Você está na página 1de 43

Anfíbios

Autora
Professora Doutora Kátia Aparecida Kern Cardoso
biologianonucleo@gmail.com
Anfíbios
Anfíbios
 Primeiros tetrápodes
 Fase larval aquática e adulta terrestre
 Divididos em 3 ordens:
 Anura:(sapos, rãs, pererecas)
 Caudata ou Urodela: (salamandras e tritões)
 Apoda: (cobras-cegas ou cecílias)
Anfíbios
Primeiros vertebrados que colonizaram o
ambiente terrestre

Novidades evolutivas (adaptativas)

 Estruturas esqueléticas resistentes;


 Quatro apêndices locomotores (primeiros tetrápodes);
 Respiração pulmonar e cutânea, simultâneas;
Sapo de chifre Sapo de chifre

Sapo-boi-azul Sapo-cururu
Rã dourada Rã Kambo

Rã de Vidro Sapo-roxo
Perereca-verde Iberia Eleutherodactylus

Rã vermelha Paedophryne amauensis


Rã leiteira Salamandra de fogo

Ambystoma Bolitoglossa mexicana


Salamandra gigante do Japão Cobra-cega

Cobra-cega Cobra-cega
O reino animal
Características Gerais

Respiração

Sistema Circulatório e Nervoso

Alimentação

Classificação dos Anfíbios

Reprodução

Evolução e importância
CARACTERIZAÇÃO
O reino animal GERAL

• São apontados como os primeiros vertebrados


terrestres;
• Sofrem, ao fim da fase larval, uma drástica
metamorfose, mudando de habitat e, em grande
parte, de nicho ecológico.
AssimO reino
como animal
os demais Cordados, os anfíbios são
animais triblásticos, celomados, deuterostômios e com
simetria bilateral. São animais tetrápodes, ou seja, possuem
quatro patas. Assim como os peixes são heterotermos, ou
seja, sua temperatura varia com o ambiente.
Anfíbios
O reino animal
O estudo dos anfíbios tem grande importância, além de algumas
utilidades práticas.

FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


• Que diferenças existem
entre um sapo adulto e um
girino?

• Como essas diferenças estão


relacionadas com o ambiente
em que eles vivem?

Sapinho-ponta-de-flecha.
Há 400Omilhões de anos, os peixes dominavam as águas.
reino animal
Ao longo do tempo, surgiram os ancestrais dos atuais anfíbios.
Esses animais possuíam
adaptações que lhes

FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


permitiam se deslocar,
comer e respirar fora
da água.

Exemplo: fortalecimento
da coluna vertebral e
ossos; e músculos dos
membros locomotores
mais desenvolvidos.
Anfíbios

Sistema Respiratório:
 Fase larval: respiração branquial
 Fase adulta: respiração pulmonar e cutânea.
A respiração
O reino animal dos anfíbios

As brânquias são filamentos


delicados que, fora da água, se
fecham. Com isso, a área de
contato para a absorção de
oxigênio diminui.

As brânquias, portanto, não são


órgãos respiratórios adequados
ao meio terrestre.
Os anfíbios e osanimal
O reino demais vertebrados terrestres respiram
através de pulmões.

tubo digestório narina


Os pulmões dos anfíbios pulmões

não têm área suficiente


para absorver todo o fluxo de ar

oxigênio necessário. Por

IN­GE­BORG AS­BACH / ARQUIVO DA EDITORA


isso, sua pele lisa, fina e
úmida está adaptada à
respiração.

Na fase larval os anfíbios realizam respiração branquial.


Quando o animal torna-se adulto, as brânquias desaparecem.
Anfíbios
A respiração cutânea

Pele fina, altamente permeável


com glândulas mucosas que
lubrificam a superfície,
facilitando as trocas gasosas.
RESUMINDO O SISTEMA RESPIRATÓRIO:
1. Presença de brânquias na fase larval;
2. Presença de cordas vocais.
3. Órgãos respiratórios na fase adulta: pulmões,
tegumento e mucosa bucal (respiração gular).
4. E respiração cutânea.
SISTEMA CIRCULATÓRIO
O reino animal
O coração dos anfíbios, ao contrário do dos peixes, bombeia
dois tipos de sangue: um rico em gás carbônico para o pulmão e
outro rico em oxigênio para o corpo.
Sangue com gás
carbônico vai para o
pulmão.
Sangue com
oxigênio volta ao
O coração possui três
cavidades: dois átrios

IN­GE­BORG AS­BACH / ARQUIVO DA EDITORA


coração.
átrio
átrio
e um ventrículo.
Válvulas e músculos
cardíacos dificultam a
mistura dos dois tipos
ventrículo

Sangue com gás


carbônico volta ao
O coração bombeia
sangue com oxigênio e de sangue.
coração. nutrientes para o corpo.
Anfíbios

Sistema Circulatório:
 Circulação dupla,
incompleta, com coração
tricavitário (dois átrios e um
ventrículo)
 Pecilotérmicos
(heterotérmicos)
 Ectotérmicos
Anfíbios

Sistema Excretor:
 Fase larval (girino):
excretam amônia
 Fase adulta: excretam uréia
Sistema Nervoso:
 Visão e audição bastante
desenvolvidos
Membrana
timpânica
Anfíbios
Reprodução:
Anfíbios
Sistema Digestório:
 Completo (boca + cloaca)
 Maioria (carnívora)
 Alguns possuem língua protátil (predação)
Os anfíbios
O reinosão carnívoros. Para capturar a presa, lançam
animal
para fora sua língua musculosa, longa e pegajosa.

F1ONLINE / DIOMEDIA
Assim como nos peixes, nos anfíbios a temperatura do corpo
varia de acordo com a temperatura do ambiente.
O reinosão
Esse anfíbios animal
grandes predadores de insetos e alguns
invertebrados controlando pragas em diversos ambientes.
Eles são muito importantes no ciclo biológico, e para
o controle de algumas pragas. Como se alimentam de
mosquitos e moscas. Eles evitam a proliferação de insetos,
especialmente na estação chuvosa.
O sistema nervoso dos anfíbios é semelhante ao dos outros vertebrados
O reino
terrestres animal
e recebe mensagens de diversos órgãos dos sentidos.

Olhos

Órgãos dos sentidos Ouvidos


dos anfíbios Estruturas olfativas (narinas)
Estruturas gustativas (boca)
Estruturas táteis (pele)

Os olhos possuem glândulas lacrimais e pálpebras, que mantêm os olhos


úmidos, evitando a perda de água pelo contato com o ar.
OAreino
reprodução
animal dos anfíbios
Os anfíbios possuem sexos

KENNETH H. THOMAS / PHOTO RESEARCHERS, INC. /


LATINSTOCK
separados. Na maioria das
espécies, o acasalamento
ocorre dentro da água e a
fecundação
é externa.
O macho abraça a fêmea e
ambos eliminam os gametas na
água ou em locais úmidos.
A maioria dos anfíbios,
portanto, depende da água
para se reproduzir.
Anfíbios

Reprodução:

 Dióicos
 Fecundação externa (anuros) ou interna
(urodelos/caudata);
 Desenvolvimento direto (s/ metamorfose) ou indireto
(c/ metamorfose)
 Ovo anamniótico sem casca.
 O saco vitelínico é o único anexo embrionário presente
A célula-ovo
O reinoorigina
animalo girino, uma larva adaptada à vida
aquática e que passa por uma série de transformações
(metamorfose) até originar um filhote semelhante ao
indivíduo adulto.

ACERVO DO FOTÓGRAFO
FOTOS: FABIO COLOMBINI /
Classificação
Ordens:

• Anura
• Urodela ou Caudata
• Apodes ou Gymnophiona.
O reino animal
Anuros

FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


Sapos, rãs e pererecas, que
são anfíbios sem cauda.

Rãs passam a maior parte do


tempo no ambiente aquático.
Têm pele lisa e úmida e seus
membros posteriores são
adaptados para grandes
saltos.
O reino animal Anuros
Sapos passam mais tempo na terra e
seus membros posteriores são mais
curtos. Possuem glândulas de veneno
atrás dos olhos.

FOTOS: FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


Pererecas passam mais tempo no
ambiente terrestre e, geralmente, têm
hábitos arborícolas.
É comum apresentarem ventosas nos
dedos.
O reino animal
SAPO: são maiores, a pele é seca, áspera, rugosa
e com verrugas. Dão pequenos saltos e geralmente
ficam em locais com pouca água.

PERERECA: geralmente pequenas e de


pele lisa. Possuem ventosas nas patas
para auxiliar a fixação.

RÃ: a pele é fina, úmida e brilhante. As patas


traseiras são longas membranas interdigitais
adaptadas ao nado.
Urodelos
O reino animal ou Caudata
Ordem formada pelas salamandras e pelos tritões.
Os urodelos possuem membros e cauda. Há espécies
terrestres e aquáticas, e são mais comuns no hemisfério
norte.
Gimnofionos ou ápodes
O reino animal

Cecílias ou
cobras-cegas
pertencem a essa
ordem.

São anfíbios sem membros e de corpo alongado, adaptados


à vida subterrânea. Os olhos são atrofiados e o sentido mais
importante desses animais é o tato.
AO
evolução dos anfíbios
reino animal
Entre 385 e 365 milhões de anos atrás, peixes com
nadadeiras musculosas originaram, por evolução, vertebrados
capazes de se locomover no ambiente terrestre.

ZINA DERETSKY / NATIONAL SCIENCE FOUNDATION

LYNETTE COOK / SCIENCE PHOTO LIBRARY / LATINSTOCK


A evolução dos anfíbios está muito bem documentada por
muitos fósseis.
A animal
O reino defesa contra predadores
A pele fina e com pouca proteção torna os anfíbios mais
frágeis diante dos predadores.
Os anfíbios têm pelo menos duas estratégias de defesa:
Camuflagem – a pele do animal apresenta uma cor
semelhante à do ambiente em que ele vive.
Produção de substâncias tóxicas –

FABIO COLOMBINI / ACERVO DO FOTÓGRAFO


substâncias na pele desses animais são
capazes de intoxicar predadores.

Espécies venenosas costumam ter cores


vivas e brilhantes, que servem de
advertência ao predador.
O reino animal
Anfíbios em Perigo
O Brasil é um dos países mais ricos do mundo em espécies de
anfíbios: há mais de 700 espécies descritas, das quais 75%
só existem aqui.

Como a pele desses animais é

WILLIAM H. MULLINS / PHOTO RESEARCHERS, INC. /


LATINSTOCK
fina e permeável, eles são
muito sensíveis à poluição.
A população de anfíbios está
diminuindo e a destruição de
ambientes naturais e a
poluição estão entre as
Rã-pimenta, nativa do Brasil. principais causas disso.
biologian
onucleo

c le o
biologianonu

Biologia no núcleo

Autora
Professora Doutora Kátia Aparecida Kern Cardoso
biologianonucleo@gmail.com

Você também pode gostar