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Estas biomoléculas são compostas por carbono, oxigénio e hidrogénio. Podem ser encontrados
em alimentos de origem vegetal e de origem animal e o seu consumo deve ser feito de forma
equilibrada.
São insolúveis em água porque as suas moléculas são apolares, ou seja, não têm carga elétrica
e por esse motivo não possuem afinidade pelas moléculas polares da água.
São pigmentos alaranjados presentes nas células de todas as plantas que participam na
fotossíntese junto com a clorofila, porém desempenham um papel acessório. Um exemplo de
uma fonte de caroteno é a cenoura. O caroteno, ao ser ingerido, torna-se precursor da vitamina
A, fundamental para uma boa visão. Os carotenóides também trazem benefícios para o sistema
imunológico e actuam como anti-inflamatórios.
Ceras
Estão presentes nas superfícies das folhas de plantas, no corpo de alguns insetos, nas ceras de
abelhas e no ouvido humano.
Esse tipo de lípido é altamente insolúvel em água e evita a perda de água por transpiração. São
constituídas por uma molécula de álcool (diferente do glicerol, por exemplo o triacontanol) e
um ou mais ácidos gordos.
Fosfolípidos
São os principais componentes das membranas celulares, sendo constituídos por uma
molécula de glicerol ligado a ácidos gordos (2) e combinado com um grupo fosfato.
Glicerídeos
Podem ter de 1 a 3 ácidos gordos ligados a uma molécula de glicerol (um álcool, com 3
carbonos com 3 grupos hidroxilo -OH). O exemplo mais conhecido são os triglicerídeos (ex:
análises clínicas) que é composto por três moléculas de ácidos gordos, mas também existem
monoglicerídeos (1 glicerol + 1 ácido gordo) e diglicerídeos (1 glicerol + 2 ácidos gordos). Os
ácidos gordos podem ser iguais (homogéneos) ou diferentes (heterogénios).
São compostos por 4 anéis de carbonos interligados na forma de unidos a hidroxilos, oxigénio
e cadeias carbonadas (ciclopentanoperhidrofenantreno).
Questão 1
Entre as alternativas abaixo, identifique qual NÃO representa uma função dos lípidos.
a) Reserva energética.
b) Isolamento térmico.
c) Auxiliar na absorção de vitaminas.
d) Produção de hormonas.
e) Combate às infecções através dos anticorpos.
Questão 3
Os lípidos são moléculas formadas principalmente por carbono, oxigénio e hidrogénio, cuja
característica mais marcante é a sua natureza hidrofóbica, ou seja, formam uma mistura
heterogénea com a água.
Dos seguintes compostos indique qual (quais) dos grupos de substâncias NÃO é um tipo de
lípido:
a) Carotenóides
b) Oligossacarídeos
c) Cerídeos
d) Esferóides
e) Fosfolípidos
Respostas:
Questão 1
Resposta correta: c) são moléculas orgânicas que não se dissolvem em água, mas que são
solúveis em substâncias orgânicas, tais como álcool, éter e acetona.
Enquanto a maioria dos compostos orgânicos são capazes de interagir com a água, os lípidos,
também chamados de lipídeos ou lípidos, são insolúveis neste solvente já que apresentam
muitas ligações covalentes apolares. Devido à sua estrutura, são capazes de se dissolver em
solventes orgânicos, como álcool, éter, acetona, clorofórmio, etc..
Questão 2
Os lípidos NÃO são responsáveis pelo combate às infecções no corpo, pois os anticorpos,
que são proteínas presentes no plasma sanguíneo, é que possuem esta função.
Questão 3
Esteróides são lípidoos formados por múltiplos anéis de carbono. O colesterol, constituinte de
membranas celulares, é o esteróide mais conhecido e responsável pela estabilidade da
membrana celular.
• Carnes vermelhas
• Peixes
• Ovos
• Leite
• Manteiga
• Coco
• Abacate
• Oleaginosas como castanhas, nozes, amêndoas e azeitonas
• Azeite de oliva
Ácidos Gordos
Os ácidos gordos são componentes estruturais dos fosfolípidos das membranas celulares.
Também podem ser encontrados na sua forma livre e ser oxidados em determinados tecidos
para produzir energia. São constituídos por átomos de carbono ligados entre si que podem
formar cadeias curtas ou longas. Podem ser saturados ou insaturados.
Características Importantes
Grau de Saturação
Quando os átomos de carbono apresentam ligações simples entre si, o ácido gordo é saturado.
Se houver ligações duplas entre um ou mais pares de carbonos, a molécula é chamada de
monoinsaturada ou poliinsaturada, respectivamente. Na figura acima estão representadas as
estruturas dos 3 tipos de triglicerídeos: saturado (ligação simples), monoinsaturado (uma
ligação dupla) e poliinsaturado (duas ligações duplas).
Comprimento da Cadeia
Há ácidos gordos que contêm apenas 1 carbono, como é o caso do ácido fórmico. No leite há
quantidades significativas de AG de cadeia curta, com 4 carbonos, como é o caso do ácido
butírico, mas também podem ter 10 carbonos, como o ácido caprílico. Lípidos estruturais e
triglicerídios contêm AG de cadeia longa, com pelo menos 16 carbonos (ácido palmítico),
como é o caso do ácido araquidónico (produzido pelos aracnídeos) - um dos AG essenciais
do tipo omega- 6 com 20 carbonos e 4 ligações duplas.
Existem alguns AG que são estruturais e sua deficiência provoca problemas, como é o caso do
ácido linoléico e do ácido linolénico, esse último é um ácido gordo omega 3, obtido da
alimentação, que é precursor de outros AG omega 3 importantes para o crescimento e
desenvolvimento (a sua deficiência implica uma diminuição da visão e alteração da
aprendizagem).
Representação de uma molécula com uma extremidade hidrofílica e o corpo hidrofóbico. Essas
moléculas reúnem-se formando micelas (monocamada).
LIposomas
Liposomas são vesículas nanométricas (cerca de 100 nanómetros) constituídas por uma ou mais
bicamadas fosfolipídicas (lípidos com uma cabeça polar- que tem afinidade para compostos
aquosos e uma cauda apolar - possui afinidade para compostos lipídicos) orientadas
concentricamente à volta de um compartimento aquoso. Por possuírem características muito
parecidas com a membrana celular são comumente utilizados como transportadores de
fármacos, biomoléculas ou material genético (RNA e DNA).
Apesar da indústria farmacêutica ter obtido ao longo dos anos sucesso na descoberta de novos
fármacos e suas aplicações, principalmente fármacos que combatem o cancro, muito dos
medicamentos utilizados na terapia antitumoral podem possuir efeitos tóxicos, resultando na
citotoxicidade para as células normais. Isso deve-se a que parte das células cancerígenas têm
características muito comuns com as células normais, das quais foram originadas. Deste modo,
torna-se difícil encontrar um alvo único contra o qual os fármacos possam ser direcionados.
Além disso, os liposomas podem ser utilizados na indústria alimentar, como transportadores
de antioxidantes, como por exemplo o beta caroteno. O beta caroteno é um carotenóide rico
em vitamina A, o seu uso em alimentos é extremamente complicado, visto que ele é altamente
sensível à luz e temperatura. Nesse caso, o liposoma age como uma “barreira” que protege a
vitamina evitando a sua degradação.
Isto é, devido à sua versatilidade para incorporar tanto compostos hidrofílicos e lipofílicos, os
liposomas são potentes transportadores tanto na indústria farmacêutica como na indústria
alimentar: aumentam a eficácia aos tratamentos e a biodisponibilidade de certas vitaminas.
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Os ácidos gordos (AG) ou ácidos gordos como também são conhecidos, são compostos por
cadeias de carbono com um grupo carboxilo na extremidade. É uma molécula de natureza
anfipática (veja figura abaixo), ou seja, contém uma cadeia hidrocarbonada hidrofóbica,
enquanto que o grupo carboxilo terminal é hidrofílico (pode ser ionizado em pH=7). Os AG de
cadeia longa são predominantemente hidrofóbicos, sendo, portanto, altamente insolúveis em
água.
Funções
Os ácidos gordos esterificados compõem moléculas complexas como os triglicerídeos que
são armazenados nas células adiposas e representam a principal reserva energética do
organismo.
Além disso são componentes estruturais de membranas celulares, uma vez que constituem
moléculas de lípidos como os fosfo lípidos e os glico lípidos. São ainda precursores de
prostaglandinas (eicosanóide) que produzem respostas fisiológicas e patológicas, actuando
por exemplo, como mediadores nos processos inflamatórioss, na febre e nas alergias (asma).
Sais biliares
Um sal biliar é um produto químico produzido no fígado e armazenado na vesícula biliar.
Ajuda na digestão de gorduras e ajuda na eliminação de toxinas do corpo.
Quando os sais biliares estão/são produzidos em quantidades insuficientes podem ocorrer
patologias como resultado da acumulação de substâncias tóxicas.
Os sais biliares são um dos principais componentes da bilís. A bílis é um líquido amarelo
esverdeado produzido pelo fígado e armazenado na vesícula biliar.
Os sais biliares ajudam na digestão das gorduras bem como a absorver vitaminas lipossolúveis
(A, D, E e K).
Substâncias produzidas no fígado por células especializadas chamadas hepatócitos -os sais
biliares compreendem cerca de 10% da bílis. Estão na forma ionizada, uma forma que os torna
mais activos na digestão de gorduras. Uma vez ionizadas, as moléculas de sais biliares têm
uma porção que é hidrofílica – o que favorece a água – e outra que é hidrofóbica – repele a
água.
Assim as moléculas envolvem gotículas de gordura no intestino delgado e impedem que elas
se agrupem para formar grandes glóbulos de gordura. Se não houvesse sais biliares as gorduras
passariam dentro do nosso intestino em grande parte sem serem digeridas.
Uma vez produzidos, estes sais fluem pelos ductos biliares do fígado até o ducto biliar comum
que liga o fígado, a vesícula biliar e o intestino delgado. A partir daqui da vesícula os sais
biliares fluem para os intestinos ou ficam lá armazenados, dependendo do estágio em que se
encontra o processo digestivo. Quando os alimentos estão presentes nos intestinos, a bíli flui
através de um esfíncter entre o ducto biliar comum e o intestino delgado para aí ajudar na
digestão das gorduras. Se não houver alimentos no intestino, a bílis é armazenada e concentrada
na vesícula biliar.
A principal função dos sais biliares é emulsificar as gorduras no intestino delgado. Agindo da
mesma forma que os detergentes, os sais biliares quebram as gorduras dos alimentos em
partículas menores. Eles cercam cada gotícula de gordura com o lado hidrofóbico voltado para
a partícula de gordura. Essa acção de quebrar as gorduras em pequenas partículas aumenta a
área de superfície total das gorduras a serem digeridas. As partículas de gordura estão mais
disponíveis para as enzimas que completam sua digestão.
Depois de ser usada nos intestinos a bílis é, a maioria dos sais biliares, reabsorvida. Eles são
devolvidos ao fígado e reprocessados em novos sais. Para além de ajudar na digestão de
gorduras, estes sais podem actuar como hormonas. Essas hormonas desempenham um papel
na regulação do colesterol no organismo.
Outro papel dos sais é auxiliar na digestão e absorção adequadas das vitaminas lipossolúveis –
vitaminas A, D, E e K.
As pessoas a quem foi retirada a vesícula biliar (colecistectomia) não têm mais o local onde a
bílis é armazenada, concentrada e disponibilizada para a digestão. O fígado ainda segrega bílis,
mas sem a vesícula biliar, os processos digestivos normais podem ser interrompidos. Por vez
pode haver excesso de bílis intestinal ou não haver suficiente noutras. Suplementos de sais
biliares podem ser tomados com as refeições mais abundantes em lípidos para ajudar na
digestão de gorduras saudáveis; a falta de bílis pode causar obstipação (constipação).
Composição
Além dos sais biliares, a bílis contém colesterol, água, ácidos biliares e bilirrubina pigmentar.
Outra função primária da bile é remover toxinas. As toxinas são excretadas na bílis e eliminadas
nas fezes. A falta de sais biliares pode causar um acúmulo de toxinas no nosso organismo.
Deficiência de bílis também pode causar problemas de formação de hormonas, já que os lípidos
são a sua base estrutural.
Os sais biliares em pH fisiológico estão presentes como aniões. Os termos ácido biliar e sal
biliar são frequentemente usados como sinónimos.
Como os sais biliares são anfipáticos (têm uma região solúvel em água e outra em lípicos),
podem ligar-se a gorduras e óleos e emulsioná-los no ambiente à base de água do intestino.
Uma vez emulsionadas, essas gorduras e óleos são mais facilmente metabolizados e
decompostos por enzimas digestivas.
Os sais biliares também são importantes na regulação do colesterol. Os sais biliares, que são
construídos à base de colesterol, são tipicamente reciclados pelo organismo. Quando os níveis
de colesterol são altos, a reabsorção dos sais biliared através do intestino pode ser reduzida,
permitindo a excreção desses sais nas fezes. O fígado usa então o excesso de colesterol para
sintetizar mais sais biliares para compensar a perda daqueles que foram excretados.
A hemoglobina é dividida no grupo heme e na globina. O anel heme é aberto, produzindo ferro
livre e biliverdina, que é reduzida a bilirrubina pela enzima biliverdina redutase. Essa
bilirrubina recém-formada circula no sangue ligada à albumina sérica (forma não-conjugada
no sangue). É transportada pelo sistema porta até ao fígado, entrando nos por dois mecanismos
distintos: difusão passiva e endocitose.
Existem dois tipos principais de bilirrubina que podem ser medidos nas análises clínicas:
Muitas pessoas com icterícia também apresentam urina escura e fezes claras. Essas alterações
ocorrem quando uma obstrução ou outro problema evita que a bilirrubina seja eliminada nas
fezes, provocando uma maior eliminação na urina.
Se os níveis de bilirrubina estiverem altos, pode haver acúmulo das substâncias formadas
devido à degradação da bílis, causando comichão em todo o corpo, principalmente na zona dos
tornozelos. Além disso, muitos distúrbios que provocam icterícia, particularmente doenças
hepáticas graves, provocam outros sintomas ou problemas sérios. Em pessoas com uma doença
hepática esses sintomas podem incluir náuseas, vómitos, dor abdominal e vasos sanguíneos em
forma de aranha visíveis na pele (angiomas de aranha). Os homens apresentam mamas
aumentadas, testículos encolhidos e crescimento de pêlo pubiano igual aos das mulheres.
Se as pessoas consomem grandes quantidades de alimentos ricos em betacaroteno (como
cenouras, abóbora e alguns tipos de melão), a pele pode tornar-se levemente amarelada, mas o
mesmo não acontece com os olhos. Essa situação não é icterícia, nem está relacionada com
uma doença hepática.
A icterícia será perigosa ou não dependendo do que está a causar o aumento da concentração
de bilirrubina. Alguns distúrbios que causam icterícia são perigosos independentemente do
valor da concentração de bilirrubina. Uma concentração extremamente elevada de bilirrubina,
independentemente da causa, é perigosa.
A icterícia fisiológica ocorre por dois motivos. Primeiro, os glóbulos vermelhos do recém-
nascido decompõem-se mais rapidamente que em bébés mais velhos, o que resulta num
aumento da produção de bilirrubina. Segundo, o fígado do recém-nascido não amadureceu
ainda e não consegue processar a bilirrubina e eliminá-la do organismo de maneira tão eficaz
como os bébés mais velhos. Quase todos os recém-nascidos têm icterícia fisiológica. Ela
normalmente surge dois a três dias após o nascimento (a icterícia que surge nas primeiras
24 horas após o nascimento pode ser devida a um distúrbio grave). A icterícia fisiológica em
geral não causa outros sintomas e resolve-se no prazo de uma semana. Se o bébé permanecer
ictérico além de duas semanas de idade, o médico avalia-o para tentar detectar outras causas
de hiperbilirrubinemia além da icterícia fisiológica.
A icterícia do leite materno é diferente da icterícia associada à amamentação, pois ela tende
a ocorrer mais para o final da primeira semana de vida e pode resolver-se até a segunda semana
de vida ou persistir por vários meses. A icterícia do leite materno é causada por substâncias no
leite materno que interferem com o processo que o fígado segue para eliminar a bilirrubina do
organismo.
• doença imunológica
• doença não imunológica