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Sistema Respiratório

Processo de tomada de oxigênio e liberação de dióxido de carbono


Difusão
(gradientes de concentração)
• Movimento do O2 do meio externo para as células
• Movimento de CO2 na direção oposta
RESPIRAÇÃO NA ÁGUA TROCAS GASOSAS MAIS SIMPLES
• Pequenos organismos: difusão, sem órgãos respiratórios especiais e na ausência de
circulação sanguínea.
• Grandes e complexos organismos: órgãos especializados e sistema sanguíneo para
transportar O2 mais rapidamente.
ANIMAIS SEM ÓRGÃOS RESPIRATÓRIOS ESPECIAIS
• Pequenos, esféricos (mais simples) e achatados (menor relação superfície-volume); baixa
taxa metabólica.
• Ex.: Protozoários e platelmintos
Águas-vivas
• Grande tamanho, porém 1% de mat. orgânica; 99% de água e sais.
• Distâncias de difusão curtas
ANIMAIS COM ÓRGÃOS RESPIRATÓRIOS
• Organismos maiores
• Órgãos respiratórios especializados, com superfícies aumentadas e cutículas mais finas para
as trocas gasosas.
• Brânquias: superfície respiratória externa – evaginação (aquática)
• Pulmão: superfície respiratória interna – invaginação (terrestre)
Pepinos-do-mar
• Pulmões aquíferos – maior parte das trocas gasosas
Peixes
• Brânquias inadequadas para o uso no ar
• Não conseguem sustentar seu próprio peso
• Colapso das lamelas (adesão da superfície)
VENTILAÇÃO DAS BRÂNQUIAS
Problema: remoção de O2 da água estagnada – estoque limitado! Fluxo de água
• Movimentação da brânquia pela água (pequenos animais; maior gasto energético)
• Movimentação da água pela brânquia (mais favorável)
Movimentação da água pela brânquia
• Ação de cílios (mexilhões e mariscos)
• Dispositivos mecânicos (peixes e caranguejos)
• Ação de flagelos (esponjas)
• Locomoção pela água (atuns, lulas, polvos)
RESPIRAÇÃO AÉREA
PRINCIPAIS ÓRGÃOS RESPIRATÓRIOS
Brânquias
Poucos animais, principalmente os que recentemente invadiram o habitat terrestre (vestígios
de respiração aquática); Caranguejo terrestre Cardiosoma: sobrevive indefinidamente tanto no
ar como na água; Isópodes terrestres (tatuzinhos de madeira): brânquias no interior de
cavidades – pulmões funcionais; Peixes: enguia comum (Anguilla vulgaris) – oxigênio obtido
através da pele e em menor quantidade das brânquias.

Pulmões
• Pulmão de difusão: troca gasosa por difusão (caracóis, escorpiões e alguns isópodes)
• Pulmão de ventilação: fluxo de ar que entra e sai - fluxo corrente (típicos dos
vertebrados – grande porte e alta taxa metabólica)
Tipos de pulmões:

Bomba de pressão pulmonar

(anfíbios) – Exceção em alguns “répteis” Chuckawalla (Sauromalus)

Bomba de sucção pulmonar


(maioria dos sauropsidas e mamíferos)

• Expiração e inspiração
• Passiva (recolhimento elástico) e Ativa (contração muscular)
• Necessidade de cavidade torácica
Complexidade dos pulmões conforme o nível taxonômico

Anfíbios: Único saco subdividido por trabéculas que aumentam a superfície.

Sauropsidas não-aves: Pulmão parenquimatoso (alveolar), com mais dobras internas,


Ventilação pulmonar ocorre quando os músculos das costelas expandem e contraem o tórax,
forçando o ar a entrar e a sair dos pulmões.

PULMÕES DOS MAMÍFEROS: Amplamente subdividido em pequenos sacos (alvéolos),


aumentando a área superficial. VOLUME PULMONAR: ~ 5% do volume corpóreo,
independente do peso; Animais maiores - volumes pulmonares maiores.

REGULAÇÃO DA RESPIRAÇÃO: Aumento da demanda de O2 – aumento da ventilação dos


órgãos respiratórios; Diminuição da concentração de O2 do meio - compensação por meio do
aumento da ventilação. Vertebrados de sangue quente (aves e mamíferos): ventilação
pulmonar é regulada pela concentração de CO2 no ar do pulmão.

MAMÍFEROS AQUÁTICOS : Seguem o padrão quanto ao tamanho pulmonar; Não dependem


de reserva de O2 em seus pulmões para mergulhar. FISIOLOGIA DO MERGULHO: Menos
sensíveis ao CO2 que outros animais - mais tempo submersos; Porém, duração de um
mergulho limitada pela quantidade de O2 . Aumento da pressão provoca a compressão dos
gases Consequências; Estruturas internas preenchidas por gases (ex. pulmão e bexiga
natatória) encolhem ou colapsam.

Problemas para os mergulhadores: Barotrauma de máscara; Hipotermia; Narcose; Doença


descompressiva.

Resolução dos problemas: Cachalotes: 1:30min / 2.000m; Jubartes: 30 a 40 min / 100-150m;


Golfinhos: 5 a 15 min / 80-150m

Soluções adaptativas: Espiráculo fechado: menor gasto energético e sem inalação da água

Traqueias
Típico dos insetos
• Sistema de tubos que fornece O2 diretamente para os tecidos – sem circulação sanguínea –
fluxo unidirecional
RESPIRAÇÃO CUTÂNEA ANFÍBIOS
• Normal e essencial - pele úmida e vascularizada

• Urodela - Família Plethodontidae


RESPIRAÇÃO AÉREA x AQUÁTICA
Para a maioria dos animais aquáticos, o principal estímulo à respiração é a falta de oxigênio.
Muitos invertebrados aquáticos (especialmente marinhos): regulação da respiração precária
ou mesmo ausente.
Animais tolerantes à falta de O2: Moluscos bivalves: conchas fechadas durante longos
períodos e, na ausência de ventilação, utilizam processos anaeróbicos.
PEIXES DE RESPIRAÇÃO AÉREA: Maioria de água doce tropical ou estuarina, poucos são
marinhos;
• Órgãos comumente utilizados na respiração aérea:
✓ Brânquias: captam pouco O2 do ar
✓ Pele
✓ Boca
✓ Cavidades operculares
✓ Estômago
✓ Intestino
✓ Bexiga natatória
✓ Pulmão
Diminuição do conteúdo de O2 na água – busca de O2 atmosférico Eutrofização. Motivos:
1. Depleção de oxigênio na água
2. Ocorrência de secas periódicas

Peixes pulmonados: Períodos de seca: enterram-se em um casulo e permanece inativo até a


próxima cheia.

RESPIRAÇÃO DAS AVES

Pulmões pequenos e compactos, conectados com sacos aéreos volumosos, de paredes finas e
espaços de ar. Adaptação para o voo. Volume total do sistema respiratório 3X maior que de
um mamífero (Ex: longa traqueia).

OXIGÊNIO

Respiração e Circulação

Sistema de distribuição de oxigênio voltado para o movimento de um líquido, o sangue.

TRANSPORTES DO SANGUE

• Gases (exceto insetos - utilizam tubos cheios de ar);

• Nutrientes: absorvidos no trato digestório;

• Excretos: para o órgão excretor;

• Produtos metabólicos intermediários (ex: hormônios);

• Força hidráulica (ex: ultrafiltração renal, locomoção da minhoca; ereção peniana,


etc).

• Calor, especialmente em animais com alta taxa metabólica;

COAGULAÇÃO
Necessária para reduzir a perda deste fluido (coágulo de fibrina)
SISTEMA CIRCULATÓRIO
Ausência
• Poríferos
• Cnidários
• Platelmintos
• Nematelmintos

Obs: Transporte de nutrientes e gases realizado por difusão simples

TRANSPORTE DE O2 NO SANGUE

O2 tem baixa solubilidade no sangue; São proteínas cujas moléculas apresentam um átomo de
metal, logo o oxigênio liga-se ao átomo de metal do pigmento.

PIGMENTOS RESPIRATÓRIOS
Moluscos cefalópodes: hemocianina

Animais altamente organizados (ex. vertebrados): Sangue capaz de se ligar reversivelmente a


grandes quantidades de O2 , aumentando a capacidade de transporte.

Muitos invertebrados: Transportado pela hemolinfa em solução simples, direcionado a


diversas partes do organismo, pois a difusão sozinha é muito lenta (exceto nos menores)

BOMBAS

Sistema circulatório: depende de uma ou mais bombas e de canais ou condutos nos quais o
sangue possa fluir; Coração: músculo capaz de contrair-se ou encurta-se

• Bombas peristálticas – invertebrados

• Bombas com câmaras e válvulas (paredes contráteis) – vertebrados

CANAIS

• O sangue é conduzido a partir do coração em canais ou condutos e eventualmente retorna a


este órgão;

• Vertebrados: artérias, capilares e veias.

• Circulação Fechada: sangue retorna ao coração sem deixar o sistema de tubos.


Vertebrados, cefalópodes, anelídeos e equinodermos

• Circulação Aberta: vasos interrompidos, com sangue fluindo livremente entre os


tecidos antes de retornar ao coração. Maioria dos artrópodes, moluscos não-cefalópodes e
tunicados.

Circulação simples: passa 1x pelo coração; Circulação dupla: passa 2x pelo coração

•Circulação completa: não há mistura entre sangue venoso e arterial

• Circulação incompleta: há mistura do sangue venoso e arterial

CIRCULAÇÃO DOS INVERTEBRADOS

• Em muitos invertebrados é bem desenvolvido (anelídeos, equinodermos, artrópodes e


moluscos);

• Maioria com sistemas abertos (ex. insetos);

• Cefalópodes – único de sistema fechado dentre os moluscos.

ANELÍDEOS: Sistema circulatório fechado, com pigmentos respiratórios dissolvidos no plasma


sanguíneo; Vaso dorsal (sangue bombeado em direção anterior) e vaso ventral (fluxo em
direção oposta); Sem um coração distinto, mas vários vasos com dilatações contráteis

EQUINODERMOS: Três sistemas preenchidos por fluido: 1. Celômico: entre a parede do corpo
e o trato digestório - nutrientes 2. Hemal (sangue): respiração 3. Vascular aquífero (sistema
hidráulico no movimento dos pés ambulacrais, contendo líquido similar a água do mar).

MOLUSCOS: Sistema circulatório aberto, exceto os cefalópodes; Maioria com hemocianina, e


alguns hemoglobina; Coração bem desenvolvido e batimento cardíaco ajustado; Movimento
ativo do pé baseado no uso do sangue como fluido hidráulico.

MOLUSCOS – CEFALÓPODES: Sistema circulatório fechado altamente desenvolvido, com


artérias, veias e redes capilares distintas; Alta organização e metabolismo; Importância do
sangue nas trocas respiratórias e função renal.
INSETOS

Circulação X Respiração: Sem relação, pois a hemolinfa não contém pigmentos

Função da circulação: 1. Transporte de nutrientes e metabólitos pelo corpo; 2. Transporte de


hormônios para a coordenação fisiológica (crescimento, muda, etc); 3. Distribuição de calor
nos insetos voadores altamente ativos.

Sistema circulatório aberto; Um vaso sanguíneo principal que se estende ao longo do dorso;
Região posterior do vaso como um “coração” (contração por ostíolos); Região anterior como
“aorta” contrátil que impulsiona o sangue por meio de ondas peristálticas.

ARACNÍDEOS

Circulação similar aos insetos, porém com papel na respiração; Hemocianina no sangue de
alguns escorpiões; Órgãos respiratórios em escorpiões e aranhas.

CRUSTÁCEOS

Sistema circulatório extremamente variável; Pequenos crustáceos: circulação pouco


desenvolvida, sem “coração”; Grandes crustáceos: circulação desenvolvida e hemocianina,
especialmente os decápodas (lagosta, caranguejo e lagostim).

CIRCULAÇÃO DOS VERTEBRADOS

Corpo dos vertebrados é 70% de água Água corpórea: Plasma; Extracelular (espaços
teciduais); Intracelular.

PADRÕES CIRCULATÓRIOS: Vida aquática para terrestre: circulação mais complexa; Peixes e
mamíferos representam os dois extremos, com separação gradual do coração em duas
bombas isoladas.

CICLÓSTOMOS

Difere dos demais vertebrados; Sistema parcialmente aberto com grandes seios sanguíneos

PEIXES ÓSSEOS E CARTILAGINOSOS

Coração com duas câmeras em série: um átrio e um ventrículo;

ANFÍBIOS

Circulação dupla (comum aos tetrápodes); Coração tem três câmaras: dois átrios (aurículas) e
um ventrículo; Circulação incompleta; Septo atrial incompleto nas salamandras, que possuem
função pulmonar reduzida ou ausente.

SAUROPSIDA NÃO-AVES

Dupla circulação sanguínea; Maioria com três câmeras: dois átrios (aurículas) e um ventrículo
parcialmente dividido – menor mistura sanguínea; Ordem Crocodylia: quatro câmaras
cardíacas;

MAMÍFEROS

CIRCULAÇÃO DUPLA FECHADA; Glóbulos vermelhos bicôncavos e anucleados; Coração


envolvido pelo pericárdio; Quatro câmaras completas (2 aurículas e 2 ventrículos).

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