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Unidade 4

Lipídios, Metabolismo e Respiração


celular.
Introdução da Unidade

Olá, amigo(a) discente! Seja bem-vindo(a)!


Nessa unidade iremos abordar aspectos gerais sobre as moléculas de lipídios, sua formação,
classificação e funções. Posteriormente, analisaremos o conceito de metabolismo celular,
evidenciando o processo de anabolismo e também o de catabolismo, salientando as etapas da
respiração celular.

Objetivos

 Definir e classificar os lipídios, além de enumerar algumas de suas funções biológicas.

 Reconhecer os lipídios de membranas biológicas.

 Definir metabolismo e diferenciar metabolismo anabólico de metabolismo catabólico.

 Reconhecer as etapas da respiração celular que por consequência formará a molécula


de ATP.

Conteúdo Programático

Aula 1: Lipídios.

Aula 2: Metabolismo e Respiração Celular.

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Aula 1 Lipídios

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Lipídios

Normalmente associamos os lipídios às gorduras, mas a partir desse estudo, perceberemos


que as gorduras são apenas uma das espécies de lipídios. Essa associação equivocada se
explica pelo fato de a maioria dos lipídios ter como característica comum uma natureza oleosa.
Os lipídios são biomoléculas abundantemente encontradas na natureza e estão presentes em
diversos alimentos como gema do ovo, leite, gorduras animais e óleos vegetais. Os lipídios
formam uma classe bem complexa de biomoléculas, que se caracterizam mais por sua
solubilidade em solventes orgânicos apolares, como clorofórmio, éter, benzeno, e baixa
solubilidade em solventes polares, como água, etanol, metanol, e não por apresentar algum
grupo funcional comum a todos eles. Os lipídios se diferenciam das outras biomoléculas
estudadas por não formarem polímeros, como observado entre as proteínas e os carboidratos.

A maioria dos lipídios é formada por ácido graxo, que é um ácido orgânico mono carboxílico.
Os lipídios desempenham diversas e importantes funções biológicas, atuando, por exemplo,
como reserva energética de plantas e animais, isolante térmico e mecânico do corpo de
animais, estrutural (como componentes das membranas biológicas), agentes emulsificantes
(ácidos biliares), função coenzimática (as vitaminas lipossolúveis A, D, E, K), entre outras.

Funções dos Lipídios

Os lipídios possuem várias funções biológicas, dentre as quais, segundo Artilheiro (2012),
pode-se destacar:

a. Reserva energética: os lipídios funcionam como uma eficiente reserva de energia, pois,
sua oxidação, gera aproximadamente o dobro de energia que os carboidratos.

b. Alimento energético: quando grande parte dos carboidratos já foram oxidados, o


organismo começa a oxidar, propriamente dito, a gordura armazenada para obtenção
de energia.
c. Estrutural: os lipídios compõem parte da membrana celular, as chamadas bicamadas
lipídicas, que funcionam como barreira altamente seletivas à entrada de compostos
nas células.

d. Isolamento: os lipídios oferecem isolamento térmico, elétrico e mecânico para


proteção de células e órgãos para todo o organismo.

e. Sinalizadores: através de reações químicas alguns lipídios sinalizam, ou seja, indicam


algo no organismo como, por exemplo, as prostaglandinas que são os sinalizadores
químicos da dor nos processos inflamatórios.

Classificações dos Lipídios

Segundo Motta (2005) os lipídios são geralmente classificados em: Ácidos graxos e seus
derivados; Triacilgliceróis; Ceras; Fosfoglicerídeos; Esfingolipídios e Isoprenóides. Aqui, na
nossa disciplina, iremos abordar aqueles de maior importância para a Podologia:

a) Ácidos graxos: embora os ácidos graxos ocorram em quantidades muito grandes como
blocos construtivos e componentes dos lipídios saponificáveis, eles ocorrem apenas em traços
na forma livre nas células e tecidos. Existem, mais de 100 tipos de ácidos graxos, os quais
possuem uma longa cadeia hidrocarbonada e um grupo carboxílico terminal. A cadeia
hidrocarbonada pode ser saturada (ácido palmítico) ou pode possuir uma ou mais duplas
ligações, conhecidas como insaturações (ácido oleico). Os ácidos graxos diferem um do outro
no comprimento da cadeia e no número e posição de suas ligações insaturadas (Mello, 2010).
Assim, os ácidos graxos podem ser classificados em saturados e insaturados.

Os ácidos graxos saturados são sólidos a temperatura ambiente e são encontrados em


gorduras animais. Já os ácidos graxos insaturados são líquidos à temperatura ambiente e são
encontrados em óleos vegetais. Os ácidos graxos que apresentam cadeia hidrocarbonada com
uma única ligação dupla são mono insaturados, enquanto que os que apresentam cadeia
hidrocarbonada com duas ou mais ligações duplas são poli-insaturados.
Fonte: Mello, 2010.

b) Triacilgliceróis: as gorduras e os óleos existentes em plantas e em animais consistem, na sua


maioria, em mistura de triglicerídeos. Essas substâncias apolares e insolúveis em água são
triésteres de glicerol com ácidos graxos. Estas moléculas atuam como reserva de energia em
animais, sendo a mais abundante classe de lipídios, apesar de não serem componentes das
membranas celulares. Concentrações de triglicerídeos no sangue são preditores de doenças
arteriais; uma concentração elevada de triglicerídeos em jejum no sangue está relacionada a
um maior risco de desenvolvimento de doenças vasculares. As gorduras fornecem em torno de
seis vezes mais energia do uma molécula de glicogênio. Nos animais, os adipócitos são células
especializadas na síntese e no armazenamento de triglicerídeos.
Fonte: Mello, 2010.

Videoaula 2
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Lipídios de Membranas Biológicas

Os lipídios que entram na composição das membranas das células são moléculas anfipáticas.
Esses lipídios apresentam uma cadeia hidrocarbonada apolar (denominada cauda) e um grupo
polar (denominado cabeça). Essa estrutura em bicamada é estabilizada por interação
hidrofóbica, que ocorre com a associação das caudas apolares desses lipídios, e as interações
hidrofílicas – como pontes de hidrogênio – que ocorrem com os grupos polares e a água.

Os lipídios de membranas biológicas são agrupados em três classes: glicerofosfolipídios,


esfingolipídios e colesterol.

Os glicerofosfolipídios e esfingolipídios se agrupam em duas subclasses: fosfolipídios e


glicolipídios.

Os fosfolipídios são lipídios de membranas que apresentam fosfato em suas estruturas. Os


glicolipídios são os lipídios que apresentam como grupo polar um monossacarídeo ou
oligossacarídeos.

A enorme diversidade de estruturas químicas que se observa nas classes dos lipídios de
membranas se deve às diversas possibilidades de combinações das cadeias hidrocarbonadas
dos ácidos graxos e com os grupos químicos que podem formar as cabeças polares.

Indicação de Leitura

No site abaixo você encontra o artigo “Os lipídios e suas principais funções” onde são
apresentados aspectos gerais sobre o estudo dos lipídios, como também, relaciona as suas
principais funções para o organismo humano.

https://revista-fi.com.br/upload_arquivos/201606/2016060492601001465239502.pdf
Videoaula 3
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Aula 2 Metabolismo e Respiração Celular

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Metabolismo Celular

O metabolismo celular, segundo Leopoldo (2009), é o conjunto de reações que ocorrem no


ambiente celular com o objetivo de sintetizar as biomoléculas ou degradá-las para produzir
energia. O metabolismo de síntese das biomoléculas é conhecido como anabólico
(anabolismo) e o de degradação catabólico (catabolismo).

O anabolismo ocorre quando a célula dispõe de energia ou substrato suficiente. O


catabolismo, por sua vez, ocorre em situações em que o organismo necessita de energia como,
por exemplo, entre as refeições e no jejum. O catabolismo produzirá energia na forma de ATP
quando as biomoléculas forem degradadas.
O ATP é um nucleotídeo cuja função é participar das reações de transferência de energia da
célula, assim, é conhecido como a moeda energética da célula. As reações do anabolismo e do
catabolismo são opostas, mas devem ocorrer de maneira articulada, permitindo a
maximização da energia disponível. Dessa forma, enquanto o catabolismo ocorre de maneira
espontânea, reação exergônica, com produção de ATP, o anabolismo é não espontâneo, ou
endergônico, necessitando energia para ocorrer.

As biomoléculas energéticas são os carboidratos, lipídios e proteínas que são obtidas em


grandes quantidades durante a alimentação ou são mobilizadas das reservas orgânicas quando
são ingeridas em quantidade insuficiente na alimentação ou quando o consumo energético
aumenta grandemente, como durante a realização de exercícios físicos.

A forma final de absorção da energia contida nessas moléculas se dá na forma de ligações de


alta energia do ATP o qual é sintetizado nas mitocôndrias por processos oxidativos que
utilizam diretamente o O2 (oxigênio). Portanto, é essencial a presença de mitocôndrias e de
oxigênio celular para o aproveitamento energético completo das biomoléculas.

Metabolismo Catabólico Aeróbico e Anaeróbico

O metabolismo catabólico pode ser dividido também em relação à presença de oxigênio


(metabolismo aeróbio) e na ausência de oxigênio (metabolismo anaeróbio).

O metabolismo aeróbico refere-se às reações catabólicas geradoras de energia nas quais o


oxigênio funciona como um aceitador final de elétrons na cadeia respiratória e se combina
com o hidrogênio para formar água. A presença de oxigênio determina em grande parte a
capacidade para a produção de ATP. No metabolismo anaeróbio não há formação de água a
partir do oxigênio durante a oxidação de combustíveis metabólicos (Leopoldo, 2009).

Videoaula 2
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Respiração Celular

No interior das mitocôndrias é que ocorre o processo de extração de energia dos nutrientes
(respiração celular) que será armazenada em moléculas de ATP (trifosfato de adenosina). É
importante que você lembre que o ATP é a molécula responsável para fornecer energia
necessária às reações químicas celulares. A mitocôndria é abastecida pela célula que a abriga,
por substâncias orgânicas como oxigênio e glicose.

Mitocondrias

http://fb.ru/misc/i/thumb/a/2/7/1/4/2/3/4/2714234.jpg

A glicose e o oxigênio agem como combustíveis e a “queima” desses compostos acontecem


justamente no processo de respiração celular. A energia liberada é armazenada na forma de
moléculas de Trifosfato de Adenosina (ATP), que funcionam como pequenos pacotes de
energia. Assim, quando a célula precisar de energia, a molécula de ATP pode ser facilmente
decomposta em ADP (adenosina difosfato) e Piruvato, liberando energia para o
aproveitamento imediato da célula. A energia armazenada nas ligações químicas da glicose é
liberada por meio de sucessivas oxidações. Simplificadamente, uma substância se oxida
quando perde elétrons. Entre os compostos que, após a oxidação, resultam em alto
rendimento de ATP, listamos os carboidratos e os lipídios, mas não esqueça que compostos
aminados, a exemplo dos aminoácidos, podem ser oxidados e liberarem energia para
produzirem ATP (Leopoldo, 2009).

Etapas da Respiração Celular

A respiração celular ocorre em três etapas: glicólise, ciclo de Krebs e fosforilação oxidativa.
Sabendo que duas dessas três etapas ocorrem no interior das mitocôndrias (ciclo de Krebs e
fosforilação oxidativa), é possível compreender a fundamental atuação dessa organela nesse
processo. A glicólise é a única das etapas a acontecer no citoplasma (Leopoldo, 2009).
https://alemdasaulas.files.wordpress.com/2015/02/3.jpg

1ª Etapa: Glicólise

A primeira estapa da respisração celular é denominada glicólise e ocorre no citoplasma,


consistindo na quebra parcial da glicose em duas moléculas de piruvato, sem consumo de
oxigênio. Essa molécula possui uma grande capacidade de transferir piruvato e assim
transforma ADP em ATP e forma a molécula de piruvato, a qual entrará no Ciclo de Krebs.
Durante essa quebra, uma parte da energia da glicose é liberada, produzindo no total quatro
moléculas de ATP (Feitosa, 2009).

Há ainda desidrogenação dessa glicose, catalisada pela enzima desidrogenase, formando


NADH+ H+. O NADH é a forma reduzida do grupamento nicotinamida adenina dinucleotídeo
(NAD) que, assim como o FAD (flavina adenina dinucleotídeo) funciona como aceptor de
elétrons, num processo de oxirredução. Assim, NADH + H+ significa que o NAD se combinou
com um dos hidrogênios retirados da molécula, enquanto o outro permanece livre na forma
de próton (H+). Portanto, duas moléculas foram gastas na ativação da molécula de glicose,
assim sendo, o saldo energético dessa etapa é de duas moléculas de ATP (Feitosa, 2009).

2ª Etapa: Ciclo de Krebs

Antes de se iniciar o ciclo de Krebs, ocorre uma etapa preparatória, na qual o ácido pirúvico
será desidrogenado e descarboxilado, resultando em uma molécula de NADH+ H+ e uma de
gás carbônico (CO2), formando acetila. Logo essa acetila se combinará à coenzima A e passará
a ser chamada de acetilcoenzima A ou acetil- CoA. A partir daí o acetil-CoA entra no ciclo de
Krebs (Feitosa, 2009).

A partir de disso tem início o ciclo de Krebs, também conhecido como ciclo do ácido cítrico.
Essa segunda etapa é uma sequência cíclica de reações enzimáticas, na qual ocorre a produção
gradual de elétrons e prótons, por ação das desidrogenases. Mais uma vez, o NAD entra em
ação, dessa vez com ajuda do FAD, para transportar os elétrons resultantes dessas reações,
transformando-se em NADH2 e FADH2 (Feitosa, 2009).

As modificações têm início quando o citrato é submetido desde sua formação até a restituição
do ácido oxalacético, restaurando o ciclo. Inicialmente, a molécula de acetila (proveniente da
descarboxilação do ácido pirúvico na etapa preparatória do Ciclo de Krebs) combina-se com
uma substância chamada coenzima A (CoA), formando a acetil-coenzimaA (acetil- CoA),
bastante reativa. Esta, por sua vez, se combinará com o oxalacetato, iniciando o Ciclo de Krebs
na matriz mitocondrial. A reação do acetil-CoA (2C) com o oxalacetato (4C) originará o citrato
(6C), liberando a coenzima A (Feitosa, 2009).

A partir da desidratação seguida de re-hidratação do citrato há a formação do isocitrato (6C), o


qual sofrerá desidrogenação e descarboxilação, resultando em ơ-cetoglutarato (5C), liberando
NADH e CO2. O ơ-cetoglutarato, então, a partir de uma descarboxilação oxidativa e adição de
coenzima A, dará origem ao succinil-CoA (4C). O succinil-CoA protagonizará uma reação na
qual, ao perder a coenzima A, haverá grande liberação de energia em forma de GTP,
resultando em succinato (4C). O GTP, para ser utilizado, deverá ser convertido em ATP. Assim,
essa é a única etapa do Ciclo de Krebs que produzirá ATP (1 GTP = 1 ATP). Após
desidrogenação, o succinato formará fumarato (4C). Esse fumarato sofrerá hidratação,
formando malato (4C). É a partir da subsequente desidrogenação do malato, que o oxalacetato
será restituído, reiniciando o ciclo (Feitosa, 2009).

Durante essas modificações, serão produzidas 3 moléculas de NADH2, 1 molécula de FADH2, 2


moléculas de CO2, além de 1 molécula de GTP (trifosfato de guanosina), que logo cederá
energia ao ATP (Feitosa, 2009).
https://publicinsta.com/media/BxZ8iU9Du_o

Em relação ao balanço energético deste processo temos:

 Na etapa preparatória foram produzidas 1 molécula de NADH + H+ e 1 de CO2.


Somando com a produção do ciclo de Krebs, temos: 4 NADH2, 1 FADH2, 3 CO2, além
de 1 molécula de ATP (proveniente do GTP), para cada molécula de ácido pirúvico
(Feitosa, 2009).

Você lembra do final da glicólise?

Lá foram produzidas duas moléculas de ácido pirúvico para cada molécula de glicose, então
temos o dobro desse resultado.

Assim sendo, o saldo energético parcial são: 8 NADH2, 2 FADH2, 6 CO2 e 2 ATP. Além dessas
moléculas energéticas, o ciclo de Krebs fornece metabólitos que serão usados para a produção
de aminoácidos e carboidratos (Feitosa, 2009).
3ª Etapa: Fosforilação Oxidativa

Por fim, a terceira etapa da respiração celular, chamada de fosforilação oxidativa, conhecida
também como cadeia transportadora de elétrons, formada por enzimas e compostos não-
enzimáticos dispostos em seqüência, cuja função é transferir elétrons provenientes do NADH2
e do FADH2, até a molécula de oxigênio (Feitosa, 2009).

Convém ressaltar, que os transportadores de elétrons são os citocromos, compostos orgânicos


ricos em ferro. Esses citocromos são dispostos em forma de 3 cadeia, delimitando o trajeto
que os elétrons percorrerão. À medida que vão sendo transferidos de um citocromo para
outro, os elétrons formam com os transportadores um composto com energia menor que a do
composto anterior. Assim sendo, a energia restante é liberada e utilizada na produção de ATP.
Nessa cadeia o oxigênio que é o aceptor fi nal de elétron, será sempre reduzido e formará uma
molécula de água. Por isso, perceba que a célula deve sempre estar recebendo oxigênio, para
que a cadeia respiratória não pare (Feitosa, 2009).

https://descomplica.com.br/blog/biologia/resumo-bio/resumo-respiracao-celular-
fermentacao/

A teoria quimiosmótica afirma que, com a passagem de elétrons na cadeia respiratória ocorre
uma ejeção de prótons da matriz mitocondrial para o espaço intermembranoso e também
para fora da mitocôndria. Isto faz com que seja gerado um gradiente de prótons (H+) entre o
meio externo e interno da mitocôndria. O gradiente de prótons mais o potencial de membrana
somados resultam em uma força próton motora, e esta força é que pressiona os prótons a
retornarem para a matriz mitocondrial. A membrana mitocondrial interna é impermeável aos
prótons, eles retornam ao interior das mitocôndrias via complexo ATP sintetase. Detalhes do
mecanismo de como ocorre a produção de ATP no momento da passagem dos prótons através
do complexo ATP sintetase, ainda são desconhecidos, no entanto o gradiente de prótons não
serve apenas para a síntese de ATP em mitocôndrias, mas permite o transporte ativo de cálcio
e metabólitos, servindo também para o transporte de carboidratos e aminoácidos em
bactérias (Feitosa, 2009).

http://www.cesadufs.com.br/ORBI/public/uploadCatalago/11203716022012Biologia_Celular_
aula_3.pdf

Portanto, o balanço final de todo esse processo é:

 No seu trajeto até a formação de água, cada par de hidrogênio transportado pelo NAD
formará 3 ATP. Os pares recolhidos pelo FAD formarão 2 ATP cada.

Revendo as etapas anteriores, observamos que chegaram nessa cadeia: 2 NADH2 vindos da
glicólise, 2 FADH2 vindos da etapa preparatória e 8 NADH2 do ciclo de Krebs. Temos, portanto:
10 NADH2 que nos dão 30 ATP; 2 FADH formando 4 ATP. Há ainda os 2 ATP da glicólise, mais 2
ATP do ciclo de Krebs, totalizando em 38 moléculas de ATPs (Feitosa, 2009).
Videoaula 3
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Encerramento
Ao final da aula de hoje podemos concluir que o consumo de lipídios em quantidade adequada
é extremamente importante para que seja mantido o equilíbrio do organismo. Além disso,
verificamos as etapas da respiração celular, processo altamente eficaz na produção de ATP, o
combustível do organismo humano.

Referências
ARTILHEIRO, A. S. Bioquímica. São Paulo: Colégio Meta, 2012.

CAMPBELL, Mary K. Bioquímica. 3 ed. Porto Alegre: Artmed Editora, 2000.

FEITOSA, Vera Lúcia Corrêa. Organelas Energéticas: Mitocôndrias e Cloroplastos. São


Cristóvão: Universidade Federal de Sergipe, CESAD, 2009. Disponível
em: http://www.cesadufs.com.br/ORBI/public/uploadCatalago/11280016022012Bioquimica_a
ula_1.pdf. Acesso em 04 de janeiro de 2018.

FERRI, Valdecir Carlos. Bioquímica. Pelotas: Instituto Federal de Educação, Ciências e


Tecnologia; Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria; Colégio Técnico Industrial de
Santa Maria; Rede e-Tec Brasil, 2013. Disponível
em:http://estudio01.proj.ufsm.br/cadernos/ifsul/tecnico_biocombustivel/bioquimica.pdf (Link
s to an external site.). Acesso em 04 de janeiro de 2018.

GALLO, L. A. et al. Fundamentos de Bioquímica para Ciências Biológicas, Ciências dos


Alimentos, Agronômicas e Florestais. Piracicaba: Esalq-USP, 2012.

LEOPOLDO, Paulo de Tarso Gonçalves. Bioquímica. São Cristóvão: Universidade Federal de


Sergipe, CESAD, 2009. Disponível
em: http://www.cesadufs.com.br/ORBI/public/uploadCatalago/11280016022012Bioquimica_a
ula_1.pdf. Acesso em 04 de janeiro de 2018.

MELLO, M. S. Bioquímica. 2010. Disponível


em: http://www.maximcursos.com.br/pdf/apostila_bioquimica_2010.pdf (Links to an external
site.). Acesso em 13 dez 2016.

MOTTA, V. T. Bioquímica Básica. Laboratório Autolab LTDA, 2005.

MURRAY, Robert K. et al. Bioquímica Ilustrada de Harper. 29 ed. Porto Alegre: AMGH, 2014.

VOET, Donald et al. Bioquímica. 4 ed. Porto Alegre: Artmed Editora, 2013.

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