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PAI - Plano de Aprendizado Individualizado

Biologia. 1° ano. Ensino Médio. Volume 01

Orientação aos pais e alunos .......................................................................................... 2

Capítulo 1: Animais Vertebrados .................................................................................... 3

PEIXES ............................................................................................................................. 4

Características dos Peixes .............................................................................................. 4

Respiração e Sistema Circulatório dos Peixes ................................................................ 5

Reprodução dos Peixes .................................................................................................. 6

Os Peixes como símbolo dos Cristão .............................................................................. 7

Santo Antônio e os Peixes .............................................................................................. 8

ATIVIDADE ...................................................................................................................... 11

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PAI - Plano de Aprendizado Individualizado

Biologia
2° ano – Ensino Médio
Volume 01

Orientação aos pais e alunos,

O material em vossas mãos tem como objetivo fundamental a ajuda no desenvolvimento


do pensamento e meditação das coisas divinas através do conhecimento da ciência natu-
ral, ou seja, conhecendo a forma, funcionamento e relação das criaturas, poderá se en-
tender melhor seu criador.

Idealmente, o estudo da matéria deve ser realizado duas vezes por semana, entre o en-
tendimento da teoria e realização dos exercícios.

Os exercícios estarão dispostos no decorrer do capítulo ou de maneira concentrada ao


final deste. Recomenda-se a observação das trilhas propostas para melhor aproveita-
mento do conteúdo. Os exercícios poderão conter perguntas diretas, pesquisas para enri-
quecimento e elaboração de mapas mentais (ou resumos) para fixação.

Recomenda-se por fim, a oração! Antes e após a rotina de estudos.

Santa Hildegarda (17 de setembro)


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Capítulo 1: Animais Vertebrados

Os animais vertebrados são um


grupo diverso e fascinante de orga-
nismos que possuem uma caracterís-
tica em comum: uma coluna verte-
bral. A coluna vertebral é uma estru-
tura composta de vértebras que se
estende desde o crânio até o final da
coluna, proporcionando suporte e
proteção à medula espinhal.

Existem cinco grupos principais de animais vertebrados: peixes, anfíbios, répteis, aves e
mamíferos. Cada um desses grupos tem suas próprias características distintas, adaptações
ecológicas e nichos na cadeia alimentar.

Os animais vertebrados são seres vivos que possuem uma coluna vertebral. Eles perten-
cem ao filo Chordata e estão entre os grupos de animais mais estudados e conhecidos do
mundo. Os animais vertebrados são caracterizados por terem uma estrutura corporal complexa
e organizada, o que lhes permite realizar diversas funções vitais, como locomoção, alimentação
e reprodução.

A coluna vertebral é uma estrutura


que consiste em vértebras, que são ossos
articulados em série, e que protegem a
medula espinhal, que é o principal centro
nervoso do corpo. Além da coluna verte-
bral, os animais vertebrados apresentam
outras características comuns, como a
presença de um crânio que protege o cé-
rebro e os órgãos sensoriais, como olhos
e ouvidos. Eles também possuem um sistema nervoso central altamente desenvolvido, que
lhes permite detectar estímulos ambientais e responder a eles de maneira adequada.

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PEIXES

Características dos Peixes


Os peixes possuem características
que os diferenciam de outros animais
aquáticos, como os crustáceos e os mo-
luscos. A principal característica dos pei-
xes é a presença de nadadeiras, que são
estruturas que permitem o movimento no
meio aquático. Os peixes também pos-
suem brânquias, que são responsáveis
pela captação de oxigênio na água e pela eliminação do gás carbônico. A maioria dos peixes
tem escamas, que ajudam a proteger o corpo e a reduzir a fricção com a água. Alguns pei-
xes, como os tubarões, têm a pele recoberta por dentículos dérmicos, que ajudam na loco-
moção.

Os peixes são ectotérmicos, ou seja, a temperatura do corpo é determinada pelo ambi-


ente em que vivem. Isso significa que eles são capazes de se adaptar a diferentes temperatu-
ras, desde que não ultrapassem seus limites fisiológicos. A maioria dos peixes respira por meio
de brânquias, mas existem algumas espécies, como os peixes pulmonados, que também pos-
suem pulmões e podem respirar fora da água por curtos períodos.

Os peixes são classificados em duas categorias principais em relação à constituição do


seu esqueleto: peixes ósseos (Osteichthyes) e peixes cartilaginosos (Chondrichthyes).

Os peixes ósseos, com o nome sugere,


possuem um esqueleto ósseo. Esse esqueleto
é composto de ossos que são duros e resisten-
tes, proporcionando suporte ao corpo do
peixe. Além disso, o esqueleto ósseo é impor-
tante para o movimento e a locomoção, pois
os músculos dos peixes são anexados aos os-
sos. A grande maioria dos peixes existentes
são ósseos.
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Já os peixes cartilaginosos possuem um esqueleto composto principalmente de cartila-
gem, um tecido flexível e resistente. Esse tipo de esqueleto é menos rígido do que o esqueleto
ósseo, mas ainda assim proporciona suporte e proteção aos órgãos internos. Alguns exemplos
de peixes cartilaginosos são tubarões, raias e quimeras. Além disso, é importante destacar que
existem outras características que distinguem os peixes ósseos dos cartilaginosos, como a
presença ou ausência de escamas, a presença de nadadeiras pares e a estrutura das brânquias.

Respiração e Sistema Circulatório dos Peixes

A respiração dos peixes é realizada por meio das brânquias, que são estruturas respon-
sáveis pela troca gasosa entre o sangue e a água. As brânquias são compostas por lamelas,
que possuem uma grande superfície para a absorção de oxigênio. Quando a água passa sobre
as brânquias, o oxigênio se difunde do meio aquático para o sangue do peixe, enquanto o
dióxido de carbono é eliminado da corrente sanguínea para o meio externo.

O sistema circulatório dos peixes


é composto por um coração e vasos
sanguíneos. O coração dos peixes é
formado por duas câmaras, o átrio e o
ventrículo. O átrio recebe o sangue de-
soxigenado do corpo do peixe e o
transfere para o ventrículo, que bom-
beia o sangue para as brânquias, onde
ocorre a troca gasosa.

Os peixes ósseos possuem um sistema circulatório fechado, ou seja, o sangue circula


apenas dentro dos vasos sanguíneos. Já os peixes cartilaginosos possuem um sistema circula-
tório semiaberto, em que o sangue circula parcialmente em vasos sanguíneos e parcialmente
em lacunas do tecido conjuntivo.

Além disso, os peixes possuem um sistema de linha lateral, que é uma estrutura sensível
à pressão e vibrações na água. Essa estrutura é composta por uma série de poros e canais na
pele do peixe, que detectam mudanças na pressão hidrodinâmica da água. Essa informação é
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enviada ao cérebro do peixe, que a utiliza para detectar presas, evitar predadores e manter a
posição e a direção na água.

Reprodução dos Peixes

A reprodução dos peixes varia de espécie


para espécie, mas geralmente envolve a fertiliza-
ção externa dos ovos pelas células espermáticas
liberadas pelo macho. A maioria dos peixes pos-
sui órgãos reprodutores internos, incluindo os
ovários das fêmeas e os testículos dos machos.
No entanto, em algumas espécies, como os tu-
barões, os órgãos reprodutores estão localizados externamente.

Durante a época de reprodução, os machos e fêmeas se aproximam uns dos outros e


liberam seus gametas no ambiente aquático. Os ovos são geralmente fertilizados pelos esper-
matozoides na água, o que é conhecido como fertilização externa. Em algumas espécies, os
ovos são liberados diretamente na água, enquanto em outras espécies, os ovos são deposita-
dos em ninhos ou em substratos adequados para sua sobrevivência.

Após a fertilização, o desenvolvimento dos ovos pode levar de alguns dias a várias sema-
nas, dependendo da espécie e das condições ambientais. Durante esse tempo, os ovos são
vulneráveis a predadores e às mudanças ambientais, como a variação de temperatura e a
qualidade da água. Alguns peixes, como os salmões, migram para áreas específicas de desova
e reprodução, enquanto outros peixes permanecem em um mesmo local durante todo o ano.

Os peixes podem ser classificados de acordo com o modo de reprodução em algumas


categorias principais:

Fecundação Externa: Os peixes que se reproduzem externamente liberam seus gametas


diretamente na água, onde ocorre a fertilização. Esse tipo de reprodução é comum em peixes
ósseos, como salmão e truta.

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Fecundação Interna: Em contraste com a reprodução externa, alguns peixes realizam a
reprodução interna. Nesse caso, o macho deposita seus espermatozoides diretamente no corpo
da fêmea, onde ocorre a fertilização. Exemplos de peixes com reprodução interna são os tu-
barões e as raias.

1. Ovíparos: Os ovíparos são peixes que depositam seus ovos diretamente na água.
Os ovos são então fertilizados externamente pelos espermatozoides do macho. Exemplos de
peixes ovíparos incluem a maioria dos peixes ósseos.

2. Vivíparos: Diferentemente dos ovíparos, os vivíparos retêm seus ovos dentro do


corpo da fêmea, onde os filhotes se desenvolvem até o nascimento. Nesse caso, a fertilização
pode ocorrer interna ou externamente. Alguns exemplos de peixes vivíparos são certos tuba-
rões e raias.

3. Ovovivíparos: Os ovovivíparos são peixes que mantêm os ovos dentro do corpo da


fêmea, mas não há uma placenta que forneça nutrientes aos embriões. Nesse caso, os ovos
são fertilizados internamente e os filhotes se desenvolvem até a eclosão dentro do corpo da
mãe. Depois do nascimento, os filhotes se alimentam de seus próprios sacos vitelínicos. Alguns
exemplos de peixes ovovivíparos são o peixe-espada e o tubarão-gato.

Os Peixes como símbolo dos Cristão

Os peixes têm uma forte rela-


ção simbólica com os cristãos, espe-
cialmente na tradição católica. Uma
das principais razões para isso é que
Jesus Cristo chamou seus primeiros
discípulos – São Pedro, Santo André,
São Tiago e São João - enquanto
eles pescavam em um lago. Em se-
guida, ele disse a eles que se torna-
riam "pescadores de homens", ou
seja, que iriam espalhar a mensagem do evangelho para atrair e "capturar" novos seguidores.

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Além disso, durante os primeiros séculos do cristianismo, a religião era per-seguida pelos
governantes romanos e muitos cristãos se reuniam em segredo em catacumbas e outros locais
subterrâneos para adorar a Deus. Nesses locais, era comum que os cristãos usassem o símbolo
do peixe para identificar uns aos outros e mostrar sua lealdade à sua fé.

O peixe também é um símbolo do milagre da multiplicação dos pães e dos peixes, um


dos principais milagres realizados por Nosso Senhor Jesus Cristo, que alimentou uma multidão
de cinco mil pessoas com apenas cinco pães e dois peixes.

Santo Antônio e os Peixes.

A história de Santo Antônio e os peixes é uma das histórias mais conhecidas e populares
na cultura católica. Segundo a tradição, Santo Antônio, que era um frade franciscano portu-

guês, viveu no século XIII e ficou famoso por suas habilidades como pregador e por seus
milagres.
Em certa ocasião, Santo Antônio estava pregando às margens de um rio quando percebeu
que poucas pessoas estavam ouvindo suas palavras. Ele então decidiu pregar para os peixes
que estavam no rio, esperando que, pelo menos, eles o escutassem.

Para surpresa de todos, os peixes começaram a emergir do rio e a se aglomerar ao redor


de Santo Antônio, ouvindo atentamente suas palavras. O milagre foi testemunhado por muitos.
Leia o trecho com mais detalhes dessa história:
Como Santo Antônio estivesse pregando em Rimini, onde havia uma grande multidão de
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hereges, querendo saber como iria trazê-los à luz da verdade, procurava lutar contra os seus
erros. Mas eles, os hereges, semelhantes a pedras devido à sua obstinação e endurecimento,
não davam crédito às palavras do santo e nem sequer se dispunham a ouvi-las.
E então Santo Antônio, por inspiração divina, aproximou-se da foz do rio e começou, à maneira
de sermão, a chamar os peixes da parte de Deus:
— Ó peixes, meus irmãos, vinde vós ouvir a palavra do Senhor, já que os infiéis fazem dela
pouco caso!
E logo naquela hora se reuniram diante de Santo Antônio tantos peixes, grandes e pequenos,
como nunca por ali fora vista tamanha multidão. E todos eles punham a cabeça para fora
d’água.
Foi um grande espanto ver os peixes grandes andarem com os mais pequenos, e os pequenos
sem medo nem perigo passarem por sob as barbatanas dos maiores e permanecerem debaixo
deles, quietos e seguros.
Peixes de todas as espécies e qualidades corriam de um lado para o outro à procura de seus
semelhantes para com eles se juntarem. Assim como fica admiravelmente belo o campo
quando está ornado e pintado com variedade de cores e figuras, assim eram as águas, coalha-
das de peixes, ali em frente a Santo Antônio.
E era de ver os peixes grandes marcharem em grupos, como se fossem cavaleiros, tomando os
seus lugares para assistir à pregação; e os peixes de meio tamanho ocuparem os lugares do
centro e, como alunos de Deus, ali ficarem quietos sem fazer barulho; e os pequeninos achega-
rem-se mais ao Santo como se ele fora o seu protetor, numa pressa tão grande como a de pe-
regrinos que vão ganhar indulgências.
Desta forma se dispôs o auditório para assistir ao inspirado sermão. Todos os peixes estavam à
vista, de frente para Santo Antônio: nas águas baixas os mais pequenos; adiante, contra o mar,
os de maior tamanho; e os grandes ao largo, onde a água já era funda.
E assim, todos em ordem, começou o Santo a pregar solenemente:
“Santo Antônio pregando aos peixes”, de Juan Carreño de Miranda.
“Peixes, meus irmãos, muita obrigação tendes de, à vossa maneira, cantar louvores e render
graças a Deus, nosso Criador. Deu-vos Ele para morada tão nobre elemento, a água doce ou
salgada, segundo a necessidade de cada qual. Do mesmo modo, preparou-vos um abrigo para
fugirdes dos riscos das tempestades. E a água que vos deu é clara e límpida, a fim de poderdes
ver os caminhos por onde andais e os manjares que haveis de comer. E é o mesmo Criador
quem vos reparte o alimento necessário à vida.
“E lá, na criação do mundo, recebestes de Deus, com a sua bênção, o mandamento de vos
multiplicardes. No dilúvio, quando fora da arca todos os animais pereceram, vós sem defeito
nem dano fostes guardados como nenhuma outra criatura.
“E Deus dotou-vos de barbatanas e encheu-vos de vigor para vos poderdes mover a uma parte

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e a outra, segundo o vosso desejo.
“A vós se vos confiou o profeta Jonas para o guardardes e lançardes em terra, são e salvo, ao
cabo de três dias. Quis Deus que fôsseis vós quem oferecesse a Nosso Senhor Jesus Cristo o
dinheiro do tributo, já que Ele, como um pobrezinho, não tinha meio de o pagar. Antes da Res-
surreição e depois, servistes de manjar ao Rei eterno.
“Por todas estas graças muito deveis louvar e bendizer o Senhor, pois dele recebestes tantos e
tão singulares benefícios como nenhuma outra criatura os recebeu”.
A estas palavras e semelhantes exortações alguns dos peixes emitiam vozes, outros abriam a
boca, e outros inclinavam a cabeça, louvando ao Senhor da maneira que sabiam.
Ao ver a reverência dos peixes, com muita alegria espiritual se alegrou Santo Antônio, e esfor-
çando mais a voz, exclamou:
— “Bendito seja Deus para sempre, pois mais honra lhe dão os peixes da água que os homens
hereges; e melhor ouvem a sua palavra os animais sem entendimento que os infiéis dotados de
razão!”
E quanto mais pregava Santo Antônio, mais crescia a multidão dos peixes, e nenhum deles saía
do seu lugar.
“Bendito seja Deus para sempre, pois mais honra lhe dão os peixes da água que os homens he-
reges!”
À notícia do prodígio ajuntou-se o povo da cidade, além dos mencionados hereges, e foram-se
todos aonde estava Santo Antônio. Vendo um milagre tão grande e singular, prostraram-se, de
coração compungido, aos pés do Santo e rogaram-lhe que também a eles dirigisse um sermão.
E o servo de Deus, tomando a palavra, tão maravilhosamente pregou a fé católica que conver-
teu os hereges ali presentes e confirmou na fé os que já eram fiéis. Depois disso, a todos des-
pediu com grande prazer e bênção.
E os peixes, após pedirem licença a Santo Antônio, gozando-se e alegrando-se, com muitos
gestos reverentes, foram embora para os diversos rumos do mar.
O Santo permaneceu pregando na cidade ainda por muitos dias e colheu grande fruto conver-
tendo hereges e confirmando-os na santa fé católica.
Fonte: https://padrepauloricardo.org/blog/o-dia-em-que-santo-antonio-pregou-aos-peixes

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ATIVIDADES
1. Quais são as principais características anatômicas dos peixes?
2. Como ocorre a respiração dos peixes e por que é tão eficiente?
3. Pesquise sobre a bexiga natatória dos peixes. Qual é o seu papel e como ela con-
tribui para a sua flutuação na água?
4. Como os peixes se reproduzem e qual é o processo de desenvolvimento dos seus
ovos?
5. Quais são os principais grupos de peixes existentes e quais são suas característi-
cas distintas?
6. Faça uma pesquisa em livros ou na internet sobre a alimentação dos peixes e
como ela varia de acordo com o seu habitat e hábitos alimentares?
7. Como você imagina que a pesca predatória e a poluição afetam a população de
peixes nos ecossistemas aquáticos?

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