocorre a produção de ATP no momento da passagem dos prótons através
do complexo ATP sintetase, ainda são desconhecidos, no entanto o gradiente de prótons não
serve apenas para a síntese de ATP em mitocôndrias, mas permite o transporte ativo de cálcio
e metabólitos, servindo também para o transporte de carboidratos e aminoácidos em
bactérias (Feitosa, 2009).
http://www.cesadufs.com.br/ORBI/public/uploadCatalago/11203716022012Biologia_Celular_
aula_3.pdf
No seu trajeto até a formação de água, cada par de hidrogênio transportado pelo NAD
formará 3 ATP. Os pares recolhidos pelo FAD formarão 2 ATP cada.
Revendo as etapas anteriores, observamos que chegaram nessa cadeia: 2 NADH2 vindos da
glicólise, 2 FADH2 vindos da etapa preparatória e 8 NADH2 do ciclo de Krebs. Temos, portanto:
10 NADH2 que nos dão 30 ATP; 2 FADH formando 4 ATP. Há ainda os 2 ATP da glicólise, mais 2
ATP do ciclo de Krebs, totalizando em 38 moléculas de ATPs (Feitosa, 2009).
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Referências
ARTILHEIRO, A. S. Bioquímica. São Paulo: Colégio Meta, 2012.
MURRAY, Robert K. et al. Bioquímica Ilustrada de Harper. 29 ed. Porto Alegre: AMGH, 2014.
VOET, Donald et al. Bioquímica. 4 ed. Porto Alegre: Artmed Editora, 2013.