Você está na página 1de 7

2 DESENVOLVIMENTO

Equinodermos (Filo Echinodermata) são os primeiros animais a apresentarem a


formação do ânus antes da formação da boca. São de origem marinhos que vivem
em substratos. Estes animais tem o poder de regenerar parte de braços perdidos.
Eles têm como características específicas endoesqueleto espinhoso, sistema
hidrovascular, pedicelárias, brânquias dermais (ou pápulas) e simetria pentarradial.

 Estrutura corporal: Seus corpos são formados por um disco central


achatado e dele saem cinco raios que formam os braços. A boca fica na parte
ventral do disco e envolta dela há um tecido membranoso macio. Indo da
boca até a ponta de cada braço está o sistema ambulacral (ou vascular) que,
geralmente, apresenta espinhos móveis a sua volta para proteção. Na parte
dorsal há diversos espinhos e na base deles há minúsculas pedicelárias
(estruturas com formato de pinça movimentadas por músculos). As pápulas
são projeções da cavidade celômica que se estendem entre os ossículos e
estão relacionadas com a respiração. Abaixo da epiderme está o
endoesqueleto, ele é formado por placas calcárias ou ossículos que se
mantem juntos pela ação do tecido conjuntivo de colágeno. Esse tecido pode
variar de estado (liquido e sólido) a mando do sistema nervoso, fazendo com
que os animais modelem suas formas sem que haja gasto de energia.

 Sistema circulatório: O sistema circulatório dos equinodermos é chamado


de hidrovascular. Ele é formado pelos canais ambulacrais, pés ambulacrais e
ossículos. A abertura externa do sistema se dá na parte dorsal do animal pelo
madreporito. A água chega ao canal radial e de lá é levado para cada um dos
braços e para as vesículas, que guardam o líquido e regulam a pressão
interna do sistema. Canais laterais conectam os canais radiais com os pés
ambulacrais. Os pés ambulacrais são estruturas musculares ocas que podem
ter ou não ventosas nas pontas.

 Locomoção: O líquido da cavidade celômica é pressionado pelos músculos


dos pés ambulacrais o que faz com ele se enrijeçam e consiga se
movimentar. Quando em substratos rígidos como rochas, as ventosas
ajudam na fixação.

 Sistema respiratório e excretor: O sistema respiratório e excretor dos


equinodermos também é feito pelas estruturas que formam o sistema
ambulacral. A troca gasosa e a excreção de amônia acontecem por difusão
nas paredes das pápulas e dos pés ambulacrais.

 Sstema digestivo: A boca é seguida pelo esôfago e estômago que se


localizam no disco central dos animais. A parte mais baixa do estomago
(estomago cardíaco) pode ser evertida para o meio para ajudar na captura de
alimentos e a parte mais alta do estomago (estomago pilórico) é conectada
aos cecos pilóricos, que são glândulas digestivas. A digestão é basicamente
extracelular, mas acontece também e intracelular nos cecos pilóricos. Dos
cecos segue o intestino e então o ânus com abertura dorsal.

 Sistema hemal: Esse sistema não é muito definido pelos pesquisadores,


mas acredita-se que tenha relação com absorção de nutrientes e circulação
dos fluidos corporais.
 Sistema nervoso: O sistema nervoso é composto pelo anel nervoso que é
formado pela boca e por um nervo radial que tem em cada braço. Um
conjunto de nervos conectam esses sistemas todos as demais estruturas do
corpo. Os órgãos sensoriais se limitam a órgão táteis espalhados pelo corpo
e ocelos em cada braço.Sistema reprodutor: A reprodução sexuada
acontece por fertilização é externa com macho e fêmeas liberando os
gametas no ambiente. Algumas espécies fazem reprodução assexuada pelo
destaque de um dos braços. O desenvolvimento dos equinodermos é, em
sua maioria, indireto, passando por estágio larval. Sistemática: Existem cinco
classes no filo Echinodermata: Crinoidea (lírios do mar), Asteroidea (estrelas
do mar), Ophiuroidea (serpentes do mar), Echinoidea (ouriços) e
Holothuroidea (pepinos do mar).

2.1 PEIXES

Os peixes representam a maior classe em número de espécies conhecidas entre os


vertebrados. Acredita-se que os peixes tenham surgido por volta de 45 milhões de
anos atrás. Os peixes ocupam as águas salgadas dos mares e oceanos e as águas
doces dos rios, lagos e açudes. Nesse grupo, existem cerca de 24 mil espécies, das
quais mais da metade vive em água salgada. O tamanho médio dos peixes pode
variar de um centímetro a até cerca de 18 metros.
Provavelmente, foram os primeiros vertebrados a surgir na Terra, e eram pequenos,
sem mandíbula, tinham coluna vertebral cartilaginosa e uma carapaça revestindo
seus corpos. Na evolução, houve uma série de adaptações que representaram aos
peixes melhores condições de sobrevivência em seu habitat - não ter couraça
pesada, ser nadadores velozes, ter mandíbulas e poder morder.
Antes limitados à filtração de partículas nutritivas suspensas na água ou
depositadas no fundo e sendo presas de alguns tipos de invertebrados, os peixes
tornaram-se também eficientes predadores.
Desde que surgiram, já ocupavam com sucesso os ambientes aquáticos salgado e
doce, e continuam assim até hoje.
Características que favorecem a vida na água
Os peixes apresentam várias características que favorecem o desempenho de suas
atividades no ambiente em que vivem. Entre elas, destacam-se:
corpo com formato, em geral, hidrodinâmico, isto é, achatado lateralmente e
alongado, o que favorece seu deslocamento na água;
 presença de nadadeiras, estruturas de locomoção que, quanto à localização,
podem ser peitorais, ventrais, dorsais, caudais e anais;
 corpo geralmente recoberto por escamas lisas, cuja organização diminui o
atrito com a água enquanto o animal se desloca; além disso, a pele é dotada
de glândulas produtoras de muco, o que também contribui para diminuir o
atrito com a água;
 musculatura do tronco segmentada, o que permite a realização de
movimentos ondulatórios.

 A temperatura corporal
Os peixes são animais pecilotérmicos. Isso significa que a temperatura do seu corpo
varia de acordo com a do ambiente. A temperatura do corpo dos peixes em geral
mantém-se mais ou menos próxima à temperatura ambiental.

 Respiração e circulação de sangue

A maioria dos peixes respira por meio de brânquias, também conhecidas como
guelras. A água entra continuamente pela boca do peixe, banha as brânquias e sai
pelas aberturas existentes de cada lado da cabeça.
Nas brânquias, onde existem muitos vasos sanguíneos, o gás oxigênio dissolvido na
água passa para o sangue. Ao mesmo tempo, o gás carbônico que se forma no
organismo do animal e que está no sangue passa para a água, sendo eliminado do
corpo.
O coração dos peixes tem duas cavidades um átrio e um ventrículo - e por ele
circula apenas sangue não-oxigenado. Depois de passar pelo coração, o sangue
não oxigenado vai para uma artéria e daí para as brânquias, onde recebe gás
oxigênio. A seguir, esse sangue, agora oxigenado, é distribuído para todos os
órgãos do corpo do animal.

Alimentação e digestão
Alguns peixes são herbívoros, alimentando-se principalmente de algas. Outros são
carnívoros, e alimentam-se de outros peixes e de animais diversos, como moluscos
e crustáceos.
Nas zonas abissais - os grandes abismos oceânicos, destituídos de luz -, onde os
seres fotossintetizantes não sobrevivem, há muitos peixes detritívoros, que se
alimentam de restos orgânicos oriundos da superfície iluminada, e também peixes
carnívoros.
O sistema digestório dos peixes é constituído de boca, faringe, esôfago, estômago e
intestino, além de glândulas anexas, como o fígado e o pâncreas.

Os sentidos
Os peixes têm vários órgãos dos sentidos
 Bolsa olfatória - São formadas por células localizadas nas narinas e
associadas à percepção de cheiros das substâncias dissolvidas na água. O
sentido do olfato dos peixes é geralmente muito aguçado. O tubarão, por
exemplo, pode "farejar" sangue fresco a dezenas de metros de distância.
 Olhos - Permitem formar imagens nítidas a curta distância. A distâncias
maiores, percebem apenas objetos em movimento na superfície da água.
Alguns peixes têm percepção das cores e outros não. Os tubarões e as raias
(também conhecidas como arraias), por exemplo, não distinguem cores. Os
olhos são geralmente grandes e não possuem pálpebras nem glândulas
lacrimais.
 Linha lateral - é formada por uma fileira de poros situada de cada lado do
corpo, com ramificações na cabeça. Os poros comunicam-se com um canal
localizado sob as escamas, no qual existem células sensoriais. Por meio das
células sensoriais, o peixe percebe as diferenças de pressão da água, que
aumenta gradativamente com a profundidade. Percebe também correntes e
vibrações na água, detectando a presença de uma presa, de um predador ou
os movimentos de outros peixes que estão nadando ao seu lado, o que é
muito importante para as viagens em cardumes. Percebe, ainda, a direção
dos movimentos da água, o que facilita sua locomoção na escuridão ou em
águas turvas.

 Classificação dos Peixes


Existem duas classes de peixes: a classe dos condrictes (do grego khondros:
'cartilagem'; e ichthyes: 'peixe'), ou peixes cartilaginosos, e a classe dos osteíctes
(do grego osteon: 'osso'), ou peixes ósseos.
Os peixes ósseos são os mais abundantes em número de espécies conhecidas,
representando cerca de 95% do total dessas espécies. Existem várias diferenças
entre os peixes cartilaginosos e os ósseos.
 Os peixes cartilaginosos
Os peixes cartilaginosos, como o tubarão e a raia, vivem principalmente em água
salgada. Mas algumas espécies de raia vivem em água doce.
Entre as características dos peixes cartilaginosos, podemos considerar:
 esqueleto cartilaginoso e relativamente leve;
 presença de cinco pares de fendas branquiais e um orifício chamado
espiráculo, por onde entra a água e banha as brânquias;
 boca localizada ventralmente e intestino terminando em uma espécie de
bolsa chamada cloaca - nela, convergem os dutos finais do sistema
digestório, urinário e genital.

Os peixes ósseos
Os peixes ósseos são abundantes tanto em água salgada (tainhas, robalos,
cavalos-marinhos, pescadas, etc) como em água doce (lambaris, dourados,
pintados, pacus, acarás-bandeiras, etc).
Vamos considerar algumas características dos peixes ósseos:
 esqueleto predominantemente ósseo;
 presença de quatro pares de fendas branquiais e ausência de espiráculo,
brânquias protegidas por uma estrutura denominada opérculo;
 boca localizada na região anterior e intestino terminado no ânus, não há
cloaca;
 presença, em muitas espécies, de uma vesícula armazenadora de gases
chamada bexiga natatória ou vesícula gasosa.
Ausente nos peixes cartilaginosos, a bexiga natatória - que pode aumentar e
diminuir de volume de acordo com a profundidade em que o peixe se encontra -
favorece a flutuação e, com isso, permite ao animal economizar energia, já que ele
pode permanecer mais ou menos estável numa determinada profundidade sem que
para isso necessite de grande esforço muscular para a natação.

 Reprodução dos peixes


A maioria dos peixes ósseos apresenta fecundação externa: a fêmea e o macho
liberam seus gametas na água. Após a fecundação do óvulo por um
espermatozoide, forma-se o zigoto. Em muitas espécies de peixes ósseos, o
desenvolvimento é indireto, com larvas chamadas alevinos.
Nos peixes cartilaginosos, a fecundação é geralmente interna: o macho introduz
seus espermatozoides no corpo da fêmea, onde os óvulos são fecundados. O
desenvolvimento é direto: os ovos dão origem a filhotes que já nascem com o
aspecto geral de um adulto, apenas menores.

Você também pode gostar